37 resultados para Saúde pública - Brasil

em Universidade Federal do Pará


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Os arbovrus constituem um importante problema de saúde pública no Brasil, especialmente na Amaznia por sua capacidade de causar epidemias com indices considerveis de morbi-mortalidade tanto em humanos quanto em animais. Quatro, Vrus, dengue (VDEN), Vrus da febre amarela (VFA), Vrus Mayaro (VMAY) e Vrus Oropouche (VORO) tem especial relevncia para a regio, principalmente naqueles ambientes onde os impactos ambientais so iminentes. Estudos de prevalncia de anticorpos para arboviroses nessa regio so limitados. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalncia de anticorpos para as principais arboviroses de interesse em saúde pública nas comunidades que vivem sob a influncia da Usina Hidreltrica de Tucuru no estado do Par. O estudo foi observacional do tipo transversal analtico, realizado em indivduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, residentes margem esquerda e direita do lago UHE de Tucuru e proveniente das RDS de Alcobaa e Pucuru-Araro. A coleta das amostras de sangue e o preenchimento do questionrio foram realizados em dois momentos distintos, cheia e vazante do lago. Todas as amostras foram analisadas pelo Instituto Evandro Chagas onde foram submetidas ao teste de Inibio da Hemaglutinao para a pesquisa de anticorpos contra 19 tipos de Arbovrus e teste de MAC-ELISA para deteco de anticorpos IgM. A anlise dos dados foi descritiva e analtica, sendo empregado o clculo de razo de chances com intervalo de confiana de 95% para verificar a associao entre as variveis do estudo e o teste qui-quadrado e/ou exato de Fisher a fim de verificar a significncia das associaes estatsticas entre as variveis do estudo com um nvel alfa de 0,05. Ao todo, foram estudados 635 indivduos e a pesquisa de anticorpos para arbovrus teve associao estatisticamente significante com as caractersticas sociodemogrficas dos indivduos, como sexo, profisso e tempo de residncia na rea do estudo. No foi observada associao estatisticamente significante entre a presena de anticorpos arbovirais e as demais caractersticas estudadas.

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Esta Dissertao tematiza sobre as ouvidorias de saúde pública como um espao de participao cidad na gesto administrativa, indagando se acontece uma relao dialgica entre governo, medicina e sociedade, na perspectiva de aproximao da gesto e servios prestados pela saúde pública, de acordo com a Poltica de Humanizao do SUS. A hiptese norteadora do estudo a de que com a participao popular, atravs das ouvidorias, so produzidas transformaes nas prticas desempenhadas pelos diferentes atores na configurao das prticas no cuidado em saúde, em aproximao com os princpios e estratgias de Humanizao do Sistema nico de Saúde, com capacidade de tensionar os papis constitudos no contexto biomdico que se constituiu como predominante, a partir dos fins do sculo XVII. Objetiva identificar as contribuies efetivas da atuao das ouvidorias de saúde pública, na construo e execuo de novas prticas da saúde, de acordo com a PNH. Foi desenvolvida em quatro captulos, que tratam da participao social e da histria das ouvidorias de saúde pública, no Brasil, do SUS e da Poltica de Humanizao na Saúde,da pesquisa propriamente dita e as consideraes finais. A investigao, com desenho qualitativo e exploratrio, visa a conhecer, descrever e compreender a realidade da poltica de humanizao nas instituies de saúde pública no estado do Par, por intermdio das demandas das ouvidorias em um processo de ampliao de mecanismos democrticos de controle social das polticas públicas de saúde. Entre os resultados alcanados nesta pesquisa, cita-se que as Ouvidorias de Saúde Pública tm o claro compromisso de se tornarem instituies de excelncia e cumprirem o seu papel na promoo do dilogo entre o estado, a medicina e a sociedade. Quanto a esse processo colaborar na construo de novas prticas em saúde, no se identificam grandes efetividades, porm, serve como valor simblico de representatividade de acessibilidade de comunicao e dilogo sem burocracia entre sociedade e gesto pública significativa. Observa-se a necessidade da gesto da saúde pública, no sentido de se organizar em suas vrias instncias.

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O interesse deste estudo foi, de modo geral, poder identificar como o modelo privatista influenciou as aes da poltica pública de saúde no Brasil, como se deram os impactos da poltica macroeconmica neste sentido. Um dos pontos chave a ser verificado gira em torno da desigualdade de acesso da populao ao servio de saúde, com a no concretizao da universalidade, gerando um processo denominado universalizao excludente. Esse processo que consiste na migrao de usurios do SUS para as operadoras de planos de saúde privados contribui para a mudana da racionalidade da saúde como direito para a racionalidade da eficincia, a racionalidade burguesa. Parte-se do referencial da Reforma Sanitria brasileira, como um marco da luta dos movimentos sociais pela democratizao no pas e como ponto inicial do reconhecimento da saúde enquanto direito de todos e dever do Estado, buscando fazer um resgate histrico deste movimento. Tem, ainda, como referncia o pressuposto da minimizao da atuao do Estado no trato s polticas sociais e a interferncia direta de grandes organismos financeiros internacionais na conduo do modo de fazer poltica de saúde, a exemplo do Banco Mundial. Esta consiste em uma pesquisa qualitativa, de cunho terico, com o objetivo de proporcionar subsdios para a discusso do tema da poltica de saúde no Brasil, bem como promover e ampliar o debate terico acerca da funo que o Estado desempenha no modo de pensar e executar essa poltica.

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Obrigados a enfrentar uma grave crise epidmica desencadeada ao longo de quase toda a segunda metade do sculo XIX, os habitantes de Belm assistem, a partir daquele momento, a uma intensa mobilizao social em prol da preservao da saúde pública, que h muito deixara de ser objeto de interesse do Governo Provincial e que agora se via ameaada pela fria da febre amarela, da clera e da varola, que vinham desordenadamente fazendo suas vtimas pela cidade. Diante disso, esta dissertao procura analisar alguns mecanismos empregados para conter o aumento dos casos das doenas na Capital da Provncia do Par, destacando as estratgias sanitrias propostas pelos facultativos ligados cincia mdica, levadas a cabo, muitas vezes sem resultado, pelo poder pblico, mas que interferiram e modificaram significativamente as prticas de assistncia aos enfermos mais necessitados, que geralmente eram socorridos em nome da caridade no Hospital da Santa Casa de Misericrdia. A falta de conhecimento sobre a etiologia das molstias trouxe tona ainda um acirrado conflito ideolgico entre os mdicos, que divergiam quanto aos possveis fatores que motivaram as epidemias e o tipo de teraputica a ser aplicada aos doentes, ao mesmo tempo em que o perigo da contaminao aguou tambm a compaixo e a caridade de todos que se viram direta ou indiretamente ameaados por aqueles males.

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O objetivo foi identificar os determinantes da saúde ruim em populaes ribeirinhas menores de dois anos, residentes no Par, Brasil. Foram avaliadas 202 crianas, considerando-se saúde ruim como varivel desfecho, sendo composta pela combinao do estado nutricional, desenvolvimento fsico-motor e intercorrncias no ltimo ms. Utilizou-se modelo multinvel de anlise hierrquica, considerando-se como preditoras da saúde ruim variveis com p < 0,05 aps ajuste. A razo de chance bruta apontou que o estado de saúde ruim maior para as crianas de famlias que tm casa prpria, so de maior idade e tm probabilidade de aleitamento materno exclusivo aos dois, trs, quatro e cinco meses. Aps ajuste, observa-se que crianas provenientes de famlias com casa prpria tm 2,76 vezes mais chance de ter saúde ruim; esta tambm aumenta com a idade, chegando a ser 5,04 vezes maior entre as crianas de 18 a 23 meses, comparativamente s menores de 7 meses. Ter casa prpria e mais idade representam, nessas comunidades, mais tempo de exposio ao risco de saúde ruim.

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A violncia um problema de saúde pública e sua notificao fundamental para a vigilncia epidemiolgica e para a definio de polticas públicas de preveno e promoo de saúde. O estudo objetivou caracterizar a ocorrncia de violncia domstica, sexual e de outras, a partir das informaes do banco de dados do Sistema Informao de Agravos de Notificao (SINAN), das fichas de notificao de violncia da cidade de Belm (PA), no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. Foram sistematizadas 3.267 notificaes, representando um aumento de 240% de 2009 a 2011. Em relao ao sexo das vtimas, observou-se que, em mdia, 83,2% dos casos atingiram as mulheres, proporo esta semelhante nos trs anos analisados. A violncia sexual foi a mais presente com 41,8%; seguida da violncia psicolgica com 26,3% e da violncia fsica com 24,0%. Os resultados demonstram a importncia do conhecimento do perfil das violncias para interveno e elaborao de polticas públicas intersetoriais que promovam a saúde e a qualidade de vida nesta regio do Brasil.

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O desenvolvimento dos modelos de produo acarretou diversas transformaes na concepo da relao homem/trabalho. Com isso, o trabalho tornou-se um dos aspectos centrais na vida do homem moderno. Na relao com o trabalho, emergem diversos processos de subjetivao baseados nas prticas presentes nos contextos em que ele se realiza, bem como nos processos de saúde e doena. No Brasil, esse processo vem sendo delineado por questes polticas e sociais que levaram emergncia da chamada Poltica Nacional de Segurana e Saúde do Trabalhador, em 2004. Entretanto, esse tema e seus desdobramentos ainda so fortemente debatidos, uma vez que tal poltica no se encontra em intenso vigor, demonstrando um percurso em constante construo e ainda permevel diferentes influncias. Este trabalho busca problematizar as prticas que produzem processos de subjetivao do sujeitotrabalhador pautados em dispositivos biopolticos, a partir da anlise da gesto do cuidado em saúde do trabalhador no Brasil. Partindo dessa perspectiva, buscou-se analisar a construo das Polticas de Saúde do Trabalhador no pas, focando a formulao da PNSST e sua perspectiva atual. Para isso, foram analisadas as estratgias de cuidado presentes nesta Poltica, bem como a forma como essas estratgias esto articuladas com a perspectiva da integralidade, uma vez que a integralidade um novo olhar sobre a gesto do cuidado em saúde, criando novas possibilidades de um trabalho em saúde. Centra-se no fluxo do usurio, com mudanas na produo do cuidado em todos os nveis da rede pública de saúde. Primeiro, foram abordados os processos de construo e desenvolvimento da chamada Saúde do Trabalhador e, posteriormente, foi analisada a Poltica Nacional de Segurana e Saúde do Trabalhador PNSST (2004) enquanto dispositivo de regulao das prticas de saúde, a partir do mtodo genealgico de Michel Foucault, com foco na anlise documental. O processo de construo da PNSST iniciou a partir da 1 Conferncia Nacional em Saúde do Trabalhador, o qual se delineou nas demais conferncias realizadas de 2001 e 2005. Neste processo, podemos observar o conflito entre o trabalho como risco (trabalho-risco) e o trabalho como produo de subjetividade (trabalho-subjetividade), que levam a construo das noes entre saúdecontrole versus saúde-integralidade. A anlise documental da PNSST de 2004 denota que ainda h uma prevalncia do olhar da Saúde Ocupacional, pelo vis do trabalho-risco/saúdecontrole, uma vez que as estratgias de cuidado apresentam discursos de risco/agravo no trabalho, na patologizao do sujeito e na monetarizao da saúde. Alm disso, de 2005 at meados de 2011, no houve a concretizao e implantao da Poltica, sendo criados diferentes sentidos e, inclusive, convergindo as aes de Saúde do Trabalhador para o campo da Vigilncia em Saúde, onde se encontra tal rea no Ministrio da Saúde hoje. Com isso, observamos que ao pensarmos na proposta de articular o campo da integralidade com a Saúde do Trabalhador, encontramos, na verdade, a construo de discursos pautados em estratgias biopolticas de transformar a atividade laboral em risco que deve ser vigiado e medicalizado. Alm disso, no h interface para absoro das demandas referentes saúde do trabalhador no SUS. A criao de linhas de cuidado em Saúde do Trabalhador em Unidades Bsicas de Saúde ou mesmo a criao de Unidade de Referncia Especializada em Saúde do Trabalhador nos permite inserir este tema cada vez mais no campo da saúde pública no Brasil e diminuir a disperso dos casos de sofrimento dos trabalhadores que ficam no nvel do no dito.

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Os resduos slidos dos servios de saúde (RSSS) oferecem risco potencial para saúde pública e meio ambiente perante um gerenciamento inadequado. Objetivou-se verificar aspectos do manejo interno dos RSSS do municpio paraense de Marituba. Atravs da aplicao de questionrios e visitas de campo, realizou-se um estudo descritivo, observacional em treze estabelecimentos de saúde. O volume total de resduos gerados era de cerca de 13.000kg/semana. Havia limitaes nas diversas etapas do manejo interno, como a realizao de tratamento interno somente num local, o armazenamento externo, que ocorria em quatro instituies e de maneira precria, entre outros. Tambm, havia conformidades como acondicionamento em sacos e recipientes adequados, segregao dos resduos comuns. De modo geral, as normas federais no eram atendidas e o gerenciamento de RSSS dos estabelecimentos de saúde necessita de adequao na realizao de todas as etapas do manejo, para controlar e diminuir os riscos e reduzir a quantidade de resduos.

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O HPV (Papilomavrus humano) foi apontado pela OMS (Organizao Mundial de Saúde - WHO) como principal fator de risco para o desenvolvimento do cncer de colo uterino, tornando-se assim um importante e gravssimo problema de saúde pública, especialmente nos pases subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A precocidade das atividades sexuais, mltiplos parceiros e sexo casual, o tabagismo, a imunossupresso (por exemplo, na populao de pacientes aidticos), gravidez, doenas sexualmente transmissveis prvias como herpes e clamdia, alm do no cumprimento das medidas j adotadas como preveno de Doenas Sexualmente Transmissveis (DST), como por exemplo, o simples uso de preservativos, est reconhecidamente associado incidncia da infeco por HPV. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho diagnstico das metodologias de citologia convencional (Exame de Papanicolau) em relao citologia em base lquida, alm de determinar a prevalncia dos gentipos 16 e 18 do HPV em mulheres sem efeito citoptico compatvel com HPV e relacionar a presena de quadros inflamatrios, associados ou no ao HPV, com dados epidemiolgicos como idade, escolaridade, condio sociocultural de mulheres provenientes do municpio de Barcarena Par Brasil. Para tanto, participaram deste estudo, voluntariamente, 50 mulheres atendidas na Unidade de Saúde de Barcarena Par, atravs de campanha para coleta de Exame de Papanicolau como mtodo de preveno de cncer do colo do tero. Estas mulheres receberam informaes referentes a todos os procedimentos realizados pelo corpo de saúde deste estudo e aos resultados desta pesquisa e somente aps as voluntrias terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mesmas foram includas para as coletas de amostras. As anlises e os resultados dos testes de citologia de base lquida e convencional foram realizados segundo a Classificao de Bethesda e revisados cegamente por dois citopatologistas. Para a anlise estatstca foi utilizado o teste exato de Fisher e o "Screening Test" visando determinar a especificidade/ sensibilidade dos mtodos, considerando significativo o valor de p 0,05. Como resultado, observamos que o uso da citologia de base lquida tem demonstrado uma srie de vantagens em relao citologia convencional. No diagnstico molecular (PCR) foram observadas ocorrncias de HPV dos tipos 16 e 18 em 10% das mulheres atendidas. Dentre os casos que apresentaram PCR positivo para os tipos 16 ou 16/18 a maioria das mulheres tinham 27,4 anos de idade em mdia; com maior escolaridade; que exercem atividades domsticas e rurais; e com ocorrncias de co-infeco por agentes infecciosos causadores de outras doenas sexualmente transmissveis. Os resultados obtidos neste estudo reforam a importncia da manuteno de campanhas gratuitas de preveno do cncer de colo do tero como uma medida preventiva no combate desta doena, principalmente no Estado do Par onde, provavelmente, o perfil epidemiolgico da doena est associado s grandes distncias que as mulheres de comunidades ribeirinhas tm que percorrer para realizar este exame de forma gratuita; ao tipo de atividade econmica da regio; ao preconceito local ainda existente com o exame; e ao grau de dificuldade de implementao de aes efetivas de retorno das pacientes s consultas mdicas aps a obteno do resultado do exame e mesmo o encaminhamento para diagnstico molecular dos casos positivos para leses do tipo ASC-H e NIC I, II e III.

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O objetivo do presente trabalho analisar alguns determinantes dos problemas de saúde decorrentes da implantao de hidreltricas na Amaznia, tendo como referncia a Hidreltrica de Tucuru, localizada no estado do Par, Brasil. O presente artigo apresenta diferentes concepes sobre o processo saúde-doena; alm de analisar as etapas de implantao de projetos hidreltricos ressaltando alguns riscos para a saúde da populao. A autora conclui o trabalho ressaltando que o setor eltrico no deve deteriorar o quadro sanitrio e que sejam feitos investimentos em saúde em todas as etapas desses projetos para minimizar os efeitos deletrios sobre a saúde da populao.

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A tuberculose pulmonar continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo, inclusive no Brasil. A situao de controle se agrava com a dificuldade de implantar-se um programa eficiente pela desproporo entre necessidades e recursos disponveis e pela limitada cobertura e utilizao da capacidade instalada de ateno, e no fim da dcada de 80 pela propagao do HIV. Com o objetivo de traar o perfil epidemiolgico dos pacientes com tuberculose pulmonar atendidos na Unidade Bsica de Saúde da Pedreira, no municpio de Belm do Par, foram estudados 143 pacientes de ambos os sexos e de todas as faixas etrias com diagnstico de tuberculose, no perodo de janeiro de 2001 a julho de 2002. Aspectos analisados: sinais e sintomas, baciloscopia, raio X de trax, comunicantes intradomiciliares, histria de tuberculose na famlia, tempo entre o incio dos sintomas e o incio do tratamento, tipos de alta do tratamento, procedncia, grau de escolaridade, recidivas, ocupao, qualificao da ocupao, renda familiar, refeies dirias, situao da moradia, tipo de parede, nmero de janelas, nmero de cmodos x nmero de moradores, gua encanada, luz eltrica e tipo de fossa do banheiro, prticas de tabagismo e etilismo. Resultados: o sintoma mais freqente foi a tosse com 89,51 %; a baciloscopia positiva correspondeu a 60,01 %; os achados radiolgicos com infiltrao corresponderam a 42,86 %; 84,62 % dos pacientes possuem pelo menos um comunicante intradomiciliar; 57,34 % apresentaram pelo menos um caso de tuberculose na famlia; 65,04 % demoraram 2 meses para comear o tratamento aps os sintomas terem iniciado; 94,23 % receberam alta por cura; 3,85 % altas por abandono e 1,92 % altas por bito; 78 % procederam de Belm; 7 % so analfabetos e 51,75 % possuem primeiro grau incompleto; 11,19 % de recidivas; das pessoas que possuem ocupao 68,49 % no possuem qualificao; 86 % apresentaram renda familiar inferior a 6 salrios mnimos; 43,68 % praticam o etilismo. Conclui-se que o sexo e a faixa etria predominantes foram respectivamente o masculino e de 16 a 45 anos; as condies scio-econmico-culturais e de moradia so muito precrias. Sendo fundamental entender que esta uma das doenas que mais claramente coloca em evidncia a sua determinao social. Os processos biolgicos da saúde so, portanto, parte da vida social da coletividade, desta forma, a saúde e a doena so tomadas como plos de um mesmo processo que se constitui como uma parte da totalidade maior que a vida. Palestra de educao sanitria , portanto, meio educativo criando hbito de saúde que certamente contribuir para um melhor desenvolvimento das potencialidades do ser humano. Este estudo corrobora pesquisas anteriores.

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As doenas do trato respiratrio so as principais queixas nos servios de atendimento mdico, sendo as infeces respiratrias agudas (IRA) as manifestaes mais comuns, principalmente em crianas menores de cinco anos de idade. Em pases em desenvolvimento as IRA constituem um srio problema de saúde pública. Em todo mundo estima-se que ocorram cerca de dois milhes de mortes devido as IRA a cada ano. Dentre os agentes causais das mesmas, destaca-se o Vrus Respiratrio Sincicial (VRS), especialmente por causar doena grave em crianas menores de dois anos. Com o objetivo de gerar dados sobre a epidemiologia molecular deste vrus, foram analisadas amostras colhidas de pacientes com IRA no perodo de 2000 a 2006 na cidade de Belm, Par. Foram utilizados testes de imunofluorescncia indireta (IFI) para caracterizao antignica dos vrus isolados e RT-PCR para os genes codificadores das protenas G e F, que foram em seguida parcialmente seqenciados. Dentro do perodo estudado, 153 amostras positivas para VRS foram detectadas. A faixa etria de 0-4 anos foi a que concentrou maior nmero de casos (n=138; 90,19%). Em relao ao perfil sazonal, o pico de atividade do VRS ocorreu nos primeiros seis meses do ano, estando associado principalmente ao perodo de troca da estao chuvosa para um perodo de menor pluviosidade. Houve co-circulao dos subgrupos A e B nos anos de 2001 e 2003. Em 2000, 2005 e 2006 somente o subgrupo A circulou. Entretanto no ano de 2004 foi registrada a ocorrncia somente do subgrupo B. Dentro do perodo estudado, gentipos distintos da protena G do subgrupo A (GA2 e GA5) e do subgrupo B (SAB1 e SAB3) foram detectados, indicando o primeiro relato da circulao do gentipo SAB1 na Amrica do Sul. Em 2004, um cluster diferenciado dos demais gentipos circulantes foi encontrado, sendo este denominado BRB1. A anlise do gene codificador da protena F permitiu a identificao de mutaes na sequncia nucleotdica resultando em trocas na cadeia aminoacdica da mesma. Este estudo representa o primeiro relato sobre dados da epidemiologia molecular do Vrus Respiratrio Sincicial na regio Norte do Brasil.

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OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.

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Este estudo descreve alguns resultados do sistema de monitoramento de fatores de risco para doenas crnicas por entrevistas telefnicas no Municpio de Goinia, Gois, Brasil, 2005. Foi estudada amostra probabilstica (n = 2.002) da populao adulta servida por linhas telefnicas residenciais fixas. Foram analisadas variveis comportamentais (consumo alimentar, atividade fsica, tabagismo e consumo de bebida alcolica), peso e altura referidos e referncia a diagnstico mdico de doenas crnicas. Foram calculadas estimativas de prevalncia e valores de qui-quadrado. Observou-se baixo consumo de frutas e hortalias (47,1%), alta freqncia de inatividade fsica ocupacional (86,6%), no deslocamento para o trabalho (92,6%) e lazer (61,9%), consumo excessivo de bebidas alcolicas (23,2%), excesso de peso (36,5%), obesidade (10,6%), hipertenso arterial (22,4%), dislipidemias (18,4%) e diabetes (4,4%). A maioria dos fatores de risco apresentou associao inversa com escolaridade e direta com idade, com diferenas significativas entre sexos (p < 0,05). Observou-se alta prevalncia dos fatores de risco de doenas crnicas no transmissveis e de auto-referidas. Aspectos positivos do sistema: baixo custo operacional, possibilidade de monitorar a carga e a tendncia das doenas crnicas no transmissveis no nvel local.

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Os rotavrus se constituem nos principais agentes causadores de gastroenterite grave entre crianas com idades inferiores a 5 anos, tanto nos pases desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, com pico de incidncia entre 6 e 24 meses de vida. Em termos globais, estima-se que pelo menos 500.000 bitos por ano se associem a esse enteropatgeno. Um extenso ensaio clnico de fase 111, randomizado na proporo de 1 :1, controlado por placebo e duplo-cego, envolvendo 11 pases da Amrica Latina e a Finlndia se levou a efeito objetivando-se avaliar a eficcia e segurana de uma vacina atenuada, de origem humana, contra rotavrus, denominada RIX4414. Na totalidade, recrutaram-se mais de 63.000 crianas. Em Belm, Par, tais estudos envolveram 3.218 indivduos aos quais se administraram duas doses de vacina ou placebo, no segundo e quarto meses de idade. Desse total avaliou-se um subgrupo de 653 crianas quanto eficcia da vacina, com acompanhamento ao longo de 1 a 2 anos, quando se registraram 37 episdios de GE grave por rotavrus, 75,6% (28/37) dos quais no grupo placebo e 24,3% (9/37) entre os vacinados, da se inferindo eficcia da vacina de 68,8% (IC95% 32.0-87,0) nos primeiros dois anos de vida. No que se refere intensidade desses episdios, notou-se maior eficcia contra os classificados como muito graves (escore de Ruuska & Vesikari 15), alcanando nveis de 83% (IC95% 22-96). No grupo placebo observou-se risco cumulativo, quanto ao desenvolvimento de gastroenterite grave por rotavrus, 4 vezes superior em relao ao vacinado. Quanto aos sorotipos de rotavrus G1 e no-G1, evidenciou-se proteo de 51 % (IC95% -30 - 81) e 82% (IC95% 37-95), respectivamente, denotando-se proteo tanto homotpica quanto heterotpica. De particular relevncia se constituiu a proteo frente ao G9 [93% (IC95% 47-99)], dado o carter emergente global desse sorotipo, alm do seu potencial quanto a desencadear quadros diarricos rotineiramente mais graves. A eficcia da vacina contra episdios de GE de qualquer etiologia alcanou 35,3% (IC95% 11,6-52,9), do que se depreende o expressivo impacto em potencial da vacinao contra rotavrus em termos de saúde pública. No que se refere segurana desse imunizante, no se observaram diferenas significativas do ponto de vista estatstico, entre os grupos vacina e placebo, no que concerne ocorrncia de eventos adversos graves. No se registrou qualquer caso de intussuscepo entre os sujeitos participantes, merc de extensiva vigilncia ativa nos hospitais de referncia. Os resultados encontrados nesse estudo corroboram os j descritos em ensaios multicntricos como um todo, em vrios continentes, consolidando os indicadores quanto eficcia e segurana da vacina RIX4414 quando administrada em duas doses a crianas saudveis.