Papel da serotonina no comportamento defensivo do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) adulto: Diferen��as entre modelos comportamentais, linhagens, e efeitos do estresse predat��rio agudo

Os transtornos de ansiedade apresentam a maior incid��ncia na popula����o mundial dentre os transtornos psiqui��tricos, e a efic��cia cl��nica das drogas ansiol��ticas �� baixa, em parte devido ao desconhecimento acerca das bases neuroqu��micas desses transtornos. Para uma compreens��o mais ampla e evolutivamente substanciada desses fen��menos, a utiliza����o de esp��cies filogeneticamente mais antigas pode ser uma aproxima����o interessante no campo da modelagem comportamental; assim, sugerimos o uso do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) na tentativa de compreender a modula����o de comportamentos tipo-ansiedade pelo sistema seroton��rgico. Demonstramos que os n��veis extracelulares de serotonina no enc��falo de paulistinhas adultos expostos ao teste de prefer��ncia claro/escuro [PCE] (mas n��o ao teste de distribui����o vertical eliciada pela novidade [DVN]) apresentam-se elevados em rela����o a animais manipulados mas n��o expostos aos aparatos. Al��m disso, os n��veis teciduais de serotonina no rombenc��falo e no prosenc��falo s��o elevados pela exposi����o ao PCE, enquanto no mesenc��falo s��o elevados pela exposi����o ao DVN. Os n��veis extracelulares de serotonina est��o correlacionados negativamente com a geotaxia no DVN, e positivamente com a escototaxia, tigmotaxia e a avalia����o de risco no PCE. O tratamento agudo com uma dose baixa de fluoxetina (2,5 mg/kg) aumenta a escototaxia, a tigmotaxia e a avalia����o de risco no PCE, diminui a geotaxia e o congelamento e facilita a habitua����o no DVN. O tratamento com buspirona diminui a escototaxia, a tigmotaxia e o congelamento nas doses de 25 e 50 mg/kg no PCE, e diminui a avalia����o de risco na dose de 50 mg/kg; no DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a maior dose diminui o congelamento e facilita a habitua����o. O tratamento com WAY 100635 diminui a escototaxia nas doses de 0,003 e 0,03 mg/kg, enquanto somente a dose de 0,03 mg/kg diminui a tigmotaxia e a avalia����o de risco no PCE. No DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a menor dose facilita a habitua����o e aumenta o tempo em uma ���base��� (���homebase���). O tratamento com SB 224289 n��o produziu efeitos sobre a escototaxia, mas aumentou a avalia����o de risco na dose de 2,5 mg/kg; no DVN, essa droga diminuiu a geotaxia e o nado err��tico nas doses de 2,5 e 5 mg/kg, enquanto a dose de 2,5 mg/kg aumentou a forma����o de ���bases���. O tratamento com DL-para-clorofenilalanina (2 inje����es de 300 mg/kg, separadas por 24 horas) diminuiu a escototaxia, a tigmotaxia e a avalia����o de risco no PCE, aumentou a geotaxia e a forma����o de bases e diminuiu a habitua����o no DVN. Quando os animais s��o pr��-expostos a uma ���subst��ncia de alarme��� co-espec��fica, observa-se um aumento nos n��veis extracelulares de serotonina associados a um aumento na escototaxia, congelamento e nado err��tico no PCE; os efeitos comportamentais e neuroqu��micos foram bloqueados pelo pr�� tratamento com fluoxetina (2,5 mg/kg), mas n��o pelo pr��-tratamento com WAY 100,635 (0,003 mg/kg). Animais da linhagem leopard apresentam maior escototaxia e avalia����o de risco no PCE, assim como n��veis teciduais elevados de serotonina no enc��falo; o fen��tipo comportamental �� resgatado pelo tratamento com fluoxetina (5 mg/kg). Esses dados sugerem que o sistema seroton��rgico dessa esp��cie modula o comportamento no DVN e no PCE de forma oposta; que a resposta de medo produzida pela subst��ncia de alarme tamb��m parece aumentar a atividade do sistema seroton��rgico, um efeito possivelmente mediado pelos transportadores de serotonina, e ao menos um fen��tipo mutante de alta ansiedade tamb��m est�� associado a esses transportadores. Sugere-se que, de um ponto de vista funcional, a serotonina aumenta a ansiedade e diminui o medo em paulistinhas.

Planejamento de redes de comunica����o sem fio para ambiente indoor considerando os efeitos da polariza����o das antenas: abordagem baseada em medi����es

Uma das principais aplica����es de ondas eletromagn��ticas, na atualidade, na ��rea de telecomunica����es trata dos enlaces em sistemas m��veis sem fio. Sejam estes terrestres (indoor/outdoor) ou via sat��lites, o projetista do sistema de telecomunica����es tem que ser capaz de determinar os sistemas irradiantes, as pot��ncias envolvidas, a frequ��ncia de opera����o do sistema, a ��rea de cobertura e os par��metros de qualidade do servi��o. O planejamento das novas redes de comunica����es sem fio representa um grande desafio ao incluir servi��os cada vez mais avan��ados com diferentes requisitos de qualidade, suporte a mobilidade, altas taxas de transmiss��o e capacidades elevadas de tr��fego. Os diversos ambientes nos quais essas redes operam, os fen��menos associados produzem diversos efeitos no comportamento do sinal recebido e, consequentemente, uma varia����o no desempenho do enlace de comunica����o entre os pontos de acesso, a rede e os usu��rios. Por conseguinte, esses efeitos devem ser avaliados corretamente, de tal forma que o dimensionamento da rede atenda aos requisitos de qualidade regulamentados. O presente trabalho objetiva estabelecer uma metodologia para o planejamento de redes de comunica����o sem fio para ambientes indoor, considerando os par��metros de qualidade de servi��os e os efeitos da polariza����o das antenas. Foi proposto um modelo emp��rico para determinar a ��rea de cobertura desse ambiente a partir de uma abordagem baseada em medi����es. Como resultado de campanhas de medi����es, foram identificados os principais par��metros que interferem nas perdas no enlace de propaga����o, destacando-se os materiais envolvidos no ambiente bem como os efeitos da polariza����o das antenas transmissora, entre outros. Tais efeitos, avaliados corretamente, permitir��o ao projetista da rede, de uma forma cr��tica e com base em dados obtidos em campo, definir a melhor configura����o de par��metros e crit��rios de projeto para a implanta����o de uma rede m��vel de acesso sem fio. As medi����es para determina����o dos par��metros de cobertura e de qualidade de servi��os foram realizadas no pr��dio do Laborat��rio de Engenharia El��trica e de Computa����o e no pr��dio de aulas do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Par��. Nas campanhas de medi����o foram utilizadas algumas frequ��ncias, escolhidas devido �� import��ncia dos servi��os disponibilizados: 2,4 GHz - redes locais sem fio (WLAN���s); 3,5 GHz - Wimax licenciado; 5,85 GHz - Wimax livre e 10 GHz (a faixa de 9,8 a 10 GHz n��o est�� ainda regulamentada, de 10 - 10,15 GHz-radioamador (Resolu����o Anatel, N�� 452/2006 - D.O.U. de 20.12.2006) ou servi��os de comunica����es multim��dias (SCM) para sistemas em banda larga). Os principais resultados obtidos com o modelo proposto foram avaliados e comparados com os principais modelos da literatura e mostraram que a metodologia adotada para o planejamento de redes de comunica����o sem fio em ambientes indoor teve um bom desempenho.

Investiga����o dos efeitos protetores do selenito de s��dio sobre a neurotoxicidade do metilmerc��rio em diferentes per��odos de desenvolvimento de ratos wistar

A exposi����o a compostos mercuriais resulta em danos oxidativos, afetando gravemente o sistema nervoso central, como observado em humanos e em modelos experimentais. Este trabalho utilizou ratos Wistar em diferentes per��odos do neuro-desenvolvimento a fim de investigar poss��veis efeitos protetores do sel��nio (selenito de s��dio) em um modelo in vivo de exposi����o ao metilmerc��rio (MeHg). Os sujeitos (grupos de idades P1 e P21) receberam por amamenta����o ou via oral: ve��culo, Sel��nio (5ppm), MeHg (10ppm) ou Sel��nio (5ppm) mais MeHg (10ppm) durante 20 e 10 dias respectivamente (n = 8 por grupo). Ap��s o tratamento, os ratos foram submetidos aos testes de campo aberto e labirinto aqu��tico a fim de analisar d��ficits motores e de mem��ria/aprendizagem, respectivamente. Para fins de an��lise histol��gica, foi realizada perfus��o e imunohistoquimica para Neu-N. Com o objetivo de aferir poss��veis efeitos delet��rios sobre popula����es neuronais, foi feita contagem estereol��gica dos neur��nios do hipocampo (camada polim��rfica do giro denteado). Como resultado, foi observada redu����o significativa na atividade locomotora de neonatos (P1) mediante exposi����o ao MeHg. Al��m disso, nos grupos expostos ao MeHg (isoladamente ou associado ao sel��nio) verificou-se d��ficits de aprendizagem e mem��ria. J�� os animais P21 expostos ao MeHg apresentaram aumento na atividade locomotora, efeito abolido pela administra����o concomitante de sel��nio. Quando submetidos ao labirinto aqu��tico, observou-se redu����o do tempo de lat��ncia apenas no grupo controle e naqueles animais expostos ao sel��nio. Como resultado das contagens estereol��gicas, observou-se diminui����o do n��mero de neur��nios no hipocampo somente nos animais P21 expostos ao merc��rio. Os resultados obtidos sob estas condi����es experimentais mostraram que a exposi����o ao MeHg resultou em efeitos comportamentais diversos dependentes da idade dos sujeitos. A administra����o de sel��nio s�� foi capaz de interferir positivamente nos d��ficits locomotores observados em animais mais velhos. Al��m disso, foi observado que a administra����o de sel��nio n��o interferiu nos dist��rbios comportamentais de mem��ria/aprendizagem, tampouco na morte neuronal induzida por MeHg. Poss��veis mecanismos associados a este padr��o de prote����o parcial por sel��nio, especialmente em est��gios mais avan��ados de desenvolvimento neural ainda necessitam ser elucidados.

Avalia����o dos marcadores de inj��ria mioc��rdica induzida pela exposi����o ao metilmerc��rio em modelos experimentais de primatas do novo mundo (Cebus Apella)

Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos dos mecanismos de inj��ria celular que produzem les��o no cora����o do macaco Cebus apella expostos durante 120 dias consecutivos com doses di��rias de 1,5 mg de metilHg, atrav��s de altera����es detectadas no marcador bioqu��mico de les��o mioc��rdica CK-MB, nos achados histopatol��gicos assim como pela t��cnica de imuno-marca����o de c��lulas apopt��ticas. Para tanto foram relacionados os perfis s��ricos da CK-MB, CK total, AST, ALT, ur��ia, creatinina e bilirrubina total com os achados histopatol��gicos e imunohistoqu��micos no processo de acometimento do m��sculo card��aco durante a exposi����o ao metilHg, comparando com o grupo controle. O m��todo utilizado para dosagem e an��lise das subst��ncias bioqu��micas s��ricas e para a dosagem de merc��rio no sangue foi o cin��tico ultravioleta e espectrometria de absor����o at��mica, respectivamente; para an��lise histopatol��gica utilizou-se a t��cnica de Hematoxilina Eosina e para detec����o dos perfis apopt��ticos o m��todo APOPTAG. Foram obtidas consider��veis informa����es que permitem correlacionar as altera����es bioqu��micas, histopatol��gicas e os perfis apopt��ticos ao mecanismo do acometimento card��aco nos tr��s animais expostos ao metilHg comparando-os com o grupo controle. Verificou-se que de todas as subst��ncias bioqu��micas analisadas, houve apenas acentuado aumento s��rico da enzima CK-MB, enquanto que na histopatologia observou-se les��o celular revers��vel por ac��mulo de ��gua nos tr��s ��rg��os analisados (cora����o, f��gado e rim). Destaca-se tamb��m a observa����o de uma n��tida marca����o c��lulas apopt��ticas no tecido card��aco, hep��tico e renal dos animais expostos, evidenciando-se maior n��mero de c��lulas positivas nas c��lulas dos t��bulos renais, ressaltando que n��o se observou infiltrado inflamat��rio em torno destes elementos descritos em nenhum dos tecidos analisados e aus��ncia das referidas les��es nos tecidos dos tr��s animais controle. Concluiu-se que a enzima CK-MB, a degenera����o hidr��pica e o mecanismo de apoptose podem ser indicadores de les��o mioc��rdica na exposi����o aguda ao metilHg, cuja etiopatogenia pode estar relacionada a descompensa����o mitocondrial pelo comprometimento maci��o na bomba de Na+ / K+ e Ca++. Fazendo-se necess��rio um maior aporte de estudos experimentais que venham esclarecer com precis��o a etiopatogenia, o mecanismo de agress��o e inj��ria celular em indiv��duos expostos a doses t��xicas de metilHg.

A composi����o de Scarabaeidae (Coleoptera) copr��fagos na regi��o de Alter do Ch��o, Par��: a influ��ncia dos biomas Amaz��nia e cerrado e da sazonalidade e os efeitos de tamanho de ��rea, isolamento e proximidade de estradas

Este trabalho teve como objetivo investigar o efeito do tamanho das ilhas de floresta, de suas dist��ncias para a floresta cont��nua (isolamento) e para as estradas adjacentes sobre a comunidade de Scarabaeidae copr��fagos. Amostras foram coletadas em 24 ilhas de floresta semidec��dua, entre 0,5 e 360 ha, em uma matriz de savana amaz��nica e em oito locais em mata cont��nua predominantemente secund��ria, semidec��dua, na regi��o de Alter do Ch��o, Santar��m, Par��. Os Scarabaeidae foram coletados com armadilhas do tipo pitfall com isca (fezes humanas) em dois per��odos sazonais (seca e chuva). Para cada ponto de coleta foram instaladas 10 armadilhas distribu��das em dois transectos de 250 m, distantes 100 m entre si. Em cada transecto foram colocadas 5 armadilhas distantes 50 m entre si. Para cada local de coleta, foi registrado o DAP de todos os caules com di��metro igual ou superior a 5 cm, em quatro transectos de 250 x 2 m, sendo estes dados utilizados para derivar os ��ndices da estrutura da vegeta����o (di��metro m��dio e n��mero de indiv��duos). A ��rea, per��metro e as dist��ncias das ilhas para a floresta cont��nua foram calculadas utilizando-se respectivamente as extens��es ���X-Tools��� e ���Nearest Features v3.6d��� para ArcView, sobre o mapa da ��rea digitalizado a partir de uma imagem de Landsat TM de 1996. Os exemplares coletados foram identificados com a ajuda de bibliografia especializada e de especialistas. Para a caracteriza����o da fauna, as esp��cies encontradas foram comparadas com uma lista de esp��cies gerada a partir de publica����es para o Cerrado, Amaz��nia e ec��tonos de transi����o (floresta���cerrado) brasileiros. Para avaliar a robustez da amostragem, foram empregadas curvas de rarefa����o e obtidas estimativas de riqueza empregando-se diversos estimadores. Para a an��lise dos padr��es das comunidades, foi utilizada uma an��lise HNMDS (Semi-strong Hibrid Multidimensional Scaling) utilizandose a dist��ncia de Bray-Curtis. Foram encontrados 18 g��neros e 36 esp��cies pertencentes aos biomas do Cerrado e da Amaz��nia, mas n��o foi poss��vel ter uma no����o completa da parcela de cada bioma representada neste ec��tono de transi����o savana-floresta, uma vez que as amostras n��o foram suficientes para o levantamento exaustivo da riqueza de Scarabaeidae. A ordena����o mostrou uma tend��ncia de agrupamento das florestas cont��nuas e de separação destas das ilhas de floresta. Apesar de o levantamento ter registrado um maior n��mero de esp��cies nas ilhas de floresta que nas ��reas de floresta cont��nua, as comunidades apresentaram um forte padr��o hier��rquico [P (T< 14,87��)<0,001], indicando que nas ilhas est��o persistindo apenas uma parcela do total de esp��cies da regi��o. N��o foi encontrada uma rela����o entre a composi����o de Scarabaeidae e o tamanho e a forma das ilhas de floresta. Mas foi encontrada uma rela����o significativa entre a composi����o (eixo 1) e o isolamento (F=5,363, P=0,031) e a composi����o (eixo 1) e o n��mero de ��rvores (DAP > 5 cm) (F=6,103, P=0,012, corrigido por Bonferroni). O n��mero de ��rvores de cada local de amostragem foi relacionado com a proximidade de estradas (0,658), o que refor��a a id��ia de que as estradas est��o contribuindo para mudan��as na estrutura da vegeta����o, que por sua vez tem um efeito sobre a fauna de Scarabaeidae.

An��lise bidimensional dos efeitos das descargas atmosf��ricas em cabos OPGW utilizando o m��todo ADI-FDTD

Neste trabalho �� analisado o comportamento da densidade de corrente em cabos OPGW quando submetidos a descargas atmosf��ricas. Para esta an��lise, foram aplicados dois modelos de corrente, uma vez que a descarga atmosf��rica tem duas componentes principais que causam mais danos aos cabos em geral: a componente impulsiva e a componente cont��nua. O m��todo num��rico utilizado para as simula����es computacionais �� o m��todo ADI-FDTD (Diferen��as Finitas no Dom��nio do Tempo de Dire����es Alternadas Impl��citas), o qual �� truncado pela t��cnica CPML (Convolutional Perfectly Matched Layers). Com base no comportamento da corrente no cabo, �� feita uma avalia����o para determinar qual das duas componentes de descarga atmosf��rica pode causar mais danos aos cabos OPGW.

Efeitos de temperatura e potencial qu��mico em Teoria Qu��ntica de Campos

Neste trabalho iremos estudar os efeitos do potencial qu��mico em (1 + 1) dimens��es em modelos de teoria de campos a temperatura finita. Em particular, consideraremos f��rmions n��o massivos em um campo de fundo de calibre abeliano e calcularemos a a����o efetiva por meio da fun����o de n-pontos. Escreveremos a estrutura das amplitudes correspondentes e generalizaremos c��lculos j�� existentes na literatura sem o potencial qu��mico. Mostraremos atrav��s dos c��lculos que a anomalia quiral n��o e afetada pela presen��a do potencial qu��mico a temperatura finita. Entretanto, na aus��ncia desse potencial as fun����es ��mpares s��o nulas. J�� na presen��a dele a temperatura finita, a fun����o tem contribui����es pares e ��mpares. Mostraremos que a origem da estrutura das amplitudes e melhor vista a partir da formula����o alternativa da teoria em termos dos espinores left- e right-handed. Os c��lculos s��o tamb��m mais simples nessa formala����o e alguns aspectos da teoria ficam mais claros.

Composi����o qu��mica e efeitos antinociceptivo e antiinflamat��rio em roedores do ��leo essencial de Peperomia serpens (Sw) Loud

A Peperomia serpens (Piperaceae) �� uma liana herb��cea e epif��ta popularmente chamada de ���carrapatinho������. Esta planta cresce na Floresta Amaz��nica de maneira selvagem em diferentes ��rvores. As folhas s��o usadas na medicina tradicional brasileira para dor, inflama����o e asma. Neste estudo investigaram-se os efeitos do ��leo essencial de P.serpens (OEPs) em roedores atrav��s de testes para dor e inflama����o. A atividade antinociceptiva foi avaliada usando-se modelos nociceptivos qu��micos (��cido ac��tico e formalina) e t��rmicos (placa quente) em camundongos, enquanto a atividade antiinflamat��ria foi avaliada por testes de edema de pata induzidos por carragenina (Cg) e dextrana em ratos, edema de orelha induzido por ��leo de cr��ton, bem como migra����o celular, rolamento, e ades��o induzida por Cg em camundongos. Al��m disso, a an��lise fitoqu��mica do OEPs foi realizada. A composi����o qu��mica do OEPs foi analisada por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa. 25 constituintes, representando 89,51% do total do ��leo, foram identificados. (E)-Nerolidol (38.0%), ledol (27.1%), ��-humulene (11.5%), (E)-caryophyllene (4.0%) and ��-eudesmol (2.7%) foram encontrados como principais constituintes. O pr��-tratamento oral com o OEPs (62,5- 500mg/kg) reduziu de maneira significante o n��mero de contor����es, com um valor de DE50 de 188,8mg/kg que foi ulitizado em todos os testes. N��o houve efeito no teste da placa quente mas reduziu o tempo de lambida em ambas as fases do teste de formalina, efeito que n��o foi significativamente alterado pela naloxona (0,4 mg/kg). OEPs impediu o desenvolvimento do edema induzido por Cg e dextrana em ratos. Em camundongos, o OEPs inibiu o edema induzido por ��leo de cr��ton bem como a migra����o de leuc��citos e neutr��filos, e rolamento e ades��o. Estes resultados sugerem que o OEPs possui atividade antinociceptiva perif��rica sem intera����o com receptores opi��ides e atividade antiinflamat��ria em diferentes modelos de inflama����o aguda.

Compara����o dos efeitos do eletrojato equatorial nos dados magnetotel��ricos bi e tridimensionais

Este trabalho trata da compara����o dos efeitos do eletrojato equatorial nos dados magnetotel��ricos bi e tridimensionais. Ele comp��e-se fundamentalmente de duas partes: Na primeira, que consiste na compara����o dos efeitos dos modelos bi e tridimensionais (linha de corrente e eletrojato gaussiano), determinamos as dimens��es que deve apresentar uma estrutura tridimensional para que a resposta magnetotel��rica proveniente dessa estrutura, nas polariza����es YX e XY, possa ser substitu��da pela resposta magnetotel��rica proveniente de uma estrutura bidimensional nos modos TE e TM respectivamente, para a resistividade aparente e fase. Os resultados mostram, para um embasamento condutivo ou resistivo, que �� necess��rio aumentar a dimens��o da estrutura tridimensional na dire����o principal acima de dezesseis vezes, em rela����o �� dimens��o inicial, para que a resposta magnetotel��rica proveniente dessa estrutura na polariza����o YX, possa ser substitu��da pela resposta magnetotel��rica proveniente de uma estrutura bidimensional no modo TE; no caso da polariza����o ser XY, essa substitui����o ocorrer��, no modo TM bidimensional, se aumentarmos a dimens��o da estrutura tridimensional na dire����o principal acima de vinte e seis vezes em rela����o �� dimens��o inicial. Na segunda parte, que consiste na determina����o dos efeitos do eletrojato equatorial Onwumechilliano, posicionamos a estrutura tridimensional a 10 km, 100 km, 300 km, 500 km, 1000 km e 1500 km, respectivamente, de dist��ncia do eletrojato. Dessa forma, determinamos a dist��ncia na qual os efeitos do eletrojato equatorial Onwumechilliano sobre as sondagens magnetotel��ricas s��o praticamente desprez��veis. Verificamos que, posicionando a estrutura tridimensional a 1500 km de dist��ncia da fonte, para embasamento condutivo, o eletrojato n��o afeta as sondagens magnetotel��ricas. Quando o embasamento �� resistivo, o eletrojato afeta as sondagens magnetotel��ricas, mesmo posicionando-se a estrutura tridimensional a 1500 km de dist��ncia da fonte. De um modo geral, constatamos que o eletrojato equatorial afeta as sondagens magnetotel��ricas para freq����ncias inferiores a 10^-2 Hz, tanto na resistividade aparente quanto na fase e em ambas as polariza����es, principalmente, quando o embasamento �� resistivo. Observamos tamb��m que o efeito galv��nico �� mais pronunciado na polariza����o YX que na XY.

Efeitos do manto de intemperismo sobre anomalias ���VLF��� dos corpos tabulares inclinados

A utiliza����o dos m��todos indutivos de propaga����o E.M. na explora����o mineral em regi��es tropicais, apresenta grandes dificuldades devido a presen��a de uma camada superficial condutiva (manto de intemperismo) comumente encontrada nestas regi��es. Na regi��o Amaz��nica, o manto apresenta-se bastante desenvolvido e condutivo, e em regi��es semi-��ridas, pode-se formar uma fina crosta superficial de sal. Em conseq����ncia disto, a interpreta����o dos dados E.M. obtidos para modelos que n��o consideram uma cobertura condutiva levam a erros consider��veis. Objetivando-se estudar os efeitos do manto sobre anomalias VLF devidas a corpos tabulares inclinados em contato com o manto (manto ohmico), foi realizada uma s��rie de experimentos atrav��s do modelamento anal��gico, considerando-se diferentes par��metros de resposta para o manto e o corpo. O manto de intemperismo foi simulado por solu����es de cloreto de am��nia (NH₄Cl) dispostas horizontalmente e o corpo condutor por chapas de grafite colocadas em posi����es inclinadas verticalmente. Utilizou-se quatro corpos condutores e tr��s mantos com diferentes espessuras e condutividades, simulando, desta forma, diversas situa����es geol��gicas. Os resultados s��o dados por simples situa����es dos corpos localizados em um meio n��o condutor (ar), onde os par��metros variados s��o: profundidade do topo, condutividade e mergulho do corpo. Os efeitos da condutividade da cobertura s��o amplamente ilustrados e avaliados. Para a an��lise dos resultados, foi plotado um conjunto de curvas considerando-se os valores pico-a-pico das anomalias de "tilt angle" e de elipsidade. Os resultados foram sintetizados em um outro conjunto de curvas reunidas em diagramas de Argand. Estando ou n��o o manto presente, observou-se, tanto para o tilt angle quanto para a elipsidade, o efeito do aumento da profundidade �� o de reduzir a magnitude pico-a-pico e a forma do pico da anomalia, fazendo com que este afaste-se do ponto de "cross-over". Para um condutor de mesma espessura, o aumento da condutividade causa um ligeiro aumento nas anomalias de tilt angle, e uma atenua����o nas anomalias de elipsidade. O efeito geral na varia����o do mergulho do condutor �� o de causar uma assimetria nos perfis de tilt angle e de elipsidade. O aumento da condut��ncia do manto de intemperismo causa um acr��scimo nas anomalias de elipsidade e uma ligeira diminui����o nas anomalias de tilt angle; por��m, a partir de um certo valor de condut��ncia do manto (mantos mais condutivos) tanto as anomalias de tilt angle quanto as anomalias de elipsidade come��am a atenuar. H�� rota����o de fase no sentido anti-hor��rio, sendo mais intensa para grandes valores de n��mero de indu����o do corpo. Na presen��a do manto, o corpo parece estar a uma profundidade inferior �� verdadeira e a ser menos condutivo.

Espalhamento geom��trico em modelos plano-estratificados

A medi����o de par��metros f��sicos de reservat��rios se constitui de grande import��ncia para a detec����o de hidrocarbonetos. A obten����o destes par��metros �� realizado atrav��s de an��lise de amplitude com a determina����o dos coeficientes de reflex��o. Para isto, faz-se necess��rio a aplica����o de t��cnicas especiais de processamento capazes de corrigir efeitos de diverg��ncia esf��rica. Um problema pode ser estabelecido atrav��s da seguinte quest��o: Qual o efeito relativamente mais importante como respons��vel pela atenua����o de amplitudes, o espalhamento geom��trico ou a perda por transmissividade? A justificativa desta pergunta reside em que a corre����o din��mica te��rica aplicada a dados reais visa exclusivamente o espalhamento geom��trico. No entanto, a an��lise f��sica do problema por diferentes dire����es p��e a resposta em condi����es de d��vida, o que �� interessante e contradit��rio com a pr��tica. Uma resposta embasada mais fisicamente pode dar melhor subs��dio a outros trabalhos em andamento. O presente trabalho visa o c��lculo da diverg��ncia esf��rica segundo a teoria Newman-Gutenberg e corrigir sismogramas sint��ticos calculados pelo m��todo da refletividade. O modelo-teste �� crostal para que se possa ter eventos de refra����o cr��tica al��m das reflex��es e para, com isto, melhor orientar quanto �� janela de aplica����o da corre����o de diverg��ncia esf��rica o que resulta em obter o ent��o denominado ���verdadeiras amplitudes���. O meio simulado �� formado por camadas plano-horizontais, homog��neas e isotr��picas. O m��todo da refletividade �� uma forma de solu����o da equa����o de onda para o referido modelo, o que torna poss��vel um entendimento do problema em estudo. Para se chegar aos resultados obtidos foram calculados sismogramas sint��ticos atrav��s do programa P-SV-SH desenvolvido por Sandmeier (1998), e curvas do espalhamento geom��trico em fun����o do tempo para o modelo estudado como descrito por Newman (1973). Demonstramos como uma das conclus��es que a partir dos dados do modelo (velocidades, espessuras, densidades e profundidades) uma equa����o para a corre����o de espalhamento geom��trico visando ��s ���verdadeiras amplitudes��� n��o �� de f��cil obten����o. O objetivo maior ent��o deveria ser obter um painel da fun����o de diverg��ncia esf��rica para corrigir as verdadeiras amplitudes.

Extratos de sementes de gergelim preto (Sesamum indicum L) obtidos via CO₂ supercr��tico: isotermas de rendimento global, dados cin��ticos e ajustes, ��cidos graxos totais, fitoster��is e efeitos neuroprotetores

Na medicina popular brasileira, sementes de gergelim preto (Sesamum indicum L) �� um dos mais importantes ingrediente presentes em um ch�� usado para tratar v��timas de acidente vascular encef��lico (AVE). Por��m, o isolamento de extratos de gergelim preto para fins medicinais usando a tecnologia do fluido supercr��tico n��o foi realizado. O objetivo deste trabalho foi investigar algumas vari��veis de processo da extra����o com fluido supercr��tico em sementes de gergelim preto para gerar extratos aplic��veis a pesquisa do AVE isqu��mico focal. Duas isotermas (40 e 60 ��C) foram exploradas, combinadas com press��es de 200-400 bar, em vaz��o m��ssica de CO₂ constante de 5,9 x 10^-5 kg/s. Os rendimentos globais foram de 37-53% em base seca. O maior rendimento foi obtido em 60 ��C e 400 bar. A composi����o de ��cidos graxos mostrou uma elevada raz��o de insaturados/ saturados. A an��lise de conte��do de fitoster��is no extrato de maior rendimento revelou maiores quantidades de ��-sitosterol + sitostanol, colesterol, campesterol + campestanol + 24-metileno colesterol, ��-5 avenasterol and estigmasterol, enquanto que menores n��veis de ��-5,24 estigmastadienol, brassicasterol, clerosterol + ��-5-23 estigmastadienol, ��-7 avenasterol, eritrodiol and ��-7 estigmastenol foram observados. As curvas de extra����o das extra����es com fluido supercr��tico no menor e maior rendimento m��ssico (200 e 400 bar a 60 ��C) foram ajustadas pelos modelos de Tan e Liou (1989), Martinez et al. (2003), Esqu��vel et al. (1999), Goto et al. (1993) e Sovov�� (1994 e 2012). Os modelos de Tan e Liou (1989), Goto et al. (1993) e Sovov�� (1994 e 2012) apresentaram as melhores valores nominais de somas residuais dos quadrados. Experimentos pilotos sugerem que o extrato obtido via fluido supercr��tico de gergelim preto �� neuroprotetor em rela����o a isquemia focal por endotelina-1 no c��rtex motor de ratos machos adultos, observada a redu����o da ��rea de infarto isqu��mico.

Modelagem 2,5D por elementos finitos dos efeitos da topografia do terreno sobre dados obtidos com o m��todo eletromagn��tico a multifrequ��ncia

Este trabalho consiste em realizar a modelagem, via elementos finitos (EF) 2,5D, do efeito da topografia do terreno sobre dados obtidos com o m��todo eletromagn��tico a multi-frequ��ncia (EMMF). Este m��todo usa como fonte uma grande espira quadrada de corrente el��trica com centenas de metros de lado, e como receptores, bobinas posicionadas na horizontal em alinhamento com o transmissor. A subsuperf��cie �� representada por heterogeneidades bidimensionais imersas em um meio horizontalmente estratificado. A formula����o, partindo das equa����es de Maxwell, �� desenvolvida a partir da separação do campo eletromagn��tico em prim��rio (campos no hospedeiro multi-estratificado) e secund��rio (diferen��a entre o campo total e o prim��rio). O dom��nio discretizado �� descrito por uma malha n��o estruturada, com elementos triangulares. Para calcular as componentes derivadas da solu����o de elementos finitos, em um determinado n�� da malha, foi usada a m��dia aritm��tica das derivadas das fun����es bases de EF em torno daquele n��. O c��digo de modelagem constru��do permite quantificar e analisar como os gradientes topogr��ficos influenciam as medidas dos campos eletromagn��ticos gerados. A aplica����o �� a avalia����o dessas influ��ncias sobre a componente radial do campo da espira na superf��cie terrestre, que �� a componente empregada no m��todo eletromagn��tico a multi-frequ��ncia (EMMF).

Modelagem do mCSEM no dom��nio do tempo usando transformada discreta de Fourier

A modelagem do mCSEM �� feita normalmente no dom��nio da frequ��ncia, desde sua formula����o te��rica at�� a an��lise dos resultados, devido ��s simplifica����es nas equa����es de Maxwell, possibilitadas quando trabalhamos em um regime de baixa frequ��ncia. No entanto, a abordagem atrav��s do dom��nio do tempo pode em princ��pio fornecer informa����o equivalente sobre a geof��sica da subsuperf��cie aos dados no dom��nio da frequ��ncia. Neste trabalho, modelamos o mCSEM no dom��nio da frequ��ncia em modelos unidimensionais, e usamos a transformada discreta de Fourier para obter os dados no dom��nio do tempo. Simulamos ambientes geol��gicos marinhos com e sem uma camada resistiva, que representa um reservat��rio de hidrocarbonetos. Verificamos que os dados no dom��nio do tempo apresentam diferen��as quando calculados para os modelos com e sem hidrocarbonetos em praticamente todas as configura����es de modelo. Calculamos os resultados considerando varia����es na profundidade do mar, na posi����o dos receptores e na resistividade da camada de hidrocarbonetos. Observamos a influ��ncia da airwave, presente mesmo em profundidades oce��nicas com mais de 1000m, e apesar de n��o ser poss��vel uma simples separação dessa influ��ncia nos dados, o dom��nio do tempo nos permitiu fazer uma an��lise de seus efeitos sobre o levantamento. Como parte da prepara����o para a modelagem em ambientes 2D e 3D, fazemos tamb��m um estudo sobre o ganho de desempenho pelo uso do paralelismo computacional em nossa tarefa.