2 resultados para infectious complication

em Universidade Federal do Pará


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Introdução: A pneumonia é uma das infecções mais comuns em crianças, sendo o derrame pleural uma complicação potencial, principalmente nos países em desenvolvimento, onde existem sérias limitações de recursos diagnóstico-terapêuticos. Objetivos: Conhecer o perfil das crianças portadoras de derrame pleural parapneumônico, analisando sua evolução a partir da terapêutica clínica e cirúrgica que são submetidas. Método: Estudo descritivo, transversal, de coleta prospectiva, no qual foram estudadas todas as crianças internadas em um hospital de referência de doenças infecciosas na Região Norte-Brasil com diagnóstico de derrame pleural parapneumônico, submetidas a procedimento cirúrgico para abordagem do mesmo, no período de outubro de 2010 a outubro de 2011. Resultados: A amostra foi composta por 46 crianças, com distribuição igual entre os sexos, predominância de menores de 3 anos (74%) e procedentes do interior do estado (54,3%). Parcela considerável (28%) possuía algum grau de inadequação do estado nutricional. A média de tempo de doença até à admissão na referida instituição foi de 16,9 dias, e todos os indivíduos eram provenientes de outro hospital. A duração média da internação hospitalar foi de 26,0 dias, e a do estado febril, de 9,8 dias. Foram utilizados 2,2 esquemas antimicrobianos, em média, por paciente e o Ceftriaxone foi o antibiótico mais comum. Diagnóstico etiológico só foi alcançado em um único caso. Em 22 crianças, (47,8%), havia empiema pleural, e elas apresentaram maior tempo de drenagem. Foi encontrada associação entre crianças com nanismo e cirurgias múltiplas (Teste G = 8,40; p= 0,040). A grande maioria das criança foi operada uma única vez (80,4%), e a drenagem torácica fechada foi a cirurgia mais realizada. A drenagem torácica aberta foi instalada em 24,0% dos pacientes. A toracotomia com descorticação foi realizada em 2 pacientes (4,0%). Todas as crianças da amostra obtiveram recuperação clínica e radiológica em até quatro meses após a alta hospitalar, e não houve óbito na amostra. Conclusão: A população estudada possui doença em estágio avançado e distúrbios nutricionais prevalentes, que podem influenciar na evolução. É necessária padronização da antibioticoterapia, e reconsiderar a drenagem torácica aberta no empiema pleural, a partir de novos estudos sobre o tema, principalmente na indisponibilidade da videotoracoscopia.

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A mucosite oral é a complicação oral mais freqüente nos pacientes sob quimioterapia e/ou radioterapia. Vários microrganismos podem estar presentes nesta lesão o que dificulta o seu tratamento. A propriedade antimicrobiana de plantas tem sido estudada com o intuito de confirmar cientificamente sua ação, e o possível potencial no controle de doenças infecciosas, principalmente devido ao aumento de microrganismos resistentes aos antimicrobianos conhecidos. O estudo teve por objetivo observar a ação inibidora de extratos das plantas Arrabidaea chica, Bryophyllum calycinum, Mansoa alliacea, Azadirachta indica, Senna alata, Vatairea guianensis, Vismia guianensis, Ananas erectifolius, Psidium guajava, Euterpe oleracea e Symphonia globulifera sobre cepas de microrganismos frequentemente envolvidos em lesões de mucosite oral, tais como, Streptococcus mitis (ATCC 903), Streptococcus sanguis (ATCC 10557), Streptococcus mutans (ATCC 25175), Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027), Candida albicans (ATCC 40175), Candida krusei (ATCC 40147) e Candida parapsilosis (ATCC 40038). A avaliação da atividade antimicrobiana e a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizadas através do método de disco-difusão em meio sólido. Os extratos brutos das plantas foram testados nas concentrações de 500, 250, 125, 62,50, 31,25 e 15,62 mg/ml utilizando como solvente o Dimetil-Sulfóxido (DMSO). Os extratos de anani e de pirarucu foram os que apresentaram maior espectro de ação, inibindo o crescimento de sete microrganismos dentre os oito testados. As menores CIM foram obtidas com os extratos de anani, lacre e mata pasto. O extrato de anani foi o mais ativo tendo demonstrado boa atividade antimicrobiana (CIM abaixo de 100 mg/mL) contra sete microrganismos (S. aureus, C. albicans, C. krusei, C. parapsilosis, S. mitis. S. sanguis e S. mutans, sendo inativo apenas para P. aeruginosa). O extrato de lacre demonstrou boa atividade frente a cinco microrganismos. Mata pasto teve boa atividade contra S. aureus, S. mitis e C. albicans. P. aeruginosa foi o microrganismo mais resistente sendo suscetível apenas para os extratos de pariri e pirarucu. Dentre os extratos avaliados, apenas o curauá não apresentou atividade sobre nenhum dos microrganismos testados. Os resultados obtidos demonstraram a capacidade antimicrobiana dos produtos vegetais testados. Entretanto, estudos futuros são necessários para esclarecer os seus mecanismos de ações e as possíveis interações com as drogas antimicrobianas, visando seu aproveitamento na terapêutica de doenças infecciosas.