FAMÍLIA: SIGNIFICADO PARA OS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Objetivo: Apreender o significado de família que permeia a prática de enfermeiros, médicos e dentistas da Estratégia Saúde da Família. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado entre julho e agosto de 2012 em quatro Unidades Básicas de Saúde da Família localizadas nas quatro zonas da cidade de Mossoró-RN. Utilizou-se para a coleta de dados uma entrevista semiestruturada, sendo ouvidos 24 profissionais. Os dados foram analisados com base na Análise de Conteúdo. Resultados: Constatou-se que enfermeiros e dentistas são graduados há mais tempo que os médicos. Ambos têm mais tempo de atuação na Estratégia e são, em sua maioria, especializados na área. Todos os profissionais entrevistados apresentaram dificuldades em conceituar família, trazendo em suas falas aspectos conceituais vagos que não dão esteio a uma atenção à saúde efetiva. No entanto, os profissionais reconhecem que uma abordagem em saúde voltada às necessidades físicas, sociais e econômicas, não só do indivíduo, mas de toda a sua família, apresenta maiores potencialidades se comparada às abordagens tradicionais. Conclusão: Os conceitos de família que permeiam a prática dos profissionais estudados são vagos e não dão suporte a ações reais de promoção à saúde da família. Esses conceitos apresentam-se, muitas vezes, com uma carga de preconceito que leva à descrença no trabalho com modelos de famílias específicas que não estão dentro dos padrões entendidos de família estruturada pelos profissionais.

Child Abuse and Mental Disorders in Iranian Adolescents

Background: Child abuse is a serious social health problem all over the world with important adverse effects. Objectives: The aim of this study was to extend our understanding of the relation between mental disorders and child abuse. Materials and Methods: The study was designed as a cross-sectional survey on 700 students in secondary schools using multiple cluster sampling in Yazd, Iran in 2013. We applied 2 self reported questionnaires: DASS (depression anxiety stress scales)-42 for assessing mental disorders (anxiety, stress and depression) and a standard self-reported valid and reliable questionnaire for recording child abuse information in neglect, psychological, physical and sexual domains. The collected data was analyzed using SPSS software. P-values < 0.05 were considered as significant. Results: There was a statically significant correlation between mental disorder and child abuse score (Spearman rho: 0.2; P-value < 0.001). The highest correlations between mental disorders and child abuse were found in psychological domain, Spearman’s rho coefficients were 0.46, 0.41 and 0.36 for depression, anxiety and stress respectively (P-value < 0.001). Based on the results of logistic regression for mental disorder, females, last born adolescents and subjects with drug or alcohol abuser parents had mental disorder odds of 3, 0.4 and 1.9 times compared to others; and severe psychological abuse, being severely neglected and having sexual abuse had odds 90, 1.6 and 1.5 respectively in another model. Conclusions: Programming for mandatory reporting of child abuse by physicians and all health care givers e.g. those attending schools or health centers, in order to prevent or reduce its detrimental effects is useful and success in preventing child abuse could lead to reductions in the prevalence of mental disorders.