4 resultados para ÍNDIOS

em Argos - Repositorio Institucional de la Secretaría de Investigación y Postgrado de la Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Misiones


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Este artigo discute a existência de diferentes narrativas sobre a história e a relaçôes entre humanos e ñao-humanos, baseando-se nos dados sobre a relaçâo entre os Karitiana, povo indígena na Amazônia brasileira, e os câes e animais similares. Pretende demostrar que os estudos sobre a domesticidade na biología —que focalizam o paralelismo entre formas sociais humanas e nâo-humanasna consolidaçâo da convivência mútua—precisam levar em conta as formas culturalmente distintas de se construir o universo social.

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Elemento fundamental no pensamento greco pré-filosófico, physis reflete unidade, presença e relaçâo. Convertida em "naturans" pelos romanos foi, na modernidade, depura em "natureza" e com esse sentido passou a representar um domínio em face do qual a história e a cultura mantém uma relaçâo crescente de assimetria e exterioridade figuradas pela máxima cartesiana de que "o homen deve ser Mestre e Senhor da natureza". Fora do arco hegemônico do pensamento ocidental há, entretanto, percepçôes alternativas da natureza análogas á physis. Assumindo que para o que nomeamos natureza existe um plano originário - captado seja pelo pensamento selvagem, de Levi Strauss (1962), ou pela ontología anímica, de Tim Ingold (2000-2006) - o texto busca confluências entre a physis pré-filosófica e o xamanismo dos índios Galibi-Marworno da regiâo do baixo Rio Oiapoque e Rio Uaça (fronteira Brasil-Guiana francesa).

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En este artículo reconstruiremos la rebelión de los mocovíes de San Javier en 1904, caracterizada por en su época como un "malón de índios", es decir, como una irrupción de un grupo de "salvajes" con planes de destrucción. Consideramos, en cambio, que este conflicto no debe pensarse como un episodio aislado, sino como parte de un contexto más amplio conformado por la problemática aborigen en el período de consolidación del Estado nacional. Entendemos la noción de "rebelión" como un proceso complejo en el que se ponen juego aspectos políticos, económicos, sociales y religiosos vinculándose tanto a una protesta contra las imposiciones del Estado como a un movimiento de tipo milenarista. Analizaremos dicha rebelión, a partir de la prensa de la época, en la cual identificamos interpretaciones sobre la misma, así como diversas concepciones sobre la cuestión indígena que se planteaban entre distintos sectores de la sociedad mayor.

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As verdadeiras razões das guerras no mundo primitivo constituem uma questão que merece maior atenção dos estudiosos. Um motivo óbvio dessas guerras no mundo primitivo era a disputa pela exploração do meio ambiente, mas isso geralmente não ocorria entre os indígenas brasileiros, devido à vasta extensão territorial do país. Mesmo no caso dos guerreiros Munduruku, a “razão beligerante” da tribo permanece pouco explorada. O que mais se encontra são descrições dos ataques aos inimigos, do valor social atribuído aos guerreiros, do objetivo imediato da guerra - a caça às cabeças – e das festas em que essas peças eram enfeitadas tornando-se os mais valiosos troféus. Sua importância se devia ao fato de que, de acordo com as crenças indiígenas, elas propiciavam sucesso às atividades de caça, coleta e agricultura, tornando-se então necessárias ao bem estar da tribo. Nossa proposta é considerar a guerra como o elemento central da vida Munduruku, ou seja, a razão mesma de sua existência. Nessa atividade se ancoravam os valores culturais por excelência do grupo, bem como os elementos básicos da sua organização social. Independentemente de vinganças, de disputas ou de qualquer outro motivo “justo”, a guerra tinha que acontecer para os Munduruku: a vida da tribo dependia da morte dos inimigos e de suas valorizadas cabeças. Nossa hipótese é que uma explicação de base genética pode explicar mais coerentemente essa radical “necessidade” da guerra perpetrada pelos Munduruku.