3 resultados para seminiferous epithelium

em Universidade Federal do Pará


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A cutia (Dasyprocta spp) é um roedor de médio porte, que apresenta o hábito de enterrar parte de seus alimentos, principalmente sementes, é considerado um dispersor em potencial, pois contribui com o reflorestamento natural. Por ser uma espécie muito procurada para consumo na área rural da Amazônia, o manejo em cativeiro e o conhecimento dos seus aspectos reprodutivos são formas alternativas para a criação de programas de produção e preservação dessa espécie com potencial econômico. O objetivo do presente trabalho, foi determinar o período que ocorre a puberdade, caracterizar os estádios do Ciclo do Epitélio Seminífero (CES), determinar a freqüência relativa dos estádios, calcular o rendimento geral da espermatogênese e o índice das células de sertoli. Foram utilizados 7 grupos com idade variando de 4 a 17 meses, os animais foram divididos em G1 (4 e 5 meses, n=4), G2 (6 e 7 meses, n=4), G3 (8 e 9 meses, n=4), G4 (10 e 11 meses, n=3), G5 (12 e 13 meses, n=4), G6 (14 e 15 meses, n=3) e G7 (16 e 17 meses, n=2). Ao atingir a idade programada os animais foram castrados, sob anestesia, e as amostras testiculares após biometria foram fixadas em ALFAC por 24 horas, submetidas ao processamento histológico de rotina, foram realizados cortes de 5 mm de espessura e os tecidos obtidos corados com HE. As fases de desenvolvimento reprodutivo, incluindo a puberdade, foram determinadas através da quantificação das células espermatogênicas de 10 túbulos seminíferos/animal com o contorno circular, os quais se encontravam no estádio I do CES, previamente caracterizado pelo método da morfologia tubular, que apresentou oito estádios do CES, e de 20 túbulos seminíferos/animal que não apresentavam espermatogênese completa, o número real das células foi obtido através da correção dos números brutos pelo diâmetro nuclear/nucleolar médio e espessura do corte histológico. Para determinar a freqüência relativa, 100 túbulos seminíferos de cada animal que já havia atingido a puberdade foram analisados. Os pesos corporal e testicular apresentaram correlações significativas com a idade e entre si. O peso corporal e biometria testicular aumentaram significativamente (P<0.05) até a maturidade sexual, onde na puberdade o PC e PT foram (1.903 + 0.55 Kg; 1.8 + 1.4 g, respectivamente) e na fase adulta foram (2.825 + 0.11Kg; 6.1 + 0.37g). Os grupos analisados foram classificados como G1 impúbere (13.21 + 1.6 mm); G2 pré-puberdade (7.09 + 1.7 mm); G3 puberdade (93.82 + 58.7 mm); G4 Pós-puberdade 1 (164.03 + 10.03 mm); G5 e G6 Pós-puberdade 2 de fase longa (173.8 + 10.5 mm; 185.9 + 1.5 mm) e G7 Adulto (238.8 + 72.6 mm). As células de sertoli, diminuiram significativamente (P<0.05) da fase impúbere (21.7 + 3.5 mm) até a puberdade (9.7 + 4.2 mm) onde iniciaram sua estabilização até a fase adulta (9.03 + 0.01mm). As células espermatogênicas apresentaram correlações altas e significativas com o peso testicular. As médias das seções transversais do diâmetro tubular aumentaram significativamente (P<0.05) entre os grupos analisados, G1 (109.5 + 4.6 mm); G2 (119.7 + 10 mm); G3 (174.6 + 24.1 mm); G4 (240.9 + 14.1 mm); G5 (219.6 + 9.8 mm); G6 (221.1 + 7.9 mm) e G7 (258.1 + 55.3 mm). Após a análise de 1600 túbulos seminíferos, os oito estádios caracterizados pelo método da morfologia tubular apresentaram as seguintes freqüências relativas: I (16.8 + 2.3%); II (18.8 + 3.4%); III (7.6 + 1.3%); IV (11.1 + 1.2%); V (21.2 + 4.2%); VI (10.4 + 3.4%); VII (7.9 + 2.4%); VIII (6.4 + 1.4%). A freqüência conjunta dos estádios foi pré-meiótica (43.5%), meiótica (10.7%) e pós-meiótica (45.8%). Portanto, a puberdade em cutias é alcançada no período de 8 e 9 meses, onde se observa maior produção das células espermatogênicas e estabelecimento das células de sertoli, a partir dessa fase inicia-se uma tentativa de estabilização das células espermatogênicas, o qual é acompanhado por uma tendência a estabilização do crescimento testicular.

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Fêmeas e machos adultos de P. squamosissimus (Pisces, Teleostei, Sciaenidae) foram coletados mensalmente no Rio Pará, que banha a ilha do Capim (PA) (S 010 34. 971`; W 0480 52.932`), durante o período de fevereiro de 2004 a fevereiro de 2005, correspondendo ao total de 234 espécimes. As gônadas foram coletadas, fixadas e processadas de acordo com os métodos usuais utilizados para processamento em parafina e análise em microscopia de luz. A espécie em estudo é uma das principais fontes de proteína animal para a população local, sendo capturada de forma intensa e ininterrupta ao longo do ano. Com base em informações dos pescadores locais, essa captura parece estar determinando uma aparente diminuição quantitativa e qualitativa em seus estoques locais. A espécie apresenta desova parcelada e o desenvolvimento gonadal foi caracterizado nos estádios de repouso, maturação, maduro e esvaziado ou semi-esvaziado. Gônadas maduras foram encontradas nos meses de dezembro, janeiro e julho. A análise de correlação entre o estádio gonadal maduro e a variação temporal da relação gonadossomática (ΔRGS) indica também a ocorrência de desova nos respectivos meses. Não obstante, as informações obtidas da correlação entre a ΔRGS e a média de oócitos maduros e percentual de espermatozóides por túbulo seminífero, respectivamente, também indicaram haver desova nos respectivos meses, sendo que aparentemente a espécie apresenta uma desova mais intensa ou desova principal entre os meses de dezembro e janeiro (inverno), e outra desova menos intensa ou secundária no mês de julho (verão). Com base no método da morfologia tubular, foram determinados oito estádios do ciclo do epitélio seminífero (CES), sendo que no estádio 1 os túbulos seminíferos são compostos por espermatogônias primárias e cistos de spermatogônias secundárias; o estádio 2 é composto por espermatogônias primárias e secundárias e cistos de espermatócitos; estádio 3 é caracterizado por espermatogônias primárias, secundárias, cistos de espermatócitos e de espermátides jovens ou recém-formadas; estádio 4 com túbulos seminíferos caracterizados pela presença de espermatogônias primárias e secundárias, espermatócitos e por cistos de espermátides jovens e tardias; estádio 5 apresenta todas as células anteriores e é marcado pelo surgimento de espermatozóides no lúmen tubular; estádio 6 tem como características a diminuição dos cistos de células germinativas e considerável aumento do número de espermatozóides no lúmen tubular; os túbulos seminíferos no estádio 7 contêm poucos cistos de células germinativas e se inicia o esvaziamento da massa de espermatozóides do lúmen tubular; estádio 8 é o último do CES e é caracterizado pela aparente desorganização dos cistos remanescentes de células germinativas no túbulo seminífero.

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Esta pesquisa analisa o desenvolvimento da espermatogênese em caititus (Tayassu tajacu) e determina a idade em que atingem a puberdade, considerando-se a biometria testicular e dos túbulos seminíferos, a quantificação das células espermatogênicas, a descrição morfológica dos estádios do ciclo do epitélio seminífero (CES), a freqüência relativa com a qual aparecem no interior dos túbulos seminíferos e o rendimento geral da espermatogênese. No experimento, os animais foram divididos de acordo com a faixa etária, em cinco grupos, com três animais em cada grupo, sendo G1 (7 a 8 meses), G2 (9 a 10 meses), G3 (11 a 12 meses), G4 (13 a 14 meses) e G5 (15 a 16 meses). Os animais foram submetidos à cirurgia de orquiectomia, para obtenção das amostras testiculares, as quais foram fixadas em solução de Alfac por 24 horas e processadas histologicamente, onde cortes de 5 μm foram corados em Hematoxilina-Eosina. Tendo como base, o método da morfologia tubular, foi feita a quantificação dos tipos celulares corrigidos para seus diâmetros nucleares médios de 10 secções transversais de túbulos seminíferos no estádio 1 do CES para animais com a espermatogênese estabelecida e 20 secções transversais para os animais mais jovens, nos quais não havia atividade espermatogênica estabelecida; e também a classificação dos estádios do ciclo do epitélio seminífero, por meio da análise de 100 secções transversais de túbulos seminíferos. Os dados da biometria testicular, a saber, o peso, o comprimento e a largura, revelaram crescimento constante e gradual com diferenças estatísticas significativas (p<0,05) e alta correlação entre si. Os valores do diâmetro tubular apresentaram significância estatística do G1 ao G4, a partir deste, tiveram crescimento acelerado e contínuo, não havendo significância estatística (p >0,05). De acordo com as análises quantitativas e morfológicas das células espermatogênicas que compõem o epitélio germinativo, os grupos etários dos animais foram classificados nas fases seguintes: impúbere (G1), pré-púbere (G2), puberdade (G3), pós-puberdade 1 (G4) e pós-puberdade 2 (G5). A fase em que ocorreu o início da atividade reprodutiva, ou seja, a puberdade, foi determinada nos animais a partir de 11 meses de idade, onde ocorreu o maior crescimento no número de células espermatogênicas e uma correlação positiva com o peso testicular. Nessa fase, as células de Sertoli, apresentaram um decréscimo significativo (p<0,05). Na determinação da freqüência relativa dos estádios do ciclo do epitélio seminífero, foram observadas oito tipos de associações, segundo o método da morfologia tubular, onde o estádio com maior e menor freqüências foram o 1 e o 3, respectivamente. A fase pós-meiótica, apresentou maior freqüência e a fase meiótica, a menor, sendo estatisticamente significativa em relação às demais. A eficiência reprodutiva foi demonstrada por meio dos valores traduzidos pelas razões celulares entre as espermatogônias do tipo A e espermátides arredondadas, não tendo sido observado aumento significativo das espermátides arredondadas entre os grupos G3 ao G5 (p>0,05); e o índice das células de Sertoli apresentou diferença estatística significativa entre todas as possíveis comparações dos grupos etários do G3 ao G5 (p <0,05).