1 resultado para Llorente i Olivares, Teodor, 1836-1911, Exposiciones

em Universidade Federal do Pará


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Desde o final do sculo XIX e, at, o incio do sculo XX, Belm na fala do intendente Antonio Lemos era conhecida como a necrpole paraense. Doenas e epidemias estavam no centro do debate das prticas mdico-sanitrias. O higienismo de mdicos tornou se discurso recorrente de interveno no espao cotidiano dos moradores, onde as campanhas de profilaxias foram aladas enquanto responsveis pela cura da cidade. As aes propostas por esculpios cientistas geraram tenses entre moradores e autoridades pblicas diante a aliana do saber mdico e o poder pblico, sobre a qual me propus analisar para explicar o dia-a-dia das medidas coercitivas, no intuito de entender essa aliana. Analisando artigos na imprensa, literatos, jornalistas, polticos, relatos mdicos, mensagens de governo, relatrios, fotografias e charges foi possvel acompanhar os significados atribudos pelos contemporneos em relao as epidemias da varola, tuberculose e febre amarela, por exemplo, por parte dos saberes mdico-sanitrios. A belle poque em Belm deixou de ser nessa dissertao um cristal historiogrfico, diante as adversidade do viver de sujeitos annimos. Belm tornou-se um laboratrio de experincias, os mdicos propunham cur-la para alcanar o to propalado desenvolvimento econmico ou progresso. A consolidao dessa aliana coube responsabilidade do renomado sanitarista Oswaldo Cruz, que desembarcou, em 1910, na capital paraense para combater a febre amarela, com carta branca do governador Joo Coelho. Por outro lado, a cura da cidade ou necrpole paraense teve significados mais amplos, destacando-se o sepultamento do mal amarlico, como tambm, concomitantemente, o sepultamento da oligarquia do coronel Antonio Lemos.