3 resultados para Absoluto

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Com base em um corpus diferenciado– Pepón Osorio, Jorge Luis Borges, a literatura latino-americana atual –, este trabalho analisa as contradições não resolvidas que exibem os objetos estéticos e culturais no seu funcionamento social, nas suas articulações e cruzamentos locais e globais, sem esquecer suas delimitações recíprocas com as relações do poder cultural de dominação e subordinação, desde as variadas esferas públicas em jogo. A partir desta análise, surge uma luta interpretativa entre significados e sentidos vários sobre a estética, o mercado, a história e, além disso, os usos e a propriedade da cultura latino-americana no fim do século XX, sempre depois da construção de um campo político, cuja incidência social não é em absoluto desdenhável.

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O objetivo do presente artigo é analisar como Cuiabá e a cuiabania integram temática e retoricamente textos em prosa e verso de Silva Freire, construindo uma espacialidade que é tanto simbólica quanto política, o que implica entender como o poeta cartografou não só o espaço da cidade, mas também, em alguma medida, o direito de pertença à mesma. Assim, em lugar de ler o regional como um valor em si ou como uma instância transcendida com vistas a um estético absoluto, a perspectiva que aqui se adota é a de que Silva Freire constrói uma dinâmica desterritorializadora e reterritorializadora (DELEUZE; GUATTARI, 1997; HAESBAERT, 2011) da cidade em seus escritos. Desse modo, Freire mapeia movediços limites entre os distintos grupos que passam a ocupar o espaço da cidade ao longo do século XX, mas também invisibiliza as comunidades que habitavam o território local antes da colonização. Ao recriar poeticamente uma Cuiabá, o autor assume distintas posições discursivas nas intrincadas negociações identitárias que se dão na cidade nesse período, redefinindo, a cada novo texto, a quem de direito são a manga e o caju que a terra dá.

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Trascender las fronteras del lenguaje fue una de las grandes obsesiones de la escritora argentina Alejandra Pizarnik (1936-1972). Con una breve carrera literaria interrumpida por el suicidio, Pizarnik dejó una obra que revela una relación vital con su escritura. Buscando al máximo la unión entre poesía y vida al dedicarse totalmente a la tarea literaria, registró el deseo de escribir el poema con el propio cuerpo, convirtiéndose en su absoluto verbal. De este intento tenemos como resultado una escritura que revela una variedad de artificios para burlar los límites del lenguaje. La propuesta de este trabajo es discutir uno de estos artificios, la creación del doble, una reiterada estrategia utilizada por Alejandra. Para este fin, fue fundamental analizar  importantes obras que la influenciaron, tal como: El teatro y su doble de Antonin Artaud que presenta la idea de que tanto en el teatro como en la poesía es necesario destruir el lenguaje para alcanzar la vida, extendiendo así las fronteras de la realidad. Para desnudar la necesidad de Pizarnik de unirse al poema, fue necesario un acercamiento a la obra de Octavio Paz, otra revelada influencia. Octavio Paz revela la imposibilidad de la tarea surrealista de unir hombres y poesía ya que para él abolir tal distancia sería hacer desaparecer el lenguaje. Consciente de tal imposibilidad, Alejandra, comulgando con el surrealismo, forja simulacros de nuevas realidades donde no existen fronteras. Teniendo como cable conductor las ideas de Artaud y Octavio Paz, nuestro trabajo busca analizar ese intento, teniendo como foco la creación del doble.