32 resultados para Receptores dopaminérgicos.
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O cncer de mama um dos tumores de maior incidncia na mulher, e por isso, muitas pesquisas vm sendo realizadas, desde a avaliao das caractersticas epidemiolgicas, dinmica biocelular e o tratamento desta doena. Na avaliao de respostas ao tratamento, os fatores preditivos so marcadores que auxiliam na escolha da melhor droga a ser usada. Esta dissertao teve o objetivo de avaliar os genes de receptores de estrognio e progesterona, HER-2 e C-MYC em tumores localmente avanados da mama, como fatores preditivos de resposta quimioterapia neoadjuvante. Estudaram-se fragmentos da neoplasia maligna mamria de 50 pacientes com carcinoma ductal infiltrativo, com estadiamento clnico E-III e tratadas com quimioterapia neoadjuvante. Utilizaram-se as tcnicas de imunohistoqumica e de hibridizao in situ por fluorescncia (FISH). A anlise dos receptores hormonais no apresentou diferena estatisticamente significativa comparando as pacientes com resposta satisfatria quimioterapia, das insatisfatrias; a anlise do HER-2 apresentou significncia apenas para as respostas satisfatrias, onde houve baixa amplificao deste gene. Em relao ao C-MYC observou-se uma diferena estatisticamente significativa comparando a alta amplificao deste gene a uma resposta insatisfatria quimioterapia. O estudo concluiu que o gene C-MYC pode ser um importante marcador de predio nos tratamentos quimioterpicos neoadjuvantes usados em cncer mamrio.
Resumo:
A Aniba canelilla (H.B.K) Mez, conhecida popularmente como casca-preciosa uma espcie da famlia Lauraceae que apresenta ampla distribuio na regio amaznica. O ch das folhas e das cascas so utilizados na medicina popular como digestivo, carminativo e antiinflamatrio. Neste estudo decidiu-se avaliar se esta atividade devida a um de seus principais constituintes, o 1-nitro-2-feniletano. A amostra obtida por purificao do leo essencial de Aniba canelilla possui 97,5% de 1-nitro-2-feniletano foi fornecida pelo Laboratrio de Engenharia Qumica da UFPA. Nos modelos de nocicepo foram realizados os testes da contoro abdominal, placa quente e formalina. Enquanto que nos modelos de inflamao foram realizados a dermatite induzido pelo leo de croton, edema de pata induzido por dextrana e carragenina e peritonite induzido pela carragenina. No teste de contoro abdominal induzido por cido actico, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 15, 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o nmero de contores abdominais. No teste de placa quente (55 0,5 C), o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg no induziu alteraes no tempo de latncia quando comparado ao grupo controle. No teste de formalina, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o estmulo lgico na 2 fase do teste. Alm disso, a antinocicepo foi revertida pela naloxona na segunda fase. Na dermatite induzida pelo leo de croton, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o eritema em relao ao grupo controle (inibio de 73% e 79%, respectivamente). Nos edemas de pata induzido por carragenina e dextrana, o 1-nitro-2-feniletano foi capaz de impedir o desenvolvimento do edema, nas doses de 25 e 50 mg/kg, em comparao com o grupo controle. Na peritonite induzida por carragenina, o 1-nitro-2-feniletano na dose de 25 mg/kg reduziu o nmero de clulas globais e o nmero de neutrfilos quando comparado ao grupo controle (inibio de 22,55% e 38,13%, respectivamente). Nossos resultados sugerem que o 1-nitro-2-feniletano tem atividade antinociceptiva e antiinflamatria, provavelmente, de origem perifrica, alm disso, os resultados sugerem que os receptores opiides esto envolvidos no efeito antinociceptivo do 1-nitro-2-feniletano.
Resumo:
Hyptis crenata (Pohl) ex Benth. uma planta herbcea, medicinal e aromtica, pertencente famlia lamiaceae, conhecida popularmente como salva-do-maraj, malva-do-maraj e hortel-bravo. Distribui-se no esturio do Rio Amazonas, Pantanal e no estado de Minas-Gerais. Seu leo essencial caracterizado pela presena de monoterpenos e sesquiterpenos. utilizada popularmente como sudorfico, tnico, estimulante, bem como para tratar inflamao de olhos e garganta, constipao e artrite. Baseado nessas informaes, decidiu-se avaliar a atividade antinociceptiva e antiinflamatria do leo essencial desta espcie (OEHc) atravs dos seguintes testes: teste das contores abdominais induzidas por cido actico, placa quente, formalina, dermatite induzida pelo leo de croton, edemas induzidos por dextrana e carragenina e peritonite induzida por carragenina. Para a anlise estatstica utilizou-se ANOVA seguida de um mtodo de mltiplas comparaes (Teste de Student-Newman-Keuls ou teste "t" de Student). O leo foi extrado por hidrodestilao, obtendo um rendimento de 0,6%. composto predominantemente por monoterpenos (94,5%). A dose letal media DL50 foi de 5000 mg/kg. Nas contores abdominais induzidas por cido actico o leo (250, 350 e 500 mg/kg) reduziu de forma significante de maneira dose-dependente estas contores em 22,56%, 60,76% e 75,53%, respectivamente, cujo coeficiente de correlao linear foi de r = 0,9341 e DE50 = 364,22 mg/kg. No teste da placa quente, o leo no foi capaz de aumentar o tempo de latncia de maneira significante. No teste da formalina, o OEHc produziu uma inibio da 1 fase em 26,49% e da 2 fase em 43,39%. Alm disso, a naloxona reverteu o efeito do OEHc neste teste. Na dermatite induzida pelo leo de croton, o OEHc reduziu o edema de maneira significante em 44,26%. No edema induzido por dextrana, o leo foi capaz de impedir o desenvolvimento do edema na dose de 364,22 mg/kg de maneira significante em relao ao grupo controle. Porm, no edema induzido por carragenina esta inibio no foi observada. Na peritonite induzida por carragenina, o OEHc reduziu o nmero de leuccitos e o de neutrfilos em 47,55% e 66,47%, respectivamente. A partir dos resultados obtidos, sugere-se que o OEHc apresenta atividade antinociceptiva provavelmente atravs da ao direta sobre as fibras nociceptivas, alm de sugerir que os receptores opiides possam estar envolvidos neste processo; e atividade antiinflamatria provavelmente de origem perifrica. Pode-se sugerir, tambm, que os possveis componentes responsveis por essas aes sejam os compostos monoterpnicos presentes no OEHc.
Resumo:
A doena de Parkinson (DP) uma doena neurodegenerativa, que afeta principalmente neurnios dopaminérgicos da substncia negra que projetam para o estriado. A rotenona, um composto amplamente usado como pesticida, pode estar relacionada a influncias ambientais que aumentam o risco do aparecimento da DP. Estudo com anlise de danos no DNA, como o ensaio em eletroforese do cometa foi introduzido neste trabalho para uma melhor compreenso de efeitos neurotxicos da rotenona em modelo experimental da DP. O teste do cometa foi aplicado em neurnios provenientes de culturas mesenceflicas mistas de ratos expostas a diferentes concentraes em dois tempos de exposio, 24 e 48 horas. A mdia do ndice de dano dos cometas mostrou-se, segundo anlise estatstica, significativamente diferente em relao ao grupo controle em todas as concentraes de rotenona testadas e nas duas duraes analisadas. No entanto, na anlise comparativa do ndice de dano considerando o tempo de exposio para concentraes equivalentes, somente 20 e 30 nano molares demonstraram diferena significativa entre 24 e 48 horas de exposio. Este trabalho demonstrou que, nas condies empregadas, o teste do cometa detectou danos no material gentico sem alterao detectvel no teste de viabilidade celular pelo MTT (5 nM de rotenona por 24h), sugerindo que alteraes genotxicas podem anteceder alteraes de viabilidade celular em neurnios expostos rotenona. Entretanto, no possvel afirmar se tais alteraes possuem carter irreversvel ou no.
Resumo:
A Doena de Parkinson (DP) uma das doenas neurodegenerativas mais comuns relacionadas com a idade, e apresenta sintomatologia com alteraes motoras clssicas que esto relacionadas com a degenerao dos neurnios dopaminérgicos da SNpc e a diminuio de dopamina no estriado. Modelos animais da DP so instrumentos importantes utilizados por pesquisadores para uma maior compreenso de mecanismos patolgicos envolvidos na doena e para a avaliao de possveis intervenes teraputicas. Tais modelos devem mimetizar algum aspecto da doena, como a degenerao dos neurnios dopaminérgicos nigrais. Neste contexto, o modelo da DP induzido pela injeo da neurotoxina 6- hidroxidopamina (6-OHDA) j se encontra bem estabelecido em ratos, mas necessita ainda de melhor caracterizao das alteraes comportamentais e leses no sistema nigro-estriatal em camundongos de diferentes linhagens a fim de que haja interpretaes confiveis quando o modelo for usado em testes teraputicos. O presente estudo teve como objetivo melhorar a caracterizao do modelo unilateral da DP com 6-OHDA em camundongos suos, avaliando alteraes comportamentais e o efeito sobre os neurnios dopaminérgicos da SNpc. Nesta investigao utilizou-se uma nica injeo intraestriatal unilateral de 6-OHDA, em duas diferentes concentraes da toxina: 5g/l e 10g/l. Os nossos resultados mostraram que ambas as concentraes utilizadas causaram perda severa de neurnios dopaminérgicos na SNpc, com uma mdia de 74,5% e 89,5% de per da, respectivamente. Esta perda apresentou uma correlao alta com o comportamento rotatrio induzido por apomorfina e uma correlao baixa com a ambulao no teste do campo aberto. Desta forma, injees intraestriatais de 5g/l ou 10g/l de 6-OHDA, em camundongos suos, reproduzem de forma efetiva o modelo animal unilateral da DP com 6-OHDA, podendo ser utilizadas de forma confivel em experimentos que visem a investigao de terapias farmacolgicas, celulares e/ou de neuroproteo para a DP.
Resumo:
Sabe-se que as regies cerebrais envolvidas no controle do canto so sexualmente dimrficas em muitas espcies de pssaros adultos de regies temperadas como nos zebra finches em que os machos cantam e as fmeas no cantam. Em diversas espcies de pssaros canoros dos trpicos, contudo, tanto os machos quanto as fmeas so capazes de cantar. Porm, os mecanismos envolvidos na produo do canto em fmeas ainda pouco compreendido. Com o intuito de identificar diferenas que possam explicar o canto em fmeas, ns estudamos a morfologia do sistema do canto de pssaros machos e fmeas da espcies Uraegynthus cyanocephalus, espcie esta em que tanto machos quanto fmeas cantam. Como primeiro passo para a anlise e estabelecimento de diferenas anatmicas quanto ao sexo, ns quantificamos alteraes de volume de reas prosenceflicas relacionadas ao cantos, atravs de marcao com Nissl e de marcao de receptores andrgenos (RA) por meio de hibridizao in situ radioativa. Ns verificamos que, tanto em machos quanto em fmeas, o volume do centro vocal superior (HVC) no sofre alterao estatisticamente significativa ao longo do desenvolvimento. Observamos, ainda, que o volume do HVC em machos sempre superior ao das fmeas, inclusive na fase adulta, quando esta diferena se torna significativa, existindo portanto, dimorfismo sexual. Contrariamente ao desenvolvimento do HVC, o ncleo robusto do arcopalio (RA) de machos aumenta de modo significativo gradualmente com a idade, atingindo o seu pico de crescimento na fase adulta. O volume do RA aumentou em 2,21 vezes no macho (0,104 mm3 em 20 dias para 0,236 mm3 na idade adulta). Nas fmeas, as alteraes volumtricas de RA observadas ao longo do crescimento no foram significativas.
Resumo:
A doena de Parkinson (DP) caracterizada pela degenerao progressiva dos neurnios dopaminérgicos da substncia negra e por presena de sinais clnicos clssicos, tais como bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e instabilidade postural. A etiologia ainda desconhecida e as opes de tratamento disponveis promovem apenas o alvio dos sintomas. Nesse sentido, os modelos experimentais de DP so fundamentais em estudos visando identificar os eventos moleculares envolvidos na doena e a descoberta de novas terapias neuroprotetoras. Este trabalho utilizou um modelo de hemiparkinsonismo, com leso induzida por 6- hidroxidopamina (6-OHDA), e investigou os efeitos do extrato aquoso de folhas de mogno (Swietenia macrophylla) sobre as clulas dopaminrgicas da substncia negra pars compacta (SNpc) e sobre parmetros comportamentais avaliados no teste do campo aberto e no teste de rotaes induzidas por apormofina. Os resultados mostraram que os animais lesionados com 6-OHDA apresentaram rotao contralateral induzida por apomorfina e reduo significativa dos neurnios dopaminérgicos na SNpc. Entretanto, apenas o grupo injetado com 6-OHDA e tratado com mogno apresentou diminuio significante de neurnios no lado injetado em comparao com o grupo veculo/veculo. Houve tambm um decrscimo significante na ambulao e na bipedestao no grupo 6-OHDA/mogno. Com isso, ns conclumos que o extrato aquoso de mogno, nas condies utilizadas no presente estudo, potencializou o efeito citotxico da 6-OHDA e ainda promoveu a piora do quadro comportamental dos animais.
Resumo:
Dentre as manifestaes ginecolgicas mais importantes nas mulheres soropositivas para o HIV, esto o cncer do colo uterino e as neoplasias intra-epiteliais cervicais que lhe so as leses precurssoras. Neste estudo foram analisadas 36 mulheres soropositivas para o vrus da imunodeficincia humana e 54 soro negativas, com a finalidade de analisar a freqncia de leses precursoras do cncer uterino cervical. Todas as pacientes foram submetidas ao exame clnico ginecolgico, colheita de colpocitologia crvico-vaginal, colposcopia e bipsia genital quando o exame colposcpico revelava achados anormais. Nas pacientes soropositivas foram quantificados os linfcitos com receptores CD4 e verificado a aderncia ao esquema antiretroviral. Os resultados demonstraram que a freqncia das neoplasias intra-epiteliais cervicais foi semelhante nos dois grupos estudados. Observamos ainda que a maioria das pacientes soropositivas apresentavam contagem de CD4 acima de 200 clulas / mm3, ou seja eram consideradas imunocompetentes. E que trinta e trs pacientes das trinta e seis estudadas eram aderentes ao esquema antiretroviral. Conclumos que as mulheres HIV soropositivas consideradas imunocompetentes e em uso de antiretrovirais apresentaram freqncia de neoplasias intraepiteliais cervico-uterinas semelhantes s mulheres soro negativas includas neste estudo. Observamos, ainda, que o HPV importante cofator no desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais cervicais.
Resumo:
A neoplasia maligna da mama uma das principais causa de mortalidade feminina, considerada como problema de sade pblica. Neste trabalho pesquisamos a presena do Papilomavrus Humano (HPV) nos tumores mamrios benignos e malignos e em amostras de tecido mamrio normal. Foi utilizada a tcnica da Reao em Cadeia de Polimerase (PCR) para deteco molecular do DNA HPV em 63 pacientes, assim distribudas: 28 tumores malignos, 17 tumores benignos e 18 amostras de tecido retro areolar de mamas normais. Os nossos resultados revelaram positividade para a seqncia do DNA HPV em 11 amostras, todas pertencentes s portadoras de tumores malignos: 17,4% de todas as amostras e 39,2% dos tumores malignos. Todos os tumores positivos revelaram DNA HPV para os tipos oncognicos 16 e/ou 18, no foi detectado DNA HPV 06 e 11. Os resultados demonstraram elevada positividade para os receptores hormonais nas amostras positivas examinadas e apresentaram um seguimento com prevalncia de eventos desfavorveis como recidivas loco-regionais, metstases e bito nas portadoras de DNA HPV. Os achados ratificam os dados encontrados na literatura, mostrando uma possvel participao deste vrus no desenvolvimento do cncer de mama e possvel contribuio desfavorvel na evoluo clnica.
Resumo:
A migrao com amplitudes verdadeiras de dados de reflexo ssmica, em profundidade ou em tempo, possibilita que seja obtida uma medida dos coeficientes de reflexo dos chamados eventos de reflexo primria. Estes eventos so constitudos, por exemplo, pelas reflexes de ondas longitudinais P-P em refletores de curvaturas arbitrrias e suaves. Um dos mtodos mais conhecido o chamado migrao de Kirchhoff, atravs do qual a imagem ssmica produzida pela integrao do campo de ondas ssmicas, utilizando-se superfcies de difraes, denominadas de Superfcies de Huygens. A fim de se obter uma estimativa dos coeficientes de reflexo durante a migrao, isto a correo do efeito do espalhamento geomtrico, utiliza-se uma funo peso no operador integral de migrao. A obteno desta funo peso feita pela soluo assinttica da integral em pontos estacionrios. Tanto no clculo dos tempos de trnsito como na determinao da funo peso, necessita-se do traamento de raios, o que torna a migrao em situaes de forte heterogeneidade da propriedade fsica um processo com alto custo computacional. Neste trabalho apresentado um algoritmo de migrao em profundidade com amplitudes verdadeiras, para o caso em que se tem uma fonte ssmica pontual, sendo o modelo de velocidades em subsuperfcie representado por uma funo que varia em duas dimenses, e constante na terceira dimenso. Esta situao, conhecida como modelo dois-e-meio dimensional (2,5-D), possui caractersticas tpicas de muitas situaes de interesse na explorao do petrleo, como o caso da aquisio de dados ssmicos 2-D com receptores ao longo de uma linha ssmica e fonte ssmica 3-D. Em particular, dada nfase ao caso em que a velocidade de propagao da onda ssmica varia linearmente com a profundidade. Outro tpico de grande importncia abordado nesse trabalho diz respeito ao mtodo de inverso ssmica denominado empilhamento duplo de difraes. Atravs do quociente de dois empilhamentos com pesos apropriados, pode-se determinar propriedades fsicas e parmetros geomtricos relacionados com a trajetria do raio refletido, os quais podem ser utilizados a posteriori no processamento dos dados ssmicos, visando por exemplo, a anlise de amplitudes.
Resumo:
Produziu-se carvo de caroo de buriti (CCB) a partir do rejeito da produo artesanal do fruto, destinado extrao de leo, temperatura de 400C. O CCB ento foi ativado a temperaturas de 800C e 900C. Ensaios de adsoro foram executados para se avaliar o desempenho dessas temperaturas de ativao na adsoro de uma soluo de cobre (II) de concentrao inicial conhecida de 50 mg/L. Aps a anlise dos resultados, decidiu-se pela ativao do carvo a 900C. Caracterizou-se o carvo ativado do caroo de buriti (CACB) a 900C de acordo com as propriedades comerciais, tais como: rea especfica, porosimetria, densidades aparente e real, porosidade de um leito fixo, microscopia eletrnica de varredura, contedo de cinzas, pH, umidade, carbono fixo e grupos funcionais de superfcie cida presentes no CACB. Realizaram-se ensaios de equilbrio de adsoro para se determinar a influncia do dimetro das partculas de CACB (D < 0,595 mm; 0,595 < D < 1,19 mm e D > 1,19 mm); a influncia do tempo de contato adsorvente/adsorvato (15, 30, 60, 120, 180, 240 e 300 minutos); a influncia do pH (3,00; 4,01; 5,18 e 6,00) e a influncia da concentrao inicial da soluo de cobre (II) (5, 10, 30, 50, 80, 100 e 200 mg/L) para se avaliar a eficincia de remoo. Os resultados mostraram uma maior eficincia de remoo de cobre (II) para o dimetro D < 0,595 mm; para o tempo de contato de 300 minutos; para o pH de 4,01 e para as concentraes iniciais de cobre (II) de 50 e 80 mg/L. Os modelos matemticos de Langmuir e Freundlich foram aplicados para os dados de equilbrio de adsoro. O modelo matemtico de Langmuir foi o que melhor se ajustou aos dados de equilbrio. De acordo com os dados da cintica de equilbrio, observa-se que a partir do tempo de contato de 15 minutos todas as concentraes de equilbrio ficaram abaixo do mximo permitido de 1,0 mg/L previsto pela legislao CONAMA n 357/2005 para lanamento de efluentes em corpos receptores. Os resultados experimentais encontrados so indicativos de que possvel a remoo de cobre (II) de efluentes industriais utilizando CACB ativado fisicamente a 900C por um perodo de 60 minutos.
Resumo:
Historicamente conhecida por suas aes sobre o sistema reprodutor, hoje se sabe que a ocitocina (OT) tambm pode contribuir para a regulao da homeostase cardiovascular e hidroeletroltica. A OT produzida nos ncleos supra-ptico e paraventricular do hipotlamo e liberada para o plasma a partir de terminais neurais da pituitria posterior, no entanto, muitos estudos identificaram locais extra-cerebrais de produo OT, incluindo o corao e o endotlio vascular. A ativao de seus receptores em clulas endoteliais, bem como em sistemas hipotalmicos/hipofisrios e cardaco, pode resultar na produo de xido ntrico (NO). O presente trabalho teve como objetivo verificar o papel do NO na regulao da secreo de peptdeo natriurtico atrial (ANP) estimulada por OT em cultura primria de cardiomicitos de embries de camundongos. Para tal, coraes de embries de camundongos Balb C, com 19 a 21 dias de vida intra-uterina, foram isolados e cultivados para os ensaios com OT e demais substncias interferentes na sntese de NO e GMPc seu segundo mensageiro. A adio de concentraes crescentes de OT (0.1, 1, 10 e 100 M) induziu aumento proporcional na secreo de ANP e nitrato para o meio, confirmando a ao estimuladora da OT em cardiomicitos. O bloqueio da liberao de ANP estimulada por OT (10 M) foi observada aps adio de Ornitina Vasotocina (CVI-OVT) (100 M), um antagonista especfico de OT. Este antagonista inibiu a secreo basal de ANP, quando adicionado individualmente, sugerindo que a OT pode atuar via mecanismo autcrino, tnico estimulatrio sobre a secreo de ANP. Amplificao da secreo de ANP estimulada por OT (10 M) foi observada aps sua associao com L-NAME, um inibidor da sintase de xido ntrico (NOS) (600 M), e ODQ (100 M), um inibidor da guanilato ciclase solvel, sugerindo a ocorrncia de feedback negativo nitrrgico na liberao de ANP estimulada por OT no cardiomicito. Os resultados obtidos mostraram modulao nitrrgica inibidora sobre a secreo de ANP estimulada por OT.
Resumo:
A hansenase uma infeco crnica e granulomatosa da pele e nervos perifricos, que infecta principalmente macrfagos e clulas de Schwann. A Organizao Mundial de Sade classifica a hansenase em duas formas polares: multibacilar e paucibacilar, de acordo com o ndice baciloscpico e a resposta imune do hospedeiro. As clulas natural killer (NK) tm um importante papel na infeco, sendo a primeira forma de defesa contra organismos intracelulares. As clulas NK utilizam muitos tipos de receptores de superfcie celular, como os receptores imunoglobulina-smiles de clula NK (KIR), que podem inibir ou ativar a resposta citoltica de NK, atravs do reconhecimento de molculas do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) de classe I na clula alvo. Nesse estudo caso controle, a presena ou ausncia de 15 genes KIR e seus ligantes HLA-C foram investigadas, na inteno de se descrever sua variabilidade genotpica, associao com a hansenase e sua evoluo clnica. A genotipagem do complexo de genes KIR e dos grupos NK1 e NK2 de HLA-C foi feita por PCR-SSP em 105 pacientes e 104 controles. KIR2DL2 e KIR2DL3, na presena do seu ligante HLA-Cw parece predispor hansenase (p=0,046; X<sup>2</sup>= 3,97; OR=1,99; IC 95%= 1,00-3,97). Alm disso, a prevalncia da hansenase ao redor do mundo e as freqncias de KIR2DL2 se correlacionaram positivamente. Esse achado, juntamente com a associao entre KIR2DL3 e a tuberculose, descrita por outros autores, sugere que esses genes de receptores inibitrios predispem doena. Adicionalmente, o gene KIR2DS2 foi associado com o desenvolvimento da hansenase paucibacilar (p=0,009; X<sup>2</sup>= 7,23; OR=3,97; IC 95%= 1,37-9,96), possivelmente modulando o desenvolvimento para a forma mais branda da doena.
Resumo:
Estudos prvios indicam que o extrato de folhas de mogno Swietenia macrophylla possui composio qumica rica em substncias antioxidantes com efeito neuroprotetor em cultura. Um dos principais mecanismos envolvidos na neurodegerao da Doena de Parkinson (DP) o estresse oxidativo. Portanto, substncias antioxidantes so candidatas potenciais para terapias que retardem o processo neurodegenerativo da doena. Este estudo tem por objetivo caracterizar os efeitos do extrato de folhas de mogno frente degenerao nigroestriatal e alteraes comportamentais de camundongos expostos a uma nica injeo intraestriatal de 6-OHDA unilateralmente. Foram utilizados camundongos machos, os quais foram submetidos cirurgia estereotxica para a injeo de 20 g de 6-OHDA no estriado esquerdo. Os animais foram subdivididos em 4 grupos, de acordo com a dose de extrato de mogno administrada. O extrato foi aplicado por via intraperitoneal nos 7 primeiros dias aps a injeo de 6-OHDA nas doses de 0,0 (controle), 0,5 (G1), 1,0 (G2) e 5,0 mg/kg (G3). O grupo controle (GC) recebeu injees de salina a 0,9% (veculo). Foi feita anlise da ambulao no campo aberto antes, no 7 e no 21 dias e do nmero de rotaes induzidas por apomorfina no 7 e no 21 dias aps a cirurgia. Avaliao da neurodegenerao foi realizada atravs da contagem de neurnios dopaminérgicos TH+ na substncia negra por estereologia. Como resultado, encontrou-se diferena estatisticamente significativa no 21 dia, onde os grupos G2 e G3 apresentaram reduo no comportamento ambulatrio em relao aos grupos G1 e GC; este dois ltimos tiveram comportamento ambulatrio equivalente entre si. Em relao s rotaes induzidas por apomorfina, no 21 dia, o G1 apresentou mdia de rotaes significativamente menor do que os grupos GC, G2 e G3. Na contagem de clulas, G1 apresentou diminuio na perda dos neurnios dopaminérgicos estatisticamente significativa em relao ao controle. Assim, conclumos que o extrato de mogno na concentrao de 0,5 mg/kg promoveu neuroproteo na neurodegenerao do sistema nigroestriatal induzida por 6-OHDA.
Resumo:
Estudos mostram que ao interagir a criana tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades sociais. Dentre elas, o comportamento de cuidado se destaca como aoes diversas que se assemelham ao cuidado parental, que tm por objetivo dar suporte fsico ou afetivo ao outro a partir de atitudes como ajudar, compartilhar e brincar de cuidar. No caso de crianas que esto vivendo e crescendo em instituies de Abrigo, estudos consideram que devido sua condio peculiar de vulnerabilidade pessoal e social, elas podem se beneficiar da presena deste comportamento nas interaes estabelecidas nesse tipo de ambiente e ou em outros, como o escola. Este estudo teve como objetivo investigar aspectos fsicos e sociais do ambiente que concorrem para a manifestao do comportamento de cuidado entre pares observados em suas interaes nos ptios da Escola e do Abrigo. Assim como, verificar e analisar caractersticas fsicas e socioais dos sujeitos que participaram da pesquisa que podem igualmente ter influenciado a manifestao desta modalidade de comportamento pr-social. Participaram do estudo cinco crianas, entre quatro e seis anos, que moravam h mais de um ano no Abrigo e freqentavam regularmente a Escola. Para a coleta de dados, cada sujeito focal e suas interaes com outras crianas foram filmados ao longo de dez sesses de observao, durante cinqenta minutos, em ambos os ambientes. Ao todo, foram 500 minutos de observao dos participantes da pesquisa. Quanto aos resultados derivados da observao dos sujeitos focais, constatou-se que todos os cinco participantes manifestaram comportamentos de cuidado nos ambientes da pesquisa. Ao todo, foram registrados 43 eventos comportamentais (sendo 26 na Escola e 17 no Abrigo), organizados em torno das seguintes subcategorias: Estabelecer Contato Afetuoso, Ajudar, Brincar de Cuidar e Entreter. A avaliao intragrupal mostrou que no houve diferena estatstica na diferena dos percentuais do comportamento de cuidado observados nos ptios da Escola e do Abrigo. Quando se considera para anlise o desempenho de uma a uma das categorias do cuidado, percebe-se que o comportamento de Ajudar quando emitido na Escola (n=14; 53.8%) apresentou freqncias maiores que no Abrigo (n=7; 41,2%). Contudo, o Teste Binomial indica que esta diferena no estatisticamente significativa (p>0,05), sendo semelhantes os percentuais referentes a aes de ajuda em ambos os ambientes. O mesmo constata-se em relao ao comportamento Brincar de Cuidar, que em termos percentuais foi mais presente no Abrigo (n=4; 23.5%) do que na Escola (n= 2;7.7%). Entretanto, a anlise estatstica aponta que no houve variao estatstica significativa entre os ambientes. A descrio da freqncia do comportamento Estabelecer Contato Afetuoso mostra que apresenta uma maior ocorrncia na Escola (n=7; 26.9%) do que no Abrigo (n=6 ; 35.3%), porm, o teste mostra que no houve diferena estatstica entre as mdias quando se compara os ambientes. E por fim, verificou-se que o comportamento Entreter no teve nenhuma ocorrncia no Abrigo, tendo sido observado somente no ambiente da Escola (n=3, 11.5%), no sendo possvel assim a aplicao do teste estatstico. Os dados mostraram que cada ambiente predominou uma forma de cuidado, devido as caractersticas fsicas e sociais de cada instituio. Bem como, as caractersticas dos participantes (a idade e o tempo de permanncia dos sujeitos focais) e o sexo do receptores e o cuidado oferecido.