4 resultados para compressed natural gas
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
A experincia internacional indica a existncia de cinco alavancas principais comumente relacionadas expanso do consumo de gs natural: a) disponibilidade de reservas de gs natural; b) restries oferta de outros energticos (especialmente para a gerao de eletricidade); c) preocupao com o meio ambiente em uma legislao ambiental cada dia mais rigorosa; d) liberalizao de empresas privadas na distribuio e comercializao de gs natural, atraindo investimentos; e) liberalizao da indstria, atraindo investimentos privados, como opo. Dentro desse cenrio, as obras de construo do gasoduto Coari (Base de Extrao Urucu)-Manaus, com cerca de 670 quilmetros de extenso total, ficaro prontas em abril de 2008 conforme previso da Petrobrs divulgada no dia 21/05/2007, o qual transportar 4,7 milhes de metros cbicos por dia de gs natural na primeira fase de operao. O investimento total previsto de R$2,4 bilhes. O gs natural substituir o diesel e o leo combustvel usados principalmente na produo de grande parte da energia eltrica consumida no Estado do Amazonas. Ser usado tambm nos processos industrial e comercial, bem como para abastecer veculos automotores (automveis, pickups, caminhes leves, nibus) com segurana. Essa ltima aplicao incentivou por excelncia esta dissertao, fazendo uma anlise tcnico-econmica da substituio parcial do combustvel diesel pelo gs natural em motores martimos na regio Amaznica, pois as embarcaes so veculos que singram os rios da Amaznia, usados no transporte de carga e passageiros. Demonstra primeiramente que possvel tecnicamente a converso dos motores diesel para consumirem diesel misturado com gs natural s taxas de substituio de diesel por gs natural de 5% a 90%, usando tecnologias j disponveis no mercado brasileiro, sob a tica de desempenho energtico e ambiental. Posteriormente apresenta uma anlise econmica da converso, levando em considerao os reservatrios para gs natural comprimido - GNC ofertados no mercado nacional e os kits de converso, em que ficam demonstradas: a) a viabilidade econmica do empreendimento, se desprezados os pesos e os volumes dos reservatrios de gs natural comprimido, principalmente os pesos; b) a inviabilidade econmica, considerando o transporte dos reservatrios nas embarcaes como fretes que deixaram de gerar receitas pelos volumes e pesos ocupados nelas.
Resumo:
A regio do rio Urucu, localizada na poro oeste da Amaznia brasileira, est entre as reas consideradas prioritrias para conservao devido a sua grande riqueza de espcies e importncia biogeogrfica. Nesta regio so desenvolvidas atividades de explorao de petrleo e gs natural, as quais geram a abertura de clareiras em meio a floresta contnua. Os objetivos deste estudo foram: 1) estimar a riqueza, composio e abundncia da comunidade de mamferos de mdio e grande porte em Urucu a qual foi amostrada atravs dos mtodos de transeco linear, busca por vestgios e armadilhas fotogrficas; e 2) registrar a presena de mamferos nas clareiras e verificar a participao destes animais no processo de regenerao atravs do onitoramento das clareiras artificiais por meio de armadilhas fotogrficas e por observaes in loco (clareira-focal). Adicionalmente, tambm foram instaladas armadilhas fotogrficas no interior da floresta (amostras-controle). No total foram registradas 40 espcies de mamferos de mdio e grande porte, sendo 25 atravs da transeco linear, 16 pela busca por vestgios e 15 por armadilhas fotogrficas. A espcie Lagothrix cana foi a mais abundante atravs do mtodo de transeco linear, enquanto Tapirus terrestris foi a mais abundante para os mtodos de busca por vestgios e armadilhas fotogrficas. O monitoramento atravs das armadilhas fotogrficas resultou no registro de sete espcies em clareiras e 14 espcies em floresta. Nas clareiras registrouse maior freqncia de espcies herbvoras-frugvoras. J na floresta, espcies de diferentes hbitos alimentares foram registradas em proporo equilibrada. O monitoramento visual (clareira-focal) nas clareiras totalizou 144 horas de observao, sendo registradas trs espcies. A espcie D. fuliginosa exibiu com maior freqncia as categorias comportamentais deslocamento e parado, enquanto que as espcies T. terrestris e S. pileatus despenderam maior tempo na categoria alimentao. Os dados obtidos atravs do monitoramento das clareiras sugerem que estes animais podem atuar ativamente na regenerao destas reas atravs dos processos de herbivoria e disperso de frutos e sementes.
Resumo:
O trabalho apresenta um estudo experimental com a utilizao de biodiesel, diesel, suas misturas e Gs Natural em uma microturbina gs. O estudo tem como principal objetivo entender as emisses. O aparato experimental foi construdo inteiramente com o propsito de realizar ensaios com gs natural e adaptaes na linha de abastecimento foram realizadas para o fornecimento do combustvel lquido, no tendo sido realizadas modificaes na cmara de combusto. Os experimentos foram realizados para as rotaes de 45.000rpm, 50.000rpm, 55.000rpm e 60.000rpm. Pelas dificuldades experimentais encontradas para o entendimento do processo de combusto e emisses geradas, um procedimento complementar para a estimativa das emisses apresentado, resolvendo-se e estimando-se a composio das emisses atravs do software ComGas V1.0 para clculo de combusto no equilibrio. Como contribuio, so apresentados dados experimentais de CO, CO<sub>2</sub>, O<sub>2</sub>, temperatura de exausto dos gases, alm das vazes mssicas, vazes molares, caracterizao energtica dos combustveis e misturas.
Resumo:
O histrico de prospeco de hidrocarbonetos da Bacia Paleozoica do Parnaba, situada no norte-nordeste do Brasil, sempre foi considerado desfavorvel quando comparado aos super-reservatrios estimados do Pr-Sal das bacias da Margem Atlntica e at mesmo interiores, como a Bacia do Solimes. No entanto, a descoberta de gs natural em depsitos da superseqncia mesodevoniana-eocarbonfera do Grupo Canind, que incluem as formaes Pimenteiras, Cabeas e Long, impulsionou novas pesquisas no intuito de refinar a caracterizao paleoambiental, paleogeogrfica, bem como, entender o sistema petrolfero, os possveis plays e a potencialidade do reservatrio Cabeas. A avaliao faciolgica e estratigrfica com nfase no registro da tectnica glacial, em combinao com a geocronologia de zirco detrtico permitiu interpretar o paleoambiente e a provenincia do reservatrio Cabeas. Seis associaes de fcies agrupadas em sucesses aflorantes, com espessura mxima de at 60m registram a evoluo de um sistema deltaico Devoniano influenciado por processos glaciais principalmente no topo da unidade. 1) frente deltaica distal, composta por argilito macio, conglomerado macio, arenito com acamamento macio, laminao plana e estratificao cruzada sigmoidal 2) frente deltaica proximal, representada pelas fcies arenito macio, arenito com laminao plana, arenito com estratificao cruzada sigmoidal e conglomerado macio; 3) plancie deltaica, representada pelas fcies argilito laminado, arenito macio, arenito com estratificao cruzada acanalada e conglomerado macio; 4) shoreface glacial, composta pelas fcies arenito com marcas onduladas e arenito com estratificao cruzada hummocky; 5) depsitos subglaciais, que englobam as fcies diamictito macio, diamictito com pods de arenito e brecha intraformacional; e 6) frente deltaica de degelo, constituda pelas fcies arenito macio, arenito deformado, arenito com laminao plana, arenito com laminao cruzada cavalgante e arenito com estratificao cruzada sigmoidal. Durante o Fammeniano (374-359 Ma) uma frente deltaica dominada por processos fluviais progradava para NW (borda leste) e para NE (borda oeste) sobre uma plataforma influenciada por ondas de tempestade (Formao Pimenteiras). Na borda leste da bacia, o padro de paleocorrente e o espectro de idades U-Pb em zirco detrtico indicam que o delta Cabeas foi alimentado por reas fonte situadas a sudeste da Bacia do Parnaba, provavelmente da Provncia Borborema. Gros de zirco com idade mesoproterozica (~ 1.039 1.009 Ma) e neoproterozica (~ 654 Ma) so os mais populosos ao contrrio dos gros com idade arqueana (~ 2.508 2.678 Ma) e paleoproterozica (~ 2.054 1.992 Ma). O gro de zirco concordante mais novo forneceu idade <sup>206</sup>Pb/<sup>238</sup>U de 501,20 6,35 Ma (95% concordante) indicando idades de reas-fonte cambrianas. As principais fontes de sedimentos do delta Cabeas na borda leste so produto de rochas do Domnio Zona Transversal e de pltons Brasilianos encontrados no embasamento a sudeste da Bacia do Parnaba, com pequena contribuio de sedimentos oriundos de rochas do Domnio Cear Central e da poro ocidental do Domnio Rio Grande do Norte. No Famenniano, a movimentao do supercontinente Gondwana para o polo sul culminou na implantao de condies glaciais concomitantemente com o rebaixamento do nvel do mar e exposio da regio costeira. O avano das geleiras sobre o embasamento e depsitos deltaicos gerou eroso, deposio de diamictons com clastos exticos e facetados, alm de estruturas glaciotectnicas tais como plano de descolamento, foliao, boudins, dobras, duplex, falhas e fraturas que refletem um cisalhamento tangencial em regime rptil-dctil. O substrato apresentava-se inconsolidado e saturados em gua com temperatura levemente abaixo do ponto de fuso do gelo (permafrost quente). Corpos podiformes de arenito imersos em corpos lenticulares de diamicton foram formados pela ruptura de camadas pelo cisalhamento subglacial. Lentes de conglomerados espordicas (dump structures) nos depsitos de shoreface sugere queda de detritos ligados a icebergs em fases de recuo da geleira. A elevao da temperatura no final do Famenniano reflete a rotao destral do Gondwana e migrao do polo sul da poro ocidental da Amrica do Sul e para o oeste da frica. Esta nova configurao paleogeogrfica posicionou a Bacia do Parnaba em regies subtropicais iniciando o recuo de geleiras e a influncia do rebound isosttico. O alvio de presso indicado pela gerao de sills e diques clsticos, estruturas ball-and-pillow, rompimento de camadas e brechas. Falhas de cavalgamento associadas diamictitos com foliao na borda oeste da bacia sugerem que as geleiras migravam para NNE. O contnuo aumento do nvel do mar relativo propiciou a instalao de sedimentao deltaica durante o degelo e posteriormente a implantao de uma plataforma transgressiva (Formao Long). Diamictitos interdigitados com depsitos de frente deltaica na poro superior da Formao Cabeas correspondem a intervalos com baixo volume de poros e podem representar trapas estratigrficas secundrias no reservatrio. As anisotropias primrias subglaciais do topo da sucesso Cabeas, em ambas as bordas da Bacia do Parnaba, estende a influncia glacial e abre uma nova perspectiva sobre a potencialidade efetiva do reservatrio Cabeas do sistema petrolfero Mesodevoniano-Eocarbonfero da referida bacia.