1 resultado para Leitores Reação crítica
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Este estudo pretende examinar a recep����o crítica voltada para a an��lise dos aspectos estil��sticos e lingu��sticos da obra de Jo��o Guimar��es Rosa (1908-1967). Na d��cada de 1950, durante seu auge, a teoria estil��stica, principalmente a de origem espanhola, exerceu grande influ��ncia sobre crítica liter��ria brasileira. Este evento coincidiu com o impacto do lan��amento de duas das mais importantes obras do ficcionista mineiro, Grande sert��o: veredas (1956) e Corpo de baile (1956), em grande parte devido �� linguagem, que �� um am��lgama de popular e erudito e detentora de grande poder de sugest��o. Como fruto deste acaso, no mesmo horizonte da obra, surgiram os estudos que formaram a primeira recep����o e, entre estes, os que se dedicaram a analisar os diferentes recursos utilizados por Guimar��es Rosa para compor o seu sert��o-linguagem, o que justifica a ado����o da Estil��stica como m��todo. Inseridos nesta corrente crítica est��o os trabalhos que nos servir��o de objeto de an��lise, a exemplo da crítica pioneira de Cavalcanti Proen��a (1905-1966), Trilhas no Grande Sert��o (1958), e de trabalhos de outros estudiosos, como Oswaldino Marques (1916-2003), sobre Sagarana e outras publica����es dispersas, e da professora norte-americana Mary L. Daniel (1936). Estes estudos, embora sejam discut��veis do ponto de vista metodol��gico, conforme ser�� observado, tornaram-se pe��as incontorn��veis dentro da fortuna crítica rosiana por sua contribui����o �� elucida����o da obra. Um indicativo disso �� a exist��ncia de trabalhos mais recentes que ainda ventilam categorias consideradas pela Estil��stica como o l��xico, que surge em estudos de Nei Leandro de Castro e Nilce Sant'Anna Martins. Como m��todo utilizado nesta disserta����o de Mestrado, lan��a-se m��o da hermen��utica liter��ria formulada por Hans Robert Jauss (1921-1997) com o objetivo de analisar a recep����o crítica de uma abordagem espec��fica, a Estil��stica, e destacar sua relev��ncia para a compreens��o da obra de Guimar��es Rosa no per��odo imediato �� publica����o, assim como propor uma confronta����o desta recep����o com estudos posteriores que se balizam no mesmo campo de an��lise. Igualmente, objetiva-se evidenciar a import��ncia do leitor para a (res) significa����o do material ficcional, aqui representado pelo cr��tico liter��rio, um leitor diferenciado capaz de oferecer propostas interpretativas e guiar a leitura dos leitores comuns.