2 resultados para Índios kaingang e krenak - Identidade étnica

em Línguas


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O objetivo deste artigo é apresentar e analisar, com base em uma pesquisa sociolingüística, alguns dados sobre bilingüismo e redes de comunicação, ressaltando a importância da relação língua/religião para a manutenção de uma língua étnica de um grupo minoritário na cidade de Cascavel. Nesse caso, trata-se da comunidade ucraniana de Cascavel, a qual apresenta como marca, a religiosidade, representada pelo rito Bizantino da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Objetivou-se analisar os fatoresembrenhantes do bilingüismo situacional e as condições, os motivos que tornam a preservação e a manutenção da língua e da cultura possíveis nesse grupo. O estudo evidenciou que a religião é forte aliada na manutenção e na preservação da língua, bem como no imaginário simbólico dessa etnia, por apresentar ritos que ainda são realizados na língua de origem. Desse modo, é por meio dela que a identidade étnica e cultural se mantém, ao mesmo tempo em que contribui para abrandar o estigma. Nesse sentido, as famílias e a igreja são preponderantes na manutenção da língua e da cultura ucraniana. Ainda é possível afirmar que a identidade, a cultura e a língua constituem a força motriz da comunidade.

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Há estudos sobre os índios Kaingang no Paraná que contribuem para o entendimento da sua história, cultura, organização social e linguística. Entretanto, sobre a escolarização e a apropriação da linguagem escrita, tanto da língua kaingang, como da língua portuguesa, são raras as publicações e pesquisas sobre um tema que é muito relevante, haja vista o ritmo acelerado da perda de línguas minoritárias no mundo e no Brasil, a partir de uma política neoliberal de estado mínimo e pouco investimento em formação de professores para atuarem em áreas socialmente relevantes como as línguas, dentre elas as línguas indígenas que requer investimento na formação de professores e linguistas indígenas. Neste artigo apresentamos aspectos históricos sobre registros desta língua indígena, o projeto de alfabetização bilíngue implementado no Brasil e como esta vem ocorrendo com os povos Kaingang na região do Vale do Ivaí, no Paraná, com crianças do ensino fundamental.  Por meio de pesquisa bibliográfica e empírica foi possível perceber que o ensino da língua materna indígena, mesmo entre crianças monolíngues em kaingang, entra no currículo como ensino de língua estrangeira, o que pode comprometer seriamente a aprendizagem, a alfabetização, tanto da língua indígena como da língua portuguesa. Evidencia-se que o investimento na formação continuada de professores indígenas é uma das estratégias para a superação de tal situação.