12 resultados para Portugal História Revolução, 1974 Narrativas pessoais

em Universidade Federal do Pará


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Esta pesquisa investiga a infncia na cidade de Belm do Par, na primeira metade do sculo passado (1900 1950). A inteno entender a realidade de crianas que viveram em uma poca marcada por grandes transformaes em nvel econmico, poltico, social e cultural. A cidade de Belm vive, poca, um dos momentos mais prsperos de sua história, devido grande produo da borracha que representava, at o final do sculo XIX, um dos maiores produtos de comercializao e exportao do pas.Desta forma, o estudo procurou entender o contexto histrico, especialmente, na primeira metade do sculo XX. O apogeu da borracha levou a cidade a um surpreendente desenvolvimento, chegando a ser comparada s grandes cidades da Europa. Porm, todo o projeto modernizador executado na cidade traz conseqncias e contradies, que agravados pelo declnio da economia da borracha favoreceu, consideravelmente, as diferenas entre a elite emergente, que usufrui de todas as regalias oferecidas na cidade, e a classe menos favorecida que colocada margem de todo o processo. Dentro de todo esse cenrio, encontra-se a criana que comea a ser vista como sujeito de direitos, no entanto, pouco se faz para que seus direitos sejam garantidos. Para entender a infncia nesse perodo foram utilizadas narrativas de velhos que foram selecionados de acordo com os seguintes critrios: ter idade a partir de 80 anos; ter vivido a infncia na cidade de Belm; ter condies fsicas e psicolgicas para lembrar e narrar sua infncia. As narrativas foram determinantes para entender, por exemplo, aspectos da composio familiar que, naquele momento, eram marcados pelo respeito, pela obedincia e, sobretudo, pela imposio; a relao da criana com o espao pblico; a chegada da criana escola para estudar, mesmo com todas as dificuldades impostas por um sistema que se encontrava em formao; as alternativas de lazer encontradas pelas crianas; as polticas de assistncia criana desamparada; entre outros. Alm de autores que discutem e realizam pesquisa no mbito da história oral como: Thompson, Alberti, Bosi, Vidal, dialogamos com outros da rea da infncia como: Kramer, Tozoni-Reis, Demartini, Rizzini, Aris, e, tambm na rea da historiografia e história da Amaznia como: Sarges, Figueiredo, Salles, Mendes, entre outros. Finalmente, a pesquisa privilegiou as narrativas que, em constante dilogo com os referenciais tericos, foram o fio condutor da construo da história da infncia na cidade de Belm.

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Revoluo popular, com profundas implicaes polticas, histricas e sociais no Par, a Cabanagem desdobrou-se em lutas protagonizadas por legalistas e cabanos de 1835 a 1840. Neste perodo, segundo historiadores, o nmero de mortos chegou a 30 mil. Vista pelos olhos dos vencedores como uma simplria revolta de camadas menos favorecidas do extrato social, ao longo do tempo a Cabanagem teve sua memria recuperada por intelectuais e estudiosos da História do Par, at alcanar o status de Revoluo Popular. Este trabalho tem como base terica estudos sobre textos histricos e de teoria literria, com nfase inter-relao entre a memria histrica, o imaginrio amaznico e o papel do poeta nas questes sociais de seu tempo, mais especificamente, na potica de Jos Ildone e o entrecruzamento deste poeta com o olhar do contista Joo Marques de Carvalho, para mostrar vises diferenciadas sobre a Cabanagem, atravs de textos ficcionais de escritores de expresso amaznica. A principal proposta da pesquisa mostrar at que ponto uma produo literria local se projeta em um contexto mais global e o quanto estes textos podem contribuir para analisar e compreender um fenmeno histrico, social e poltico como foi a revolta cabana, em um perodo de dissidncias, motins, protestos militares e revolues que eclodiram no Brasil nos nove anos de desorganizao poltica e social do Perodo Regencial (1831/1840).

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O conto - O Rebelde, da obra Contos Amaznicos (1893), do escritor Ingls de Sousa, apresenta em seu enredo um fato da história paraense, a Cabanagem. Na narrativa os personagens vivenciam as primeiras manifestaes dos revoltosos em 1832. Foi a partir da constatao desse fato histrico, no conto, que se desenvolveu a pesquisa em questo, atentando para o jogo estabelecido entre o real e o ficcional, ou seja, como um fato histrico foi recriado no universo ficcional inglesiano. Nesse sentido, foram observados os discursos da história, nos sculos XIX e XX, nas obras Motins Polticos (1865-1890) de Domingos Antnio Raiol, Cabanagem: o povo no poder (1984) de Julio Jos Chiavenato, e Cabanagem: a revoluo popular da Amaznia (1985) de Pasquale Di Paolo, e o discurso da literatura, em - O Rebelde do sculo XIX, na construo das verses sobre a Cabanagem, com o objetivo de verificar como cada historiador e literato se posicionou sobre a Cabanagem elegendo vtimas, viles e heris; alm de verificar como as vozes dos personagens e do narrador do conto se posicionam condenando ou justificando a ao cabana. A discusso apresenta os pressupostos tericos baseados em Paul Ricoeur (1999), Jacques Le Goff (2005), Beatriz Sarlo (2007) e Umberto Eco (2004).

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Em Capanema, no nordeste do Par, mulheres rezadeiras, motivadas por fotografias, tecem narrativas histricas desvelando trajetrias de migrantes nordestinos para o municpio, elaborando representaes do conflituoso cotidiano da vida urbana. Por meio de sensibilidades urdidas em simbiose de corpo, voz e imagens, as narradoras produzem prticas de leitura que permitem questionar a escrita convencional da história local, consagrada nos jogos mentais de centenas de moradores. Este artigo, portanto, seguindo a metodologia da História Oral e dialogando com intelectuais dos Estudos Culturais e Antropologia da Religio, ao cruzar a leitura de imagens oficiais com a interpretao dada pelas rezadeiras sobre tramas e dramas da urbe, numa perspectiva "vista de baixo" e popular, esgara imaginrios cristalizados, trazendo para a escrita da história outras experincias e paisagens culturais comumente postas nas dobras de retratos emoldurados pelo discurso do poder hegemnico.

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Posterior ao Tratado de Madrid (1750), o governo do Marqus de Pombal (1750-1777) implanta o projeto moderno nacional de carter imperial nas colnias portuguesas. O Tratado de Madrid reconhecia a situao real na Amrica Latina e encaminhou o trabalho das comisses de limites. O capito-geral, na poca do Estado do Gro-Par e Maranho, Francisco Xavier Mendona Furtado foi ator decisivo do projeto poltico e militar, segurando a regio coroa portuguesa, e executava o projeto pombalino contra os jesutas ("Estado de Deus") e as condies agrestes da regio. A partir dos traos que o empreendimento poltico e ideolgico deixou, o nosso estudo compara trs vozes: as cartas do Governador Francisco Xavier de Mendona Furtado, a obra do escritor paraense Dalcdio Jurandir e a trilogia romanesca de Alfred Dblin, a fim de analisar como as incurses ideolgica e esttica configuram a mediao entre a realidade histrica e a representao nas narrativas de fico. Essa comparao se realiza no contexto de uma regio que liberou as mais altas e fecundas fantasias da historia cultural da humanidade (as Amazonas, El Dorado, o tesouro do Rei Salomo e o boom da borracha), a fim de traar as fantasmagorias diante das runas da realidade, confrontar o imaginrio coletivo e a ficcionalizao individual.

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Trata da gestao de uma ocupao urbana no municpio de Marituba-Par, hoje bairro Che Guevara, levando em conta, principalmente, noes de tempo, estratgias e representaes dos sujeitos que compuseram relaes sociais em um novo lugar de moradia. Neste sentido, a ideia trilhar um percurso entre o individual e o coletivo no que se refere aos significados do morar e como esses significados interferem na construo das relaes sociais do lugar de convivncia com outros sujeitos. Apesar da difcil definio das fronteiras entre a História e a Antropologia, a ideia de construo do lugar de moradias remete a um debate em torno do tempo histrico, aqui concebido como o que busca sistematizar um enredo com base em uma diversidade de informaes de diferentes documentos escritos e orais e, tambm, o antropolgico, ao considerar a diversidade de formas de apresentao do tempo descrito pelos sujeitos envolvidos na trama. A pluralidade de verses sobre a construo de um ambiente urbano na Amaznia considera as narrativas que as memrias dos sujeitos oferecem.

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Esta dissertao discorre sobre os Projetos de Assentamento Expedito Ribeiro e Vale da Serra, localizados no Municpio de Rio Maria Sudeste do PA, estabelecidos pelo Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA) algumas dcadas aps o incio do processo migratrio para a regio, processo este marcado pela ocupao desigual das terras que trouxe em seu bojo a luta e disputa pela terra entre posseiros e fazendeiros e/ou empresrios. Nesse sentido, parte-se da perspectiva de uma história social, regional em direo a local, sem as desvincular de um contexto mais amplo, visto que os processos histricos esto inter-relacionados. Dessa maneira, fez-se o recorte temporal 1974-2004, pois assim, tem-se a possibilidade de percorrer a história da ocupao, a luta pela terra e pela vida e o modo de produo familiar estabelecido nestes Projetos de Assentamento antes e aps a insero de investimentos pblicos na rea, bem como a relao que os produtores familiares estabeleceram com a natureza ao longo das dcadas.

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar as pinturas de autoria do artista Antnio Diogo Parreiras, no incio do sculo XX, pertencentes ao Museu de Arte de Belm. So imagens de uma cidade proprietria de uma paisagem equatorial natural que possui tambm um conjunto urbanstico dos mais representativos de cidades brasileiras, herana de uma poca que ficou conhecida como a "poca da Borracha. Fato que trouxe para o Norte no incio do sculo XX vrios artistas, dentre os quais o pintor Antnio Diogo Parreiras que aqui realizou uma exposio de pinturas. As obras de Parreiras que registraram a cidade de Belm so fontes das mais importantes para história. Foi concebida dentro de um contexto no qual faziam parte uma leva de intelectuais e outros artistas brasileiros. Constituem-se como iconografias que possuem em si narrativas irrefutveis, oferecendo aos espectadores um registro da sociedade e do seu meio ambiente natural, configurando a obra de arte como uma leitura onde possvel revelaes, que nos auxiliam na difcil tarefa de compreender a nossa história Social da Amaznia.

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Este trabalho se debrua sobre o jornal O Binculo, que circulou em Belm no final do sculo XIX, a partir de 1897. Com narrativa construda em torno de personagens do demi-monde belenense, O Bnculo tece em suas pginas uma sociedade binoquiana que circula pela urbe, problematizando questes especificas daquela sociedade, submersa nos ideais de modernidade e progresso e vivendo sob o signo da Belle- poque. Nesse sentido, O Binculo desenvolve ntimo dialogo com a imprensa critica e noticiosa da poca e suas representaes urbanas e sociais. Assim, s possvel compreender como este jornal se tornou possvel em Belm, em fins do sculo XIX, se compreendermos tambm os signos discursivos que formavam a cidade bellepoquiana.

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Este trabalho trata da dinmica do processo de formao e desenvolvimento de povoados ao longo do curso do rio Caraparu no contexto da primeira metade do sculo XX, mais precisamente no perodo de 1912 a 1950, localizados ao sul do atual Municpio de Santa Izabel do Par. O objetivo relacionar a produo agro-extrativa e o comrcio de bateles, com a utilizao do rio Caraparu, enquanto estrada fluvial. At 1950 essas populaes viviam s margens do referido, e por isso construram um imaginrio de crenas em seres do fundo e do mago da mata, o que associa com as prticas da pajelana cabocla, ao mesmo tempo em que praticavam o catolicismo de devoo aos santos. Para alcanar o objetivo, optamos em utilizar as tcnicas e os procedimentos da história oral, trabalhando na coleta de narrativas nas comunidades de Boa Vista do It e vila de Caraparu, ao mesmo tempo em que procedemos garimpagem de documentos escritos. A proposta trabalhar as narrativas vindas da oralidade, com fonte indiciria, ou seja, fornecendo as evidncias dos fatos, para ento fazermos a coleta das outras formas de fontes. A partir do entrecruzamento das fontes, busca-se compreender as complexas relaes que tais populaes construram como a relao entre a economia de pequena escala e uma religio popular, tpica de reas rurais, compostas por populaes ditas tradicionais.

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A proposta desta dissertao discutir a formao do primeiro movimento armado de reao ao tenentismo e ao Governo Provisrio no Estado do Par, materializado numa revolta de civis e militares, liderada por sargentos de uma pequena unidade do Exrcito na cidade de bidos, interior da Amaznia, em 1932, com o objetivo de analisar os seus significados, as experincias dos sujeitos, as estratgias de luta e a relao da revolta com a Revoluo Constitucionalista de So Paulo. Oitenta anos depois, o acontecimento, que teve trgico desfecho na batalha naval de Itacoatiara, ainda permanece um dos captulos amaznicos mais desconhecidos da história do Brasil. Em busca de resposta, o trabalho examina o discurso oficial do interventor paraense no sentido de invalidar a legitimidade da ao rebelde e seu reflexo na sociedade da poca.

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O presente trabalho pretende analisar as representaes e significados criados sobre os chamados quinta-colunistas, no Par. Este termo nasce durante a Guerra Civil espanhola, quando, naquele momento, o exrcito de quatro colunas lideradas pelo general Francisco Franco aproximava-se de Madri marchando contra o governo legalista de Azaa. A Quinta-Coluna se referiria a um grupo de espies que passariam informaes acerca de estratgias, organizao e aes do grupo governista para o inimigo. Tal termo se disseminou pelo mundo sendo apropriado no perodo da Segunda Guerra Mundial designando aqueles que serviriam como espies de Alemanha, Itlia e Japo que ficaram conhecidos, naquele momento, como Sditos do Eixo. Estes foram constantemente alvos de hostilidades seja atravs das letras impressas dos jornais, como tambm, dos programas de rdio, dos filmes nos cinemas, da literatura ou ainda, do teatro. As fontes utilizadas para o trabalho foram principalmente os jornais Folha do Norte, Folha Vespertina, O Estado do Par e A Vanguarda. Tambm foi utilizada a Legislao Federal e o Folheto de Cordel O Brasil rompeu com eles, de Z Vicente.