8 resultados para PINTURA (SÉCULO 19)
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
As proeminentes edificaes da cidade de Belm foram revestidas durante o sculo 19 com azulejos produzidos em Portugal e Alemanha que j apresentam distintos graus de degradao. O Palacete Pinho uma das mais importantes destas edificaes e foi selecionado para se investigar a ao do clima tropical amaznico sobre a degradao destes azulejos. Para atingir estes objetivos mapearam-se os azulejos desta edificao visando identificar as modificaes de origem orgnica e inorgnica e coletas de amostras para anlises. Os minerais foram determinados por DRX, a composio qumica por mtodos clssicos midos e MEV/SED e os micro-organismos por microscopia. Os resultados obtidos mostram que os azulejos Portugueses e Alemes so distintos entre si. Enquanto o biscoito composto de SiO<sub>2</sub> e Al<sub>2</sub>O<sub>3</sub>, CaO foi encontrado apenas nos Portugueses. Os baixos contedos de Na<sub>2</sub>O e K<sub>2</sub>O indicam adio de materiais para reduo da temperatura de fuso. SiO<sub>2</sub> e PbO compem o vidrado, j CoO e FeO foram adicionados como pigmentos. O biscoito dos azulejos Alemes constitudo de quartzo, mullita e cristobalita, ao contrrio do Portugus com quartzo, gehlenita, diopsdio, calcita e feldspatos. Os vidrados so amorfos ao DRX. As diferenas qumicas e mineralgicas entre os azulejos Portugueses e Alemes indicam que foram produzidos por matria prima distinta, bem como processo termal. As alteraes relacionadas com o intemperismo so as finas camadas de detritos (nos Alemes), manchas de oxidao, manchas escuras, descolamento do azulejo (no Portugus); perda de vidrado e biscoito tornando-se pulverulento como consequncia do estabelecimento de Cyanophyta e bacillariophyta (Portugus). As distintas feies de degradao dos azulejos refletem as suas diferenas mineralgicas e qumicas expostas ao clima tropical Amaznico.
Resumo:
Esta dissertao tem por objetivo investigar a presena dos escritores ingleses nas obras de escritores brasileiros do sculo XIX. Os romancistas ingleses que se destacaram na Inglaterra do sculo XVIII foram Daniel Defoe, Samuel Richardson e Henry Fielding. Eles contriburam para ascenso e consolidao do romance como gnero literrio. No Brasil, o romance desenvolveu-se com maior liberdade e atraiu o pblico leitor. O novo pblico comea a ler romances que recriavam a cidade, as ruas e a vida de uma classe social emergente: a burguesia. O novo gnero que surgiu na Inglaterra promoveu o crescimento do comrcio, a proliferao de revistas e jornais, de cunho popular e literrio. Os escritores brasileiros como Jos de Alencar e Machado de Assis sofreram influncias dos escritores ingleses, no entanto, essa influncia no foi refletida somente nos romances desses escritores, foi sentida tambm nos negcios, na cultura e na vida social do Brasil. Alguns exemplos dessa presena so igualmente revelados nas obras de Machado de Assis por meio das citaes, das referncias e das aluses. Machado de Assis, sempre quando possvel, faz referncias aos escritores ingleses tanto dos sculos XVI e XVIII quanto do sculo XIX, tais como Shakespeare, Swift, Fielding. Sterne, Lamb e Dickens entre outros romancistas ingleses.
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as pinturas de autoria do artista Antnio Diogo Parreiras, no incio do sculo XX, pertencentes ao Museu de Arte de Belm. So imagens de uma cidade proprietria de uma paisagem equatorial natural que possui tambm um conjunto urbanstico dos mais representativos de cidades brasileiras, herana de uma poca que ficou conhecida como a "poca da Borracha. Fato que trouxe para o Norte no incio do sculo XX vrios artistas, dentre os quais o pintor Antnio Diogo Parreiras que aqui realizou uma exposio de pinturas. As obras de Parreiras que registraram a cidade de Belm so fontes das mais importantes para histria. Foi concebida dentro de um contexto no qual faziam parte uma leva de intelectuais e outros artistas brasileiros. Constituem-se como iconografias que possuem em si narrativas irrefutveis, oferecendo aos espectadores um registro da sociedade e do seu meio ambiente natural, configurando a obra de arte como uma leitura onde possvel revelaes, que nos auxiliam na difcil tarefa de compreender a nossa histria Social da Amaznia.
Resumo:
As capitanias do Maranho e do Piau foram palco de muitas guerras entre lusobrasileiros e ndios na primeira metade do sculo XVIII. Esta dissertao trata desses conflitos que aconteceram durante a expanso portuguesa nessa regio. A pesquisa procura analisar como o espao das capitanias do Maranho e Piau descrito nos relatos que tratam sobre as guerras, bem como a maneira pela qual as tropas contriburam para alterao na paisagem da regio. A dissertao reflete tambm sobre a composio dos espaos indgenas na paisagem colonial e as relaes que os grupos indgenas mantinham entre eles e com os luso-brasileiros. Outra discusso feita pela dissertao trata da maneira pela qual as guerras faziam parte das relaes de poder existentes no Estado do Maranho e Gro-Par e como a realizao delas dependia de interesses particulares.
Resumo:
Este artigo analisa o desenvolvimento da Amaznia no perodo compreendido entre o ltimo quartel do sculo XX e os anos iniciais do sculo XXI, demonstrando que a evoluo econmica regional decorreu de um modelo desenvolvimentista desequilibrado em termos espaciais e setoriais, e que por conta disto o desenvolvimento atual se mantm heterogneo e desigual no espao intra-regional, com a coexistncia de eixos dinmicos de desenvolvimento e reas sem perspectivas de desenvolvimento na Amaznia.
Resumo:
Na segunda metade do sculo XVIII, Belm viveu um momento de grande expanso econmica, o que se refletiu positivamente na arquitetura, quando foram construdos imponentes templos religiosos no atual centro histrico, dentre os quais a igreja de So Joo Batista. Esta pesquisa analisou tecnologicamente a pintura de quadratura realizada pelo arquiteto Antonio Landi no interior da igreja de So Joo Batista, em Belm do Par, para identificar a tinta utilizada na rara pintura do sculo XVIII, uma vez que o quadraturista disse ter utilizado em seus trabalhos o pigmento extrado da Arrabidaea chica (H & B) Verlot, popularmente conhecida como carajiru; os processos de alterao sofridos por ela e, assim, obter subsdios para a sua conservao e restaurao. O estudo foi realizado em etapas: na primeira, foi feita uma pesquisa histrica envolvendo a literatura sobre as tintas, pigmentos e corantes do perodo colonial amaznico, utilizados na arquitetura religiosa; sobre a contribuio das ordens religiosas na decorao dos templos; sobre a formao e as atividades de Landi em Belm, e sobre a tcnica de pintura denominada de quadratura. Na mesma etapa foi realizado um mapeamento dos danos na pintura e medidos o padro de cores, por colorimetria, e a temperatura da parede pintada, com cmera de infravermelho. A etapa seguinte foi a investigao laboratorial, que consistiu em analisar a tinta usada por Landi na pintura e o pigmento extrado do carajiru, em microscpio tico, em microscpio eletrnico de varredura, em difratmetro de raios-X e em espectrmetro de infravermelho. Os resultados possibilitaram a identificao e comparao dos materiais utilizados na pintura de quadratura. E por ltimo, realizou-se um ensaio com a tinta produzida a partir do pigmento extrado do carajiru. A pesquisa histrica contribuiu para o entendimento das tintas, pigmentos e corantes e tcnicas de pintura e a interdisciplinaridade facilitou a conduo dos procedimentos tecnolgicos, permitindo a elaborao de diagnsticos que servem para estabelecer medidas de conservao preventiva e propostas de futuras intervenes de restauro.
Resumo:
A IMPLANTAO na Amaznia oriental brasileira, nas ltimas cinco dcadas, de empresas voltadas extrao e transformao industrial de minerais acalentou, recorrentemente, em diversos e amplos segmentos sociais, expectativas de rpida industrializao regional como derivao da utilizao de "vantagens comparativas" decorrentes do atendimento de demandas globais de mercadorias minerais. Todavia, as atividades mnero-metalrgicas tiveram enormes limitaes em impulsionar dinmicas de desenvolvimento amplas e socialmente enraizadas, o que resulta, em grande medida, das trajetrias e dinmicas de inovao tecnolgica a que so vinculadas, da ambincia institucional na qual esto inseridas e da pouca importncia que requerida das especificidades sociais, culturais e ecolgicas locais para garantir a competitividade da valorizao pouco qualificada de recursos minerais da regio.
Resumo:
Analisa a experincia dos escravos recolhidos ao leprosrio do Tucunduba, em Belm, no Par, ao longo do sculo XIX. Libertos depois de exibir no corpo as marcas da lepra, esperava-se deles submisso poltica de segregao que pretendia afast-los do contato com o restante da populao. A documentao produzida pela Santa Casa de Misericrdia do Par e autoridades polticas da provncia revela as estratgias desenvolvidas pelos escravos no enfrentamento dessa poltica, utilizando-se da predominncia numrica no leprosrio para criar uma rede de solidariedade que lhes permitisse recriar a vida e se contrapor ao tipo de nao sonhada pelas teorias higienistas da poca.