2 resultados para emerging psychoactive substances

em Universidade Federal do Pará


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O sistema nervoso central é vulnerável a ação de inúmeras substâncias, dentre estas se encontram as substâncias psicoativas, tal como o álcool etílico ou etanol, que é consumida pela humanidade há bastante tempo e está associado a uma gama de problemas médico sociais. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar as alterações neurocomportamentais e teciduais decorrentes da exposição ao etanol da adolescência à fase adulta sobre o hipocampo. Para isto, foram avaliadas 30 ratas Wistar, distribuídas em grupo controle e etanol, que ao completarem 35 dias de idade (adolescência) receberam, por gavagem, etanol na dose de 6,5 g/Kg/dia até completar 90 dias (fase adulta). Após esse período, os animais foram submetidos aos ensaios comportamentais do campo aberto, reconhecimento social e a esquiva inibitória e posteriormente perfundidos para avaliação tecidual através de processamento histológico por violeta de cresila. Foram coletadas e processadas secções de 50 μm, as amostras foram submetidas à coloração por violeta de cresila. Os resultados demonstraram déficit nos parâmetros analisados nos ensaios comportamentais, como comprometimento na deambulação natural do animal, no percentual no número de quadrantes centrais e tempo na área central o que sugere comportamento do tipo ansiogênico, aumento no número de levantamentos relacionado à atividade exploratória dos animais. Observou-se comprometimento no desenvolvimento de processos mnemônicos com diminuição na retenção de memória de curto e longo prazo, bem como na de reconhecimento social. Quanto ao tratamento histológico foi observado diminuição na densidade celular nas regiões CA1 e CA3 do hipocampo. Estes resultados indicam que a exposição crônica ao etanol da adolescência a fase adulta perturba aspectos comportamentais relacionados ao sistema límbico, no qual o hipocampo esta inserido.

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O uso de substâncias psicoativas é um dos maiores problemas da sociedade moderna, causando transtornos sociais, econômicos e à saúde do usuário. Em 2010, 26,4-36 milhões de pessoas utilizaram analgésicos opióides para fins não-terapêuticos, sendo a frequência de uso nocivo por profissionais de saúde, cinco vezes maior quando comparados a população geral, devido ao acesso facilitado. A prevalência no uso durante a gravidez apresenta taxas que variam de 1% a 21%, representando preocupação na sociedade, uma vez que os efeitos ocasionados no desenvolvimento do feto ainda não estão bem elucidados. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas neurocomportamentais de ratos adultos após exposição crônica à morfina, durante o período intrauterino e lactação. Ratas grávidas receberam durante 42 dias, via subcutânea, morfina 10 mg/kg/dia. A prole foi pesada nos dias D1, D5, D10, D15, D20, D30, D60, e os ensaios comportamentais realizados com a prole aos 2,5 meses de idade, os quais consistiram no modelo do campo aberto, labirinto em cruz elevado, nado forçado e rota-rod. Os resultados demonstraram que a exposição à morfina promoveu redução no ganho de peso da prole após o nascimento e inclusive após o desmame, aumento da locomoção espontânea das fêmeas, bem como aumento do comportamento do tipo ansiogênico e comportamento do tipo depressivo, independente do sexo, porém sem prejuízo motor associado.