9 resultados para gift cards

em Universidade Federal do Pará


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No município de IgarapéMiri, como em todo o estado do Pará, é comum o uso de plantas medicinais para o tratamento de muitas doenças. Da mesma maneira, em vários estados do país se têm registrado programas oficiais de plantas medicinais e para mapear as espécies vegetais utilizadas na fitoterapia popular aplicamse metodologias etnoorientadas tais como a etnobotânica e a etnofarmacologia, principalmente. A partir das ciências farmacêuticas elaborouse a etnofarmácia, que vem sendo empregada em nível mundial para levantar plantas medicinais e avaliar os remédios preparados a partir delas. O objetivo geral desse trabalho é contribuir para a consolidação da Etnofarmácia e para a implementação da PNPMF no estado do Pará, trazendo informações colhidas sobre indicação de plantas medicinais, preparação e administração de remédios vegetais e problemas relacionados ao uso deles. Mais especificamente, visa determinar a nosogeografia regional, identificar e selecionar os recursos terapêuticos vegetais utilizados para o tratamento das doenças prevalentes, conhecer e caracterizar do ponto de vista farmacêutico os remédios a base de vegetais citados. Elaborar fichas com informações sobre vegetais selecionados nos moldes de uma monografia são outros objetivos aqui propostos. A ferramenta empregada para atingir os objetivos é o levantamento etnofarmacêutico que associa elementos de outros métodos etnoorientados com os preceitos da Assistência Farmacêutica. Aplicado em oitenta e seis comunidades do município, em dois momentos, o primeiro no ano 2000 e o segundo em março/abril de 2008, o método forneceu dados que foram tabulados em planilhas Excel e plotados em gráficos. Assim, foram detectados 91 agravos, 236 espécies vegetais, distribuídas em 72 famílias botânicas, e sete formas de administração diferentes. 38 eventos adversos também puderam ser identificados. As dez espécies com maior freqüência relativa de citação tiveram levantados seus dados bibliográficos que, associados aos dados etnofarmacêuticos, poderão ser utilizados para compor um Memento Fitoterápico do Município.

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Evidencia quais as concepções de ambientes de estudantes de diferentes momentos de escolarização. Objetiva caracterizar essas concepções entre 181 alunos distribuídos entre 5ª e 8ª séries (Ensino Fundamental), 3º ano/Convênio (Ensino Médio) e discentes de 4º semestre e concluintes de cursos de Pedagogia (Ensino Superior), além de investigar possíveis distinções de complexidade, conforme o grau de escolarização dos sujeitos. A análise das respostas ao questionário aplicado evidencia que concepções de ambiente configuram-se como representações sociais, pois estão na base tanto da elaboração de comportamentos quanto da comunicação entre as pessoas, revelando valores e experiências culturais socialmente estruturadas. Em decorrência do caráter representacional de ambiente identifica, entre os sujeitos, compreensões que não se diferenciam em complexidade. Assim, percebe-se dois entendimentos predominantes, influenciados pela mídia e práxis escolar: o ambiente onde vivo, estou e vou, local em que nossa interage entre si e com os demais componentes; o ambiente como manancial de vida, propiciador de elementos essencialmente naturais, que asseguram a vida. Duas categorizações emergem dessas concepções: o ambiente universal, com fronteiras que podem extrapolar a Biosfera, pleno de paz e harmonia, composto por todas as inter-relações entre fatores biológicos, físicos e químicos; o ambiente do homem, onde estão nossas cidades, casas, escolas, ruas e praças, substrato da existência humana, tendo cultura e tecnologia mediando as inter-relações ambientais. Constata que os sujeitos se sentem privilegiados por integrarem a espécie capaz de preservar, ou não, o ambiente. Este antropocentrismo se faz presente até em intenções de cuidado e manutenção, pois se quer conservar aquilo que assegura nossa existência. Trata-se de um dado relevante para orientar ações que privilegiem um tipo de Educação em Ciências voltada para a busca do equilíbrio de nossas relações ambientais.

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Este trabalho discute a organização de uma das maiores festas religiosas do Brasil: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, Pará. Usando o Paradigma do Mercado Religioso e a Teoria da Dádiva, proponho avaliar a celebração, tomando como ponto de partida uma análise da Diretoria da Festa, que é a instituição que promove a celebração religiosa. O propósito desta avaliação é apontar a convergência entre as duas teorias. Ao longo do trabalho, discuto a gênese e a expansão da celebração, assim como a relação entre a Diretoria da Festa e os devotos de Nossa Senhora de Nazaré.

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Foi analisada a situação vacinal de 173 crianças de 0 a 2 anos de idade atendidas na Policlínica Hamilton Raulino Gondin situada num bairro periférico da cidade de Porto Velho, Rondônia. Os dados foram colhidos de maio a setembro de 2001 e obtidos através de entrevistas realizadas com o acompanhante da criança mediante a aplicação de formulário padronizado. Através deste instrumento foram analisadas as carteiras de vacina das crianças, tendo como critério o aprazamento das doses e colhidas informações referentes aos aspectos sócio-econômicos e culturais da família onde a criança está inserida. Os resultados mostraram que os maiores percentuais de atrasos encontrados foram 6,4% para a vacina contra a febre amarela e 5,8% para as vacinas contra sarampo (1ª e 2ª dose) e contra o Haemophilus influenza tipo b-Hib 3ª dose. Dentre os motivos de atrasos vacinais pesquisados o de maior relevância foi à falta de informação da mãe ou responsáveis. Estudando os fatores sócio-econômicos e culturais da família das crianças da amostra, evidenciou-se predominância de mães jovens, com idade entre 19 e 25 anos. Em relação ao grau de escolaridade do acompanhante das crianças, detectamos o percentual de 63,0% para o I grau incompleto. Analisando a renda das famílias das crianças do estudo observou-se que 29,5% vivem com rendimento compreendidos entre 1 e 2 salários mínimos.

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Liophis typhlus (Linnaeus, 1758) é uma espécie de distribuição restrita à América do Sul, sendo reconhecida três subespécies: Liophis typhlus typhlus encontrada nas florestas tropicais ao longo da bacia Amazônica, nos seguintes países: Equador, Bolívia, Colômbia, Peru a Leste dos Andes, Norte e Leste da Venezuela, Guianas e Brasil; Liophis typhlus brachyurus presente na Mata Atlântica do Sudeste e nos cerrados do Centro-oeste brasileiros e no Paraguai; e Liophis typhlus elaeoides presente na bacia do Rio Paraguai, incluindo os Chacos do Sudeste da Bolívia, Norte do Paraguai e Centro-Oeste do Brasil. Com o objetivo de revisar taxonomicamente Liophis typhlus foram analisados 16 caracteres morfométricos e 19 merísticos de 240 espécimes. A osteologia craniana e a morfologia hemipeniana foram analisadas de forma comparativa entre os táxons. Foram identificadas diferenças sexuais significativas, utilizando o teste t. Foram realizadas Análises de Função Discriminante entre os espécimes dos táxons estudados, com o intuito de analisar se, de maneira multivariada, as amostras são diferentes entre si e quais as variáveis que estariam contribuindo para esta separação, a Análise de Variância (MANOVA) foi utilizada entre os táxons, para verificar diferenças significativas entre eles. Foi evidenciada diferença significativa entre machos e fêmeas dos exemplares de L. t. elaeoides, com relação à VE, em L. t. typhlus foram evidenciadas diferenças significativas com relação a seis caracteres (CT, CCA, LCA, LFR, CMA e VE). Os resultados das análises da Função Discriminante indicaram uma clara distinção, num espaço multivariado, entre os três táxons estudados. O padrão de coloração, a morfologia hemipeniana e craniana foram importantes na diagnose das espécies. A distribuição de L. typhlus, parece estar restrita ao domínio Amazônico, tendo seu limite setentrional no norte do Mato- Grosso próximo à área de transição Amazônia-Cerrado. L. rachyurus está mais associado ao domínio Cerrado, porém ocorre em áreas de Mata Atlântica, Caatinga e Pantnal. L. elaeoides possui uma área de distribuição mais restrita associada ao Chaco e Pantanal, contudo sua distribuição foi ampliada, com análise de dois exemplares procedentes do Rio Grande do Sul. Não foi possível verificar as relações filogenéticas entre as espécies L. brachyurus, L. elaeoides e L. typhlus com as demais espécies do gênero.

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A presente dissertação tem como objetivo central identificar, mapear e descrever a variação lexical do português falado na zona rural de seis municípios da mesorregião Sudeste Paraense: Curionópolis, Itupiranga, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, São João do Araguaia e Tucuruí. Esta mesorregião apresenta importância considerável no contexto sócio-político-econômico-cultural do Estado do Pará. A pesquisa é orientada pelos pressupostos da dialetologia, sob o método da geolinguística. Este trabalho faz parte do projeto GeoLinTerm, mas com pesquisa específica do eixo do projeto ALiPA. Fizemos o levantamento de alguns trabalhos realizados ao longo dos estudos geolinguísticos. A metodologia utilizada contou com a aplicação de um questionário semântico lexical, adaptado, contendo quatorze campos semânticos, que foi respondido pelos informantes selecionados. Os dados coletados nos seis municípios, objeto da pesquisa, contêm registros de fala de 22 informantes da zona rural da mesorregião Sudeste Paraense, dentro do perfil metodológico estabelecido pelo ALiPA. Após a coleta, fizemos o tratamento dos dados com a seleção, a transcrição, a elaboração de 30 cartas e a descrição dos resultados. Das 256 perguntas do questionário, selecionamos as 30 mais frequentes e com maior variação para serem desenvolvidas nas cartas. Em seguida às cartas, mostramos as ocorrências por localidade, sexo e faixa etária.

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O presente trabalho visou investigar qual a importância da Psicoterapia em homens doentes de aids marcados pela proximidade com a morte ou a finitude existencial internados em uma enfermaria hospitalar. A intervenção psicológica, na área da saúde e da clínica psicológica, foi procedimento interventivo que permitiu efetivar a escuta socialmente engajada visando superar a premissa acerca da doença enquanto centro do tratamento, transmitida ao longo da história e veiculando a concepção de um sujeito patológico. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi incentivar os participantes da pesquisa a vivenciar a atenção à própria saúde reconhecendo-a enquanto um direito de cidadania básico a todos os homens. Sobre os procedimentos a psicoterapia breve gestáltica e os cuidados paliativos foram as estratégias utilizadas nos atendimentos realizados no Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém do Pará-Brasil. Os participantes da pesquisa foram quatro homens adultos, com faixa etária entre 18 e 49 anos de idade. A seleção iniciou com a pesquisa documental dos relatórios e documentos elaborados pelos profissionais que atendem na enfermaria da clinica infecto-parasitária (DIP) como fichas de identificação, prontuários de identificação dos casos, onde estava descrita o diagnóstico, o histórico de saúde. Tratou-se de uma pesquisa clínico-qualitativa, que utilizou o método fenomenológico e concepções existencialistas, e referencial teórico da Gestalt-terapia. Para a análise do discurso dos informantes se valeu da Hermenêutica da linguagem proposta em Paul Ricouer, que propõe a compreensão da dimensão linguística (sentido) e dimensão extralinguística (referência), partindo da análise gramatical da frase do locutor, perpassando pela análise semântica da fala, com atenção às funções e atos da linguagem. Nas analises nos atentamos unicamente à assimilação da função Expressiva ou Emotiva, em que o sujeito que se destacou foi o EU, e aos atos do discurso: locucionários (ato de dizer; expressão verbal), ilocucionários (aquilo que fazemos ao dizer; recursos não verbais que acompanham a fala) e atos perlocucionários (reflexo da linguagem no outro). Os resultados mostraram que os homens são responsáveis por suas próprias habilidades, e que podem ampliar as possibilidades em suas vidas, mesmo em situação de fragilidade e sem possibilidade de cura, identificando os meios a sua disposição, que permitiram lidar com uma situação de dificuldade. Quanto à psicoterapia ela foi um facilitador, e proporcionou a possibilidade de se compreender alguns modos de vinculação, subjetivação e relação dos homens atendidos no hospital.

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O presente trabalho buscou fazer uma reflexão sobre o saber-fazer de mulheres que partejam a partir da narrativa de vida de uma parteira da cidade de Bragança-(PA). Para tanto, foi utilizado o conceito de memória e identidade em Halbawchas (2006) e Bosi (1994). Compreendendo esse ofício inserido na lógica da cultura popular, foram utilizados os conceitos de Cultura em Burke (1989) e Cuche (1999) e Cultura Popular em Bosi (1992), sempre na perspectiva da heterogeneidade. A problematização dessa temática só foi possível mediante um olhar mais sensível e aproximado desses sujeitos, assim, a etnografia ofereceu os subsídios necessários nessa relação, apoiado nas fomentações de Clifford (2002) e Laplantine (1995). E por ser um conhecimento tácito a História Oral foi a base metodológica que sustentou toda a pesquisa, sendo constantemente aplicadas as orientações metodológicas proposta por Thompson (1992) e Delgado (2006). A pesquisa possibilitou compreender que existe uma representação feita por essas mulheres e pela sociedade sobre o trabalho de partejar, e que o mesmo se constitui um dom, ou um aprendizado adquirido através do contato com os mais antigos. A importância deste estudo se dá no fato de que existem diversos sujeitos sociais, que cotidianamente constroem seus saberes, mas que em função da forma hierárquica como foi concebida a sociedade, foram deixados de lado. Igualmente, é que em virtude do processo da Política de Humanização do Parto, tem-se percebido que diversos profissionais ligados à saúde da mulher tem se autodenominado parteiras, o que denota uma tentativa de apropriação e homogeneização de um saber que é específico.

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Partindo de exercícios etnográficos, o texto apresenta experiências diaspóricas de mulheres rezadeiras que, ao migrarem do Nordeste brasileiro para a “Amazônia Bragantina”, no Estado do Pará, a partir da década de 1950, tiveram suas vidas marcadas pelo processo de iniciação junto a entidades da encantaria brasileira (Prandi, 2004). Em viagens noturnas a cemitérios, transfigurações, transportes físicos, vidências e andanças em corpos de animais, ventos e águas, essas rezadeiras revisitaram “mundos” e “tempos” imemoriais, passando a dialogar com pajés e “poderosos” rezadores do Maranhão, Paraíba, Piauí e Ceará, deixando ver pessoas e encantados em outros sentidos de deslocamento. A crença na capacidade das entidades de acompanhar as pessoas detentoras do “dom de rezar” até o Pará, bem como de transitarem continuamente nesses locais, nomadizando-se (Deleuze; Guattari, 1995) entre o “lá” e o “aqui”, constitui o fenômeno da “diáspora dos encantados” (Brah, 2011; Hall, 1999, 2009). A convivência com essas mulheres ensina, entre outros aspectos, a defender concepções de encontros e deslocamentos de culturas que percebam a alteridade radical da cosmologia das ciências humanas, mesmo quando esta se crê fielmente situada em lugares de partida, movimentos de passagem ou chegada, esquecendo, muitas vezes, que se trata não de lugar, mas de trânsitos materiais e simbólicos.