3 resultados para NEURO FISIOLOGIA
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O artigo discute a proposta de Skinner para a ciência do comportamento, caracterizando-a como "externalista" (voltada para as relações do organismo com eventos que lhe são externos). Examina-se o discurso de Skinner sobre diferentes explicações para o comportamento, em obras de 1938, 1953 e 1990, a fim de indicar sua preocupação permanente com a definição das fronteiras entre análise do comportamento e (neuro)fisiologia. Apontam-se aspectos da elaboração skinneriana que a tornam insuficiente para sustentar uma declaração coerente sobre a autonomia de uma ciência do comportamento e procura-se ilustrar como essa dificuldade se reflete na literatura contemporânea da área.
Resumo:
O presente estudo examinou referências de B. F. Skinner à fisiologia em textos sobre eventos privados, com o objetivo de identificar elementos para uma demarcação mais precisa das relações entre análise do comportamento e fisiologia. As contribuições de Skinner naquela direção foram categorizadas em seis temas: a) variáveis biológicas como constitutivas, mas não definidoras do fenômeno comportamental privado; b) autonomia do recorte analítico-comportamental diante dos fatos biológicos/fisiológicos; c) limites de controle do comportamento por eventos internos/fisiológicos; d) comportamento privado como comportamento do organismo como um todo; e) distinção entre contato privilegiado e conhecimento privilegiado; e f) preservação do recorte analítico-comportamental em situação de análise aplicada do comportamento. As proposições correspondentes às categorias descritas são apontadas como originais na definição do campo de uma ciência do comportamento e capazes de orientar coerentemente a demarcação das fronteiras entre análise do comportamento e fisiologia enquanto disciplinas independentes e complementares.
Resumo:
Contemporâneo ao projeto da transvaloração de todos os valores, o esboço de uma "fisiologia da arte" adquire um papel central nos últimos escritos de Nietzsche. Trata-se de uma perspectiva que supõe uma superação tanto da "metafísica de artista" da fase inicial, quanto da crítica ao romantismo, da chamada segunda fase. Partindo da discussão a respeito da pertinência e do uso do termo fisiologia na obra de Nietzsche, este artigo pretende apresentar, nas suas linhas gerais, o alcance desse projeto para a discussão das relações entre arte e verdade, arte e ilusão. Ao final, procura-se apontar a importância dessa idéia de uma fisiologia da arte, a partir da referência à figura do ator.