8 resultados para Vegetation succession

em Universidade Federal do Pará


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Os quirpteros representam 25 % da mastofauna mundial. So os mamferos neotropicais mais diversificados e abundantes. A Amaznia brasileira apresenta cerca de 128 espcies de morcegos registradas. Eles possuem uma grande variabilidade morfolgica, a qual os permite ocupar diferentes nichos trficos no ecossistema. So muito importantes para a manuteno e regenerao dos ecossistemas em que vivem. So eficientes na disperso de sementes, polinizao e no controle biolgico de insetos e constituem timos bioindicadores do estado e das dinmicas sofridas por esses ecossistemas. O presente estudo objetivou caracterizar a quiropterofauna de uma regio da Floresta Nacional do Tapajs, Par, Brasil, em reas de floresta primria, capoeira e de um experimento de corte seletivo de madeira. O nvel de impacto sobre a comunidade de morcegos desse manejo e da rea de capoeira foi comparado aos testemunhos de mata primria em cada habitat e em seus micro-habitats, ou fisionomias: matrizes de sub-bosques, clareiras e ptios de armazenamento de madeira. A comparao se deu atravs de anlises de distribuio, diversidade, abundncia, nmero de espcies e densidade das guildas. Foram amostradas 55 espcies, a maioria frugvoras, representantes de seis famlias. Ao comparar o nmero de espcies e a diversidade, as reas de explorao exibem algum impacto, mas no to acentuado como as reas de capoeira. As amostras sugerem que a vegetao secundria proporciona uma maior densidade de quirpteros na comparao entre habitats. Mas poucas espcies so favorecidas por esta estrutura de vegetao. As guildas mais favorecidas nesta vegetao so de morcegos frugvoros/onvoros e insetvoros areos. A comparao entre fisionomias sugere que os quirpteros de sub-bosque evitam espaos abertos na vegetao. Os processos de sucesso aqui observados apresentam dinmicas que necessitam de acompanhamento peridico, para a formulao de um modelo mais prximo da realidade.

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Poucos estudos tm considerado a colonizao pela fauna em reas reflorestadas aps minerao. Para determinar os padres de colonizao por anfbios e lagartos de reas de reflorestamento em Porto Trombetas, Par, foram examinadas a composio, riqueza e abundncia de espcies, e as caractersticas biolgicas de anfbios e lagartos que ocupam reas reflorestadas. Tambm foi avaliado o efeito da estrutura da vegetao e da distncia da floresta nativa sobre a comunidade de anfbios dos reflorestamentos. Anfbios e lagartos foram amostrados ao longo de oito campanhas em oito reas de reflorestamento e quatro reas de floresta nativa atravs de procura ativa e com a utilizao de poas artificiais para a reproduo de anfbios. Foram registradas 20 espcies de anfbios e 20 espcies de lagartos, sendo 14 espcies de anfbios e 11 de lagartos em reflorestamentos e 19 espcies de anfbios e 16 de lagartos em floresta nativa. Entre os anfbios, Leptodactylus sp., Osteocephalus oophagus e Allobates femoralis foram as espcies mais abundantes nos dois ambientes e entre os lagartos, Gonatodes humeralis e Leposoma guianense foram as espcies mais abundantes em reflorestamentos e floresta nativa, respectivamente. Espcies de anfbios de reproduo terrestre ou que utilizam pequenos corpos dgua temporrios para a desova e lagartos arborcolas foram os grupos mais abundantes nos reflorestamentos. Espcies fossoriais e semifossoriais de anfbios e lagartos de liteira foram os principais grupos ausentes nos reflorestamentos, sugerindo que o atual estgio da sucesso da vegetao ainda no oferece microhbitats apropriados para algumas espcies. A riqueza de espcies de anfbios foi maior em reas com maior cobertura do dossel. reas com maior cobertura de dossel tiveram maior abundncia de Leptodactylus sp., Osteocephalus oophagus e Allobates femoralis. Apenas quatro espcies de anfbios utilizaram as poas artificiais para desova e no houve relao significativa do nmero de espcies que utilizaram estas poas com a distncia para a floresta nativa ou com a cobertura do dossel. Osteocephalus oophagus desovou em poas a maiores distncias e A. femoralis em poas mais prximas em relao floresta nativa. Os resultados evidenciam que a fauna de anfbios e lagartos nas diferentes reas de reflorestamento um subconjunto da fauna da floresta nativa, e compreendem espcies florestais que indicam a importncia relativa destas reas para a conservao da fauna local.

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Os ninhos de sava so importantes perturbaes naturais capazes de gerar mosaicos de determinados tipos de vegetao e afetar a estrutura e composio dos ecossistemas neotropicais. Nesse sentido, este estudo avaliou os efeitos dos ninhos de sava (Atta spp.) na dinmica de crescimento da vegetao de uma floresta de transio Amaznia-Cerrado submetida a um regime de incndios peridicos, ao sul da bacia amaznica, Estado do Mato Grosso, Brasil. Especificamente, avaliou-se os efeitos dos ninhos: (1) na nutrio e crescimento da vegetao; (2) na proteo da vegetao contra o fogo e (3) na regenerao florestal ps-fogo. Para determinar tais efeitos, ninhos e vegetao associada (em um raio de at 10 m dos ninhos) estabelecidos em reas de 150 ha da floresta de transio, foram mapeados e monitorados. Tais reas subdivididas em parcelas de 50 ha com diferentes tratamentos: incndios tri-anuais; incndios anuais e proteo do fogo (controle) fazem parte do Projeto Savanizao sob a coordenao do Instituto de Pesquisas Ambiental da Amaznia, IPAM. Os experimentos sobre os efeitos dos ninhos na nutrio e crescimento da vegetao indicaram que plantas estabelecidas prximas aos ninhos tm a absoro de nutriente facilitada e por isso apresentaram uma maior concentrao foliar de Fsforo. Como conseqncia, foi registrado um maior crescimento em dimetro do caule para estas plantas quando comparadas com aquelas distantes dos ninhos. Os ninhos funcionaram como aceiros (devido ao acmulo de terra sobre os murundus resultante das escavaes das savas) reduzindo a rea total queimada em seu entorno, principalmente nos locais de bordas (local de maior incidncia de ninhos) e protegendo a vegetao circundante da mortalidade pelo fogo. Em oposio a estes benefcios, foi constatado maior herbivoria de plntulas e remoo de sementes por savas nas reas de alta densidade de colnias ativas, um resultado que compromete os estgios iniciais de sucesso florestal ps-fogo. Este estudo revela a importncia das savas na redistribuio e reciclagem de nutrientes, e revela, pela primeira vez, a proteo da vegetao contra o fogo, por seus ninhos. Por outro lado, tambm mostra que perturbaes antrpicas, como o fogo, aumentam as populaes de sava, o que pode tornar-se uma barreira ao sucesso da regenerao florestal ps-fogo. Com base nesse estudo, pode-se prever que ambientes naturais podem ter o crescimento da vegetao acelerado pela presena dos ninhos de sava, mas em ambientes sob perturbao, a ao das savas pode ser a principal ameaa a regenerao da vegetao original. Desta forma, pode-se concluir que os efeitos (benficos ou deletrios) das savas dependem do nvel de perturbao ou maturidade do bioma no qual seus ninhos se estabelecem.

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A ligao entre as zonas urbanas e as questes ambientais ficam mais prximas na medida em que cresce a conscientizao global de conservar, melhorar e valorizar os servios ambientais prestados pela natureza para a sustentabilidade da vida, dentro e fora da cidade. Cobertura vegetal (ou cobertura verde) est dentre as principais fontes de tais servios. Uma vez que o processo de urbanizao se mostra irreversvel e os problemas ambientais urbanos se alastram em tamanho e extenso, a presena do verde est diretamente relacionada aos indicadores de qualidade de vida urbana. Como reflexo do processo de urbanizao, a cidade de Belm perdeu uma grande porcentagem de seus ecossistemas naturais, de modo que este trabalho se concentrou em analisar alguns servios ecossistmicosqualidade do ar, poluio do ar e regulao do clima - fornecidos pela qualidade e pela quantidade de cobertura vegetal local, considerando as alteraes na distribuio espao-temporal, em trs distritos administrativos. Um marco terico foi construdo e analisado; a cobertura vegetal foi calculada, utilizando-se NDVI e Cobertura Vegetal Fracional em imagens do LANDSAT 5, ao longo de um perodo de 23 anos. A partir de uma proposta de escala mais detalhada de NDVI, anlises quantitativas e qualitativas da cobertura verde evidenciaram perda significativa de cobertura muito densa, densa, moderada e aumento de reas de pouca ou nenhuma vegetao. Ademais, leso das reas verdes sinalizou tendncias de aumento da poluio do ar, da poluio sonora e da temperatura. A carncia de dados relacionados ao meio ambiente no deixa dvida sobre a urgncia de investimento nos servios ambientais provenientes da cobertura vegetal, para a sustentabilidade urbana em Belm, cujos cenrios previstos so de drsticas perdas de rea verde. Mais pesquisas e iniciativas de instituies pblicas e privadas so necessrias para a contribuio aos servios ambientais em Belm e, consequentemente, ao bem-estar pblico.

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Este artigo apresenta uma reviso dos estudos (alguns no publicados) da vegetao de restinga da costa do Estado do Par, na regio norte do Brasil. Ao todo foram registradas 411 espcies de plantas vasculares, sendo as famlias Fabaceae, Poaceae, Cyperaceae, Rubiaceae e Myrtaceae as mais ricas em espcies. Dentre as espcies da restinga, 48% so ervas terrestres, 39% so palmeiras, rvores e arbustos, sendo o restante constitudo por lianas e epfitas. As espcies so amplamente distribudas ocorrendo inclusive em ambientes costeiros de outras regies brasileiras, como a regio sudeste, assim como em ambientes no costeiros da Amaznia. Apenas duas espcies parecem ser exclusivamente costeiras, j outras espcies parecem ter preferncia por ambientes de solo arenoso em geral. Diferentes associaes de plantas so descritas e agrupadas em diferentes tipos de "formaes vegetais" associadas certos habitats, mas os dados da literatura no permitem identificar com preciso tais associaes em toda a costa. Anlises estatsticas mostraram que a distribuio das espcies ao longo da costa no apresentam nenhum padro de agrupamento. Mudanas na composio da vegetao de restinga nas estaes seca e chuvosa so mais provavelmente ligadas variao do nvel do lenol fretico. As florestas de restinga so, em sua maioria, abertas e de pequeno porte. Entre as espcies arbreas dominantes esto: Humiria balsamifera Aubl., Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk., Anacardium occidentale L., Byrsonima crassifolia (L.) Kunth e Tapirira guianensis Aubl.

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O presente estudo apresenta uma compilao da literatura sobre a vegetao dos manguezais da costa norte do Brasil, apresentando uma sntese do conhecimento e listando a literatura disponvel. O estudo se concentra na costa dos estados do Par e Maranho que formam um cinturo contnuo de manguezais. Foram contabilizadas seis espcies arbreas exclusivas de mangue e vrias outras associadas. A altura e o dimetro das rvores de mangue variam em funo de parmetros abiticos locais. As variaes sazonais do regime de chuvas e da salinidade afetam a fenologia das espcies e a produo de serapilheira. A populao costeira utiliza a flora do manguezal para diferentes fins (ex: combustvel, medicinal, construo rural). O aumento da ocupao costeira inicia um processo de impacto para as florestas de mangue e a disponibilidade de seus recursos.

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OBJETIVOS: Com o intuito de avaliar os efeitos de mudanas na integridade ambiental sobre os indivduos da comunidade de Odonata da sub-bacia do rio Borecaia, testamos a hiptese de que a riqueza de Anisoptera seria afetada positivamente pela remoo da vegetao; por outro lado, a riqueza Zygoptera seria prejudicada em virtude de suas necessidades ecofisiolgicas; MTODOS: Selecionamos 10 riachos de ordens similares, seis classificados como preservados e quatro como alterados. Riachos classificados como preservados apresentaram valores do ndice valores de Integridade Habitat (HII) acima de 0.70 e mata continua nas duas margens com uma largura mnima de 70 metros. Cada ponto foi amostrado trs vezes em dias diferentes. O efeito de remoo de vegetao sobre a riqueza foi avaliada utilizando Jackknife de primeira ordem; RESULTADOS: A diminuio da integridade fsica (mensurada com o IIH) dos crregos no exerceu efeito significativo sobre a riqueza estimada para a Ordem Odonata. Porm, a riqueza estimada de Anisoptera apresentou uma relao inversa com a integridade (r<sup>2</sup> = 0.485; p = 0.025), mostrando que com o aumento da integridade houve uma reduo na sua riqueza de espcies; DISCUSSO: Como um padro geral, Anisoptera apresenta maiores valores de riqueza em locais alterados; por outro lado, Zygoptera apresenta maiores valores em preservados. Devido suas restries ecofisiologicas Odonata apresentou uma grande variao na sua composio e riqueza de espcie entre os dois tipos de ambientes, isso refora o potencial da ordem em estudos de monitoramento ambiental e tambm mostra que Zygoptera ser mais afetada pelas transformaes de habitat. No entanto, futuros estudos incluindo mais amostras e diferentes crregos so necessrios para confirmar este padro sendo uma linha de pesquisa interessante para trabalhos futuros.

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O Nordeste Paraense caracterizado por conter as mais antigas reas de colonizao da Amaznia, onde predomina a agricultura familiar itinerante de derruba e queima e tambm a pecuria bovina extensiva. A paisagem fortemente marcada pela vegetao secundria em diversos estgios de sucesso e poucos remanescentes de floresta primria, a qual geralmente localizada s margens de pequenos rios e igaraps. Nesse contexto, o presente estudo, conduzido em 14 microbacias no Nordeste Paraense sob diferentes usos e cobertura da terra e em quatro microbacias em reas florestais sob baixo impacto antrpico, objetivou avaliar a hidrogeoqumica das guas fluviais para o embasamento da gesto de duas mesobacias hidrogrficas nessa regio. Foi detectado que a composio qumica das guas fluviais dos pequenos igaraps est sendo influenciada pelas prticas agrcolas adotadas em suas bacias de drenagem. Sinais hidrogeoqumicos diferenciados foram observados no caso das microbacias com presena de: sistema agrcola de derruba e queima; lavouras com irrigao e uso de agroqumicos; e pecuria bovina. Alm disso, constatou-se a importncia das microbacias florestadas para o aporte de nitrato, cloreto e sdio para os ecossistemas fluviais estudados. Adicionalmente verificou-se certa variao sazonal na hidrogeoqumica das guas fluviais e uma forte influncia dos sistemas agropecurios, especialmente as pastagens, sobre os parmetros fsico-qumicos mensurados, com reduo da concentrao de oxignio dissolvido, e aumento da temperatura, do pH e da condutividade eltrica. Pelo presente estudo, pode-se inferir que a presena de mata ciliar imprescindvel para minimizar os impactos dos sistemas agrcolas nos recursos hdricos e deve ser apontada como uma ferramenta na gesto de bacias, assim como recomendvel a substituio de tcnicas tradicionais que utilizam o fogo, por tcnicas mais sustentveis de produo agropecuria, como o plantio direto na capoeira. Por fim, sugere-se que dentre os parmetros analisados, alguns podem ser recomendados, dependendo do uso da terra a ser focado, como indicadores de sustentabilidade ambiental dos sistemas agropecurios de produo para a gesto local de bacias hidrogrficas.