2 resultados para dislexia

em Universidade Federal do Pará


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O presente estudo objetivou a implementação de um modelo que integrasse o treino de consciência fonológica ao paradigma de equivalência de estímulos, utilizando-se de rede de relações condicionais, para produzir leitura e escrita recombinativas com compreensão em crianças e adolescentes com dislexia fonológica. Participaram desse estudo RP, 9 anos, 3 série e JR e LV, 12 e 15 anos, cursando a 6 e 7 séries, respectivamente, alunos de escolas públicas de Belém, diagnosticados como disléxicos por fonoaudiólogas e indicados pelas mesmas para participarem do projeto. O trabalho foi desenvolvido em 8 fases. Foram aplicados pré-testes para averiguar a existência dos requisitos básicos para alfabetização, e o repertório de entrada em equivalência, leitura em voz alta, ditado e consciência fonológica. Os treinos e testes de formação de classes de equivalência eram intercalados com os treinos de consciência fonológica (consciência de palavras e consciência de sílabas), gerando a possibilidade de averiguar o efeito de cada treino nos desempenhos dos participantes. Os resultados mostraram uma melhora significativa nas habilidades de leitura com compreensão e escrita de palavras e pseudopalavras, e de nome de figuras (ditado mudo), evidenciando a necessidade do ensino explícito de habilidades metafonológicas para o domínio de leitura competente e, especialmente da escrita indicando a eficiência deste modelo. Levantou, também, o questionamento de que uma explicação de causa apenas neurológica que se encontra em toda definição de dislexia seja insuficiente e inadequada, pois a exposição destes sujeitos a eventos ambientais, no caso, treinos específicos de discriminações condicionais, foram eficazes na melhora dos desempenhos.

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Estudos têm investigado a aplicação de procedimentos de correção, como o ensino de cópia, ditado e oralização na promoção da leitura recombinativa em pessoas com e sem atraso no desenvolvimento cognitivo. A utilização de técnicas de apoio, como o fading, ainda não foram testadas nesses procedimentos como mais uma variável que poderia estar favorecendo de forma imediata, a leitura recombinativa generalizada. A presente pesquisa relata dois estudos. O estudo 1 com duas etapas, tendo como participantes dois alunos com atraso do desenvolvimento cognitivo. Na Etapa A, os alunos foram submetidos ao ensino das relações entre palavras ditadas e palavras impressas (AC) e em seguida, aos testes de equivalência entre figuras e palavras impressas (BC) e palavras impressas e figuras (CB). Após estes testes, foram aplicados os testes de leitura das palavras de ensino (MALA, PATO e BOCA) e das palavras de generalização (formadas a partir da recombinação entre as sílabas das palavras de ensino). Os participantes apresentaram apenas a leitura das palavras de ensino, após ter sido documentado a formação de classes de equivalência entre figuras, palavras ditadas e palavras impressas. Em seguida, foram aplicadas as sondas de controle pelas unidades silábicas, e após essas sondas, aplicou-se um procedimento de correção com destaque das sílabas específicas (sílabas identificadas após a aplicação das sondas de controle pelas unidades silábicas) durante o ensino de combinado de cópia, ditado e oralização. Após quatro exposições ao procedimento de correção, os participantes continuaram a apresentar somente a leitura das palavras de ensino. Na Etapa B, introduziu-se, no procedimento de correção, um fading in nas sílabas específicas. O participante MAR apresentou a leitura correta de todas as palavras de generalização após a segunda aplicação do procedimento de correção e o participante CLA após a terceira aplicação. Os participantes apresentaram a transferência de função para as novas formas verbais AB, AC, BC, CB, AB, AC, BC e CB. Estes resultados indicaram a necessidade de avaliar os dois procedimentos de correção de forma isolada. No Estudo 2, foram selecionados dois participantes com atraso no desenvolvimento cognitivo. Foi aplicado o mesmo delineamento experimental do Estudo 1, sendo que um participante foi submetido ao procedimento de correção e um outro, ao procedimento de correção com fading in. O participante FER foi submetido a procedimento de correção com fading in e o participante JOS ao procedimento de correção com destaque das silabas. Os dois participantes apresentaram a leitura recombinativa generalizada após a condução do procedimento de correção com fading in. Apresentaram ainda a transferência de função para as novas formas verbais AB, AC, BC, CB, AB, AC, BC e CB. Os resultados sugerem que o procedimento com fading in favorece de forma imediata a leitura recombinativa generalizada em pessoas com atraso no desenvolvimento cognitivo.