23 resultados para Mulheres Saúde e Higiene

em Universidade Federal do Pará


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O corpo humano marcado profundamente, no s por aspectos biolgicos, mas tambm, e principalmente, por aspectos culturais. O corpo feminino tem sido influenciado pelos fatores citados e representa o foco desta dissertao, que tem como proposta apresentar descrio etnogrfica e anlise antropolgica de situaes que envolvem a perda de rgos ou as cirurgias afetando o corpo feminino quando estejam relacionadas a situaes tipificadas como "femininas". A pesquisa tem como locus a cidade de Belm do Par e a interlocuo com trs grupos de mulheres: equipe de enfermagem que trabalha na enfermaria Santa Maria, na Santa Casa de Misericrdia do Par e dois grupos de mulheres "operadas", o primeiro constitudo por mulheres que foram operadas na Santa Casa e atendidas na Santa Maria e o segundo de mulheres operadas em outros hospitais, que no atendem ao SUS.

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INTRODUO: A infeco pelo Papiloma Vrus Humano (HPV) uma das ISTs mais comuns no mundo e possui alto potencial carcinognico para a crvice uterina. OBJETIVOS: Identificar possveis dfices de competncia para o autocuidado relativo ao comportamento de saúde sexual de mulheres atendidas nas Unidades Saúde da Famlia Paraso do Murinin com resultados alterados para HPV e desenvolver estratgias de educao para a saúde que contribuam para comportamentos sexuais saudveis na preveno e controle do HPV e suas consequncias. METODOLOGIA: Pesquisa desenvolvida no municpio de Benevides, Estado do Par. Estudo configurado como pesquisa convergente-assistencial (PCA), que teve como referencial terico o Autocuidado de Orem. A estratgia educacional foi aplicada em 11 mulheres na faixa etria entre 25 e 64 anos, que realizaram o exame de PCCU entre os anos 2011 e 2012 e que tiveram resultado com alteraes relacionadas contaminao pelo HPV. No desenvolvimento da estratgia educacional foi utilizada a tcnica do grupo focal, o qual perdurou por dois meses (19/03/13-14/05/2013), com sete encontros grupais. A anlise das informaes colhidas durante as atividades grupais foi baseada na PCA e no referencial de autocuidado de Orem, com foco nos objetivos definidos, buscando avaliar como a mudana na percepo dos comportamentos de saúde na preveno e controle do HPV se processava ante a estratgia educacional desenvolvida, norteada pelos preceitos do sistema de enfermagem de apoio-educao de OREM. RESULTADOS: Durante a pesquisa foi identificado dfice de competncia para o autocuidado na preveno, tratamento/controle do HPV e nos cuidados apropriados; dfice de conhecimentos acerca do HPV, suas consequncias e seu enfrentamento; dfice de competncia para o autocuidado em prticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas; dfice de competncia quanto ao cuidado relacionado reduo de riscos socioeconmicos; dfice de autocuidado em desvio de saúde relacionado ao tratamento e controle do HPV. Posteriormente foram desenvolvidas aes educativas contribuintes para comportamentos sexuais seguros em face do HPV e a outras ISTs. Ao longo do processo educativo as mulheres passaram a demonstrar competncia cognitiva quanto infeco por HPV e competncia para o autocuidado em prticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas. CONCLUSO E IMPLICAES: conclumos que as estratgias educacionais utilizadas contribuem na aprendizagem das mulheres infectadas pelo HPV, na medida em que demonstraram sinais deaquisio de competncias e habilidades para autocuidado e higiene com vista a prticas sexuais mais saudveis, de modo compartilhado com seus parceiros. As implicaes para a prtica assistencial esto relacionadas necessidade da enfermagem no desenvolvimento de mecanismos para melhor acolher o par sexual como usurios, de acordo com a poltica de preveno de ISTs e de promoo de saúde da mulher. Para o ensino, salienta-se a importncia de capacitao em servio para atender a unidade mulher/homem como par conjugal/sexual, como tambm na formao de profissionais com uma viso abrangente de unidade implicada: o casal, a famlia. Para a pesquisa, imprescindvel a investigao de comportamentos humanos que mantm elevada a incidncia de papilomavirus humano, no intuito de encontrar estratgias que debelem a incidncia e intensifique o controle, o tratamento e a preveno de agravos pelo HPV.

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Esta pesquisa tem como objetivos descrever as representaes sociais de mulheres amaznidas sobre o exame Papanicolau e analisar as implicaes desta para o cuidado de si mesmas. Trata-se de um estudo qualitativo-exploratrio com o uso da Teoria das representaes sociais. A coleta de dados foi realizada no perodo de janeiro a dezembro de 2007, com o emprego de duas tcnicas: a entrevista semi-estruturada com perguntas abertas e a observao livre. Para a interpretao desses dados foi utilizada a tcnica de anlise de contedo temtico. A pesquisa teve como resultado trs unidades temticas, assim denominadas: O exame Papanicolau - um cuidado com a saúde da mulher; Tabus e crenas sobre o exame Papanicolau; e Uma prtica de cuidado de si mesma: o exame Papanicolau. No estudo observamos que as mulheres temem muito ter cncer crvico-uterino e, por esse motivo, representam o exame Papanicolau como uma prtica de cuidado de si mesma.

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Aborda as temticas da violncia e das polticas pblicas concebidas para a proteo mulher. A pesquisa se prende em duas gestes no Municpio de Belm, concentra seu foco de anlise nas polticas de Saúde, Assistncia Social e Justia. O objetivo avaliar o desempenho dos gestores, um do Partido da Frente Liberal (tipificado do ponto de vista ideolgico como Partido de Direita) e outro do Partido dos Trabalhadores (caracterizado como Partido de Esquerda) no tocante proteo social mulher. A abordagem da temtica baseia-se em pesquisa bibliogrfica e documental, neste ltimo adotando como fonte principal os relatrios anuais de atividades e as mensagens dos respectivos gestores Cmara Municipal de Belm. A anlise comparativa sobre o desempenho dos prefeitos na conduo das polticas pblicas destacadas, aponta para uma discreta vantagem da gesto do PT notadamente nas polticas de Saúde e de Assistncia Social. Cabe, porm, ressalvar que o avano nestas polticas coincide e est condicionado a implantao dos SUS e do sistema descentralizado e participativo da assistncia social, que ocorre de forma federada sob a coordenao das instncias do governo federal.

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O trabalho apresenta a pesquisa realizada no perodo de 2009-2010, que teve o propsito de estudar o Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB), buscando verificar a atuao deste como executor de prticas educativas para alm das formalidades institucionais. O objetivo geral de pesquisa foi investigar como vem se processando as prticas educativas voltadas s linhas de ao (saúde da mulher, combate violncia, trabalho e renda) desenvolvidas pelo grupo, os objetivos especficos foram: identificar quais os fatores que levaram as mulheres que integram o grupo a escolherem as trs linhas de ao para serem desenvolvidas; verificar se houve reflexos positivos ou negativos no bairro do Bengu aps a criao do mesmo; conhecer os motivos que levaram mulheres do bairro a integrarem o grupo; analisar o processo educativo que envolve as prticas do grupo. Nosso problema de pesquisa se baseou na seguinte questo: De que forma se constituem as prticas educativas de aes de saúde da mulher, combate violncia, trabalho e renda desenvolvidas no GMB? A metodologia utilizada foi predominantemente de abordagem qualitativa. Realizamos uma pesquisa de campo e documental. Utilizamos observaes no-participantes e aplicao de entrevistas semi-estruturadas com um roteiro pr-estabelecido. Utilizamos a estratgia chamada estudo. O recorte temporal da pesquisa foi o perodo de 2008-2010, que compreende o mandato da atual coordenadora do grupo, com trmino previsto para setembro de 2011. As anlises revelaram que as prticas educativas voltadas s trs linhas de ao esto sendo desenvolvidas por meio de palestras, campanhas, atos pblicos, seminrios, encontros, distribuio de cartilhas, cursos e oficinas de capacitao, orientao as mulheres vtimas de violncia, etc. As opinies das entrevistadas foram unnimes no que diz respeito ao carter educativo das aes desenvolvidas pelo grupo. Elas afirmam que as atividades visam formao de sujeitos, a capacitao para o mercado de trabalho, possibilita s pessoas o conhecimento dos seus direitos e deveres na sociedade, as oficinas e cursos ajudam a gerar trabalho e renda, etc. A falta de recursos financeiros uma questo tambm apontada por todas as entrevistadas, pois relatam que precisam de apoio financeiro para realizar as aes, o grupo arrecada recursos por meio da elaborao de projetos que so enviados a vrias instituies, e que, quando algum projeto aprovado, o dinheiro aplicado na oferta de cursos, oficinas, campanhas, entre outros. Deve-se destacar que, alm da ao positiva na luta contra o preconceito imposto s mulheres, o GMB atua de forma compensatria no desenvolvimento de polticas que o Estado no d conta de realizar. Assim, o processo educativo se materializa no cotidiano dos cursos e oficinas; mas, sobretudo no desenvolvimento cotidiano das prticas culturais, sociais e polticas.

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O HPV (Papilomavrus humano) foi apontado pela OMS (Organizao Mundial de Saúde - WHO) como principal fator de risco para o desenvolvimento do cncer de colo uterino, tornando-se assim um importante e gravssimo problema de saúde pblica, especialmente nos pases subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A precocidade das atividades sexuais, mltiplos parceiros e sexo casual, o tabagismo, a imunossupresso (por exemplo, na populao de pacientes aidticos), gravidez, doenas sexualmente transmissveis prvias como herpes e clamdia, alm do no cumprimento das medidas j adotadas como preveno de Doenas Sexualmente Transmissveis (DST), como por exemplo, o simples uso de preservativos, est reconhecidamente associado incidncia da infeco por HPV. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho diagnstico das metodologias de citologia convencional (Exame de Papanicolau) em relao citologia em base lquida, alm de determinar a prevalncia dos gentipos 16 e 18 do HPV em mulheres sem efeito citoptico compatvel com HPV e relacionar a presena de quadros inflamatrios, associados ou no ao HPV, com dados epidemiolgicos como idade, escolaridade, condio sociocultural de mulheres provenientes do municpio de Barcarena Par Brasil. Para tanto, participaram deste estudo, voluntariamente, 50 mulheres atendidas na Unidade de Saúde de Barcarena Par, atravs de campanha para coleta de Exame de Papanicolau como mtodo de preveno de cncer do colo do tero. Estas mulheres receberam informaes referentes a todos os procedimentos realizados pelo corpo de saúde deste estudo e aos resultados desta pesquisa e somente aps as voluntrias terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mesmas foram includas para as coletas de amostras. As anlises e os resultados dos testes de citologia de base lquida e convencional foram realizados segundo a Classificao de Bethesda e revisados cegamente por dois citopatologistas. Para a anlise estatstca foi utilizado o teste exato de Fisher e o "Screening Test" visando determinar a especificidade/ sensibilidade dos mtodos, considerando significativo o valor de p 0,05. Como resultado, observamos que o uso da citologia de base lquida tem demonstrado uma srie de vantagens em relao citologia convencional. No diagnstico molecular (PCR) foram observadas ocorrncias de HPV dos tipos 16 e 18 em 10% das mulheres atendidas. Dentre os casos que apresentaram PCR positivo para os tipos 16 ou 16/18 a maioria das mulheres tinham 27,4 anos de idade em mdia; com maior escolaridade; que exercem atividades domsticas e rurais; e com ocorrncias de co-infeco por agentes infecciosos causadores de outras doenas sexualmente transmissveis. Os resultados obtidos neste estudo reforam a importncia da manuteno de campanhas gratuitas de preveno do cncer de colo do tero como uma medida preventiva no combate desta doena, principalmente no Estado do Par onde, provavelmente, o perfil epidemiolgico da doena est associado s grandes distncias que as mulheres de comunidades ribeirinhas tm que percorrer para realizar este exame de forma gratuita; ao tipo de atividade econmica da regio; ao preconceito local ainda existente com o exame; e ao grau de dificuldade de implementao de aes efetivas de retorno das pacientes s consultas mdicas aps a obteno do resultado do exame e mesmo o encaminhamento para diagnstico molecular dos casos positivos para leses do tipo ASC-H e NIC I, II e III.

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Esta pesquisa teve como objetivos identificar as representaes sociais de mulheres sobre o cncer do colo do tero, e descrever a relao dessas representaes sociais para o cuidado preventivo. A abordagem utilizada foi do tipo qualitativo-exploratrio, adotando a teoria das representaes sociais como suporte terico-conceitual. Duas tcnicas de coleta foram utilizadas para obteno dos dados: a livre associao de palavras e a entrevista semidirigida com perguntas abertas. Para a interpretao dos dados foi utilizada a tcnica de anlise temtica. A pesquisa teve como resultado duas unidades temticas: cncer crvico-uterino - uma ferida tratvel e o preventivo - o fazer por temer. Observou-se que as mulheres temem muito o cncer crvico-uterino e, por esse motivo, admitem a importncia da realizao do exame preventivo, considerando-o como um ato de cuidado com a prpria saúde.

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O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clnico-epidemiolgico de saúde bucal em pacientes portadores de hansenase em PQT atravs da avaliao clnica da mucosa bucal, dos indicadores epidemiolgicos IPV (ndice de Placa Visvel), ISG (ndice de Sangramento Gengival), ICPOD (ndice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados) e mensurao do fluxo salivar pelo ISS (ndice de Secreo Salivar), alm da capacidade tampo pelo pH salivar. A amostra foi de 80 pacientes na faixa etria de 8 a 73 anos submetidos ao exame clnico bucal e coleta estimulada de saliva, divididos em Grupo de Estudo (GE), constitudo de 40 pacientes portadores de hansenase em PQT, atendidos no CRTDS Dr. Marcello Candia Marituba-Pa; e Grupo Controle (GC), de pacientes no portadores de hansenase. Os resultados apontaram, 62,5% de alteraes inespecficas da mucosa bucal, dentre as mais frequentes pigmentao racial na gengiva, linha alba mordiscada na mucosa jugal, inflamao gengival, varicosidade no ventre lingual e trauma por uso de prtese no GE, no havendo diferena estatstica significante (p=0,14) com o GC. A mdia do IPV no GE foi de 50,4% das superfcies dentrias com acmulo de placa bacteriana, no havendo tambm diferena estatisticamente significante (p=0,40) com o GC. O IPV foi maior nos indivduos sem acesso ao servio odontolgico e medida que aumentou o grau de incapacidade dos pacientes menor foi o acesso ao servio. A mdia do ISG foi de 29,7% das superfcies dentrias com sangramento gengival, no havendo diferena estatstica significante (p=0,35) com o GC. O ICPOD mdio foi de 11,6 variando de 4,0 a 24, o que aumentou com o avano da idade. O maior acmulo de placa, o sangramento gengival e o consumo de alimentos carignicos fora do horrio da refeio tambm contribuiram para o aumento do ICPOD. Outro fator relacionado ao aumento de ICPOD foi o no acesso ao servio odontolgico por 70% dos pacientes hansenianos, havendo diferena estatisticamente significante (p=0,0005) com o GC e a falta de orientao de higiene bucal em 60%, havendo diferena estatisticamente significante (p=0,01) com o GC. O ISS mdio foi de 0,9ml/min e no apresentou associao com as doses do PQT e nem com o uso de prednisona. Dos pacientes do GE, 25% apresentaram hipossalivao, mas no houve aumento de ICPOD e nenhum dos grupos revelou alterao de pH salivar, variando de 5,85 a 7,34, com capacidade tampo dentro do padro de normalidade. Concui-se que perfil clnico-epidemiolgico dos pacientes portadores de hansenase assemelha-se a do grupo controle, no tendo sido diagnosticado nenhuma alterao da mucosa bucal especfica para hansenase, o que no anula, entretanto a pssibilidade da cavidade bucal ser fonte de infeco para hansenase necessitando de confirmao histopatolgica e/ou PCR para deteco de M. leprae vivel. Alm disso, os dados mostraram que a maioria dos pacientes hansenianos avaliados no tem acesso ao servio odontolgico, nem orientao de higiene bucal, resultante da falta de polticas pblicas de saúde bucal para hansenianos.

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A violncia um problema de saúde pblica e sua notificao fundamental para a vigilncia epidemiolgica e para a definio de polticas pblicas de preveno e promoo de saúde. O estudo objetivou caracterizar a ocorrncia de violncia domstica, sexual e de outras, a partir das informaes do banco de dados do Sistema Informao de Agravos de Notificao (SINAN), das fichas de notificao de violncia da cidade de Belm (PA), no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2011. Foram sistematizadas 3.267 notificaes, representando um aumento de 240% de 2009 a 2011. Em relao ao sexo das vtimas, observou-se que, em mdia, 83,2% dos casos atingiram as mulheres, proporo esta semelhante nos trs anos analisados. A violncia sexual foi a mais presente com 41,8%; seguida da violncia psicolgica com 26,3% e da violncia fsica com 24,0%. Os resultados demonstram a importncia do conhecimento do perfil das violncias para interveno e elaborao de polticas pblicas intersetoriais que promovam a saúde e a qualidade de vida nesta regio do Brasil.

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Ao mercrio tem sido atribuda a capacidade de interferir nos sistemas orgnicos imunolgico e hormonal, alm dos sistemas nervoso e renal frequentemente atingidos por esse agente txico. Mulheres em idade frtil ou grvidas constituem um grupo vulnervel a esses efeitos, em relao a si mesmas e seus conceptos. Foi avaliada a exposio ao mercrio (Hg) e os nveis de prolactina (PRL) e interleucina-10 (IL-10) em 144 mulheres (no ps-parto e cerca de um ano depois) de Itaituba, rea sob impacto ambiental do mercrio e em mulheres de municpios da rea metropolitana de Belm, sobretudo Ananindeua, rea sem impacto conhecido do mercrio (156 purperas e 156 no purperas). As anlises de mercrio total (Hg-t) em sangue foram feitas por Espectrometria de Absoro Atmica por Vapor Frio. As anlises sricas de PRL foram feitas por Ensaio Imunoenzimtico com deteco final em fluorescncia e as determinaes de IL-10 foram realizadas por Ensaio Imunoenzimtico de Fase Slida. Dados demogrficos e epidemiolgicos foram obtidos atravs de questionrio semi-estruturado. As purperas de Itaituba apresentaram mdia de Hg-t, PRL e IL-10 de 13,93 g/l, 276,20 ng/ml e 39,54 pg/ml, respectivamente. Nas purperas de Ananindeua as respectivas mdias foram 3,67 g/l, 337,70 ng/ml e 4,90 pg/ml. As mulheres no purperas de Itaituba apresentaram mdia de Hg-t de 12,68 g/l, mdia de PRL de 30,75 ng/ml e mdia de IL-10 de 14,20 pg/ml. As mdias de Hg-t, PRL e IL-10 das mulheres de Ananindeua foram 2,73 g/l, 17,07 ng/ml e 1,49 pg/ml, respectivamente. Os nveis de Hg-t, PRL e IL-10 foram maiores em Itaituba (p<0,0001), exceto em relao PRL das purperas, maior em Ananindeua. Os nveis semelhantes de Hg-t nas duas avaliaes das mulheres de Itaituba (p=0,7056) e a correlao moderada sugerem continuidade da exposio (r=0,4736, p<0,0001). A principal varivel preditora dos nveis de mercrio foi o consumo de peixe nos modelos de regresso mltipla linear e logstica. A paridade e os nveis de IL-10 apresentaram associao positiva com a PRL nas purperas de Itaituba e o peso do recm-nascido e a IL-10, associao positiva com a PRL em purperas de Ananindeua. A IL-10 apresentou associao negativa com a PRL nas mulheres no purperas de Itaituba (p=0,0270) e positiva nas mulheres de Ananindeua (p=0,0266). Os nveis de Hg-t estavam associados negativamente com a PRL nas purperas (p=0,0460) e positivamente com o trabalho em garimpo (p=0,0173) (este tambm importante para as no purperas) em Itaituba, segundo os modelos logsticos. A IL-10 esteve associada positivamente morbidade recente nas purperas de Itaituba (p=0,0210), negativamente ao consumo de bebida alcolica (p=0,0178) e positivamente ao trabalho em garimpo nas mulheres no purperas (p=0,0199). A exposio crnica ao Hg das mulheres de Itaituba, a diferena nos nveis dos fatores imunoendcrinos avaliados em relao s mulheres no expostas e a associao com variveis epidemiolgicas relevantes, sugerem a possibilidade de impactos da exposio no perfil imunoendcrino das mulheres de Itaituba, chamando ateno para a importncia da vigilncia da saúde dessa populao e o possvel uso de bioindicadores como a PRL em sua avaliao.

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A transmisso vertical a principal fonte de infeco pelo HIV em crianas, e pode ocorrer antes, durante e depois do nascimento, dessa forma sendo um grande problema de saúde pblica mundial. O presente trabalho teve como objetivo descrever a epidemiologia molecular e o perfil de susceptibilidade/resistncia das cepas de HIV-1 identificadas em mulheres nos estados do Acre e do Tocantins. Coletou-se amostra de sangue de 36 mulheres, sendo 9 grvidas e 16 mes de Palmas (Tocantins) e 1 grvida e 10 mes do Rio Branco (Acre) entre abril de 2007 a outubro de 2008. Realizou-se a tcnica molecular Reao em Cadeia mediada pela Polimerase (PCR) Nested, para a amplificao de duas regies genmicas (pro e tr) do DNA proviral, seguido de sequenciamento nucleotdico e anlise filogentica. No Acre, tanto em relao ao segmento da protease quanto da transcriptase reversa, todas as amostras foram do subtipo B. Em Tocantins, quanto ao segmento da protease, todas as amostras pertenceram ao subtipo B, j em relao ao segmento da transcriptase reversa 87,5% foram do subtipo B e 12,5% pertencente ao subtipo F. No estado do Acre, todas as cepas analisadas foram suscetveis aos inibidores de protease (IP) e apenas uma grvida de Tocantins (4,7%) apresentou cepa com resistncia aos IP utilizados atualmente. Alm disso, verificou-se uma baixa prevalncia de cepas com mutaes de resistncia aos inibidores de transcriptase reversa nucleosdicos (ITRN) e no nucleosdicos (ITRNN), sendo que a resistncia as trs classes desses ARV foi observada em apenas uma amostra proveniente do estado do Tocantins. Dessa forma, a maioria das cepas de HIV isoladas mostrou susceptibilidade aos ARV utilizados, indicando que h baixa circulao de cepas do HIV resistentes a estes medicamentos nesses estados.

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As mulheres profissionais do sexo (MPS) constituem uma populao vulnervel aquisio de doenas sexualmente transmissveis (DST) em virtude do tipo de atividade que desempenham. O presente trabalho teve como objetivo descrever a soroprevalncia da infeco e a caracterizao molecular do HIV e do HTLV de MPS do Estado do Par, Brasil. Coletou-se amostra de sangue de 339 MPS, sendo 105 provenientes da cidade de Barcarena, 31 da cidade de Augusto Correa, 98 da cidade de Bragana e 105 da cidade de Belm, no perodo de abril de 2005 a agosto de 2006. Todas as amostras de plasma foram testadas para a presena de anticorpos anti-HTLV-1/2 e anti-HIV-1/2, por meio do uso de um ensaio imunoenzimtico. As amostras reativas para o HTLV foram submetidas confirmao por mtodos moleculares, enquanto que as reativas para o HIV foram confirmadas por imunofluorescncia indireta. A prevalncia do HIV-1 e do HTLV-1 na populao estudada foi de 2,3% e 1,76%, respectivamente. A amplificao do gene pro do HIV-1 revelou os subtipos B e F, enquanto que as amostras de HTLV foram classificadas como HTLV-1 do subtipo Cosmopolita do subgrupo Transcontinental. Houve uma associao significativa da infeco pelo HIV-1 com a faixa etria, com o nmero de parceiros por semana e com o uso inconstante de preservativos. Entretanto, a infeco pelo HTLV-1 s mostrou associao significativa em relao ao uso inconstante de preservativo. A relao sexual foi a mais provvel via de aquisio da infeco pelos dois agentes virais, uma vez que o relato de uso de drogas endovenosas foi raro. Sendo assim, as MPS necessitam de maior ateno dos rgos pblicos de saúde quanto preveno e monitoramento de agentes transmissveis por via sexual, uma vez que estas podem ser importantes na aquisio e disseminao destes agentes.

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Segundo a Organizao Mundial de Saúde (OMS), existem no mundo, aproximadamente, 350 milhes de pessoas infectadas cronicamente pelo VHB e outras 170 milhes com infeco crnica pelo VHC. Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar a incidncia da infeco pelos VHB e VHC e analisar possveis fatores de risco entre 365 mulheres profissionais do sexo no Estado do Par, sendo 32 participantes em Augusto Corra, 99 em Barcarena, 175 em Belm e 59 em Bragana. Destas participantes foram colhidas amostras de sangue , sendo os plasmas analisados por meio de um ensaio imunoenzimtico e caractersticas epidemiolgicas foram coletadas por meio de um questionrio epidemiolgico. Os resultados revelaram uma prevalncia da infeco pelo VHB de 63,6%, sendo que para o HBsAg foi de 1,1% e para o anti-HBc de 61,9%. A soroprevalncia do anti-VHC foi de 7,7% e, no que se refere sororreatividade ao VHB e VHC simultaneamente foi de 4,4%. Entre as participantes, a imunizao ao VHB foi observada em apenas 4,7% e 29,0% demonstraram suscetibilidade infeco pelo VHB e VHC. Houve uma correlao significativa entre a soropositividade para os marcadores virais do VHB com a baixa renda familiar, o desconhecimento de doena heptica sob forma de hepatite e o uso ocasional do preservativo nas relaes sexuais. Entretanto, no houve essa correlao entre as variveis epidemiolgicas com a sororreatividade para o marcador do VHC. Assim, as prevalncias de infeco pelo VHB e o VHC na populao de mulheres profissionais do sexo do Estado do Par revelam padro de intensa circulao desses vrus nessa populao.

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Esta dissertao, fruto de uma experincia pessoal e profissional com a arte e do interesse por estudos e aes na rea da oncologia, consistiu numa pesquisa-interveno baseada em fundamentos da fenomenologia e da arteterapia gestltica, que teve a finalidade de identificar contribuies da arteterapia no cuidado de mulheres em tratamento do cncer de mama, a partir dos significados atribudos pelas participantes experincia com o fazer criativo. A importncia desse estudo esteve relacionada necessidade de ampliao de estratgias teraputicas voltadas para a promoo da saúde de indivduos em tratamento do cncer. Por isso foi levada em considerao a existncia de fatores psicossociais geradores de conflitos e sofrimentos para as mulheres durante o perodo de diagnstico e tratamento da doena, bem como a condio feminina de submisso e enfrentamento do cncer de mama durante a histria. Alm disso, o trabalho fez referncia s funes teraputicas da arte e a importncia da arteterapia em oncologia. A pesquisa foi realizada no Ncleo de Acolhimento do Enfermo Egresso - NAEE, onde se aplicou a metodologia denominada de Oficina Criativa, constituda pelas etapas de sensibilizao, expresso livre, elaborao da expresso, transposio da linguagem e avaliao. Para a coleta de dados foram utilizados os discursos e as criaes das mulheres. Participaram 7 mulheres que estavam em tratamento para o cncer de mama, de 8 sesses de arteterapia, nas quais realizaram vivncias corporais e atividades expressivas. A anlise do tipo qualitativa constituiu-se com base nas expresses manifestas pelas informantes atravs da linguagem verbal e plstica durante a criao. O ambiente permeado pela escuta e acolhimento, favorecidos durante as oficinas, interps o processo teraputico desta pesquisainterveno, contribuindo para a resposta das mulheres em relao experincia nas oficinas. Foi possvel identificar uma riqueza de contribuies da arteterapia para o cuidado de mulheres com cncer de mama, no que se referiu a possibilidade de interao com o outro, ao desenvolvimento da capacidade de expresso, significao e ressignificao do vivido atravs do contato com o prprio potencial criativo e da aquisio de uma postura mais ativa das participantes para enfrentar as dificuldades da vida.

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A feminizao do HIV/aids uma realidade no Brasil, de acordo com os dados epidemiolgicos do Ministrio da Saúde. Este trabalho fundamenta-se no referencial da psicanlise e apresenta o estudo de caso de Larissa, paciente do ambulatrio do Servio de Assistncia Especializada em HIV/aids do Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto. Partiu-se da hiptese que as mulheres que vivem com o vrus HIV/aids, podem apresentar consequncias subjetivas, diante de um diagnstico traumtico associado a tabus como morte e sexualidade. Para Larissa ter aids significava rejeio, discriminao e abandono pelo companheiro e pais. Nos atendimentos trouxe sua preocupao em como contar ao companheiro sobre o vrus, temendo sua reao agressiva, alm de relatos sobre sua infncia e adolescncia de conflitos com os pais, das agresses por parte do pai, e queixas em torno de sua me, principalmente voltadas a nada ter-lhe dito sobre sexualidade. Em seus relacionamentos amorosos com homens com problemas com a lei, pode-se pensar, segundo anuncia a teoria psicanaltica, em seu desamparo, conduzindo-a ao masoquismo. O ideal de amor de Larissa junto a esses parceiros aponta para aspectos de um amor romntico, em que esperava encontrar no parceiro proteo e confiana. Ressalto que esta pesquisa aponta ainda, um mal estar em falar da sexualidade, corpo e desejo feminino entre mes e filhas, ou seja, ausncia de educao sexual que, no caso de Larissa, deixou-a merc dos parceiros, sem recursos para se proteger de doenas como a aids e, da gravidez na adolescncia. O relato de Larissa est em consonncia com os de outras pacientes mulheres vivendo com HIV, investigadas nesta pesquisa, e pode servir de alerta sobre a problemtica apresentada nos dados do Boletim Epidemiolgico do Brasil 2012, onde crescente a incidncia de casos de infeco pelo HIV em jovens de 13 a 19 anos, sendo as mulheres em maior nmero. A escuta clinica, para Larissa, ao poder falar de sua sexualidade, permitiu encontrar os significados dos aspectos traumticos vivenciados em sua infncia e adolescncia, encontrar-se com seus conflitos internos e seu sentimento de desamparo, pensar sua relao com a me e suas filhas e, finalmente, afirmar que estava aprendendo a ser mulher, o que significava, para ela, estar mais preparada para a vida.