34 resultados para Poesia brasiliera Séc.XX
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Esta pesquisa privilegia, a priori, cinco aspectos importantes concernentes influncia do Surrealismo na produo literria de Murilo Mendes, especialmente em A Poesia em Pnico, tais como: a potica da construo por vias da negao; a conciliao de objetos e idias divergentes que acena para a busca da totalidade; o duplo, indiretamente ligado aos temores da represso; a mulher e o amor, como confluncias necessrias para o estabelecimento do projeto de construo surrealista; e a poesia como espao da palavra salvadora. Tais aspectos esto em consonncia com os estudos propostos por Andr Breton, Ferdinand Alqui, Chnieux-Gendron, Walter Benjamin e outros. Relacionada produo de poetas simbolistas e surrealistas, a obra em foco deixa-se ilustrar por alguns trabalhos artsticos do pintor paraense Ismael Nery com quem Murilo Mendes estabelece grande amizade e fragmentos de textos de poetas tais como Artur Rimbaud, Charles Baudelaire, Lautramont, Stphane Mallarm, Andr Breton. Murilo Mendes, para quem as idias no tem fronteiras, foi um dos autores mais representativos da escrita surrealista no Brasil que, embora notificada aqui em apenas uma de suas obras, constitui trao permanente em toda a sua trajetria potica.
Resumo:
No presente trabalho interpreta-se a poesia de Max Martins, focando, principalmente, a abertura que ela oferece para o acontecer do silncio da linguagem. Pensa-se, aqui, no silncio como uma questo que fala e se confunde com a questo da essncia da linguagem e, por conseguinte, tambm com a da essncia do potico. Sendo assim, a dissertao desdobra-se em discusses potico-filosficas, articulando essas duas esferas criativas nas vrias dimenses em que a obra martiniana manifesta o silncio: na linguagem, no dilogo com o pensamento e a poesia orientais, no erotismo e na verbivocovisualidade. Busca-se a escuta da voz do silncio, como aparece no ttulo do trabalho. Nessa travessia, importante dizer, as reflexes implementadas pelo filsofo alemo Martin Heidegger acerca da linguagem, assim como suas ideias sobre hermenutica potica, so de grande valia. Certamente, alm de Heidegger, h outros pensadores cujos nomes ecoam pelo trabalho, mas o do alemo merece destaque, pois a compreenso da essncia da linguagem como fala silenciosa encontra abrigo tanto em sua filosofia como na obra potica de Max Martins. Realizando um dilogo entre poesia e filosofia no que elas tm em comum o pensamento de questes , aqui no se aplicou uma teoria prvia ao acontecer da arte. Procurou-se, ao contrrio, empreender ao longo desta jornada interpretativa a escuta da potica que os prprios textos martinianos pe em obra.
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O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como ocorre a intertextualidade dos escritores T. S. Eliot, James Joyce, Robert Stock, Emily Dickinson, Walt Whitman e Ezra Pound, na obra de Mrio Faustino. De acordo com autores como Bosi (1994) e Benedito Nunes (1985), a poesia de Faustino resulta da soma de poetas que ele leu, em diferentes momentos, tais como: Mallarm, Yeats, Rilke, cummings, Joyce e Pound, deste ltimo se utilizou do lema repetir para aprender, criar para renovar. O lema de Pound remete direta ou indiretamente presena de outros autores em alguns poemas de Faustino. Mas este fato sempre foi tratado com poucas comprovaes prticas. Assim, estabelecemos alguns parmetros para escolher quais autores seriam analisados: utilizaremos somente autores anglfonos e, dentre eles, apenas autores que Faustino traduziu em suplementos literrios e em uma revista. Partindo desse princpio, os autores foram distribudos em dois momentos que definimos como ciclos: o ciclo-norte, o qual abrangeu o suplemento Arte-Literatura e a revista Norte; e o ciclo-sudeste, o qual abrangeu o suplemento Poesia-Experincia. Em ambos os ciclos, procuramos meios que nos permitissem mostrar que determinados autores esto presentes na obra de Faustino, seja por meio da criao de novos poemas com base em um poema de um autor anglfono ou por meio da incorporao de elementos caractersticos de determinado escritor tambm anglfono. Para esta pesquisa utilizamos alguns autores como: Chaves (1986) Kristeva (1974) e Bakhtin (2003; 2006), Santiago (1978), Nunes (1985; 1986; 1997; 2009) e Campos (1977; 1992). Percebemos, de acordo com Compagnon (2007), como ocorre o trabalho de reconstruo da escrita, neste caso na anlise entre as tradues realizadas por Mrio Faustino e os poemas dele, no qual cada etapa um liame de uma imensa trama que liga este texto a outros lidos e recortados, que manipulado por um indivduo, ao mesmo tempo, autor e leitor (Faustino). Assim, o autor/leitor, possuiu como prtica a tarefa de citar, ou seja, redizer o que j havia sido dito por outros.
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Analisa atravs das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifestao identitria negra. O estudo do fenmeno da identidade do erotismo serviu de base para a anlise de como o autor, atravs do erotismo na linguagem, construiu o signo potico, fruto do fenmeno do hibridismo.
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Analisa os poemas da Trilogia Amaznica (Cantares Amaznicos) com o objetivo de apontar como o poeta aborda as formas do mito e como revive e recria um pouco da histria da Amaznia. Os conceitos terico-metodolgicos que a permeiam so do prprio poeta, tais como converso semitica e epifania negativa, dentre outros. Utilizam-se, tambm, algumas obras que retratam a situao da Amaznia a partir dos anos 50, perodo da implantao do projeto de desenvolvimento para modernizao da regio. A leitura dos poemas se realiza luz desse contexto histrico e cultural em que a chegada de novos capitais regio desestrutura as relaes a existentes. Como se deu esse processo? Quais as suas conseqncias para as populaes autctones e para a natureza, que virou espao paradoxal de civilizao e barbrie, produto de explorao e cobia, perturbando o homem amaznico? Como se processa a passagem de uma mentalidade mtica a uma racionalidade, isto , a deslenda mtica e a viso da cidade como um espao de runa: memria e esquecimento desse trajeto, entre poesia e realidade, que o poeta colhe o material para sua escritura, convertendo a realidade como material esttico, no para estetizar a misria, mas como maneira de dar forma potica ao tempo histrico que cruza e cruzado com o mito, ou as formas poticas do mito.
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A temtica do negro na literatura tem ocupado cada vez mais espao nas discusses e debates em torno da questo da valorao da cultura negra no Brasil, especialmente no que tange a aspectos tais como o desmascaramento de determinados esteretipos h muito alicerados, mas, acima de tudo, tem assumido particular relevncia o papel da resistncia negra, que ora analisamos a partir da perspectiva de um vis social, perpassando os enfoques histrico, religioso e cultural. Cada um desses enfoques adiciona uma importncia diferente para a presena negra na poesia de Bruno de Menezes, nosso objeto de investigao, da ser possvel deduzir, o que acreditamos ser de fundamental importncia, no nos subtrairmos a nenhuma das abordagens ressaltadas. A obra que doravante analisaremos intitula-se Batuque, do poeta supracitado, obra esta responsvel por inscrever no contexto da literatura amaznica, e mais que isso, no seio da cultura de cunho nacional, um novo captulo, isto , uma nova perspectiva acerca da condio do negro na sociedade brasileira. Aliando-se a essas perspectivas, acrescentaremos o ponto de vista do filsofo alemo Friedrich Nietzsche, como arcabouo terico para as problematizaes que pretendemos levantar no decorrer do texto. A presente pesquisa teve por objetivo investigar a influncia do processo civilizador europeu versus negro e os cerceamentos (culturais/religiosos) decorrentes dessa influncia, assim como as consequncias negativas que incidiro sobre a perspectiva que o negro tem acerca de seu prprio corpo e lugar na cultura, muitas delas tambm provenientes da viso de mundo crist que lhes foi imposta.
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Este trabalho analisa a obra O Nativo de Cncer, do escritor paraense Ruy Barata, publicado como fragmento em 1960. Buscamos estudar os elementos mitolgicos e picos presentes na composio do poema O Nativo de Cncer. No primeiro captulo faremos um estudo do mito, apresentando as ideias de Mircea Eliade sobre a ocorrncia do mito nas sociedades tradicionais por meio do texto Mito e Realidade. Tambm exporemos o pensamento de Roland Barthes, no texto Mitologias, que aborda as maneiras em que o mito ocorre na contemporaneidade. Adicionalmente, esboaremos conceitos acerca da epopeia, contextualizando sua ocorrncia na Grcia e indicando suas configuraes, as quais sero contextualizadas posteriormente. No segundo captulo, trataremos das narrativas dos naturalistas e estudiosos que viajaram pela Amaznia nos sculos passados, a fim de compreendermos como ocorrem os mitos fundadores na regio e como Ruy Barata tenta desfaz-los por meio de sua poesia moderna. No terceiro captulo, analisaremos auxiliados pela "Estilstica Gentica" de Leo Spitzer os dois cantos do poema O Nativo de Cncer, justificando a utilizao de determinadas figuras retricas, a fim de apresentarmos em que momentos e de que maneira o poema pode se assemelhar ao mito e epopeia e como estas configuraes exprimem a luta do poeta nativo pela poesia na Literatura da Amaznia.
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Este trabalho estabelece um dilogo entre o poema O Nativo de Cncer, do paraense Ruy Paranatinga Barata, e o conceito de transculturao de Angel Rama. A Anlise ser a estilstica proposta por Carlos Reis (1976), segundo a qual tanto os aspectos formais lingsticos quanto a transgresso deles no texto contribuem para seu significado, dialogando inclusive com o contexto. O poema ser abordado sob o pressuposto de ser ele uma epopia moderna da Amaznia, na qual lrico e pico se amalgamam, conforme Emil Staiger (1977) relaciona-se idia de modernidade, segundo Baudelaire. Assim, apresentaremos o poema e seu contexto histrico-literrio relacionando sua forma e contedo poticos aos conceitos de transculturao, modernidade, epopia, mediao, autonomia e engajamento. Veremos que na sua estrutura os elementos externos, como sociedade, histria e biografia se tornam internos, principalmente pelo recurso da imagem, passando a integrar a estrutura do texto, conforme postula Antonio Candido (2006).
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Esta dissertao discute as imagens e representaes encontradas na Literatura e as lutas pelo controle da cultura no exemplo da Festividade, da Irmandade e da Marujada de So Benedito, na cidade de Bragana, Estado do Par, na Amaznia brasileira, a partir da dcada de 1930, no sculo XX. Analisando uma farta bibliografia nos temas Folclore, Memria, Tradio Popular e Antropologia, o estudo tenta explicar como se construram as relaes sociais entre os sujeitos histricos da Igreja Catlica pela Prelazia do Guam e da Irmandade do Glorioso So Benedito de Bragana, relacionando-os com o recurso literrio e com os principais tericos da historiografia, para entender o catolicismo popular e oficial em suas representaes assim como os smbolos construdos no tempo, como elementos da Histria de tenso entre as ideias e regras de controle eclesistico catlico e a reao popular dos irmos de So Benedito.
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A dissertao discute o vesturio feminino em Belm do Par nas duas primeiras dcadas do sculo XX, buscando compreender os mltiplos sentidos dados roupa feminina pelas prprias mulheres e pelos cronistas de revistas e jornais que circulavam na capital paraense como A Semana, Belm Nova, A Tarde, A Palavra, a Folha do Norte dentre outros. Nesse sentido, as reflexes se voltam para as relaes entre o consumo de elementos de moda e o avano da modernidade em Belm, tendo como pano de fundo as profundas transformaes urbanas por que passou a cidade nas primeiras dcadas do sculo XX, marcadas posteriormente pela crise nos negcios da borracha. Revelam-se assim, a busca por mudanas de algumas dessas mulheres construdas a partir do corte dos cabelos, do comprimento das saias, a construo de uma nova aparncia, e as preocupaes em disputar espaos alm da ambincia do privado. Assim, a sociabilidade construda por muitas mulheres da elite, sugere o questionamento do seu papel social, em que a moda, por vezes, funcionava como discurso no-verbal.
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Este estudo prope a anlise temtica de alguns poemas da poeta paraense Adalcinda Magno Camaro Luxardo (1915-2005), levando em considerao os aspectos do imaginrio e os elementos, imagens, smbolos e espao, inseridos e refletidos em suas produes poticas. A escritora nasceu na cidade de Muan, na Ilha do Maraj-Pa, e se inseriu no cenrio cultural literrio paraense como uma das poucas mulheres que militaram no universo da arte durante este perodo, quando ainda normalista, passou a fazer parte dos grupos de estudantes que lutavam em frentes literrias. Importante dizer que a autora contribuiu com revistas literrias que circulavam na sociedade belemense na primeira metade do sculo XX Guajarina, A Semana e Amaznia , que ajudaram a difundir sua habilidade potica, alm de escrever para os jornais O dirio e a Provncia, o que demonstra sua insero e importncia na cena literria daquele momento, nos auspcios da constituio de um movimento literrio local. Portanto, esta pesquisa encontra-se voltada para a anlise dos poemas de Adalcinda que deixam transparecer as relaes de imaginrio, imagens, smbolos e espao, procurando fazer analogias com autores como: Gilbert Durand (1997), Franois Laplantine e Liana Trindade (1997), em um panorama com base antropolgica; Gaston Bachelard (2008), com suas consideraes sobre o espao potico; e Milton Santos (2006), no que se refere ideia de paisagem, situando ainda as vises fenomenolgicas acerca desses temas atravs de Sartre (1996).
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O final do sculo XIX mostrou duas caractersticas importantes na rea da sade. A primeira indicava a continuidade da ocorrncia de doenas ocasionadas por agentes infecciosos que incluam a febre amarela, malria, clera e varola. Por outro lado, a situao econmica do Estado do Par com o incio da perda da exclusividade na produo extrativista do maior gerador de riquezas para o Estado, a borracha, levou a uma situao em que se tornava cada vez mais difcil e cara a formao de novos mdicos paraenses no exterior ou em outros Estados brasileiros. O incio do sculo XX trouxe a abertura de faculdades na cidade de Belm, incluindo duas na rea da sade (Farmcia e Odontologia), alm de uma regulamentao nacional para a criao e abertura de cursos de medicina. O Estado do Par, sob a influncia do esforo de Oswaldo Cruz com o seu trabalho de eliminao da febre amarela na cidade de Belm, em uma aplicao prtica dos novos conhecimentos gerados pela descrio de agentes infecciosos nas formas de transmisso por meio de vetores e a aplicao de novas maneiras de preveno e controle de doenas (saneamento e vacinas), aps se organizar, a princpio por meio de uma sociedade cientfica de forma inovadora, cria a oitava escola de medicina do pas, em 9 de janeiro de 1919 com o nome de Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par.
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Este trabalho procura demonstrar, atravs do percurso percorrido pela personagem Alfredo, ao longo do itinerrio que vai de Cachoeira at cidade de Belm, em uma criao dalcidiana, o processo de gradual desalienao de um menino que aos poucos vai se tornando um rapaz. A formao da personalidade passa por um sofrido processo, que na vida do heri conduz ao choque necessrio provocado por algumas desiluses. Confrontando-se com sentimentos ambivalentes, com estados de indefinio e indeciso, Alfredo vai abrindo caminho atravs do labirinto de seu ser palmilhado pelo que representa a cidade enquanto tambm um labirinto no menos desafiador. Nesse processo de integrao, o objetivo final o resgate da dignidade humana que no se limita ao ser do heri, Alfredo, mas abarca um amplo projeto poltico que buscado como alternativa popular.
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O romance As Meninas suscita relevante discusso sobre a produo ficcional introspectiva de Lygia Fagundes Telles. Suscita tambm implicaes de cunho sociolgico, poltico e literrio, indicadores da manifestao artstica da autora em sintonia com a perspectiva do homem contemporneo, que vive as agruras do confronto entre si mesmo e as convenes coletivas, concomitante, o desalento desse mesmo homem na busca de sua identidade enquanto ser humano numa sociedade cujos valores sociais, polticos e humanos so decadentes. Nesse sentido, alm de refletirmos sobre a importncia cannica de Lygia Fagundes Telles no espao literrio brasileiro contemporneo, refletimos ainda sobre manifestaes de choque entre indivduo e as convenes coletivas (indivduo x mundo), e os aspectos sociolgicos subjacentes obra. As Meninas. Assim, baseando-nos nos estudos de Lucien Goldmann e Georg Lukcs, mas, principalmente, nos estudos de Antonio Cndido, procuramos analisar as relaes literrio-poltico-sociais, as quais interferem e contribuem para a ruptura entre indivduos e convenes sociais estabelecidas em As Meninas, de Lygia Fagundes Telles.
Resumo:
Este trabalho tem como escopo o estudo novela "Buriti" / Noites do Serto (1956), de Guimares Rosa, com nfase nos aspectos da obra em que o tema do patriarcado no Brasil discutido, com base em referncias historiogrficas e etnossociolgicas contidas em obras como Casa Grande & Senzala (1933) de Gilberto Freyre, Razes do Brasil (1936) de Srgio Buarque de Holanda e de outros estudos pertinentes ao assunto provenientes do trabalho de intelectuais brasileiros contemporneos de Guimares Rosa e de outros mais recentes. Tendo em vista a anlise das linguagens ficcional, esttica e documental da literatura rosiana, buscou-se tambm fundamentao no estudo da recepo pela crtica no perodo entre 1970 e 2007, nas diversas perspectivas sob as quais no apenas a novela em pauta, mas o conjunto da obra de Guimares Rosa tem sido estudado, no intuito de apreender as diversas dimenses em que as questes ligadas s instituies patriarcais no Brasil so ressignificadas, a fim de compreend-las como contribuies narrativas sobre uma fase sensvel da vida brasileira ? a primeira metade do sculo XX. E, sobretudo, como uma forma de escritura na qual Guimares Rosa exercita um vis particularmente arguto da sua criao: a rememorao historiogrfica aliada a um tipo de narrativa que, nesta pesquisa, convencionou-se chamar de fuso dos horizontes histrico e esttico, numa perspectiva que propem ao leitor numerosos questionamentos sobre o tempo, a arte e a literatura brasileira desse perodo. Problemas que este estudo pretendeu, de alguma forma, entender e atualizar, sob um enfoque crtico, em face da importncia da literatura para a iluminao de novas dimenses ainda ocultas da vida brasileira, em especial da obra rosiana.