28 resultados para Parkinson, Doença de Aspectos genéticos Teses

em Universidade Federal do Pará


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A deficincia auditiva afeta cerca de 1 em cada 1000 recm-nascidos. Mutaes no gene da conexina 26 (GJB2) so as causas mais frequentes de surdez no sindrmica em diferentes populaes e sabido que a mutao delGJB6-D13S1830 em DFNB30 causadora de surdez neurossensorial. Muitos estudos descrevem o envolvimento de mutaes no gene GJB2 com a deficincia auditiva em diferentes populaes. Entretanto, existe pouca informao sobre a surdez gentica no Brasil, especialmente na regio Amaznica. OBJETIVO: Determinar a prevalncia de mutaes no gene GJB2 e da mutao delGJB6-D13S1830 em 77 casos espordicos de surdez no sindrmicas. MTODO: A regio codificante do gene GJB2 foi sequenciada e a PCR foi realizada para detectar a mutao delGJB6-D13S1830. RESULTADOS: O alelo 35delG foi encontrado em 9% dos pacientes (7/77). As mutaes M34T e V95M foram detectadas em dois distintos pacientes heterozigotos. A mutao no patognica V27I foi detectada em 28,6% (22/77). No foi detectada a mutao delGJB6-D13S1830 em nenhum paciente estudado. CONCLUSO: Alelos mutantes no gene GJB2 foram observados em 40% (31/77) da amostra. Variantes patognicas foram detectadas em apenas 12% (9/77). Mais estudos so necessrios para elucidar causas genticas de deficincia auditiva em populaes miscigenadas.

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A doença de Parkinson (DP) a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos, caracterizada pela neurodegenerao de neurnios dopaminrgicos da substncia negra (SN), com etiologia no claramente estabelecida, entretanto as causas podem estar associadas a exposio de toxinas ambientais e fatores genéticos. Os processos patolgicos envolvidos na DP so disfuno mitocondrial, estresse oxidativo, inflamao e excitotoxicidade. A sintomatologia da DP so alteraes motoras, cognitivas e autonmicas. Contudo, poucos estudos analisam os sintomas no-motores da DP, principalmente em modelos animais. Nesse contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar sintomas no-motores da DP em modelo animal com leso provocada pela neurotoxina 6-hidroxidopamina com duas doses diferentes, injetadas bilateralmente no estriado. Para alcanar nossos objetivos realizamos os testes de campo aberto, apomorfina, labirinto aqutico de Morris e testes de discriminao olfativa, alm de anlises histolgicas. Nossos resultados mostraram alteraes motoras, dficits de memria e aprendizado, associadas a diminuio de clulas dopaminrgicas na SN, neurnios estriatais e neurnios da regio hipocampal CA1. Dessa forma, esse modelo para os sintomas no-motores da DP pode ser utilizado para a compreenso dos mecanismos que envolvem a doença, assim como para avaliar medidas teraputicas que possam retardar ou interromper a progresso da DP.

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A Doença de Parkinson (DP) uma das doenças neurodegenerativas mais comuns relacionadas com a idade, e apresenta sintomatologia com alteraes motoras clssicas que esto relacionadas com a degenerao dos neurnios dopaminrgicos da SNpc e a diminuio de dopamina no estriado. Modelos animais da DP so instrumentos importantes utilizados por pesquisadores para uma maior compreenso de mecanismos patolgicos envolvidos na doença e para a avaliao de possveis intervenes teraputicas. Tais modelos devem mimetizar algum aspecto da doença, como a degenerao dos neurnios dopaminrgicos nigrais. Neste contexto, o modelo da DP induzido pela injeo da neurotoxina 6- hidroxidopamina (6-OHDA) j se encontra bem estabelecido em ratos, mas necessita ainda de melhor caracterizao das alteraes comportamentais e leses no sistema nigro-estriatal em camundongos de diferentes linhagens a fim de que haja interpretaes confiveis quando o modelo for usado em testes teraputicos. O presente estudo teve como objetivo melhorar a caracterizao do modelo unilateral da DP com 6-OHDA em camundongos suos, avaliando alteraes comportamentais e o efeito sobre os neurnios dopaminrgicos da SNpc. Nesta investigao utilizou-se uma nica injeo intraestriatal unilateral de 6-OHDA, em duas diferentes concentraes da toxina: 5g/l e 10g/l. Os nossos resultados mostraram que ambas as concentraes utilizadas causaram perda severa de neurnios dopaminrgicos na SNpc, com uma mdia de 74,5% e 89,5% de per da, respectivamente. Esta perda apresentou uma correlao alta com o comportamento rotatrio induzido por apomorfina e uma correlao baixa com a ambulao no teste do campo aberto. Desta forma, injees intraestriatais de 5g/l ou 10g/l de 6-OHDA, em camundongos suos, reproduzem de forma efetiva o modelo animal unilateral da DP com 6-OHDA, podendo ser utilizadas de forma confivel em experimentos que visem a investigao de terapias farmacolgicas, celulares e/ou de neuroproteo para a DP.

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A doença de Parkinson (DP) constitui uma das mais prevalentes doenças neurolgicas. Nesta doença, ocorre a neurodegenerao do sistema nigroestriatal com alterao da circuitaria neuronal dos ncleos da base levando ao comprometimento motor caracterstico da doença. Os sintomas clssicos so o tremor de repouso, rigidez, acinesia ou bradicinesia e instabilidade postural. A patognese da DP ainda permanece obscura. No entanto, estima-se que a disfuno mitocondrial e o desenvolvimento de estresse oxidativo na substncia negra tenham papel relevante neste processo. O diagnstico da DP clinico e normalmente acontece tardiamente, quando a maioria dos neurnios nigrais est degenerada. Alguns trabalhos mostram o efeito neuroprotetor de medicaes antiparkinsonianas e isto demonstra que quanto mais precoce a introduo do tratamento melhor o prognstico longo prazo da doença. Portanto o desenvolvimento de marcadores perifricos que ajudem no diagnstico precoce da doença importante para que se inicie o tratamento a tempo de retardar o avano da morte neuronal. O objetivo deste trabalho foi verificar a existncia de alteraes em parmetros oxidantes e antioxidantes no sangue de pacientes parkinsonianos e sua relao com o estgio da doença e critrios clnicos. Foram avaliados 30 portadores de DP e 30 indivduos sem a doença. Para avaliar o estgio da doença e caracteres clnicos foram aplicadas as escalas de Hoehn & Yahr e a UPDRS (escala unificada para doença de Parkinson) nos pacientes parkinsonianos. Para avaliar a atividade oxidativa no plasma dos individuos, foi analisada a peroxidao lipdica atravs da mensurao de produtos da ao de Espcies Reativas de Oxignio e Nitrognio (ERON; TBARS) e para avaliar a resposta antioxidante foi feita a avaliao da Capacidade Antioxidante Total (TEAC). Nos grupos DP leve e DP moderado foi encontrado maior valor do TBARS e menor valor do TEAC em relao aos controles e DP grave (p<0,05), confirmando a presena de estresse oxidativo nas fases precoces da DP. Nesta pesquisa esses parmetros demonstraram serem bons marcadores perifricos do estresse oxidativo, colaborando para um diagnstico precoce da DP.

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A doença de Parkinson (DP) caracterizada pela degenerao progressiva dos neurnios dopaminrgicos da substncia negra e por presena de sinais clnicos clssicos, tais como bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e instabilidade postural. A etiologia ainda desconhecida e as opes de tratamento disponveis promovem apenas o alvio dos sintomas. Nesse sentido, os modelos experimentais de DP so fundamentais em estudos visando identificar os eventos moleculares envolvidos na doença e a descoberta de novas terapias neuroprotetoras. Este trabalho utilizou um modelo de hemiparkinsonismo, com leso induzida por 6- hidroxidopamina (6-OHDA), e investigou os efeitos do extrato aquoso de folhas de mogno (Swietenia macrophylla) sobre as clulas dopaminrgicas da substncia negra pars compacta (SNpc) e sobre parmetros comportamentais avaliados no teste do campo aberto e no teste de rotaes induzidas por apormofina. Os resultados mostraram que os animais lesionados com 6-OHDA apresentaram rotao contralateral induzida por apomorfina e reduo significativa dos neurnios dopaminrgicos na SNpc. Entretanto, apenas o grupo injetado com 6-OHDA e tratado com mogno apresentou diminuio significante de neurnios no lado injetado em comparao com o grupo veculo/veculo. Houve tambm um decrscimo significante na ambulao e na bipedestao no grupo 6-OHDA/mogno. Com isso, ns conclumos que o extrato aquoso de mogno, nas condies utilizadas no presente estudo, potencializou o efeito citotxico da 6-OHDA e ainda promoveu a piora do quadro comportamental dos animais.

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O estudo ora apresentado analisa a representao biossocial de pessoas com Anemia Falciforme (AF) no Estado do Par, agravo entendido como um fenmeno biocultural por envolver aspectos evolutivos, genéticos, ambientais, socioeconmicos e culturais da vivncia cotidiana dos indivduos acometidos pela sndrome. A investigao aborda as sociabilidades de quarenta (40) interlocutores com AF, representando cerca de 10% dos pacientes em tratamento na Fundao Hemopa (Belm), centro de referncia em doenças hematolgicas do Estado, englobando a sua situao de vulnerabilidade social, suas percepes de Sade e Doença, os tratamentos complementares (folk medicine), diagnstico, estigmas, preconceitos, tabus e dificuldades de acesso e acessibilidade aos servios do SUS com os quais eles convivem rotineiramente. A metodologia compreensiva e a anlise de contedo revelam as experincias prximas dos sujeitos que diariamente convivem com as instabilidades da enfermidade. A vivncia da doença, elaborada atravs das relaes sociais, conversas, percepes e enredamentos familiares e extrafamiliares do grupo em questo, que em seu conjunto organiza sua vida social de modo sui gneris, foram os principais dados revelados, considerando a dor fsica e psicolgica representada pelo corpo adoecido. O habitus em relao ao estilo de vida dos sujeitos um recorte que engloba a natureza tnico-racial da AF, ainda entendida como doença que vem do negro e que necessita ser desmistificada pelos profissionais de sade que os assistem no dia-a-dia em ambulatrios de todo o Estado. Concluo sugerindo que a AF uma doença que est atrelada aos Determinantes Sociais em Sade, incorporando as diversas suscetibilidades dos interlocutores, que necessitam de maior sensibilidade poltica e dos setores de ateno bsica sade para que as pessoas que compartilham as vicissitudes da AF possam ser includas socialmente.

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O presente estudo descreveu os aspectos epidemiolgicos e etiolgicos da diarria aguda no municpio de Juruti, Par, Brasil. Foram avaliadas 261 amostras de fezes (170 diarricas e 91 controles) de pacientes atendidos em Unidades de Sade Pblica, no perodo de fevereiro a julho de 2009. Para o isolamento de bactrias enteropatognicas, utilizou-se meios seletivos indicadores e de enriquecimento. A caracterizao bioqumica foi realizada utilizando os Sistemas API-20E e a sorologia, atravs de antisoros polivalentes e monovalentes. Para a deteco das categorias de E. coli diarreiognicas foram executados dois ensaios de PCR multiplex. A pesquisa de Campylobacter jejuni e Campylobacter coli e Rotavrus foi executada atravs da tcnica de ELISA, nas amostras de fezes. No exame parasitolgico foram utilizados os mtodos diretos (salina/Lugol) e sedimentao espontnea. Das 154 amostras positivas (118 diarricas e 36 controles), 75,4% eram de infeces nicas e 24,6% de infeces mistas. A maioria dos casos incluiu crianas menores de 10 anos de idade (55,9%), sem diferena significante entre os sexos feminino e masculino. Os enteropatgenos mais frequentes no grupo diarrico foram E. histolytica/E. dispar (26%), Shigella spp (15,7%), G. lamblia (13,3%) e E. coli diarreiognicas (12,8%), com Shigella spp associada diarria aguda (p = 0,0028). Quanto s categorias patognicas de E. coli, a ETEC (7,2%) foi o tipo mais frequente nos casos de diarria aguda, seguido de EAEC (5,9%). Os agentes menos frequentes nos casos diarricos foram representados por C. jejuni/C. coli (4,7%), Rotavrus (2,8%), Salmonella Panama, A. hydrophila e A. sbria (0,5%). Os resultados encontrados fornecem subsdios importantes para a vigilncia epidemiolgica e ambiental da doença diarrica aguda, no municpio de Juruti.

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Estudos prvios indicam que o extrato de folhas de mogno Swietenia macrophylla possui composio qumica rica em substncias antioxidantes com efeito neuroprotetor em cultura. Um dos principais mecanismos envolvidos na neurodegerao da Doença de Parkinson (DP) o estresse oxidativo. Portanto, substncias antioxidantes so candidatas potenciais para terapias que retardem o processo neurodegenerativo da doença. Este estudo tem por objetivo caracterizar os efeitos do extrato de folhas de mogno frente degenerao nigroestriatal e alteraes comportamentais de camundongos expostos a uma nica injeo intraestriatal de 6-OHDA unilateralmente. Foram utilizados camundongos machos, os quais foram submetidos cirurgia estereotxica para a injeo de 20 g de 6-OHDA no estriado esquerdo. Os animais foram subdivididos em 4 grupos, de acordo com a dose de extrato de mogno administrada. O extrato foi aplicado por via intraperitoneal nos 7 primeiros dias aps a injeo de 6-OHDA nas doses de 0,0 (controle), 0,5 (G1), 1,0 (G2) e 5,0 mg/kg (G3). O grupo controle (GC) recebeu injees de salina a 0,9% (veculo). Foi feita anlise da ambulao no campo aberto antes, no 7 e no 21 dias e do nmero de rotaes induzidas por apomorfina no 7 e no 21 dias aps a cirurgia. Avaliao da neurodegenerao foi realizada atravs da contagem de neurnios dopaminrgicos TH+ na substncia negra por estereologia. Como resultado, encontrou-se diferena estatisticamente significativa no 21 dia, onde os grupos G2 e G3 apresentaram reduo no comportamento ambulatrio em relao aos grupos G1 e GC; este dois ltimos tiveram comportamento ambulatrio equivalente entre si. Em relao s rotaes induzidas por apomorfina, no 21 dia, o G1 apresentou mdia de rotaes significativamente menor do que os grupos GC, G2 e G3. Na contagem de clulas, G1 apresentou diminuio na perda dos neurnios dopaminrgicos estatisticamente significativa em relao ao controle. Assim, conclumos que o extrato de mogno na concentrao de 0,5 mg/kg promoveu neuroproteo na neurodegenerao do sistema nigroestriatal induzida por 6-OHDA.

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Lacaziose ou doença de Jorge Lobo micose crnica, granulomatosa, causada por implantao traumtica do fungo Lacazia loboi patgeno no cultivvel at o presente nos tecidos cutneo e subcutneo, manifestando-se clinicamente por leses nodulares queloidianas predominantes, envolvendo sobretudo pavilhes auriculares, face, membros superiores e inferiores, e no comprometendo as mucosas. A maioria dos casos humanos est registrada em pases da Amrica do Sul. Entretanto, a enfermidade apresenta aspectos epidemiolgicos destacados, como o aparecimento em tribo Caiabi, no Brasil Central e em mamferos no humanos, golfinhos de duas espcies (Tursiops truncatus e Sotalia guianensis) capturados na costa da Flrida (EUA), na foz do rio Suriname, na costa de Santa Catarina (Brasil), no golfo de Gasconha (baa de Biscaia-Europa), com manifestaes cutneas e achados histopatolgicos muito similares s encontradas no homem. O artigo objetiva abordar caractersticas do fungo e sua taxonomia, e aspectos histricos, ecoepidemiolgicos, clnicos, imuno-histoqumicos, histopatolgicos, ultra-estruturais e teraputicos.

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Este artigo discute aspectos do processo de sade e doença entre crianas assistidas em um abrigo infantil de Belm, entre 2004 a 2005. Os dados foram coletados em fontes documentais e por meio de entrevista com tcnicos da instituio. De um total de 287 crianas, constatou-se que 49,47% apresentavam doenças, deficincias e leses corporais quando do seu encaminhamento ao abrigo, que podem ser associadas situao de pobreza e negligncia familiar experimentadas desde o nascimento. Em relao ao perodo de permanncia na instituio, verificou-se que as crianas contraram doenças infecto-contagiosas (42,5%) e manifestaram problemas de ordem emocional (18,83%), que podem estar relacionados s caractersticas ambientais da instituio proporo adulto/criana inadequada (1:8), superlotao do espao (75/ms). Os resultados permitem concluir que a condio de sade das crianas traduz as situaes de privao material e emocional a que foram submetidas no convvio com a famlia e ao longo de sua permanncia no abrigo. Nesses termos, os processos de sade e doença so discutidos a partir de uma perspectiva ecolgica, que reconhece fatores biolgicos, sociais e culturais que constituem a famlia e o abrigo como contextos de desenvolvimento da criana institucionalizada.

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As crianas, assim como os adultos, so susceptveis em adquirir malria, apresentando manifestaes clnicas de intensidade varivel na dependncia do seu grau de imunidade e da espcie de plasmdio causadora da infeco. Com o objetivo de traar o perfil epidemiolgico, clnico e laboratorial da malria por P. vivax foram avaliadas 100 crianas entre 0 - 14 anos de idade, de ambos os sexos, com diagnstico positivo para P. vivax (gota espessa), no Ambulatrio do Programa de Malria do Instituto Evandro Chagas, Belm - Par, no perodo de janeiro de 1995 a novembro de 1996. Em relao faixa etria, os adolescentes foram os mais acometidos pela doença (37,0%). Os casos autctones representaram 34,0% da casustica, evidenciando a presena do paludismo nos ncleos urbanos da Regio Amaznica. A febre, em 88,0% das crianas se constituiu na principal manifestao clnica inicial da doença. No 1 dia de atendimento (D0), a febre, o calafrio e a cefalia (trade malrica) ocorreram respectivamente em 97,0%, 91,0% e 85,0%, enquanto que a hepatomegalia em 29,0% e a esplenomegalia em 46,0% das crianas. Entre palidez e anemia, avaliada pela taxa de hemoglobina, houve uma correlao significativa (p < 0,05), verificando-se que entre as crianas plidas, 89,2% eram anmicas. A hemlise parece ter sido a causa bsica da anemia, tendo tambm contribudo para sua instalao o retardo no diagnstico (mdia de 12,5 dias) e o parasitismo intestinal por ancilostomdeos. Neste estudo, a desnutrio parece no ter exercido qualquer influencia sobre a anemia. Com a teraputica, observou-se um declnio tanto no percentual de crianas com trade malrica como no percentual de crianas com parasitemia assexuada, sendo este declnio de maior intensidade na trade malrica. Outros sinais e sintomas (palidez, astenia, artralgia, cefalia, colria) ocorreram por um perodo de tempo maior do que o da trade malrica, em geral, persistindo at 14 dias. As complicaes presentes durante ou imediatamente aps o tratamento, em 5,0% das crianas, foram pneumonia, broncopneumonia, impetigo generalizado, gastroenterite e exantema de etiologia no definida. Em relao metodologia empregada para avaliao da hepatoesplenomegalia, a ultrassonografia abdominal mostrou-se mais sensvel do que a palpao abdominal. Com o tratamento institudo, as taxas de : hemoglobina, os reticulcitos e o volume corpuscular mdio (VCM) tiveram um aumento significativo de D0 (primeiro dia de teraputica) para D7 (oitavo dia de teraputica). Entretanto, em relao concentrao da hemoglobina corpuscular mdia (CHCM) houve uma diminuio significativa nos valores encontrados em D7 quando comparados aos valores de D0, possilvemente s custas de uma menor oferta de ferro para a medula ssea.

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A tuberculose constitui um srio problema de sade pblica, sendo o M. tuberculosis o principal agente da doença no Brasil. Entre as formas extra pulmonares, a ganglionar perifrica uma das mais freqentes na infncia, apesar de pouco estudada. Com o objetivo de avaliar a incidncia e conhecer os aspectos epidemiolgicos, clnicos e laboratoriais da tuberculose ganglionar foram atendidas no ambulatrio do Hospital Ofir Loiola, no perodo de janeiro de 1995 a dezembro de 1996, 73 crianas entre 0-14 anos, de ambos os sexos, portadoras de linfadenopatia cervical. A amostra foi dividida em dois grupos: o primeiro constitudo por 61 crianas com adenopatias de outras etiologias e o segundo formado de 12 pacientes com etiologia tuberculosa. Nesse perodo, para as adenopatias tuberculosas, a taxa anual de incidncia na rea metropolitana de Belm, por 100 mil habitantes, foi de 1,03 e para o grupo de outras etiologias a incidncia foi de 4,27 e 6,15 para os anos de 1995 e 1996, respectivamente. Verificou-se que a maioria das adenopatias na infncia foram inespecficas (64,4%), entretanto, quando consideradas somente as de etiologia conhecida, o risco relativo de ser tuberculose foi de 1,17. A anlise comparativa entre os dois grupos no revelou diferena estatisticamente significativa no que tange faixa etria, sexo, estado nutricional, apresentao clnica inicial, cadeias ganglionares comprometidas e caractersticas dos linfonodos. Em ambos foi observado maior incidncia em pr-escolares e no sexo masculino. O comprometimento do estado nutricional pode ter contribudo para o aumento da morbidade em 41,7% dos casos de tuberculose. A presena de massa cervical constitui a queixa principal nos dois grupos embora durante o exame tenha sido constatado comprometimento ganglionar generalizado em 75,1% das crianas com adenopatia tuberculosa. Quanto durao dos sintomas, os casos de adenopatia tuberculosa foram atendidos a partir do primeiro ms de doença e tiveram como manifestao clnica abscesso frio em 25% dos casos. A fonte de infeco foi identificada em 1/3 dos pacientes. A reao tuberculnica com leitura >10mm foi positiva em 63,6% das crianas tuberculosas. Entre os exames bacteriolgicos realizados, a cultura constituiu o elemento fundamental para o diagnstico de tuberculose, obtendo-se 100% de positividade nos exames realizados; a baciloscopia foi de menor importncia. O exame histopatolgico com leso granulomatosa compatvel com tuberculose foi observado em 88,9% dos casos. O comprometimento pulmonar associado esteve presente em 27, 3% das crianas tuberculosas. A resposta teraputica com esquema padronizado pelo Ministrio da Sade foi satisfatria, no tendo sido observados efeitos colaterais aos medicamentos utilizados.

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A leishmaniose visceral americana (LVA) doença infecciosa, no contagiosa de evoluo crnica, com altos ndices de morbi-mortalidade, sendo o Brasil detentor de 90% dos casos notificados no continente Americano. No entanto, ainda no esto esclarecidos de forma objetiva os sinais e sintomas da forma subclnica da doença, ocasionando retardo ou confuso no diagnstico da infeco. Neste sentido, o presente trabalho props-se a acompanhar clnica e sorologicamente a populao previamente definida, a fim de caracterizar a forma oligossistomtica da LVA e estudar a prevalncia e incidncia da infeco. Foram acompanhados 307 indivduos infectados ou no pela Leishmania chagasi, crianas e adultos, pertencentes a 61 famlias, moradores da localidade Cabresto, Barcarena-Par, triados atravs de exame clnico e laboratorial, com base na sorologia para LVA por tcnica de imunofluorescncia indireta, no perodo de janeiro/2000 a janeiro/2001. Para o clculo da incidncia da infeco e determinantes clnicos foram excludos da amostra 06 pacientes que j haviam desenvolvido a forma clssica da doença em perodo anterior. A anlise estatstica foi realizada com auxlio do programa EPIINFO 6.04 e BioEstat 2.0 e os testes aplicados foram o Qui-quadrado, Teste Exato de Fisher e Teste G. No momento do primeiro exame (triagem sorolgica), 34 (11%) pacientes tiveram sorologia positiva para a infeco, entretanto 06 desses pacientes j haviam desenvolvido as manifestaes clssicas da LVA, transcorridos os 12 meses da pesquisa surgiram mais 09 indivduos com sorologia positiva de ttulos maiores ou iguais a 1/320, perfazendo um total de 43 (14%) pacientes infectados pelo parasito. Entre os pacientes infectados: as faixas etrias de maior predominncia foi o sexo masculino com 28 (65,1 %); os sinais e sintomas manifestos ou percebidos pelos indivduos oligossintomticos (5,5%), foram: palidez cutneo-mucosa, adenite, sopro cardaco, perda de peso, hepatomegalia, distenso abdominal e tosse. A taxa de incidncia da infeco foi de 2,9%. Nenhum dos pacientes infectados apresentou exacerbao dos sintomas ou manifestou semelhana com a forma aguda da doença, durante os doze meses de estudo, mesmo quando apresentavam ttulos mais elevados da sorologia, compatveis com queles de pacientes da forma clssica da LVA.

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Pseudomonas aeruginosa um bacilo gram-negativo, importante patgeno para pacientes neutropnicos, queimados e em condies de ventilao artificial em Unidades de Tratamento Intensivo, onde causam infeco nosocomial. Nestas condies, a infeco pode ser sria e muitas vezes letal. Em pacientes com fibrose cstica, o curso da patologia por P. aeruginosa evolui como uma infeco pulmonar crnica severa, pois a bactria produz diversas toxinas e outros fatores de virulncia responsveis pelo estabelecimento da colonizao persistente do trato respiratrio destes pacientes. A apresentao caracterstica da persistente infeco por P. aeruginosa a produo de alginato mucide e a formao de microcolnias, que considerada a estratgia de sobrevivncia da bactria no meio ambiente, P. aeruginosa crescendo em biofilm altamente resistente a antibiticos, estando usualmente associada com progressiva perda da funo pulmonar. Esta pesquisa realizou uma avaliao epidemiolgica e clnica de portadores de fibrose cstica, colonizados por P. aeruginosa, atendidos no Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto, na cidade de Belm, Par no ano de 2003. Foi feito coleta de escarro dos pacientes expectoradores e swab de orofaringe nos demais para estudo microbiolgico realizado no laboratrio microbiologia deste hospital. Foram avaliados 32 pacientes fibrocsticos, distribudos em trs grupos, conforme: ausncia de infeco por P. aeruginosa (G1), infeco pela bactria sem colonizao (G2) e colonizao crnica (G3). Pacientes pertencentes a G3 apresentaram complicaes respiratrias mais frequntes e mais graves que os demais. A ocorrncia de cepas mucidaes de P. aeruginosa foi significativamente mais prevalente neste grupo, onde a doença respiratria se apresentou de forma mais severa. Cepas no-mucides foram identificadas de forma similar nos grupos G2 e G3. Os sintomas respiratrios foram os mais frequntes ao diagnstico. A idade mdia dos pacientes ao diagnstico foi de 7 anos. Condies scio-econmicas adversas, diagnstico tardio, desnutrio e mutao gentica parecem ter favorecido a colonizao e contribudo para ocorrncia de bito no grupo G3.

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Verificou-se nos garimpos do So Chico e do Creporizinho a prevalncia de sintomas clnicos e de achados neurolgicos, alm da ocorrncia de Doença Infecciosas e Parasitrias (DIP'S), associada concentrao do mercrio total na urina dos garimpeiros na Amaznia. No garimpo de So Chico foram investigados 104 garimpeiros, enquanto no garimpo do Creporizinho 169, atravs do estudo de coorte transversal foi utilizada a condio scio-econmica, epidemiolgica e laboratorial como metodologia diagnstica e utilizado os testes estatsticos adequados para verificao da significncia. Os resultados demonstraram que a mdia do metal na urina dos garimpeiros do So Chico superior a do Creporizinho 9.29 g Hg/g creatinina e 5.64 g Hg/g creatinina, respectivamente, cuja distribuio do Hg na urina da populao do So Chico e do Creporizinho, abaixo do ndice Biolgico Mximo Permitido (IBMP) 93% - 96% e acima 7%-4%, respectivamente. H o predomnio do sexo masculino em ambos os garimpos e a ocorrncia de DIP'S nos dois garimpos, cuja seqncia foi idntica, onde as parasitoses intestinais e a malria so mais prevalentes, porm ficando abaixo do IBMP. A avaliao clnica do So Chico apresenta prevalncia de sintomas osteomuscular, dermatolgico e digestivo 32%, 30% e 23% respectivamente, enquanto no Creporizinho ocorreu mudana na seqncia osteomuscular, digestivo e dermatolgico 51 %, 44% e 39%, respectivamente. Dentre os sintomas neurolgicos mais prevalentes os tremores, parestesias e cefalia apresentaram no grupo do So Chico e Creporizinho a seguinte seqncia, respectivamente, 38% - 58%, 32% - 53% e 28% - 48%. As condies de sade so mais precrias no garimpo do So Chico, porm os garimpeiros encontram-se bastantes expostos ocupacionalmente nas duas populaes estudadas, contudo no h parmetros seguros para afirmar a presena do Mercurialismo Crnico na populao estudada.