4 resultados para Alfabetização de jovens e adultos
em Línguas
Resumo:
O presente artigo volta-se para a análise da linguagem televisiva enquanto mecanismo de transmissão ideológica e manifestação de poder, desta forma a sua compreensão na atual sociedade revela-se não apenas como um objeto de estudo, mas sim como uma necessidade para a formação de sujeitos sociais. Neste contexto partimos do pressuposto que a linguagem, a palavra em si, vem carregada de significações, a mesma expressa as diversas relações historicamente construídas, é “arena” de conflitos, persuasões, compreensões, etc. Assim, na medida em que for sendo construída a reflexão da linguagem na perspectiva da totalidade, estará sendo perseguida a compreensão da mesma enquanto formadora da consciência dos homens. Com vistas a compreender a linguagem da realidade nas interações sociais estaremos nos reportando a Bakhtin o qual afirma que “na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial” (BAKHTIN, 1999, p. 95). O objetivo é o de proporcionar uma análise que evidencie a linguagem presente nas mensagens audiovisuais e mais especificamente a linguagem televisiva. Imagens e sons têm cada vez mais educado crianças, jovens e adultos, formado assim a sua inteligibilidade e sua compreensão de mundo.
Resumo:
This study presents the results of an action research whose focus was to identify what significations youths and adults undergoing a schooling process assign to the act of writing – those significations considered under the light of studies on literacy –, in order to co-construct ways for the enlargement of those significations. The discussions on this theme are based on Street (1984, 2003), Barton (1994), Barton and Hamilton (2000), Heath (1982), among others. Understanding how different cultural realities deal with everyday writing seems determinant for the comprehension of how literacy practices occur in different ways in the various social spheres, which reverberate in school. This way, it is expected that the school develops a sensitive look to the different realities which constitute the school itself, in order to meet the needs of each social environment. It should be highlighted that the meaning constructions that the subject assigns to texts which circulate in her/his everyday life pass through the interactive contact s/he establishes with the different microspaces constituted by/in culture. Thus, we restate the importance of the teacher’s role in knowing the reality of his/her students before initiating the teaching-learning process of writing and reading. The greater the proximity between the texts and the reality of students, the greater the possibilities for a dialog between the previous knowledge of each subject and the meanings s/he assigns to the writing of texts. This study is based on those conceptions and, in a dialogical fashion, aims to allow for those subjects to have possibilities of participating in new literacy events. Texts which particularize those entities guide the interaction between teachers and students, and of students among themselves, which has been carried out in this action research, whose results point out to some interesting possibilities for the co‑construction of ways to re-signify social uses of writing.
Resumo:
RESUMO: A educação de surdos hoje no Brasil vive um período de transição, de conflitos e contradições: por um lado o discurso da diferença cada vez mais presente na fala de educadores e em parte da legislação educacional em vigor; por outro lado a “diferença” surda continua sendo representada nas práticas escolares em geral sob a ótica da normalização que insiste em invisibilizar as especificidades linguísticas e culturais dessa minoria, apesar dos avanços alcançados pelo decreto 5626. Com esse cenário em mente objetivamos refletir sobre as pressões normativas guiadas por ideologias monolíngues (BLACKLEDGE, 2000) que tentam formatar um suposto uso ideal de português e de Libras. O capítulo está dividido em três partes: primeiro, apresentamos algumas considerações no âmbito da legislação acerca do estatuto de Libras no Brasil. Em seguida, tematizamos o processo de (in)visibilização das línguas de sinais com vistas a mostrar que a (re)construção do conceito de língua como algo fixo, também, em relação às línguas de sinais, pode ser usado para sedimentar desigualdades em relação ao surdo na escola. Por fim, refletimos, a partir de alguns dados de pesquisa, sobre as tensões existentes entre as línguas nos contextos bi-multilíngues que caracterizam a escolarização de surdos e as ideologias linguísticas que geram efeitos de hierarquização sobre os usos de Libras e de Português.
Resumo:
RESUMO: A poesia é expressão da emoção humana. Ela precisa estar presente em sala de aula com “naturalidade”, não pode se restringir a momentos efêmeros ou pontuais. O trabalho com o texto poético precisa ser planejado, suas estratégias se pautam numa seleção criteriosa de textos e autores, exigindo do professor mediador a formação adequada para fazê-la, mas principalmente a disposição (ou seria a paixão?) em interagir com a poesia e em promover o encontro entre ela e a criança. Esse texto tem como objetivo compartilhar parte dos resultados de uma pesquisa de Doutorado em Educação realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e complementada na Universidade do Minho, em Braga, Portugal. A pesquisa pautou-se no objetivo de investigar a relação criança e poesia indagando os modos de interação, os significados atribuídos e a relevância da leitura, da criação e da fruição poética na constituição do sujeito contemporâneo, leitor e narrador de sua história. A empiria foi realizada numa escola brasileira e duas portuguesas. O diálogo com crianças e professores no Brasil forneceu indicativos da relevância que a presença da poesia na escola assume tanto no aspecto da formação humana, de modo geral, quanto no letramento literário (educação literária) em particular. As mesmas indagações foram levadas aos docentes portugueses. Ao compartilhar as reflexões e estratégias que professores e professoras (portugueses e brasileiros) vêm construindo, reafirma-se a escola como um tempo-espaço privilegiado para a leitura poética das crianças (jovens e adultos), visando o processo de humanização. Palavras-chave: Escola. Criança. Poesia. Poema.