2 resultados para man-made cyanobacterial crusts

em Universidade Federal do Pará


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As informações topográficas existentes para o território brasileiro, na escala 1:100.000, cobrem apenas 75,39% da área nacional, restando ainda imensos vazios cartográficos, principalmente na região Amazônica. Essas informações eram oriundas de métodos de restituição aerofotogramétricas, aplicados em fotos aéreas das décadas de 60 a 80. Devido à grande complexidade dos métodos empregados e a outros problemas de ordem técnico-financeira, grande parte das cartas plani-altimétricas está desatualizada, fato que compromete a utilização das mesmas. Atualmente, as informações topográficas são largamente extraídas a partir de modelos digitais de elevação, como por exemplo, as imagens do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Neste trabalho, o modelo de elevação do SRTM foi analisado com base no Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC) altimétrico, na atualização altimétrica da carta Plani-altimétrica Salinópolis do ano de 1982. A análise do PEC altimétrico do SRTM referente à região de Salinópolis, revelou que o mesmo pode ser utilizado na escala 1:50.000 classe C e escala 1:100.000 classe A. Já que as imagens SRTM são compatíveis com a escala e classe da carta Salinópolis, utilizou-se a versão original do SRTM (90 metros resolução espacial) para atualização altimétrica da carta Salinópolis e imagens TM Landsat-5, como base planimétrica, seguindo os parâmetros adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com a atualização da carta constatou-se várias diferenças, principalmente em relação à planimetria. A atualização das cartas é de grande importância, principalmente em regiões costeiras, devido à dinâmica e intensidade dos diferentes processos naturais e antrópicos atuantes, além disso, esta metodologia pode servir de base para a atualização de outras cartas e até mesmo a geração de novas cartas em locais de vazios cartográficos, resolvendo assim a questão da falta de informação topográfica em determinadas escalas. Palavras-chave: SRTM, atualização cartográfica, carta plani-altimétrica, Amazônia.

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Esta pesquisa prioriza abordagens que estudam a comunicação enquanto interação entre pessoas. O objetivo geral foi identificar, compreender e interpretar as interações que ocorrem nas danças circulares do Mana-Maní em Belém do Pará. Especificamente buscou-se identificar a dimensão comunicativa das ações individuais e coletivas que ocorrem na dança circular e verificar de que maneira a dimensão comunicativa das interações favorecem as interações simbólicas na dança circular, além de descrever as interações comunicativas que ocorrem nas danças circulares do Mana- Maní. O aporte teórico fundamentalmente discutiu dispositivos interacionais em José Luiz Braga; Espírito Comum e Sociedade Midiatizada em Raquel Paiva e Muniz Sodré e Comunidade Emotiva e Percepção do Mundo Sensível em Michel Mafessoli. Desse modo fez-se um tencionamento entre teorias e pesquisa empírica, sobre as observações em um contexto compreendido a partir de interpretações do pesquisador. Ao nível da abordagem metodológica, utilizou-se um enfoque prevalentemente qualitativo (interpretativo), que se pautou na abordagem fenomenológicopragmática, buscando revelar características intrínsecas, ações e reações que ora promovem, ora decorrem das interações observadas no contexto do grupo. Trabalhou-se com pesquisa bibliográfica e de campo, com a observação participante, diário de campo, entrevistas em profundidade e não estruturadas, aplicação de formulário semi-estruturado e coleta de depoimentos de participantes e ex participantes. Quanto às implicações práticas, buscou-se compreender formas de comunicação ocorridas partir de uma vivência sociocultural, dentro de um contexto especificamente observado, reconhecendo influências externas e internas que propiciam interações comunicativas. Quanto aos resultados, compreendeu-se que as interações ocorrem nas danças circulares do Mana-Maní a partir da inter-relação entre cinco elementos: 1) o eu, parte fundamental e insubstituível, que agrega motivações pessoais para vivenciar as danças circulares; 2) o outro – matéria-prima para as diversas interações, sempre de forma assimétrica, conforme o cabedal de conhecimento de cada um. Sem o outro, não há interação; 3) a ritualística das danças circulares no Mana-Maní, inspirada nas matrizes culturais da Amazônia, que com sua filosofia estimula e permite um espírito mais meditativo e interativo entre os participantes; 4) o cotidiano, por conta do reencantamento, a partir do prazer de participar e de ter inspirações para enfrentar dificuldades, desafios, limites físicos, psíquicos e comunicativos do comportamento pessoal; 5) a intersubjetividade, que ocorre de forma relevante e intensa, partir das dimensões simbólica e intersubjetiva, onde cada participante projeta seu mundo, sua subjetividade e entra em contato com a subjetividade dos demais, criando e ressignificando interações.