7 resultados para cultural studies

em Universidade Federal do Pará


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Este empreendimento de pesquisa desenvolve uma anlise acerca de cultura e conhecimento, duas categorias basilares no campo dos Estudos Culturais, no intuito de investigar como estas so concebidas nos textos publicados no GT de Currculo (GT-12) da Associao Nacional de Ps-Graduao (ANPEd), no perodo de 2000 a 2006. De modo adjacente, analiso as nfases temticas identificadas no conjunto dos textos e as conjugaes temticas e metodolgicas realizadas pelos seus autores, de modo a obter um quadro analtico integral das categorias cultura e conhecimento tal como so abordadas. Como procedimentos metodolgicos, constam o estudo terico de Raymond Williams, Stuart Hall e Tomaz Tadeu da Silva, autores de referncia internacional e nacional do campo dos Estudos Culturais, e a anlise de dezesseis (16) textos, entre psteres e trabalhos completos, retirados do site da ANPEd www.anped.org.br no GT de Currculo, inseridos na perspectiva terica dos Estudos Culturais. A partir das anlises desenvolvidas, possvel afirmar que cultura e conhecimento so concebidos nestes textos como prticas de significao. Cultura no mera transmisso de tradies, valores, costumes e saberes de uma gerao outra, antes, a cultura da ordem dos sentidos e significados, isto , refere-se a maneiras de interpretar e conceber o mundo e constri-se a partir das relaes que homens e mulheres estabelecem entre si. Do mesmo modo, o conhecimento tambm construdo, produzido pela cultura, pelos sujeitos que fazem cultura. No neutro, nem esttico, porque o processo no qual criado est permeado por interesses particulares, disputas, questes de poder. Em geral, cultura e conhecimento so analisados em textos que discutem os currculos culturais, em especial a mdia, em suas mais diversas modalidades computador, jogos eletrnicos, programas de TV e revistas. As conjugaes tericas mais recorrentes envolvem autores tais como Tomaz Tadeu da Silva, terico mais acionado, Michael Foucault, Homi Bhabha, Stuart Hall e Jean-Claude Forquim, Gimeno Sacristn e Henry Giroux. As conjugaes metodolgicas mais utilizadas so as anlises do discurso e anlises documentais. Refletindo sobre as anlises que os textos desenvolvem sobre o currculo, percebo dois grandes eixos de compreenso. Um no qual o currculo concebido como teoria/prtica cultural, capaz de produzir sujeitos e subjetividades e outro no qual h diferenciao entre currculo terico ou oficial e currculo real; neste eixo, o currculo concebido como um documento oficial apartado das experincias cotidianas dos alunos. Observo, deste modo, duas vertentes tericas acentuarem-se dentro de um mesmo campo de pesquisa, a crtica e a ps-estruturalista, que convergem em alguns aspectos e divergem em outros, mas no que concerne s categorias cultura e conhecimento, parece haver um consenso no que se refere s relaes intrnsecas destas com os processos de significao, produo de identidades, subjetividades e de afirmao e produo de diferenas.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho analisa a construo discursiva das identidades sociais em trs interaes com menores infratores sob o regime semiliberdade. O objetivo desta investigao correlacionar lngua e identidades. Para isto, o estudo comea por problematizar as idias sobre o sujeito e sua identificao com diferentes centros sociais numa sociedade moderna e plural. Destaca, tambm, a influncia das instituies na formao identitria do indivduo, especialmente das instituies reguladoras para menores infratores e do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA). Assim, relaciona o estigma, socialmente construdo, s contingncias identitrias com os quais os menores se deparam nas interaes verbais. Deste modo, recorre a abordagens tericas que consideram a lngua em seu contexto social, como a Sociolingstica Interacional e as teorias da Enunciao, como tambm a outras reas do conhecimento, como os Estudos Culturais e a Psicologia Social. uma investigao de cunho interpretativista e etnogrfico que analisa a construo das identidades sociais por meio de diferentes alinhamentos e enquadres no discurso, e estuda a relao do discurso dos adolescentes com os discursos que circulam na unidade onde esto e na sociedade. Para tanto, entrevistas com funcionrios e pessoas que visitam o referido local foram realizadas, assim como notas de campo sobre a situao social dos participantes foram tomadas. O trabalho observa as identidades emergentes mais relevantes no discurso dos menores, tais como a identidade estigmatizada, a identidade religiosa, as familiares e a identidade da transformao, sempre formadas na sua necessria relao com o outro. A anlise revela o conflito entre a identidade do infrator e as identidades, consideradas socialmente como normais, o que demonstra a complexidade das identidades sociais e suscita novas problematizaes a serem consideradas em pesquisas futuras.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Analisa atravs das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifestao identitria negra. O estudo do fenmeno da identidade do erotismo serviu de base para a anlise de como o autor, atravs do erotismo na linguagem, construiu o signo potico, fruto do fenmeno do hibridismo.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Nesta pesquisa tive como objetivo investigar o processo de fabricao de identidades na interseo dos discursos miditico e cientfico. Para tanto, elegi como fonte de material emprico reportagens da revista Superinteressante. Dentre as edies do ano de 2008 da revista foram selecionadas aquelas reportagens em que o discurso biolgico consistia no argumento central para a produo de subjetividades. Duas foram as questes principais que orientaram o percurso investigativo: Que identidades so fabricadas a partir dos discursos biolgicos veiculados por revistas de divulgao cientfica? Qual a produtividade social desses discursos? Analisei esta problemtica com as ferramentas tericas do pensamento de Michel Foucault, de alguns tericos/as dos Estudos Culturais e dos Estudos Culturais da Cincia, para pensar na articulao saber/poder do processo de produo de subjetividades atravs da pedagogia cultural da mdia e para discutir o carter contingente e as relaes de poder presentes nos discursos biolgicos. Neste estudo, a mdia considerada como uma pedagogia cultural que ensina modos de ser e ver, regula condutas, naturaliza significados, e ativamente envolvida na formao de identidades sociais. Por esse vis, discuto a natureza fabricada da subjetividade para pensarmos que os modos como vivemos nossas subjetividades e ocupamos posies-de-sujeito esto histrica e culturalmente condicionados. Partindo desses pressupostos tericos, agrupei o material emprico em seis ncleos temticos que respondem s questes de investigao. So eles: 1) Sujeito Moral, no qual a moralidade comparece como caracterstica inata e universal ao humano; 2) Sujeito Instintivo, que define certos comportamentos sociais como sendo instintivos, frutos de uma suposta natureza humana; 3) DNAtidade, em que o discurso gentico comparece como fator determinante na previso do que so e de como vivero as pessoas; 4) Sujeito Psi, aborda como as subjetividades so enquadradas e administradas atravs da psicopatologizao dos indivduos; 5) Sujeito Generificado, em que os atributos de masculinidades e feminilidades aparecem de forma natural e essencializada em relao aos gneros e 6) Sujeito Esttico, no qual so definidos formas certas e naturalmente melhores de corpo. O conjunto dessas anlises das identidades produzidas nos convida a tomarmos o discurso biolgico/cientfico e outros discursos como construes sociais, histricas e culturais, uma discusso importante para a Educao em Cincias para questionarmos essas verdades que se tornam hegemnicas ao ensinarmos Cincias. Dar visibilidade construo discursiva da identidade, s estratgias de interpelao e regulao possibilita-nos desconfiarmos daquilo que repetidamente anunciado como natural, legtimo e aceitvel para vivenciarmos nossas subjetividades, isso permite-nos participarmos nesse processo de construo e, portanto, inclui a possibilidade de posies de resistncia em relao a discursos hegemnicos, isto , no encararmos as identidades sociais como monolticas e fixas. Essa uma relevante questo a ser discutida na educao, a fim de gerar processos de transformaes sociais, uma vez que, a maneira como vimos e somos vistos determina, em parte, o modo como tratamos e somos tratados nas relaes sociais.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo aborda a construo de gnero feminino na escola. Por meio da internalizao de valores mediatizados por canes cantadas na educao infantil, buscamos compreender a construo de gnero feminino na criana. Objetivamos, especificamente, verificar a constituio de preconceitos, esteretipos e estigmas de gnero na formao do sujeito escolar - crianas em fase de Educao Infantil. As ferramentas terico-metodolgicas utilizadas vintulam-se vertente marxista dos estudos culturais e s teorias scio-histrico-interacionistas do sujeito. Tentamos responder s seguintes questes: Como so constitudos na escola os processos de desigualdade de gnero? De que forma os processos de internalizaes constituem na criana, atravs da cultura produzida e reproduzida no interior da escola, preconceitos, esteretipos e estigmas de gnero? Os resultados - pautados nos referenciais tericos explorados no estudo, em entrevistas semi-estruturadas com professoras da educao infantil, no cotejamento de canes cantadas em salas de aula - indicam que, apesar do sujeito superar ao longo de sua vida internalizaes promovidas na infncia por meio de produtos culturais que reproduzem preconceitos, esteretipos e estigmas, a escola no pode se eximir em fazer autocrtica acerca dos valores que produz na criana ao explorar os que seleciona para a formao de seu currculo. preciso, portanto, operar um processo de regulao e controle social dos contedos mediatizados pelos produtos culturais explorados nos currculos escolares de creches e pr-escolas do pas e fazer valer o esprito crtico quando do planejamento das atividades.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Em Capanema, no nordeste do Par, mulheres rezadeiras, motivadas por fotografias, tecem narrativas histricas desvelando trajetrias de migrantes nordestinos para o municpio, elaborando representaes do conflituoso cotidiano da vida urbana. Por meio de sensibilidades urdidas em simbiose de corpo, voz e imagens, as narradoras produzem prticas de leitura que permitem questionar a escrita convencional da histria local, consagrada nos jogos mentais de centenas de moradores. Este artigo, portanto, seguindo a metodologia da Histria Oral e dialogando com intelectuais dos Estudos Culturais e Antropologia da Religio, ao cruzar a leitura de imagens oficiais com a interpretao dada pelas rezadeiras sobre tramas e dramas da urbe, numa perspectiva "vista de baixo" e popular, esgara imaginrios cristalizados, trazendo para a escrita da histria outras experincias e paisagens culturais comumente postas nas dobras de retratos emoldurados pelo discurso do poder hegemnico.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

A oralidade, diferentemente da fala, corresponde a um processo social: comunicao. Portanto, vai alm de uma modalidade de uso da lngua ou uma forma de difundir informao. busca do outro, e se d de forma situada, de acordo com os diferentes contextos socioculturais. Dessa forma, esta pesquisa prope investigar a oralidade amaznica a partir da comunidade Andir, municpio de Curu-PA, na qual a oralidade contempornea no abriu mo de seu carter popular tradicional, pois permanece ainda vinculada cultura e ao imaginrio amaznicos, mas agora interage com os meios de comunicao miditicos. Dessa interao resulta uma oralidade multiterritorializada, na medida em que os contextos trazidos pelos meios de comunicao contemporneos, sobretudo pela televiso, so os mais diversos e passam a compor o imaginrio local. Prope-se um estudo de uma interface entre Comunicao e Cultura, para o qual se mostra essencial a perspectiva dos Estudos Culturais britnicos e o entendimento da modernidade enquanto processo histrico que tem no desenvolvimento da comunicao um facilitador e ao mesmo tempo uma de suas consequncias.