2 resultados para Wollheim da Fonseca, A. E. (Anton Edmund), 1810-1884.

em Universidade Federal do Pará


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Entre os anos de 1810 e 1850, a presença de trabalhadores escravos em Belém era significativa. Em termos demográficos, essa popul§Ã£o representava quase metade da popul§Ã£o da cidade, formada pelas freguesias urbanas da Sé e Campina. A presente dissert§Ã£o analisa a escravidão em Belém, a partir de diversos aspectos como o tráfico, a procedência e/ou origem geográfica e étnica dos cativos, a demografia e as cores, mercado e a mobilidade cativa, o controle social e a liberdade escrava, permeados por acontecimentos sociais, políticos e econômicos ocorridos no Brasil e no Grão-Pará, no período em questão, tais como a chegada da família real e a abertura dos portos, a independência, a Cabanagem e a promulg§Ã£o das leis anti-tráfico de 1815, 1831 e 1850. Narrativas de viajantes estrangeiros, jornais, inventários post-mortem, relatórios de governo, códigos de posturas e §Ãµes de liberdade são algumas das fontes utilizadas para construção do cenário: a Belém da primeira metade do século XIX, e para conhecimento da atu§Ã£o de nossos atores: os trabalhadores escravos.

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Na literatura, a chamada fase do pós-modernismo mostra os processos de desumaniz§Ã£o e de coisific§Ã£o dos indivíduos. Estes se tornaram o foco de debates gr§as ao desenvolvimento intensivo da sociedade de massa, diretamente vinculada às influências dos meios de comunic§Ã£o e ao desenvolvimento da indústria cultural. Rubem Fonseca é um dos grandes nomes da literatura desta época e compôs muitos textos que manifestam as angústias do homem imerso no contexto do consumismo exacerbado, mola propulsora do capitalismo tardio. O cobrador, coletânea de contos publicada em 1979, possui narrativas que permitem o diálogo entre as teorias sociológicas que exaltam os conceitos dos meios de comunic§Ã£o de massa, sociedade do consumo e indústria cultural, objetivo primordial desta pesquisa. A pretensão do presente estudo é compreender as expressões desse período nos contos "O Cobrador", "Pirrô da Caverna" e "Onze de Maio" desta obra, focalizando as interferências que a sociedade de massa e a indústria cultural operaram para que as cri§Ãµes literárias passassem a apresentar novas características. O método empregado consiste na análise dos contos, dando especial foco aos conceitos de indústria cultural, sociedade de massa e sociedade de consumo. Para análise dos contos, foi de fundamental importância o aparato t³rico de Antônio Cândido, Lucien Goldmann, e Luiz Costa Lima, como t³ricos que defendem a rel§Ã£o entre áreas como sociologia e literatura, além dos postulados de estudiosos como Theodor Adorno, David Lyon, Steven Connor, Jean-François Lyotard, Frederic Jameson, Jean Baudrillard, Marshall Berman, entre outro sociólogos que provem debates sobre as mudanças culturais que o contexto pós-moderno suscita.Concomitantemente, a pesquisa está direcionada para o campo das teorias da Comunic§Ã£o de caráterneo-marxista e suas rel§Ãµes com a literatura, evidenciando o tema da ascensão da sociedade de massa e a interferência dos meios de comunic§Ã£o de massa para configur§Ã£o das artes e de outras manifest§Ãµes humanas. É possível estabelecer um diálogo entre os contos e as teorias que explicam os processos de massific§Ã£o da sociedade, reconhecendo a preponderância das leis do consumo nos procedimentos dos indivíduos submetidos a essa condição, seja na violência de alguns, seja superficialidade de outros, fundamentados na chamada estética da crueldade para as obras fictícias.