12 resultados para espaço e ambiente .

em Universidade Federal do Pará


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Em estudos com comunidades biolgicas, a busca por padres de ocorrncia e distribuio das espcies vm ganhando espaço em pesquisas realizadas nas ltimas dcadas. O conhecimento da estrutura das comunidades e suas relaes, associados s interaes desses organismos com o meio ambiente, fornecem subsdios necessrios para a manuteno dessas comunidades, bem como informaes relevantes em planos de conservao e manejo. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do ambiente e do espaço na estruturao da assembleia de peixes de poas rochosas de mar, descrevendo o padro de ocupao das espcies nesse ambiente, testando a hiptese de que o espaço possui maior efeito na estruturao da ictiofauna. Foram amostradas 80 poas rochosas ao longo da Zona Costeira Amaznica, sendo 40 no perodo de maior precipitao e 40 no perodo de estiagem de 2011. Estas poas esto localizadas em cinco praias do litoral paraense e foram mensuradas quanto ao volume, a distncia da margem e as variveis fsico-qumicas da gua, como pH, temperatura e salinidade. Foram coligidos 1.311 peixes, sendo 633 indivduos na chuva e 648 na estiagem. Os indivduos esto distribudos em nove ordens, 14 famlias e 21 espcies, sendo a Ordem Perciformes a ordem mais abundante, com B. soporator e L. jocu sendo as espcies mais representativas. Os resultados obtidos na rotina BioEnv evidenciaram que as variveis abiticas pH, temperatura e volume so responsveis pela estruturao da comunidade. O clculo da diversidade evidenciou uma ampla variao de dados, abrangendo desde a substituio total das espcies at comunidades idnticas entre si, quanto ocorrncia e abundncia. A DCA evidenciou que o perodo pluviomtrico no determinante na distribuio das espcies, uma vez que no h diferena na composio entre os dois perodos. O efeito do espaço e do ambiente sobre a comunidade foi pequeno, uma vez que a maior parte da variao no foi explicada utilizando-se todas as variveis ambientais, como em uma segunda anlise, em que s foram utilizadas as variveis definidas pela rotina BioEnv. Seguindo o mesmo padro, a pRDA apenas para as variveis mais correlacionadas evidenciou que: 6% respondem ao ambiente, 4% ao espaço, 2% ao ambiente e espaço e 88% so outros fatores. Os resultados obtidos nessas anlises comprovam que os fatores abiticos mensurados, bem como a distncia entre as amostras, no so determinantes na composio e distribuio da ictiofauna em poas rochosas, refutando assim a hiptese de que o espaço possui efeito na estruturao da ictiofauna, uma vez que as condies ambientais sofrem constantes perturbaes ocasionadas pelo movimento de mars. Sendo assim, as espcies que ocupam esse ambiente se mostram adaptadas, e por isso, no teriam sua distribuio afetada pela variao dos parmetros ambientais nessa escala de estudo, respondendo somente ao efeito do espaço.

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Um dos objetivos do estudo da ecologia de comunidades de peixes identificar e prever padres de estruturao dessas assembleias em funo das interaes biticas e abiticas que ocorrem dentro de um ecossistema. Especificamente na Zona Costeira Amaznica, h um crescente nmero de estudos sendo realizados sobre a influncia de fatores abiticos e da localizao espaço-sazonal na estruturao de assembleias de peixes estuarinos, no entanto estas influncias tm sido avaliadas separadamente tornando restrito o entendimento da dinmica das assembleias de peixes desses ambientes. Com isso, o objetivo deste estudo identificar o padro de estruturao espaço-sazonal da ictiofauna na Baa de Salinas relacionando descritores de assembleias de peixes com parmetros ambientais e espaciais. As coletas foram sazonais (chuva e estiagem de 2011) dentro da Baa de Salinpolis utilizando mtodos tradicionais (malhadeiras) de coleta de peixes. Foi coletado um total de 1.293 exemplares, distribudos em 67 espcies e 27 famlias. As espcies Cathorops spixii (n = 121) e Cathorops agassizii (n = 201) foram as mais abundantes durante a chuva e durante a estiagem, as espcies Cathorops agassizii (n = 118) e Genyatremus luteus (n = 72) foram as mais abundantes. Os resultados mostraram as assembleias de peixes entre o perodo de chuva e estiagem se mostraram semelhantes em termos de abundncia e composio de espcies. O ambiente e a localizao geogrfica no influenciam a estruturao das assembleias de peixes estuarinos neotropicais, sugerindo que a estruturao da assembleia se d de forma aleatria, seguindo o padro de modelos nulos de distribuio.

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Os igaraps amaznicos podem apresentar caractersticas ambientais rigorosas para diversas espcies de peixes devido sua condio oligotrfica. Apesar disso, estes cursos dgua detm uma ictiofauna rica e diversificada, que ocupa uma grande variedade de microhbitats nos igaraps. Em sistemas de lagos de ria, os rios e igaraps sofrem um represamento natural e passam a ter baixos valores de correnteza, o que pode tornar esses ambientes mais homogneos, j que a correnteza afeta diversas caractersticas dos igaraps. Nesse caso, a distncia entre os igaraps poderia ser um dos principais fatores estruturadores das assembleias de peixes. Este trabalho teve como objetivo analisar a influncia do espaço e do ambiente sobre a estrutura das assembleias de peixes de igaraps afogados em Caxiuan, na Amaznia Oriental. As coletas de peixes foram realizadas durante o perodo da seca de 2010, abrangendo 34 trechos de igaraps. Foram mensurados oito fatores abiticos para testar os efeitos das caractersticas ambientais locais. Para analisar os efeitos do espaço, foram calculados filtros espaciais a partir das coordenadas geogrficas, bem como a distncia fluvial entre os trechos. As anlises mostraram que o ambiente foi o nico fator a influenciar a diversidade beta, refutando a hiptese do espaço enquanto fator estruturador e reforando o papel do nicho ecolgico na distribuio das espcies. Apesar disso, os fatores abiticos explicaram uma porcentagem baixa da variao na composio das espcies de peixe, o que mostra que outras variveis podem afetar essas assembleias.

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Estudos relacionados variao espacial e sazonal das comunidades zooplanctnicas de um trecho do mdio Rio Xingu, no Estado do Par, foram realizados em dois ambientes de lagos e de canal. As coletas foram realizadas com periodicidade mensal durante um ciclo anual, estimando-se os parmetros:diversidade, densidade, biomassa, produo secundria e os grupos funcionais de cada localidade (lago, remanso e corredeira). Um total de 166 espcies pertencentes principalmente a trs grupos taxonmicos foi registrado para todos os ambientes: Rotifera 141 espcies; Cladocera com 20 espcies; e Copepoda com cinco espcies. A maior densidade numrica foi de Rotifera no perodo de seca, com diminuio na cheia. As estimativas do nmero esperado de espcies baseado nas curvas de rarefao mostrou que a diversidade zooplanctnica no lago Pimental, ambientes de remanso e corredeiras, no atingiram a assntota para a riqueza total de espcies coletadas. Para o Lago da Ilha Grande, a riqueza foi menor em relao aos outros ambientes estudados, e atingiu a assntota no dcimo segundo ms de coleta. A densidade total mdia (org.m-3) do zooplncton, para os ambientes de canal do rio, nos pontos de Boa Esperana e Arroz Cru, apresentou uma variao sazonal com os maiores valores para o perodo da seca, sendo que os rotferos constituram o grupo taxonmico melhor representado em termos de densidade. A biomassa total seca apresentou uma variao de 0,063 a 2,2 g.m-2. O lago da Ilha Grande foi o ambiente que apresentou maior disperso na biomassa com valores de 0,39 a 1,2 g.m-2 no perodo da cheia e 0,66 g.m-2 para perodo da seca. Sete grupos foram encontrados em 35% de similaridade entre os ambientes estudados na variao sazonal. O grupo formado por organismos do Lago de Pimental no perodo de cheia foi o mais dissimilar. De acordo com a anlise de similaridade das porcentagens (SIMPER), houve uma similaridade interna mdia, no perodo da cheia, dos ambientes de corredeira com aproximadamente 58%; remanso com similaridade mdia de 48% e de Lago, apresentando uma baixa similaridade interna de 23%. A dissimilaridade foi maior entre os ambientes de corredeira e lago, ambos no perodo de cheia (70%). A Anlise de similaridade bifatorial indicou que no h diferenas significativas entre os ambientes estudados (ANOSIM r = 0,263; P = 0,2). Os lagos foram os que apresentaram comunidades vi zooplanctnicas estatisticamente diferenciadas dos demais ambientes no mdio Rio Xingu. Para os ambientes estudados, as principais espcies encontradas apresentaram diferentes hbitos alimentares, sendo estas detritvoras, filtradoras e onvoras. Os resultados obtidos para os ambientes aquticos do mdio Rio Xingu mostraram um padro de maior diversificao dos Rotifera e dos Cladocera, confirmando os estudos para outros ambientes amaznicos, onde ao que parece, ocorre esta tendncia independentemente do tipo de guas dentro da classificao de Sioli. Os distintos ambientes apresentaram uma reduo na densidade do zooplncton, que acompanharam o aumento do volume das guas do rio, e que pode estar associada com o forte efeito diluidor das guas pelo aumento do nvel do rio, e por sua vez, um efeito perturbador na estabilidade dos ambientes de lago.

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Este estudo teve por objetivo investigar as representaes de crianas da Educao Infantil (EI) sobre o meio ambiente, em interface com a Educao Ambiental, como forma de entender as relaes que a criana tem de si com o meio ambiente, tendo como foco principal as idias e imagens que as crianas fazem do meio ambiente. A pesquisa postula uma abordagem qualitativa com nfase metodologia da teoria da representao social de Serge Moscovici (1978), Jodelet et al. (2001), associado ao trabalho de percepo ambiental, balizadas em Del Rio (1996); Tuan (1980, 1983). Para o processo de interveno foram utilizadas estratgias de percepes, efetivadas atravs um passeio exploratrio e interpretativo do espaço sala de aula, e do jogo das evocaes, cujas ilustraes foram inspiradas nas tipologias de ambiente segundo Sauv et al. (2000) e Sato (2004), evocadas sob a expresso indutora meio ambiente. Todas as atividades foram balizadas pelas expresses orais e pictricas das crianas, dados esses analisados a partir do contedo grfico e discursivo contidos nas construes sociais de meio ambiente, numa interpretao infantil. Os sujeitos da pesquisa foram 20 crianas de 6 anos de idade, alunos da educao infantil de uma escola pblica, situada no bairro Montese, na cidade de Belm (PA). Nas anlises dos dados tornou-se evidente o valor topoflico em relao aos ambientes, em especial, os do convvio escolar e familiar das crianas, expressos pela afetividade, elemento fundamental de formao da identidade pessoal e de inter-relaes com o meio ambiente. De acordo com as evocaes, os resultados mostraram que as crianas concebem o meio ambiente como problema na 1 evocao, como biosfera na 2 evocao, e por ltimo, como natureza. Na estrutura representacional, o ambiente como problema mostrou ser o Ncleo Central das representaes sociais que, confirmados pelos desenhos e falas infantis, indicam o poder de veiculao da mdia em torno de suas concepes, estes ancorados na necessidade de preservar (interveno) o meio ambiente para garantir a vida no planeta.

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O presente texto apresentar um estudo realizado na escola Wandick Gutierrez em Vila do Conde, no municpio de Barcarena no estado do Par. O objetivo compreender de que forma se materializa as prticas de educao ambiental no contexto escolar a partir da insero do Programa Saberes e Prticas de Responsabilidade Social na escola Wandick Gutierrez: aes socioeducativas nos bairros do entorno do Porto de Vila do Conde PROSPRS realizado em parceria pela Universidade Federal do Par- UFPA, atravs do Grupo de Pesquisa em Educao, Cultura e Meio ambiente- GEAM e a Companhia Docas do Par CDP, no perodo de 2011 a 2012. O referencial terico metodolgico amparou-se no materialismo histrico dialtico em uma perspectiva da educao ambiental crtica; esta contou com a anlise de documentos relacionados ao programa, bem como documentos da escola e, reviso de literatura e vivncias no cotidiano da escola pesquisada. A pesquisa contou com entrevistas semiestruturadas direcionadas a direo da escola, professores e coordenao pedaggica; aplicao de questionrios, junto a alunos, responsveis de alunos, equipe do programa e a CDP. Alguns dos autores que nos auxiliaram para a compreenso do contexto estudado foram: Marx (1967, 1998) Frederico Loureiro (2005, 2007), Marilena Loureiro (2007), Saviani (2006), Paulo Freire (1996, 2000), Frigotto (2012) Oliveira (2005), dentre outros. A pesquisa oportunizou perceber que nos discursos dos sujeitos entrevistados e, na leitura dos relatrios do PROSPRS houve tentativas de relacionar as aes do programa a partir da realidade concreta da comunidade da Vila do Conde; as aes desenvolvidas pelo programa acabaram por desencadear vivncias/percepes ambientais nos sujeitos escolares ainda no vividas por estes, a exemplo a construo de hortas e compostagem no ambiente escolar, no entanto, compreendo que tais discursos ainda necessitam de conhecimentos mais aprofundados do prprio fazer ambiental. Contudo, as aes ambientais que se iniciaram no ambiente escolar Wandick Gutierrez so relevantes para uma discusso reflexiva crtica para todos os sujeitos envolvidos nesse processo.

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O objetivo deste estudo foi estimar a entropia conjunta do sistema visual humano no domnio do espaço e no domnio das freqncias espaciais atravs de funes psicomtricas. Estas foram obtidas com testes de discriminao de estmulos com luminncia ou cromaticidade moduladas por funes de Gbor. A essncia do mtodo consistiu em avaliar a entropia no domnio do espaço, testando-se a capacidade do sujeito em discriminar estmulos que diferiam apenas em extenso espacial, e avaliar a entropia no domnio das freqncias espaciais, testando-se a capacidade do sujeito em discriminar estmulos que diferiam apenas em freqncia espacial. A entropia conjunta foi calculada, ento, a partir desses dois valores individuais de entropia. Trs condies visuais foram estudadas: acromtica, cromtica sem correo fina para eqiluminncia e cromtica com correo para eqiluminncia atravs de fotometria com flicker heterocromtico. Quatro sujeitos foram testados nas trs condies, dois sujeitos adicionais foram testados na condio cromtica sem eqiluminncia fina e um stimo sujeito tambm fez o teste acromtico. Todos os sujeitos foram examinados por oftalmologista e considerados normais do ponto de vista oftlmico, no apresentando relato, sintomas ou sinais de disfunes visuais ou de molstias potencialmente capazes de afetar o sistema visual. Eles tinham acuidade visual normal ou corrigida de no mnimo 20/30. O trabalho foi aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa do Ncleo de Medicina Tropical da UFPA e obedeceu s recomendaes da Declarao de Helsinki. As funes de Gbor usadas para modulao de luminncia ou cromaticidade compreenderam redes senoidais unidimensionais horizontais, moduladas na direo vertical, dentro de envelopes gaussianos bidimensionais cuja extenso espacial era medida pelo desvio padro da gaussiana. Os estmulos foram gerados usando-se uma rotina escrita em Pascal num ambiente Delphi 7 Enterprise. Foi utilizado um microcomputador Dell Precision 390 Workstation e um gerador de estmulos CRS VSG ViSaGe para exibir os estmulos num CRT de 20, 800 x 600 pixels, 120 Hz, padro RGB, Mitsubishi Diamond Pro 2070SB. Nos experimentos acromticos, os estmulos foram gerados pela modulao de luminncia de uma cor branca correspondente cromaticidade CIE1931 (x = 0,270; y = 0,280) ou CIE1976 (u = 0,186; v= 0,433) e tinha luminncia mdia de 44,5 cd/m2. Nos experimentos cromticos, a luminncia mdia foi mantida em 15 cd/m2 e foram usadas duas series de estmulos verde-vermelhos. Os estmulos de uma srie foram formados por duas cromaticidades definidas no eixo M-L do Espaço de Cores DKL (CIE1976: verde, u=0,131, v=0,380; vermelho, u=0,216, v=0,371). Os estmulos da outra srie foram formados por duas cromaticidades definidas ao longo de um eixo horizontal verde-vermelho definido no Espaço de Cores CIE1976 (verde, u=0,150, v=0,480; vermelho, u=0,255, v=0,480). Os estmulos de referncia eram compostos por redes de trs freqncias espaciais diferentes (0,4, 2 e 10 ciclos por grau) e envelope gaussiano com desvio padro de 1 grau. Os estmulos de testes eram compostos por uma entre 19 freqncias espaciais diferentes em torno da freqncia espacial de referncia e um entre 21 envelopes gaussianos diferentes com desvio padro em torno de 1 grau. Na condio acromtica, foram estudados quatro nveis de contraste de Michelson: 2%, 5%, 10% e 100%. Nas duas condies cromticas foi usado o nvel mais alto de contraste agregado de cones permitidos pelo gamut do monitor, 17%. O experimento consistiu numa escolha forada de dois intervalos, cujo procedimento de testagem compreendeu a seguinte seqncia: i) apresentao de um estmulo de referncia por 1 s; ii) substituio do estmulo de referncia por um fundo eqiluminante de mesma cromaticidade por 1 s; iii) apresentao do estmulo de teste tambm por 1 s, diferindo em relao ao estmulo de referncia seja em freqncia espacial, seja em extenso espacial, com um estmulo sonoro sinalizando ao sujeito que era necessrio responder se o estmulo de teste era igual ou diferente do estmulo de referncia; iv) substituio do estmulo de teste pelo fundo. A extenso espacial ou a freqncia espacial do estmulo de teste foi mudada aleatoriamente de tentativa para tentativa usando o mtodo dos estmulos constantes. Numa srie de 300 tentativas, a freqencia espacial foi variada, noutra srie tambm de 300 tentativas, a extenso espacial foi variada, sendo que cada estmulo de teste em cada srie foi apresentado pelo menos 10 vezes. A resposta do indivduo em cada tentativa era guardada como correta ou errada para posterior construo das curvas psicomtricas. Os pontos experimentais das funes psicomtricas para espaço e freqncia espacial em cada nvel de contraste, correspondentes aos percentuais de acertos, foram ajustados com funes gaussianas usando-se o mtodo dos mnimos quadrados. Para cada nvel de contraste, as entropias para espaço e freqncia espacial foram estimadas pelos desvios padres dessas funes gaussianas e a entropia conjunta foi obtida multiplicando-se a raiz quadrada da entropia para espaço pela entropia para freqncia espacial. Os valores de entropia conjunta foram comparados com o mnimo terico para sistemas lineares, 1/4 ou 0,0796. Para freqncias espaciais baixas e intermedirias, a entropia conjunta atingiu nveis abaixo do mnimo terico em contrastes altos, sugerindo interaes no lineares entre dois ou mais mecanismos visuais. Este fenmeno occorreu em todas as condies (acromtica, cromtica e cromtica eqiluminante) e foi mais acentuado para a frequncia espacial de 0,4 ciclos / grau. Uma possvel explicao para este fenmeno a interao no linear entre as vias visuais retino-genculo-estriadas, tais como as vias K, M e P, na rea visual primria ou em nveis mais altos de processamento neural.

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O sistema hidrogrfico de Belm constitudo por dois grandes corpos hdricos: a baa do Guajar e o rio Guam, cujo divisor de guas quase imperceptvel. A importncia do rio Guam para a cidade de Belm deve-se ao fato de que esse juntamente com os lagos gua Preta e Bolonha, faz parte do Complexo Hdrico do Utinga, manancial que abastece a cidade. O estudo visou caracterizar a variao espaço-temporal da comunidade microfitoplanctnica nessa regio, durante um ciclo anual, em perodo de maior e menor precipitao pluviomtrica, em cinco estaes de coleta. As amostras qualitativas foram coletadas com rede de plncton de 20 m. Para o estudo quantitativo, foram coletadas diretamente na sub-superfcie da gua com frascos de polietileno de 250 ml. O material biolgico foi fixado com soluo Transeau. Simultaneamente, foram registrados os parmetros abiticos na superfcie da gua. Os fatores hidrolgicos no apresentaram variaes relevantes entre as estaes e os perodos sazonais. Foram identificadas 173 espcies, destacando-se as diatomceas como grupo de maior densidade e que caracteriza o ambiente. No foram observadas espcies dominantes durante o perodo estudado. Atravs da abundncia relativa, constatou-se que a maioria dos organismos foi considerada rara. A diversidade especfica variou de muito baixa a alta, sendo observados baixos ndices de diversidade no perodo menos chuvoso, destacando-se a ocorrncia das espcies Aulacoseira granulata (Ehrenb.) Ralfs, Actinoptychus sp. e Cyclotella sp. J a densidade fitoplanctnica apresentou variao temporal definida, sendo registrados os maiores florescimentos durante o perodo mais chuvoso. Quanto variao espacial, no houve um padro em relao aos perodos sazonais. As euglenofceas foram pouco freqentes ou espordicas e se restringiram ao perodo menos chuvoso, j os dinoflagelados estiveram presentes nos dois perodos, embora considerados organismos marinhos, foram registradas duas espcies do gnero Peridinium. A comunidade fitoplanctnica no apresentou diferenas significativas entre as estaes de coleta, provavelmente devido hidrodinmica e forte drenagem fluvial do rio Guam.

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H tempos a psicologia tem se ocupado de pesquisas com foco no cuidado institucional. Este interesse fez aflorar no campo cientfico a necessidade de se estudar os ambientes coletivos de cuidado da criana na perspectiva do Nicho Desenvolvimental, onde o ambiente fsico e social, as prticas de cuidado comumente adotadas na rotina institucional, alm da psicologia dos que cuidam so subsistemas que devem ser entendidos de forma integrada e indissocivel. Este estudo teve como objetivo investigar, assim, aspectos do ambiente fsico e social, conhecimentos e concepes sobre desenvolvimento infantil, rotinas e prticas de cuidado presentes entre educadores de uma instituio de acolhimento infantil. Fizeram parte do estudo 100 educadores (95% da populao) responsveis pelo cuidado dirio a crianas encaminhadas a um espaço de acolhimento infantil. Os educadores responderam ao Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI), instrumento composto por 75 questes, dividido em quatro categorias: prticas de cuidado, sade e segurana, normas e aquisies e princpios do desenvolvimento. Deste universo, foram selecionados 10 educadores, que compuseram as sesses observacionais, com destaque para as rotinas de cuidado na instituio, sendo que o critrio principal para essa escolha foi seleo com base no desempenho obtido no KIDI. Das sesses observacionais foram selecionados momentos em que cada educador esteve envolvido com situaes de banho, alimentao, sono e brincadeira. A partir destes relatos foram extrados episdios que ilustram prticas de cuidado e atividades de rotina na instituio. Os resultados mostram que entre estes profissionais a maioria mulher (99%), com mais de 35 anos, possui filhos, completou o ensino mdio e tem mais de 24 meses de experincia como educador. No que concerne ao resultado da aplicao do instrumento, v-se que 66% dos educadores acertaram em mdia 66 questes. Deste modo, apresentaram desempenho superior a 50% de acerto em todas as categorias avaliadas pelo instrumento, entretanto os melhores resultados foram obtidos em assertivas relacionadas s prticas de cuidado (80%) e princpios do desenvolvimento (68%). A escolaridade se apresentou como varivel significativa no nvel de conhecimento. No que se refere rotina institucional verifica-se que o espaço conta com um conjunto de normas e regras que so seguidas pelos educadores e crianas, em horrios e locais determinados. Observou-se ainda que o conhecimento sobre desenvolvimento infantil se apresenta como varivel relevante para a qualidade das interaes e do cuidado oferecido criana, especialmente nas situaes de brincadeira e sono. Identificou-se que os educadores alteram a rotina, modificam o ambiente fsico e social e adaptam suas prticas de acordo com a demanda e estrutura da situao, visando promover o seu bem estar, mas tambm o da criana, dando-lhe possibilidade de alterar o ambiente de acordo com seus interesses. Alm de proporcionar criana experincias que resgatam a comunidade cultural ao qual fazem parte. A partir dos resultados encontrados neste estudo, verifica-se o quanto se faz importante conhecer estes espaços enquanto um Nicho de Desenvolvimento que guarda mtua relao entre ambiente, prticas e a psicologia dos cuidadores, e que, portanto devem ser entendidos nas suas diversas dimenses.

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O presente estudo objetivou avaliar a estrutura da assemblia de macroinvertebrados bentnicos no mdio rio Xingu, estimando a produo secundria anual. Dois ambientes no setor do mdio rio Xingu foram estudados, um lntico (lago da Ilha Grande) e o canal principal. No lago foram realizadas coletas nos habitats marginal e profundo, utilizando amostrador tipo core e uma draga Ekiman-Birge; j nos habitats de corredeira e remanso no canal principal, os organismos foram coletados com uma rede tipo surber e core. As coletas ocorerram durante 12 meses abrangendo o perodo de cheia (janeiro a maio) e da seca (junho a dezembro) local. Foram coletados um total de 23.432 indivduos da macrofauna bentnica, referentes a 43 txons, 8 classes e 4 filos. Os insetos e gastrpodes corresponderam, respectivamente, a 47% e 36% do total de exemplares capturados. A maior diversidade de txons foi registrada para os ambientes de corredeiras. O ambiente de remanso do rio por sua vez foi muito similar em riqueza de espcies, ao ambiente marginal do lago. A densidade mdia no perodo de seca foi de 1.605,75 ind.m<sup>-2</sup>, e no perodo da cheia de 894,43 ind.m<sup>-2</sup>. Leptophlebiidae, Hydropsychidae e Chironomidae, com 29,0%, 21,4% e 13,1%, respectivamente contriburam com a maior abundncia no ambiente de rio. J para o lago, os Chironomidae (34,6%) Oligochaeta (23,2%), Chaoboridade (14,7%) e Nematoda (14,5%) contriburam com a maior proporo da densidade. As diferenas encontradas nas assemblias de macroinvertebrados entre habitats foram relacionadas a diferenas de oxignio dissolvido e nutrientes. Os ambientes de corredeira foram os mais diferenciados de todos os habitats estudados.

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Os diversos ambientes estuarinos esto hidrologicamente e ecologicamente conectados e fornecem funes vitais para muitos organismos aquticos. Segregaes espaciais e temporais foram observadas na estrutura das assemblias de peixes (biomassa mdia) nos ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado do esturio do rio Marapanim, Norte do Brasil. Amostragens mensais de peixes foram conduzidas de agosto de 2006 a julho de 2007 nos ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado usando arrasto de fundo e pu de arrasto, respectivamente. Um total de 41.496 indivduos pertencentes a 29 famlias e 76 espcies foi coletado. A riqueza das espcies apresentada no ambiente subtidal (71 espcies) foi superior ao observado de entremar no vegetado (51 espcies). Diferentes associaes na composio das espcies e guildas funcionais foram observadas entre os ambientes de canal subtidal e de entremar no vegetado, atravs da Anlise de Correspondncia Destendenciada. Diferenas significativas na composio das assemblias de peixes foram encontradas entre os ambientes, perodos e zonas atravs da anlise de similaridade (ANOSIM). Foi verificado que os sedimentos finos (silte-argila), areia e salinidade foram os fatores mais importantes estruturando as assemblias de peixes. Em sntese, esses resultados podem estar associados tolerncia a fatores ambientais e aos diferentes tipos de alimentao.

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As Reservas Extrativistas foram criadas tendo como objetivo bsico de assegurar o uso sustentvel dos recursos naturais e proteger as populaes extrativistas que realizam atividades sustentveis, de forma a garantir a permanncia dessas populaes na rea. De al modo, se realiza um estudo de caso na Reserva Extrativista marinha Me Grande de Curu (RESEX MGC) com o objetivo de investigar como se constituiu a interveno das polticas pblicas em dezoito comunidades da RESEX MGC, salientando o uso dos recursos naturais pelas populaes extrativistas e as consequncias para a mobilidade populacional. Para isso se realizou uma pesquisa de campo utilizando uma amostra para aplicao de questionrios e entrevistas nas comunidades que integram a reserva, pois se tratou de identificar as aes implantadas. A partir de ento, as principais polticas pblicas para a RESEX se direcionaram para o setor social e ambiental, por meio da execuo do Programa Nacional de Habitao Rural (PNHR), o Programa bolsa verde e de Assistncia Tcnica de Extenso rural. As aes governamentais implantadas na RESEX MGC forneceram subsdios para a manuteno da populao na rea, ademais, no caso da mobilidade populacional na RESEX MGC, constatou-se que os principais motivos que ocasionaram a mobilidade, tais qual o trabalho e a educao, estiveram ausentes do planejamento de projetos e aes para os primeiros onze anos da reserva, mas alm do trabalho e educao, as caractersticas da mobilidade populacional foram a mobilidade sazonal e a mobilidade de retorno a comunidade, por isso se resgatou o sentido de pertencimento e a ligao com o lugar de origem que dentre outros fatores foi fundamental para o registro de retorno ao municpio.