6 resultados para NA TRANSPORTERS
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
The neural retina is a highly complex tissue composed of excitatory and inhibitory neurons and glial cells. Glutamate, the main excitatory neurotransmitter, mediates information transfer from photoreceptors, bipolar cells, and ganglion cells, whereas interneurons, mainly amacrine and horizontal cells, use -aminobutyric acid (GABA), the main inhibitory neurotransmitter. In this review we place an emphasis on glutamate and GABA transporters as highly regulated molecules that play fundamental roles in neurotransmitter clearance, neurotransmitter release, and oxidative stress. We pharmacologically characterized glutamate transporters in chicken retina cells and identified two glutamate transporters: one Na+-dependent transporter and one Na+-independent transporter. The Na+-dependent uptake system presented characteristics related to the high-affinity xAG- system (EAAT1), and the Na+-independent uptake system presented characteristics related to the xCG- system, which highly contributes to glutamate transport in the retina. Glutamate shares the xCG- system with another amino acid, L-cysteine, suggesting the possible involvement of glutathione. Both transporter proteins are present mainly in Mller glial cells. GABA transporters (GATs) mediate high-affinity GABA uptake from the extracellular space and terminate the synaptic action of GABA in the central nervous system. GABA transporters can be modulated by molecules that act on specific sites to promote transporter phosphorylation and dephosphorylation. In addition to a role in the clearance of GABA, GATs may also release GABA through a reverse transport mechanism. In the chicken retina, a GAT-1 blocker, but not GAT2/3 blocker, was shown to inhibit GABA uptake, suggesting that GABA release from retina cells is mainly mediated by a GAT-1-like transporter.
Resumo:
O presente estudo descreve um mtodo eficiente e simples utilizando cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE) acoplada a detector de fluorescncia para determinao dos parmetros cinticos da captao de glutamato (glu) no sistema nervoso central (SNC). O tecido retiniano embrionrio de ave com sete dias de desenvolvimento foi incubado com concentraes conhecidas de glu (50-500 M) por dez minutos. Os nveis do aminocido derivado a partir de ortoftaldedo (OPA) no meio de incubao foram mensurados. Aps avaliar a diferena entre a concentrao de glu inicial e a final no meio, foi determinada a saturao do mecanismo de captao (Km = 8,2 e Vmax = 9,8 nmol/mg protena/minuto). Estas determinaes foram dependentes e independentes de sdio e temperatura, indicando que o mecanismo que regula a diminuio dos nveis de glu no SNC, a captao via transportadores de alta afinidade. Alm disso, o cloreto de zinco (ZnCl) (um inibidor do transportador glu/aspartato) foi utilizado em diversas concentraes e evocou diminuio da captao de glu. Com isto, destaca-se a elevada aplicabilidade desta metodologia. Alm deste trabalho caracterizar metodologia alternativa para avaliar captao de glu no SNC usando CLAE, tambm pode ser importante ferramenta para estudos relacionados caracterizao do transporte do neurotransmissor durante injrias no SNC.
Resumo:
A Malria Cerebral (MC) apresenta-se como uma severa complicao resultante da infeco por Plasmodium falciparum. Esta condio encontra-se comumente associada a disfunes cognitivas, comportamentais e motoras, sendo a retinopatia uma das mais graves conseqncias da doena. Diversos modelos experimentais j foram descritos no intuito de elucidar os mecanismos fisiopatolgicos relacionados a esta sndrome, no entanto, estes ainda permanecem pouco compreendidos. Dentro deste contexto, o presente trabalho procurou investigar as alteraes neuroqumicas envolvidas na patologia da MC. Os camundongos C57Bl/6 (fmeas e machos) inoculados com 106 eritrcitos parasitados (PbA) apresentaram baixa parasitemia (15-20%) com sinais clnicos evidentes como: deficincia respiratria, ataxia, hemiplegia e coma seguido de morte, condizentes com o quadro de MC. A anlise no tecido retiniano demonstrou uma diminuio nos nveis de GSH com 2 dias aps a inoculao. Entretanto, essa diminuio no foi to evidente com o decorrer da infeco (4 e 6 dias aps infeco). Concomitante a este aumento durante o processo infeccioso, observamos um progressivo aumento na captao de 3H-glutamato (4 e 6 dia aps infeco) por um sistema independente de Na+, sugerindo que o quadro de MC responsvel por um aumento na atividade de uma protena transportadora. Dados obtidos com a imunofluorescncia demonstram que alm de aumentar a atividade do sistema de transporte, o quadro de MC tambm estimula o aumento na expresso do sistema xCG - no tecido retiniano. O presente trabalho demonstra ainda que estes eventos neuroqumicos no tecido retiniano so independentes de ativao inflamatria, visto que os nveis de TNF- e expresso de NOS-2, apresentam-se alterados somente no tecido retiniano.
Resumo:
A Chromobacterium violaceum uma beta-proteobactria Gram-negativa comum da microbiota tropical e um patgeno oportunista para animais e humanos. A infeco causada pela C. violaceum apresenta alta taxa de mortalidade, mas os mecanismos da patogenicidade ainda no foram caracterizados. Como outros microorganismos ambientais, essa bactria est exposta a condies externas muito variveis, que exigem grande adaptabilidade e sistemas de proteo eficientes. Entre esses sistemas encontra-se um operon arsRBC de resistncia ao arsnio, metaloide danoso sade humana associado a leses de pele, doenas neurolgicas e cncer. O objetivo deste trabalho foi investigar as alteraes na expresso proteica de C. violaceum ATCC 12472 na presena do arsenito e caracterizar as diversas protenas secretadas pela bactria. As protenas da C. violaceum foram analisadas por eletroforese bidimensional e espectrometria de massas. A anlise protemica revelou que o arsenito induz um aumento na quantidade das protenas envolvidas na resposta ao estresse oxidativo, reparo do DNA e metabolismo energtico. Entre as protenas secretadas, foram identificados fatores de virulncia (metalopeptidases, colagenase e toxinas), transportadores, protenas de proteo contra estresses e com potencial aplicao biotecnolgica. Os resultados mostraram que a C. violaceum possui um arsenal molecular de adaptao que a torna capaz de conservar suas atividades celulares e provocar leses em outros organismos.
Resumo:
O transtorno epilptico apresenta alta prevalncia e severidade. Alm da gravidade da epilepsia per se, este distrbio pode ser acompanhado de vrias comorbidades, sendo a depresso a principal comorbidade psiquitrica. Os mecanismos envolvidos na relao epilepsia/depresso ainda no esto bem esclarecidos, e sabe-se que o tratamento de ambos os distrbios pode ser problemtico, j que alguns anticonvulsivantes podem causar ou aumentar sintomas depressivos, enquanto alguns antidepressivos parecem aumentar a susceptibilidade a convulses. Por outro lado, estudos tm demonstrado que alguns antidepressivos, alm de seguros, tambm possuem atividade anticonvulsivante como a venlafaxina, um inibidor da recaptao de serotonina e noradrenalina (IRSN). Considerando que a duloxetina, outro IRSN, apresenta uma inibio mais potente sobre transportados monoaminrgicos e que no existe nada na literatura a respeito de sua influncia sobre convulses apesar de que est sendo aplicado atualmente na clnica, o objetivo do nosso estudo verificar o possvel efeito anticonvulsivante da duloxetina atravs do modelo de convulses induzidas pelo pentilenotetrazol (PTZ) em camundongos. Para tal, camundongos foram pr-tratados com duloxetina (10, 20, 40 mg/kg/i.p.) e trinta minutos aps receberam uma injeo intraperitoneal de PTZ (60 mg/kg). Por vinte minutos os animais foram monitorados para a avaliao dos tempos de latncia para o primeiro espasmo mioclnico e a primeira crise tnico-clnica, como tambm o tempo de durao das convulses e de sobrevida. A anlise eletroencefalogrfica foi utilizada para avaliar a severidade das crises (aumento da amplitude das ondas). Aps esse perodo os animais foram sacrificados, o crtex cerebral dissecado e anlises bioqumicas (atividade da superxido desmutase (SOD), catalase (CAT), nveis de nitritos e peroxidao lipdica) foram feitas para investigao dos mecanismos pelos quais a droga influencia as convulses. Os resultados preliminares demonstraram que a duloxetina apresenta atividade anticonvulsivante, sendo capaz de aumentar significativamente o tempo de latncia tanto para o primeiro espasmo clnico, como para a primeira convulso tnico-clnica induzidas pelo pentilenotetrazol. Ainda a avaliao eletroencefalogrfica demonstrou que a duloxetina na dose de 20 mg/kg diminuiu significativamente a amplitude das ondas enquanto a dose de 40 mg/kg aumentou significativamente a amplitude em comparao a todos os tratamentos. Quanto avaliao da influncia no estresse oxidativo, animais tratados apenas com PTZ apresentaram um aumento significativo do nvel de peroxidao lipdica, e diminuio da atividade da SOD e da CAT. Quanto ao nvel de nitritos no houve nenhuma alterao significativa entre os tratamentos. A duloxetina na dose de 20 mg/kg se mostrou efetiva para evitar as alteraes induzidas pelo PTZ nos parmetros de estresse oxidativo avaliados. A atividade anticonvulsivante da duloxetina (20 mg/kg) colabora com a teoria que tem sido apresentada nos ltimos ano de que a modulao da neurotransmisso serotonrgica e noradrenrgica pode ter efeito anticonvulsivante. Ainda, a capacidade da duloxetina de inibir a exacerbao do estresse oxidativo envolvido nas convulses induzidas pelo PTZ corrobora com estudos que demonstram que algumas substncias anticonvulsivantes podem modular as convulses pelo menos em parte por sua atividade antioxidante. Portanto conclumos que a duloxetine um adjuvante promissor para o tratamento de pacientes que apresentam a comorbidade epilepsia e depresso.
Resumo:
Os transtornos de ansiedade apresentam a maior incidncia na populao mundial dentre os transtornos psiquitricos, e a eficcia clnica das drogas ansiolticas baixa, em parte devido ao desconhecimento acerca das bases neuroqumicas desses transtornos. Para uma compreenso mais ampla e evolutivamente substanciada desses fenmenos, a utilizao de espcies filogeneticamente mais antigas pode ser uma aproximao interessante no campo da modelagem comportamental; assim, sugerimos o uso do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) na tentativa de compreender a modulao de comportamentos tipo-ansiedade pelo sistema serotonrgico. Demonstramos que os nveis extracelulares de serotonina no encfalo de paulistinhas adultos expostos ao teste de preferncia claro/escuro [PCE] (mas no ao teste de distribuio vertical eliciada pela novidade [DVN]) apresentam-se elevados em relao a animais manipulados mas no expostos aos aparatos. Alm disso, os nveis teciduais de serotonina no rombencfalo e no prosencfalo so elevados pela exposio ao PCE, enquanto no mesencfalo so elevados pela exposio ao DVN. Os nveis extracelulares de serotonina esto correlacionados negativamente com a geotaxia no DVN, e positivamente com a escototaxia, tigmotaxia e a avaliao de risco no PCE. O tratamento agudo com uma dose baixa de fluoxetina (2,5 mg/kg) aumenta a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliao de risco no PCE, diminui a geotaxia e o congelamento e facilita a habituao no DVN. O tratamento com buspirona diminui a escototaxia, a tigmotaxia e o congelamento nas doses de 25 e 50 mg/kg no PCE, e diminui a avaliao de risco na dose de 50 mg/kg; no DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a maior dose diminui o congelamento e facilita a habituao. O tratamento com WAY 100635 diminui a escototaxia nas doses de 0,003 e 0,03 mg/kg, enquanto somente a dose de 0,03 mg/kg diminui a tigmotaxia e a avaliao de risco no PCE. No DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a menor dose facilita a habituao e aumenta o tempo em uma base (homebase). O tratamento com SB 224289 no produziu efeitos sobre a escototaxia, mas aumentou a avaliao de risco na dose de 2,5 mg/kg; no DVN, essa droga diminuiu a geotaxia e o nado errtico nas doses de 2,5 e 5 mg/kg, enquanto a dose de 2,5 mg/kg aumentou a formao de bases. O tratamento com DL-para-clorofenilalanina (2 injees de 300 mg/kg, separadas por 24 horas) diminuiu a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliao de risco no PCE, aumentou a geotaxia e a formao de bases e diminuiu a habituao no DVN. Quando os animais so pr-expostos a uma substncia de alarme co-especfica, observa-se um aumento nos nveis extracelulares de serotonina associados a um aumento na escototaxia, congelamento e nado errtico no PCE; os efeitos comportamentais e neuroqumicos foram bloqueados pelo pr tratamento com fluoxetina (2,5 mg/kg), mas no pelo pr-tratamento com WAY 100,635 (0,003 mg/kg). Animais da linhagem leopard apresentam maior escototaxia e avaliao de risco no PCE, assim como nveis teciduais elevados de serotonina no encfalo; o fentipo comportamental resgatado pelo tratamento com fluoxetina (5 mg/kg). Esses dados sugerem que o sistema serotonrgico dessa espcie modula o comportamento no DVN e no PCE de forma oposta; que a resposta de medo produzida pela substncia de alarme tambm parece aumentar a atividade do sistema serotonrgico, um efeito possivelmente mediado pelos transportadores de serotonina, e ao menos um fentipo mutante de alta ansiedade tambm est associado a esses transportadores. Sugere-se que, de um ponto de vista funcional, a serotonina aumenta a ansiedade e diminui o medo em paulistinhas.