6 resultados para Tnf Family-member
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Estudos em saúde têm apontado a disponibilidade de apoio social como um dos fatores relacionados à adesão ao tratamento por portadores de diabetes. Utilizando-se como referenciais teórico-metodológicos a análise do comportamento e o modelo construcional de Goldiamond, este estudo teve como objetivo avaliar efeitos de um treino de cuidadores de adultos com diabetes, com enfoque nos comportamentos de apoio oferecidos ao comportamento alimentar dos pacientes. Adicionalmente, pretendeu-se investigar os efeitos deste treino sobre a adesão à dieta pelos pacientes. Participaram deste estudo três pacientes do sexo feminino inscritas em um programa de acompanhamento a portadores de diabetes e um membro familiar de cada paciente, totalizando três díades cuidador-paciente, das quais duas foram alocadas na Condição de Treino (CT) e uma na Condição de Não-Treino (CNT). Utilizaram-se como fontes de informação os relatos das pacientes e das cuidadoras, a observação direta de interações comportamentais e indicadores clínicos. Segundo o delineamento de sujeito como seu próprio controle, a intervenção consistiu no treino em análise de contingências e manejo comportamental, realizado em visitas domiciliares por meio de registros de automonitoração. Os resultados mostraram que as cuidadoras que participaram da Condição de Treino apresentaram ampliação no repertório comportamental de apoio, o que não foi verificado quanto à cuidadora que participou da Condição Não-Treino. A redução nos níveis glicêmicos e os relatos apresentados pelas pacientes da Condição de Treino sugerem que a intervenção tenha contribuído para melhorias na adesão às orientações nutricionais por estas pacientes.
Resumo:
O presente estudo tem por objetivo analisar a infância na fotografia de crianças na cidade de Belém do Pará da primeira metade do século XX. Portanto, a pesquisa versa sobre a importância da fotografia enquanto documento histórico, que revela múltiplos significados; importando, sobretudo, o seu potencial enquanto linguagem representativa da infância e ou de uma concepção de infância construída no cenário da cidade de Belém do Pará, no período que compreende a primeira metade do século XX. A fotografia é uma fonte histórica, é uma imagem/documento. No caso de fotos para álbum de família, tem-se por registro da história familiar e sócio familiar, não necessariamente devem estar dentro de um álbum, mas apenas, que apresentem tais características, pois literalmente revelam os modos e as circunstancias em que a família ou parte dela é fotografada. Já as fotografias de crianças em revistas, são deslocamentos das fotos que geralmente eram produzidas para interesse da própria família para colocá-las em seus álbuns, entretanto, também eram utilizadas como forma de promoção familiar dentro de publicações avulsas nas revistas ou periódicos das primeiras décadas do século XX. Geralmente acompanhados de uma mensagem discursiva elevando o “nome” da família. A fotografia permite que quase toda pessoa (não só as mais abastadas) possa se transformar em objeto-imagem, ou numa série de imagens que retratam momentos de suas vidas. No caso, as imagens fotográficas encontradas nos álbuns dos festejos escolares são a prova disso: fotografias exclusivamente de crianças e para com fins comemorativos de alguns eventos anuais presentes nos lazeres infantis educacionais. A fotografia poderia ser tomada como um equivalente da memória individual e coletiva, com a imagem fixada de um tempo que, aparentemente, foi “recortado”. A fotografia de crianças em periódicos e álbum de família é um caminho para se compreender e conhecer a história social, cultural e educacional da infância na Amazônia, pois as imagens fotográficas podem revelar muitos índices a respeito de uma família e, por extensão, da sociedade: seus ritos, modos de vida, afetividade e ideais. O corpus da pesquisa é composto de fotografias de crianças arquivadas na Biblioteca Artur Viana. Para aprofundamento teórico sobre fotografia e imagem utilizaremos Dubois, Kossoy, Benjamin, Fabris, Leite, Mauad, Burke e Fischman. Quanto à leitura sobre infância destacamos Rizzini, Del Priori, Freitas, e Kulmman. No contexto da realidade da Amazônia privilegiamos os seguintes autores: Bezzera Neto e Sarges.
Resumo:
Roedores do gênero Proechimys são mamíferos de pequeno porte conhecidos como “rato de espinho”, que ocorrem nas Américas Central e do Sul e estão distribuídos em vários Estados brasileiros sendo animais de hábitos silvestres. Existem poucos estudos evidenciando a ocorrência de helmintos em espécies de Proechimys no Brasil. Assim conhecer a diversidade de helmintos parasitos na Amazônia é importante não só para registros de novas espécies, como também para acrescentar dados a biologia desses hospedeiros. Neste trabalho nove tubos digestivos de espécimes de Proechimys cf. roberti fixados em Formaldeído a 10% foram dissecados para obtenção dos helmintos e duas espécies de nematódeos foram separados para estudo. A taxonomia foi realizada por microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Identificou-se uma espécie como pertencente ao gênero Spirura e outra como membro da Família Dromaeostrongylidae. No entanto, devido as suas características morfológicas não foi possível incluí-los nas espécies já descritas, sugerindo-se a criação de uma nova espécie do gênero Spirura e um novo gênero e uma nova espécie para a Família Dromaeostrongylidae.
Resumo:
O estudo objetivou implementar a estratégia de ensino-aprendizagem para família de paciente em condição crônica, momento considerado ideal para reavaliar suas necessidades e as habilidades para administrar tal condição, assim como prepará-la para o cuidado no domicílio. Realizou-se uma avaliação diagnostica de familiar/acompanhante, durante o cuidado na hospitalização de uma pessoa com insuficiência cardíaca congestiva, identificando-se o diagnóstico de enfermagem: "déficit de conhecimento". Assim, elaborou-se um plano de ensino para essa cuidadora, com o fim de prepará-la para o cuidado domiciliar. Durante a implementação, realizaram-se avaliações formativas visando conhecer a eficácia das estratégias empregadas e a somativa no domicilio. Constatou-se, portanto, o quanto é importante para o enfermeiro recorrer à estratégia de ensino-aprendizagem para orientar o familiar/cuidador no processo do cuidar de pessoas em condição crônica, com a finalidade de promover a vida, apesar da doença, uma vez que a qualidade desse cuidado prevenirá recidivas agudizantes e conseqüentes reinternações.
Resumo:
O vírus Marabá (Be AR 411459) é um Vesiculovírus (VSV), membro da família Rhabdoviridae, isolado em 1983, de um pool de flebotomíneos capturado em Marabá-PA pela Seção de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas. Na literatura pouco se tem sobre neuropatologia experimental induzida pelo vírus Marabá, apesar dos 30 anos de isolamento. Um único estudo, porém, revelou que a infecção viral em camundongos recém-nascidos provoca necrose e picnose em neurônios em várias regiões do sistema nervoso central (SNC) O objetivo do presente trabalho foi investigar a distribuição do vírus Marabá no SNC, a ativação microglial e astrocitária, aspectos histopatológicos; e a expressão de citocinas e óxido nítrico (NO), na encefalite induzida pelo vírus Marabá em camundongo BALB/c adultos. Para tanto, foram realizados processamentos de amostras para análise histopatologica; immunohistoquímica para marcação de microglia, astrócitos e antígeno viral; testes de quantificação de citocinas e NO; e análises estatísticas. Os resultados demonstraram que os animais infectados (Ai) 3 dias após a inoculação (d.p.i.) apresentam discreta marcação do antígeno viral, bem como quanto a ativação de microglia e astrócitos no SNC. Por outro lado, nos Ai 6 d.p.i. a marcação do antígeno viral foi observada em quase todas regiões encefálicas, observando-se intensa ativação microglial nestes locais, embora a astrogliose tenha sido menor. Edema, necrose e apoptose de neurônios foram observados principalmente no bulbo olfatório, septo interventrícular e córtex frontal dos Ai 6 d.p.i. A quantificação dos níveis de IL-12p40, IL-10, IL-6, TNF- α, INF-ү, MCP-1 e de NO mostrou aumentos significativos nos Ai 6 d.p.i., quando comparados aos animais controles e Ai 3 d.p.i.. Por outro lado, os níveis de TGF-β, importante imunossupressor, não foi significativo em todos os grupos e tempos avaliados (3 e 6 d.p.i.). Estes resultados indicam que o vírus Marabá pode infectar diversas regiões do SNC de camundongo BALB/c adulto 6 d.p.i., produzindo alterações anátomo-patológicas e uma forte resposta imune inflamatória que pode ser letal para o animal.
Resumo:
Muitos estudos têm sido realizados para o entendimento da neuropatogênese das encefalites virais a partir de trabalhos experimentais, porém, nenhum estudo experimental foi dedicado à compreensão da neuropatogênese de membros da família Picornaviridae isolados de morcegos na região amazônica. O vírus Juruaçá, um desses agentes, parcialmente caracterizado como membro da família Picornaviridae por Araújo e colaboradores (2006), causou lesões no encéfalo de camundongos neonatos com presença de gliose reativa, apesar de não provocar efeito citopático (ECP) em cultivos primários de células do sistema nervoso central (SNC), sugerindo que este agente viral seja responsável pela morte dos animais devido a uma intensa resposta imune. O objetivo desse trabalho foi investigar a resposta imune no SNC e alterações celulares causadas pelo vírus Juruaçá em camundongos albinos da linhagem BALB/c neonatos a partir de análises histopatológicas, de ativação microglial e da expressão de citocinas, óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (ROS). Para tanto, foram realizados processamento de amostras para histopatologia, ensaios imunoenzimáticos, imunohistoquímicos e de imunofluorescência, além de testes para quantificação de NO e ROS e análises estatísticas. Nossos resultados demonstraram que o vírus Juruaçá induz lesões por todo o encéfalo, com maior intensidade no parênquima cortical. Os testes imunohistoquímicos demonstraram a presença de antígenos virais e de micróglias reativas distribuídos por todo o encéfalo e região anterior da medula espinhal. Micróglias com aspecto ameboide, demonstrando intensa ativação, foram observadas principalmente no córtex cerebral, bulbo olfatório, núcleo olfatório anterior, prosencéfalo e diencéfalo próximo ao ventrículo lateral. A produção das citocinas anti-inflamatórias (IL-10, IL-4) diminuiu ao longo do tempo, enquanto que as pró-inflamatórias (IL-12, IL-6, IL-1β, TNF-α, IFN-γ) aumentaram significativamente a partir do 8º dia. Os ensaios para detecção de ROS demonstraram grande produção de radicais superóxido desde o 4º dia, já a produção de NO foi sempre menor nos animais infectados. Provavelmente, a ativação das células gliais, principalmente micróglias, e consequente produção de citocinas pró-inflamatórias e ROS promoveram uma ação devastadora sobre as células do SNC, que coincide com a intensificação dos sinais clínicos. Diante do exposto, ficou evidente que os nossos resultados indicam que o vírus Juruaçá é responsável por uma doença de cunho inflamatório que leva a óbito 100% de camundongos neonatos infectados.