3 resultados para diferença

em Memoria Académica - FaHCE, UNLP - Argentina


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Este texto visa pensar uma educaçao da diferença a partir de processos de criaçao literária -como atividades de traduçao transcriadora- voltados para uma pesquisa da vida cotidiana. Para tanto, recorre à literatura de Georges Perec como um procedimento transcriador ao modo de uma constituiçao sociográfica de um espaço na escritura. Ao falar em uma sociografia estamos concebendo que a observaçao de processos sociais e do próprio observador pode e é concebida por uma escrita (grafia). Entretanto, lembramos que toda escrita está coadunada a uma leitura e estas, escrita e leitura (escrileituras), sao atividades constitutivas da cotidianeidade; seus discursos e narrativas, gestos e imagens. E importante ressaltar que uma sociografia difere de uma sociologia na medida em que permuta uma postura interpretativa dos fenômenos sociais por uma escrita descritivo/inventiva de tais fenômenos vistos como associaçoes interativas. A escrita de Georges Perec assume desde seu primeiro livro Les choses, um aspecto autobiográfico e está de acordo com a ideia de uma sociografia. Ele a faz como se buscasse olhar para a vida cotidiana por meio de uma espécie de descriçao de associaçoes interativas, de si e dos objetos, transformando os espaços em que se vive a cotidianidade, como as cidades, em artefatos que personificam seus textos e, em reciprocidade, recriam o próprio espaço textual como um espaço de associaçoes recíprocas, ou seja, como um espaço social e, portanto, um espaço de relaçoes que, escritas, tornam-se sociografias. Salientamos, ainda, que recorremos à literatura de Perec como um modo de perspectivar um espaço de educaçao da diferença, no sentido de nos apropriar de suas produçoes e tomá-las como propiciadoras do novo pela incitaçao, em sala de aula, de uma escrita autobiográfica tomada como atravessamento possível para a transcriaçao de forças e materiais para fazer formas constitutivas e constituidoras de um currículo

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Este texto visa pensar uma educaçao da diferença a partir de processos de criaçao literária -como atividades de traduçao transcriadora- voltados para uma pesquisa da vida cotidiana. Para tanto, recorre à literatura de Georges Perec como um procedimento transcriador ao modo de uma constituiçao sociográfica de um espaço na escritura. Ao falar em uma sociografia estamos concebendo que a observaçao de processos sociais e do próprio observador pode e é concebida por uma escrita (grafia). Entretanto, lembramos que toda escrita está coadunada a uma leitura e estas, escrita e leitura (escrileituras), sao atividades constitutivas da cotidianeidade; seus discursos e narrativas, gestos e imagens. E importante ressaltar que uma sociografia difere de uma sociologia na medida em que permuta uma postura interpretativa dos fenômenos sociais por uma escrita descritivo/inventiva de tais fenômenos vistos como associaçoes interativas. A escrita de Georges Perec assume desde seu primeiro livro Les choses, um aspecto autobiográfico e está de acordo com a ideia de uma sociografia. Ele a faz como se buscasse olhar para a vida cotidiana por meio de uma espécie de descriçao de associaçoes interativas, de si e dos objetos, transformando os espaços em que se vive a cotidianidade, como as cidades, em artefatos que personificam seus textos e, em reciprocidade, recriam o próprio espaço textual como um espaço de associaçoes recíprocas, ou seja, como um espaço social e, portanto, um espaço de relaçoes que, escritas, tornam-se sociografias. Salientamos, ainda, que recorremos à literatura de Perec como um modo de perspectivar um espaço de educaçao da diferença, no sentido de nos apropriar de suas produçoes e tomá-las como propiciadoras do novo pela incitaçao, em sala de aula, de uma escrita autobiográfica tomada como atravessamento possível para a transcriaçao de forças e materiais para fazer formas constitutivas e constituidoras de um currículo

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