4 resultados para Whale Vocalizations

em Universidade Federal do Pará


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Neste estudo foi realizado o censo de uma população de Papagaio-do-mangue Amazona amazonica em um dormitório, a Ilha dos Papagaios, nos arredores de Belém, PA. Através das contagens verificamos que o número total de papagaios, indivíduos sozinhos, casais, trios, grupos de quatro e de cinco indivíduos apresentaram uma flutuação, indicando sazonalidade reprodutiva, que influencia no número de indivíduos através da diminuição de sua participação nos bandos que dormem na ilha durante seu período reprodutivo, já que a espécie fornece cuidados parentais aos filhotes. Em relação ao ciclo nictemeral, avaliamos a influência de fatores abióticos nos horários de deslocamentos dos indivíduos dessa população no dormitório. Estabelecemos uma forma de registrar a freqüência de sua chegada ou saída de minuto em minuto e relacionamos os dados obtidos com o horário do ocaso e da aurora. Verificamos que a porcentagem média de indivíduos que chega e sai é significativamente maior depois do ocaso e antes da aurora, respectivamente, e que as condições climatológicas adversas influenciam significativamente na movimentação diária dos papagaios, mascarando o real posicionamento do Sol, adiantando ou atrasando sua chegada e saída do dormitório. Embora os Papagaios-do-mangue sejam aves diurnas, eles se deslocam em horários de pouca luminosidade, e o fotoperiodismo é o sincronizador de suas atividades. Quanto sua comunicação sonora, registramos 9 vocalizações em seu repertório vocal durante o período reprodutivo, relacionadas a três categorias comportamentais diferentes. Verificamos ainda diferenças inter-individuais em seu chamado de contato de vôo e dialetos vocais entre as populações estudadas.

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O presente estudo aborda a avaliação e intervenção com bebês em uma instituição de acolhimento infantil na cidade de Belém-Pa, através da aplicação da Escala de Desenvolvimento do Comportamento da Criança – EDCC e de um programa de atividades elaborado pela pesquisadora para a estimulação precoce/essencial das habilidades motoras, cognitivas, linguagem e afetivas. Dados referentes à história pregressa de todas as crianças envolvidas no estudo também foram considerados e obtidos por meio de relatos informais da equipe da instituição de acolhimento e através de documentos (prontuários) junto à direção. Participaram do estudo quatro bebês, com idade entre seis a onze meses, que não apresentavam disfunções neurológicas e com o maior tempo de permanência na instituição. A abordagem metodológica utilizada foi qualitativa, com característica descritiva e interventiva de pesquisa. A avaliação com a utilização da EDCC no período pré-intervenção demonstrou que todos os bebês participantes da pesquisa obtiveram a pontuação “4” referente a classificação “bom” da escala, sendo que inicialmente apresentaram dificuldades na realização de comportamentos que envolvem a linguagem e a interação social. Na reavaliação, a maioria dos bebês participantes manteve a pontuação “4” com apenas um evoluindo para “5” (excelente), visto que obtiveram melhora significativa nos comportamentos que exigiam a interação com outra pessoa. Assim como através do programa de estimulação, as crianças evoluíram na aquisição das habilidades motoras e afetivo-sociais. Os bebês passaram a demonstrar comportamentos como olhar nos olhos, sorrisos, reconhecimento do rosto do adulto, vocalizações, entre outros. Isto evidenciou que o contexto de acolhimento pode ser um fator de proteção para a infância que encontra-se em situação de vulnerabilidade. Por fim, propõe-se que estudos futuros possam reconhecer a importância da avaliação do desenvolvimento infantil em contextos institucionais e de propostas de estimulação que possam ser incorporadas no cotidiano desses ambientes.

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O presente trabalho consiste em uma pesquisa qualitativa que se propôs a observar e analisar sob o enfoque psicanalítico, o desenvolvimento emocional de um bebê institucionalizado. Para isso realizou-se um estudo de caso, cujo instrumento metodológico consistiu na adaptação do método Bick de Observação de Bebês. As adaptações versam sobre o ambiente que é institucional, à redução do tempo de observação para o período de quatro meses, ao contexto das supervisões que, devido à escassez de pesquisadores que utilizam este método em Belém, restringiu a maioria das supervisões ao par observador e supervisor, sendo que este último exerceu a função paralela de orientador deste estudo. Realizou-se a pesquisa em um abrigo estadual que acolhe crianças de zero a seis anos, onde vivia Miguel, um bebê que foi abandonado por motivo de dificuldades financeiras justificadas pela mãe. Miguel foi observado desde os seus 20 dias de vida até os quatro meses, através de observações semanais, com duração de uma hora, totalizando 20 observações, as quais foram registradas e submetidas às supervisões. Os resultados foram organizados em três capítulos principais: 1) Sobre o desenvolvimento emocional de bebês que remonta ao campo teórico da psicanálise de crianças 2) Sou visto, logo existo que esboça a relação bebê-observadora, com enfoque nos aspectos transferenciais e contratransferenciais que permearam essa relação 3) Colo bom, colo mau que aborda o ambiente de cuidados vivenciados por Miguel no contexto de acolhimento institucional e 4) O colorido afetivo de Miguel que abrange os aspectos marcantes do desenvolvimento emocional de Miguel no abrigo. Ao final desta jornada, Miguel revelou-se um bebê que durante os primeiros meses experimentou ansiedades catastróficas, que demandavam acolhimento e contenção, usava o choro e o olhar para atrair contato, todavia, raras vezes era atendido por motivos diversos inerentes ao contexto de institucionalização; posteriormente mostrou-se mais familiarizado com o ambiente, utilizando recursos como vocalizações e sorrisos para relacionar-se. Apesar da instabilidade e inconstância dos cuidados, Miguel foi interpretado como símbolo do bebê que vencendo obstáculos e enfrentando um mundo ambivalente em sua máxima expressão, revelou que não existe situação ideal para o desenvolvimento emocional.

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A vocalização é uma importante forma de comunicação em primatas, pois a maioria das espécies vive em florestas densas, o que dificulta a comunicação visual à distância. A espécie Cebus apella apresenta um rico repertório de sinais vocais contextualizados a diversos comportamentos, como o forrageio alimentar, alerta a predadores, chamados de contato, chamados de corte, entre outros. Com o objetivo de elaborar um banco de dados (biblioteca sonora) de vocalizações de dezesseis indivíduos cativos da espécie Cebus apella, nós coletamos no biotério da Escola Experimental de Primatas, na Universidade Federal do Pará, vocalizações emitidas em ocorrências naturais (agonismo, contato) e em experimentos planejados (alimentação individual e alarme), editamos o material coletado e produzimos os sonogramas. Registramos e analisamos, pelo menos, dez emissões sonoras distintas agrupadas em diferentes contextos (alimentação, alarme, agonismo, contato) e mapeamos os comportamentos que não foram acompanhados de vocalizações. Foram feitas análises estatísticas das diferenças entre os chamados de machos e fêmeas na situação de alimentação individual. Nossos dados confirmaram que a espécie Cebus apella, possui um repertório vocal extenso, com chamados diferentes relacionados a comportamentos particulares, diferenças sexuais nos chamados e combinação de unidades sonoras, o que está de acordo com as indicações de plasticidade cerebral e complexidade social da espécie.