3 resultados para Morphophysiological Dormancy
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Algumas espécies nativas produzem sementes com baixa porcentagem de germinação e, na maioria dos casos, dormência que pode dificultar o aparecimento de novos indivíduos, por meio da propagação sexuada. A Maclura tinctoria tem sido considerada como ameaçada de extinção devido ao uso indiscriminado de sua madeira e à baixa taxa de germinação de suas sementes. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi estabelecer uma metodologia de propagação in vitro para a espécie. Combinações de ANA + BAP, diferentes concentrações de GA3 e combinações de AIB + carvão ativado foram avaliadas na indução de brotações, alongamento caulinar e indução de enraizamento, respectivamente. Os resultados indicaram que a máxima formação de brotações foi obtida quando 5,37 mM NAA + 4,45 mM BAP foram utilizados. O crescimento das brotações foi observado com 5,48 mM GA3. Para a formação de raízes, foi indicado o uso do meio WPM, com pH ajustado para 7,0, suplementado com 23,62 mM AIB e 4,7 g L-1 de carvão ativado. O uso de sombrite 70% por sete dias, seguido da utilização de sombrite 50 e 30%, também por sete dias cada, promoveu 97% de sobrevivência de plantas.
Resumo:
Na Amazônia habitam diversas espécies de animais silvestres, tornando-a um importante local de investigação sobre fisiologia comparada. Dentre estas espécies, destacamos o caititu Tayassu tajacu, animal distribuído na América Central e Latina. Existem várias publicações acerca da morfologia de órgãos sexuais, carne e sangue do caititu. Porém, no que diz respeito ao estudo sobre a morfofisiologia visual do caititu, as publicações ainda são escassas. Diante dessa realidade, o presente estudo investigou a morfologia e topografia das células ganglionares da retina do Tayassu tajacu. Foram utilizadas seis retinas, provenientes de oito animais de ambos os sexos da espécie Tayassu tacaju. Os caititus, criados e mantidos em cativeiro na Empresa Brasileira de Pesquisa Brasileira - Embrapa/Pará, foram abatidos de acordo com as normas de manejo animal para posterior retirada e fixação dos olhos. As retinas foram dissecadas e coradas utilizando a técnica de Nissl para visualização de células ganglionares, amácrinas deslocadas, hemácias, micróglia e células componentes da vascularização. A contagem de células ganglionares foi realizada ao longo do eixo horizontal e vertical, sendo o número de células ganglionares por campo convertido em valores de densidade. Diferentes regiões da retina foram analisadas quanto à densidade celular, obtendo-se como valor médio de densidade 351,822 ± 31,434 CG/mm². Verificaram-se diferenças de densidade entre as regiões estudadas: a região dorsal teve densidade média e desvio padrão de 894 ± 44 CG/mm²; a região ventral 894 ± 1 CG/mm²; a região nasal 1.403 ± 43; e a região temporal com 1596 ± 251. O pico de densidade a média, localizado a aproximadamente 3,13 mm de distância no sentido dorsal e 6,77 mm no sentido temporal do nervo óptico, foi de 6.767 CG/mm². Verificaram-se duas regiões especializadas, a faixa visual e a area temporalis. A faixa visual, localizada no sentido horizontal da região nasal para temporal, apresentou alta densidade celular, possivelmente proporcionando melhor visão panorâmica do ambiente e detecção de objetos em movimento no horizonte. Já a area temporalis, localizada dentro da faixa visual, proporciona maior acuidade visual e resolução espacial, do meio em que vivem Os resultados deste trabalho permitem iniciar comparações morfofisiológicas da retina dos caititus com a de outras espécies animais.
Resumo:
O pequizeiro é uma frutífera nativa dos cerrados brasileiros com grande potencial econômico. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito de substâncias potencialmente estimuladoras da germinação. As sementes foram extraídas dos caroços e colocadas para germinar em rolos de papel embebidos com as seguintes soluções: água destilada (Controle); 2mmol L-1 KNO3 (Nitrato); 2mmol L-1 Etephon (ET); 1mmol L-1 GA3 (GA); 1mmol L-1 GA3 + 2mmol L-1 Etephon (GA + ET). Os resultados de percentagem de germinação e o tempo médio para germinação foram, respectivamente, de 54,0% e 9,3 dias no tratamento GA; 47,3% e 11,0 dias no tratamento GA + ET; 32,0% e 12,2 dias no tratamento Controle; 30,7% e 13,1 dias no tratamento Etephon e 20,1% e 13,1 dias no tratamento Nitrato. No tratamento GA + ET houve queda da taxa de germinação até os nove dias da semeadura, com relação ao tratamento GA, o que indica uma possível inibição da germinação de sementes de pequizeiros pela presença de etileno.