10 resultados para Natureza da ciência

em Universidade Federal do Pará


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Esta dissertao versa sobre as prticas de Ciências de professoras da Educao de Jovens e Adultos que atuam na Rede Municipal de Ensino de Belm. Relaciona a forma como tm se configurado as concepes de conhecimento e de ensino de Ciências dessas profissionais no contexto da Proposta de Totalidade do Conhecimento. O intuito identificar e compreender as concepes que elas manifestam em suas prticas, as tenses entre o seu pensar e o seu agir, ante a Proposta, alm de suas necessidades formativas. A pesquisa qualitativa, na modalidade narrativa, foi realizada com professoras das escolas que seguem as orientaes da Proposta. Os sujeitos foram seis professoras da 1 e 2 Totalidades do Conhecimento. Entrevistas semi-estruturadas estimularam as professoras a relatarem de maneira direta ou indireta sua trajetria profissional e identidade com a EJA, o entendimento da Proposta de Totalidade do Conhecimento, a prtica do ensino de Ciências que ministram e as satisfaes e necessidades formativas. Falaram das limitaes, dos avanos e tenses em suas atividades educativas. O estudo demonstra que as prticas docentes tm elementos de uma concepo libertadora de ensino, coadunando-se com a concepo tipificada na Proposta da Totalidade, ainda que as prprias professoras no se reconheam como tais e demonstrem certa confuso em relao s bases da Proposta quando, por exemplo, dizem no compreender o que significa o termo totalidade de conhecimento. Evidenciam que necessrio incrementar a formao continuada das professoras, a fim de aprofundar o envolvimento com a Proposta. Existe ainda a necessidade por parte das professoras que trabalham Ciências com a 1 e 2 Totalidades de maior conhecimento acerca da natureza da ciência. As dificuldades e tenses sentidas pelas professoras, em geral, so causadas tanto pela falta de um conhecimento mais especfico no ensino de Ciências como de melhor apoio pedaggico nas escolas, por parte da administrao municipal. As professoras avaliaram que no tiveram uma formao em servio eficaz para que ensinassem Ciências de forma eficiente segundo a Proposta de Totalidade.

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A polmica jornalstica que, em 1881, envolveu o ento 2 Tenente Lauro Sodr, o bispo D. Macedo Costa e o jornal catlico A Boa Nova, ocorreu num momento em que j estavam presentes na sociedade brasileira os fatores da desagregao do Imprio. O que se pretendeu, com este trabalho, foi estudar o confronto como representao discursiva de um choque de ideias nos quadros sociais e intelectuais do Brasil do final do Oitocentos: com o primeiro, a ciência e o progresso, instrumentos apontados como fundamentais para a repblica; com o segundo, a f e a religio, instrumentos essenciais para a monarquia. De acordo com a perspectiva filosfico-histrica do positivismo, essas questes fundamentavam o processo de evoluo social do Homem, inclusive politicamente entendida. Note-se, igualmente, que na obra mxima da teoria evolucionista, On the origin of species by means of natural selection (1859) de Darwin, o movimento histrico se subordina decididamente s leis naturais e se insere no processo mais amplo da evoluo do universo. A evoluo considerada, efetivamente, no como um simples movimento, mas como melhoramento, um progresso. Aos olhos positivistas de Lauro Sodr, a ideia de uma monarquia atrelada sobrevivncia da origem divina do poder aparecia como uma digna representao dos estados no-epistemolgicos da humanidade, o metafsico e o teolgico; j a repblica surgia como a nica forma de governo compatvel com a dignidade humana. Projetada esta polmica sobre as realidades mentais do prprio tempo, tem-se, em ltima anlise, a revelao de um dos componentes da natureza e das formas que assumiu a problemtica relao entre pensamento filosfico e objeto poltico dominante no movimento de ideias no Brasil ao final do sculo XIX.

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A ciência da natureza humana o projeto de Hume que concerne toda sua filosofia esttica, tica, poltica, teoria do conhecimento, histria, economia, filosofia da religio, etc. coisa de que jamais poderamos dar conta, dado a natureza do trabalho de mestrado. Por isso, contentamo-nos em falar apenas da fundamentao da ciência da natureza humana, referente investigao acerca da origem das ideias e operaes do entendimento, ou da investigao sobre as causas e os poderes ocultos do entendimento humano, com base no mtodo experimental. A questo a que o nosso trabalho visa a lanar luz precisamente esta: o que uma ciência da natureza humana baseada no mtodo experimental? Essa ser, pois, a nossa tarefa adiante. Julgamos que, a partir de uma abordagem holstica e cientfica da mente humana, Hume tenta explicar a natureza dos poderes ou faculdades intelectuais, sobretudo suas limitaes e sua fragilidade. Sendo, pois, a base da ciência do homem o mtodo experimental, o qual, por sua vez, tem o seu fundamento slido na experincia e na observao, ento preciso perguntar: como e em que medida o uso de tal mtodo tornou-se imprescindvel filosofia moral isto , s questes filosficas de modo geral e que tangem ciência da natureza humana? Compreender isso compreender a etapa inicial do projeto filosfico humiano, ou seja, o estudo do entendimento humano que, por sua vez, subdivide-se em dois momentos, a saber: (1) A ciência da mente, pela qual Hume mostra as limitaes de nossas faculdades e poderes intelectuais e (2) o ceticismo que , pois, as consequncias desse estudo, a constatao da fragilidade e das limitaes do entendimento humano. Nesse sentido, sentimo-nos livres para falar de algumas reflexes tanto do Tratado quanto da primeira Investigao, muitas vezes de maneira indistinta, tentando ressaltar que tais obras, quando comparadas, podem revelar o amadurecimento de um mesmo projeto filosfico que a ciência da natureza humana. E este exatamente o fio condutor de nossa pesquisa: como uma ciência da natureza humana projetada por Hume e em que medida possvel falar do amadurecimento de seus propsitos? Com este exame inicial, poderemos responder alguns problemas acerca da viso pela qual Hume foi falsamente apontado como um ctico radical. Apresentaremos por que a crtica sobre a sua teoria das ideias elaborada pelos filsofos do senso comum no considera importantes pontos de sua ciência da mente, gerando muitos mal-entendidos na posteridade. Em suma, no Captulo 1 deste trabalho, examinaremos o que seria o projeto filosfico de Hume e, por meio desse exame, tentaremos apresentar, no Captulo 2, as bases em que essa ciência da mente construda por Hume est sustentada. No captulo 3, mostraremos que a interpretao ctico-destrutiva da posteridade est equivocada, na medida em que desconsidera os meios que Hume encontrou sua fundamentao da ciência da natureza humana.

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As contribuies de Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888) ciência realizada na provncia do Gro-Par na segunda metade do sculo XIX so continuamente referidas em trabalhos sobre a fundao do Museu Paraense de Histria Natural e Etnografia em 1866, uma vez que o poltico mineiro fora seu idealizador e primeiro diretor. Contudo, a participao de Ferreira Penna na sociedade paraense da poca se estendeu instruo pblica, tema de urgncia no discurso das autoridades provinciais. no sentido de se buscar a consonncia deste personagem com as discusses de seu tempo sobre ciência e educao que este trabalho se desenvolve. Buscamos escritos da autoria de Penna, em especial as pginas dedicadas instruo pblica, alm de discursos governamentais e pensamentos de outros autores sobre o tema. Partimos de um personagem singular por acreditarmos que pode ser procedimento inicial para compreendermos o contexto social no qual se insere. Seus textos foram analisados com base em elementos da anlise de contedo, que nos permitiram organizar palavras e expresses em Unidades de Contexto e selecionar quais seriam mais apropriadas para a anlise das fontes. A anlise nos conduziu idia de que, para Ferreira Penna, a instruo teria como uma de suas prioridades a iluminao intelectual dos indivduos como um todo, em especial os das camadas populares. Esta necessidade acompanhava a proposta da consolidao de uma identidade nacional, cuja inexistncia era sentida por polticos e intelectuais. Ainda nesse projeto, o conhecimento dos recursos naturais atravs das ciências da natureza seria indispensvel luz da inteligncia que se buscava incutir nos jovens atravs da instruo. Neste ponto, ciência e educao se convergem, por serem investimentos utilitrios para um propsito mais amplo. O pensamento de Penna se adere ao de vrios pensadores da poca, em especial no que diz respeito liberdade de ensino e a uma possvel defesa do regime republicano em detrimento do regime monrquico, findo em 1889. Apesar das idias parecerem adiantadas para sua poca, o conservadorismo do pensamento de Ferreira Penna em alguns pontos nos ajuda a compreender a dimenso na qual mudanas para a instruo eram pensadas, de modo que no comprometessem a organizao social vigente.

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Nesta pesquisa tive como objetivo investigar o processo de fabricao de identidades na interseo dos discursos miditico e cientfico. Para tanto, elegi como fonte de material emprico reportagens da revista Superinteressante. Dentre as edies do ano de 2008 da revista foram selecionadas aquelas reportagens em que o discurso biolgico consistia no argumento central para a produo de subjetividades. Duas foram as questes principais que orientaram o percurso investigativo: Que identidades so fabricadas a partir dos discursos biolgicos veiculados por revistas de divulgao cientfica? Qual a produtividade social desses discursos? Analisei esta problemtica com as ferramentas tericas do pensamento de Michel Foucault, de alguns tericos/as dos Estudos Culturais e dos Estudos Culturais da Ciência, para pensar na articulao saber/poder do processo de produo de subjetividades atravs da pedagogia cultural da mdia e para discutir o carter contingente e as relaes de poder presentes nos discursos biolgicos. Neste estudo, a mdia considerada como uma pedagogia cultural que ensina modos de ser e ver, regula condutas, naturaliza significados, e ativamente envolvida na formao de identidades sociais. Por esse vis, discuto a natureza fabricada da subjetividade para pensarmos que os modos como vivemos nossas subjetividades e ocupamos posies-de-sujeito esto histrica e culturalmente condicionados. Partindo desses pressupostos tericos, agrupei o material emprico em seis ncleos temticos que respondem s questes de investigao. So eles: 1) Sujeito Moral, no qual a moralidade comparece como caracterstica inata e universal ao humano; 2) Sujeito Instintivo, que define certos comportamentos sociais como sendo instintivos, frutos de uma suposta natureza humana; 3) DNAtidade, em que o discurso gentico comparece como fator determinante na previso do que so e de como vivero as pessoas; 4) Sujeito Psi, aborda como as subjetividades so enquadradas e administradas atravs da psicopatologizao dos indivduos; 5) Sujeito Generificado, em que os atributos de masculinidades e feminilidades aparecem de forma natural e essencializada em relao aos gneros e 6) Sujeito Esttico, no qual so definidos formas certas e naturalmente melhores de corpo. O conjunto dessas anlises das identidades produzidas nos convida a tomarmos o discurso biolgico/cientfico e outros discursos como construes sociais, histricas e culturais, uma discusso importante para a Educao em Ciências para questionarmos essas verdades que se tornam hegemnicas ao ensinarmos Ciências. Dar visibilidade construo discursiva da identidade, s estratgias de interpelao e regulao possibilita-nos desconfiarmos daquilo que repetidamente anunciado como natural, legtimo e aceitvel para vivenciarmos nossas subjetividades, isso permite-nos participarmos nesse processo de construo e, portanto, inclui a possibilidade de posies de resistncia em relao a discursos hegemnicos, isto , no encararmos as identidades sociais como monolticas e fixas. Essa uma relevante questo a ser discutida na educao, a fim de gerar processos de transformaes sociais, uma vez que, a maneira como vimos e somos vistos determina, em parte, o modo como tratamos e somos tratados nas relaes sociais.

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Esta dissertao intitulada Integrao do ensino mdio e tcnico: percepes de alunos do Instituto Federal de Educao, Ciência e Tecnologia IFPA/Campus Castanhal, apresenta como questo norteadora: O que os estudantes percebem nas estratgias de ensino praticadas no curso, que os levam a tirar concluses sobre realizaes e limitaes na operacionalizao da integrao do ensino? Seu objetivo geral analisar a partir da percepo de alunos, do terceiro ano do curso Tcnico em Agropecuria Integrado do IFPA/Castanhal se as estratgias de ensino praticadas pelos professores esto possibilitando operacionalizar a integrao do ensino mdio com a educao profissional. Para tal, sistematizamos os princpios e fundamentos norteadores da proposta de Ensino Mdio Integrado que constam nos estudos dedicados ao assunto, bem como no Documento Base do MEC (2007). Verificamos as estratgias de ensino integrado anunciadas no Plano do Curso Tcnico em Agropecuria Integrado do IFPA/Castanhal e Relatrios Pedaggicos (2006 e 2007), em seguida foram analisadas as percepes de estudantes quanto s prticas operacionalizadas no referido curso. No percurso terico metodolgico recorreu-se a referenciais que adotam o materialismo histrico-dialtico como mtodo de anlise dos dados. A coleta de dados foi precedida de reviso bibliogrfica, seguida da pesquisa de campo com a realizao de entrevistas semi estruturadas com oito (08) estudantes oriundos de trs (03) turmas do terceiro ano do curso. Os resultados revelam o terreno contraditrio no qual o Ensino Mdio Integrado foi implantado: O IFPA/Castanhal realizou algumas aes (palestras, debates e reflexes) mediante encontros pedaggicos no intuito de insero da proposta de Ensino Mdio Integrado no referido curso, porm muito longe do objetivo ao qual se destina; evidenciam-se iniciativas de alguns professores em vincular o ensino mdio com o tcnico mediante a estratgia da interdisciplinaridade. Observaram-se limites que dificultaram a efetivao do ensino integrado como: A justaposio de dois cursos realizados em dois turnos com uma carga horria excessiva; os recursos infra- estruturais disponveis restringiram aulas prticas; escassa interao entre os professores na operacionalizao das estratgias de integrao do ensino e no incluso do coletivo escolar na construo da proposta do curso. Como concluso destaca-se a presena da dualidade educacional (educao geral e tcnica) no curso e romper com esta realidade requer a superao de vrios obstculos, dentre eles: Os de natureza estrutural e material; modificaes na estrutura organizacional da Instituio escolar; envolvimento, compromisso poltico e postura coerente dos docentes, tcnicos educacionais, gestores e dirigentes das redes de ensino federal. O Instituto necessita pensar na proposta de formao continuada do corpo tcnico e docente na perspectiva do ensino integrado, necessita consultar seus estudantes, ouvi-los em suas necessidades formativas, para tanto se faz necessrio criar estratgias de integrao da escola comunidade para que possam discutir e organizar as aes escolares de forma coletiva e construir objetivos comuns fundamentais operacionalizao do Ensino Mdio Integrado.

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As instituies do sistema de justia ao redor do mundo tm ocupado importantes espaos no cenrio poltico-institucional, atuando como verdadeiros atores polticos dotados de recursos de poder. Esse fenmeno de judicializao da vida pblica tem ocorrido no Brasil, sobejamente aps a promulgao da Constituio Federal de 1988. Os atores do sistema de justia passaram a exercer importante influncia sobre a vida social, econmica e poltica do pas, atuando na afirmao de novos direitos e na construo da agenda pblica. luz deste contexto a presente dissertao analisa a judicializao da poltica na realidade poltico-institucional brasileira, delimitando, todavia, o seu campo de estudo atuao das unidades da Defensoria Pblica da Unio nos Estados que integram a Amaznia Legal em conflitos de natureza coletiva, buscando compreender fundamentalmente as formas judiciais e extrajudiciais de resoluo de conflitos, os critrios de atuao da instituio neste tipo de controvrsias, bem como os resultados das aes e relaes com o judicirio. A ideia central a de que os mecanismos que proporcionam incluso no sistema de justia podem desempenhar um papel importante na afirmao de direitos e na construo da agenda pblica.

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Em sua obra de 1927, O futuro de uma Iluso, Freud tenta de uma maneira geral fundamentar a funo das crenas religiosas no psiquismo humano e desmistific-las como capazes de apreender a realidade. Para ele, a origem psquica das ideias religiosas a iluso, que est profundamente ligada com a represso dos desejos humanos e a negao dos mesmos, que se d na civilizao. Freud no pretende examinar o valor de verdade das doutrinas religiosas, mas afirma que elas, em sua natureza psicolgica, no passam de iluses. Trata-se de ajustar-se realidade com o objetivo da busca de felicidade. Para ele tal tarefa deve ser fruto da ciência, no da religio. Freud ressalva que a religio apenas uma etapa do processo evolutivo humano. Nota-se que Freud foi amplamente influenciado pelo forte valor que o positivismo possua em sua poca. Assim, defendia que a nica maneira de se chegar verdade era atravs da racionalidade. Nosso trabalho pretende, portanto, analisar o discurso cientificista freudiano, na sua relao com a religio compreendida como iluso, a partir de uma leitura filosfica de O Futuro de Uma Iluso e levando sempre em considerao a influncia dos ideais iluministas sobre o pensamento de Freud e sua obra.

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Este estudo prope uma anlise das iconografias urbanas de Belm, produzidas no decorrer do sculo XIX e incio do XX. A tese tem por objetivo, ento, analisar a representao da natureza em Belm, especificamente nos anos de 1808 a 1908. O compromisso inicial desse estudo se concentrou em pesquisar os diversos tipos de iconografias sobre Belm no decorrer dos Oitocentos. As questes que se procurou evidenciar tratam sobre a forma como os viajantes apreenderam a cidade, em sua passagem por Belm, tanto sob o ponto de vista narrativo quanto o visual, at os anos de 1890. A partir de ento, tambm identificar como os governantes promoveram a cidade para alm da regio Amaznica. Observa-se que a natureza brasileira passou a ser representada, a partir do sculo XIX, por meio de linguagem escrita e iconogrfica, isto graas influncia do cientificismo e da sensibilidade artstica romntica, que perpassaram pelo conhecimento do pas. A sensibilidade romntica realizou a aproximao entre ciência e esttica ao apreender e representar a natureza, numa viso totalizante, inaugurando uma nova concepo de paisagem e a tentativa de inventar e visualizar uma natureza urbana, a qual tema principal desse estudo; representa o fenmeno da urbanizao que foi registrado, especialmente, por meio da fotografia. Nesse tipo de fotografias, a natureza aparece domesticada, adaptada ao desenho urbano, sua forma artificiosa e geomtrica valorizada. A fotografia urbana do final do sculo XIX reintroduz o belo ideal nas imagens da natureza ordenada segundo o modelo dos jardins franceses, ingleses e italianos. Parto do pressuposto de que a contemplao da natureza adaptada para a realidade da regio Amaznica, embora estivessem presentes modelos provenientes da Europa, mas encontram as suas especificidades a partir de uma natureza exuberante da Amaznia A percepo de natureza na Amaznia da segunda metade do sculo XIX e a influncia de novas formas de conceber a natureza foram projetadas para as cidades na reformulao dos espaos para constituir a rea verde, especialmente de Belm. Pensar historicamente a representao da natureza refletir sobre a sua apropriao pela ao humana ao mesmo tempo em que diferentes indivduos e grupos sociais circularam e deixaram suas marcas especficas nos lugares construdos a partir de uma natureza domesticada na paisagem urbana.

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A percepo de Alfred Russel Wallace sobre a regio amaznica, a qual percorreu entre 1848 e 1852, alm de ser informada por seus conhecimentos sistemticos, inclui juzos ticos e estticos, como era comum entre os naturalistas. Os nativos da regio seriam, para ele, pacficos e hospitaleiros, mas tambm receptivos aos vcios da civilizao. A natureza seria privilegiada, tanto para a atividade de histria natural como para o prazer esttico. Foram essas caractersticas que contriburam para a permanncia do naturalista na regio e, portanto, para a realizao de suas atividades cientficas.