8 resultados para Línguas Estudo e ensino
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O presente estudo investiga as prticas avaliativas em ingls como Lngua Estrangeira para Crianas (LEC) no primeiro ano do ensino fundamental das escolas pblicas no municpio de Castanhal, PA. A pesquisa teve como objetivo analisar quais as orientaes contidas nos documentos oficiais municipais no que diz respeito ao ensino e avaliao em LEC, descrever as prticas avaliativas desenvolvidas pelos docentes nesse contexto, analisar a integrao dessas prticas com os objetivos de ensino e aprendizagem de LEC e indicar pistas que possam, terica e metodologicamente, tornar essas prticas mais eficazes. Para alcanar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de carter documental, na qual foram analisados os documentos oficiais que norteiam o ensino e a avaliao em LEC no municpio, 220 relatrios de desenvolvimento, que so o instrumento de avaliao preconizado para esse nvel da escolaridade, alm de entrevistas e questionrios com 14 docentes que atuam nesse contexto. O referencial terico sustenta-se nas contribuies de Cameron (2001), Strecht-Ribeiro (2005) e Scott e Ytreberg (1990) sobre o ensino-aprendizagem de LEC, bem como na discusso de alguns aspectos da avaliao da aprendizagem (HADJI, 1994; 2007; BONNIOL e VIAL, 2001; FERNANDES, 2009; PERRENOUD, 1999) e da avaliao da aprendizagem em LEC (MCKAY, 2006; IOANNOU-GEORGIOU, 2011; SHAABAN, 2001). Para a anlise dos dados obtidos, foi utilizada a tcnica de Anlise de Contedo (ROSA, 2013). Os resultados da anlise indicam uma ausncia de coerncia entre as prticas avaliativas e os objetivos e princpios do ensino de LEC. Os dados revelam ainda a falta de formao para ensinar, avaliar e elaborar programas de LEC, aliada a uma j conhecida tendncia em se priorizar aspectos estruturais no ensino de línguas estrangeiras, em detrimento de atividades comunicativas. Por fim, este trabalho mostra a necessidade de promover outras pesquisas que investiguem as prticas avaliativas em LEC e, da urgncia em se definir diretrizes oficiais nacionais para o ensino e avaliao que levem em considerao as caractersticas e necessidades das crianas nesse contexto.
Resumo:
Neste trabalho, investigamos o aprendizado de regras matemticas no contexto da sala de aula, com nfase, principalmente, nas discusses sobre a linguagem. Nosso objetivo principal foi pesquisar as dificuldades de ordem lingstica, enfrentadas pelos alunos no decurso do aprendizado das regras matemticas, em especial, o conceito/algoritmo da diviso. Para tanto, discutimos, entre outras coisas, o tema seguir regras, proposto pelo filsofo austraco Ludwig Wittgenstein em sua obra Investigaes Filosficas. Nosso trabalho e nossas anlises foram fundamentadas, principalmente, na filosofia deste autor, que discute, entre outros temas, a linguagem e sua significao e os fundamentos da matemtica, bem como nas reflexes do filsofo Gilles-Gaston Granger que analisa as linguagens formais. Realizamos uma pesquisa de campo que foi desenvolvida na Escola de Aplicao da Universidade Federal do Par, em uma turma da quarta srie do ensino fundamental. As aulas ministradas pela professora da turma foram observadas e, posteriormente, foi solicitado aos alunos que resolvessem problemas de diviso verbais e no-verbais, seguido de uma breve entrevista, na qual indagamos, entre outras questes, como os alunos resolveram os problemas envolvendo a diviso. Em nossas anlises destacamos algumas dificuldades dos alunos, percebidas nas observaes e em seus registros escritos ou orais: alguns alunos, em suas estratgias de resoluo, inventam novas regras matemticas. H ainda aqueles que confundem os contextos na resoluo de problemas matemticos verbais, bem como a dificuldade de compreenso de problemas que trazem informaes implcitas.
Resumo:
O ensino de Portugus como Lngua Estrangeira (PLE) tem apresentado um crescimento significativo no Brasil e mundo. Acordos internacionais, de carter tanto acadmico quanto comercial, colocam a lngua Portuguesa em evidncia. Motivados por esse novo cenrio, muitos profissionais e estudantes estrangeiros tm procurado por cursos de PLE. Alguns desses se submetero ao exame CELPE-Bras iniciativa do Ministrio da Educao do Brasil para consolidar o ensino de PLE no mundo. Os professores que atuam na preparao de candidatos estrangeiros a esse exame se deparam com dificuldades para encontrar materiais possibilitem o desenvolvimento da compreenso oral de seus alunos. Neste trabalho procuramos apontar um caminho para o ensino-aprendizagem da compreenso oral em PLE partindo dos gneros textuais orais como insumo. Para tanto, buscamos suporte terico fundamentado no Interacionismo sociodiscursivo (Teoria dos Gneros e modelo de Sequncia Didtica) e tentamos aproximar a Abordagem Comunicativa da Abordagem por Gneros no ensino de Lngua Estrangeira. Partindo desses pressupostos tericos propomos vrias Sequncias Didticas para o ensinoaprendizagem da compreenso oral em PLE, elaboramos e aplicamos atividades de compreenso oral. Descrevemos e analisamos tais atividades e tentamos mostrar em que medida o ensino-aprendizagem de PLE utilizando o gnero textual como insumo e aplicado a luz da abordagem comunicativa pode facilitar o desenvolvimento da compreenso oral de alunos estrangeiros candidatos ao exame CELPE-Bras.
Resumo:
No mbito do ensino do Portugus, projetos sob forte influncia das teorias que levam em considerao o processo de interao, em particular as propostas construdas com base no dispositivo didtico da sequncia didtica, proposto por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), multiplicaram-se no Brasil. justamente o aumento no nmero desse tipo de projeto que chama a nossa ateno e justifica uma anlise da maneira como as propostas de interveno so conduzidas por pesquisadores/professores em contexto escolar, em contraponto com as propostas tericas nas quais declaram se fundamentar. O objetivo deste estudo verificar em que medida essas propostas de trabalho com os gneros textuais do relevncia dimenso formativa do procedimento sequncia didtica. Este estudo est baseado na hiptese de que a articulao das concepes de sequncia didtica e de avaliao formativa contribui para o ensino/aprendizagem de gneros em lngua materna. Tal articulao favorece o desenvolvimento das competncias linguageiras dos aprendentes, alm de ativar os processos de autoavaliao e autorregulao, processos esses necessrios para a transformao do aprendente em sujeito autnomo e responsvel pela prpria aprendizagem. Para fundamentar teoricamente o trabalho, prope-se um estudo bibliogrfico apoiado em Bakhtin (para a noo de gneros textuais/discursivos), em Bronckart (para o Interacionismo Sociodiscursivo e a perspectiva acional), em Schneuwly et al. (para a didatizao dos gneros), em Bonniol e Vial (para o chamado "paradigma da regulao") e Fernandes (para uma avaliao formativa alternativa). Alm disso, realiza-se um estudo exploratrio para seleo e anlise do corpus, formado por oito documentos acadmicos (dissertaes e tese) abordando propostas de didatizao dos gneros por meio do procedimento sequncia didtica. Aps a anlise de cada um dos momentos das sequncias didticas apresentadas no corpus, chega-se concluso de que as que melhor xito tiveram so as que foram significativas ao mesmo tempo do ponto de vista discursivo, ao inserir os aprendentes em projetos de comunicao motivadores, e do ponto de vista da aprendizagem, ao valorizar a dimenso formativa do procedimento que lhes permitem atuar como sujeitos da aprendizagem no decorrer da sequncia.
Resumo:
Ensinar a produzir textos escritos em Portugus Lngua Estrangeira (PLE) com turmas heterogneas do ponto de vista lingustico-cultural uma tarefa complexa que requer do professor (e do aprendente) um desempenho direcionado para a ao. Partindo desse fato, prope-se aos alunos do Programa de Estudantes-Convnio de Graduao (PEC-G) do MEC um trabalho com orientaes metodolgicas baseadas em uma Perspectiva Acional que considera o estudante como ator social que cumpre tarefas em situaes especficas, o que tambm nos direciona para uma concepo de lngua-linguagem focada no interacionismo e para os gneros textuais. O objetivo analisar o desenvolvimento das habilidades de produo escrita dos alunos, em Portugus, e o impacto da heterogeneidade lingustico-cultural da turma nesse ensino. O corpus do trabalho foi composto por produes textuais de gneros da modalidade escrita da lngua portuguesa como carta, artigo de opinio, e-mail etc., escritos pelos alunos do PEC-G. A hiptese aqui levantada a de que o ensino-aprendizagem da produo escrita a pblicos heterogneos do ponto de vista lingustico-cultural otimizado quando, nas prticas de sala de aula, se leva em conta concretamente o impacto dessa heterogeneidade e se insere os aprendentes em contextos significativos, com tarefas que tm um propsito e que os levam a agir em situao real e/ou simulada.
Resumo:
Neste trabalho discute-se uma experincia com a avaliao formativa voltada para a autoavaliao e autorregulao das competncias linguageiras e das estratgias de aprendizagem. A pesquisa aqui relatada tinha por objetivo identificar o que estudantes de Licenciatura de Espanhol Lngua Estrangeira (E/LE) autoavaliam e autorregulam em sua aprendizagem, que impacto tem a autoavaliao e autorregulao efetivas em suas competncias de comunicao e de aprendizagem e, por fim, que atividades didticas favorecem a autoavaliao e autorregulao dessas competncias. Para alcanarmos os objetivos propostos, optamos por realizar uma pesquisa-ao, que foi desenvolvida na disciplina Lngua Espanhola III da Licenciatura em Letras Espanhol da Universidade Federal do Par (UFPA) - Campus de Castanhal, com base em suporte terico de autores pesquisados, como Allal (1986; 2007), Bonniol e Vial (2001), Perrenoud (2007), entre outros. Para a anlise dos dados obtidos, foi observado como trs estudantes da turma tinham lidado com as atividades formativas propostas ao longo do curso e relacionando seu desempenho na disciplina com sua atitude no tocante a essas atividades. Os resultados revelam que inicialmente os objetos mais avaliados e autorregulados pelos alunos diziam respeito s competncias lingusticas. No entanto, conforme os aprendentes eram induzidos a refletirem sobre outras dimenses da aprendizagem da lngua estrangeira, alguns deles passaram a incluir em suas autoavaliaes e autorregulaes outros aspectos, como os metacognitivos, o que favoreceu uma melhoria das competncias comunicativas e de aprendizagem. As atividades formativas que propiciaram uma autoavaliao e autorregulao mais eficazes foram o roteiro de autoavaliao, o dirio de aprendizagem, a elaborao de objetivos comunicativos e de critrios de avaliao, bem como situaes que envolviam prticas de autoavaliao, coavaliao e avaliao mtua.
Resumo:
Os Munduruk do Kwat-Laranjal esto includos na lista de comunidades indgenas que apresentam a lngua num processo de perigo iminente. A lngua, que recebe o mesmo nome da etnia munduruk, pertencente famlia munduruk, do tronco tupi, a qual, antigamente, era falada por povos munduruk que habitavam os estados do Mato Grosso, Par e Amazonas, entretanto, a concentrao maior de indivduos nos dois ltimos estados. O foco deste estudo est na comunidade indgena munduruk do Kwat-Laranjal, no Estado do Amazonas, pois indivduos desta comunidade j no falam mais a lngua nativa e por esse motivo manifestam o interesse revitalizar e fortalecer sua identidade e cultura. Assim, o Projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), denominado Licenciatura Especfica para Formao de Professores Indgenas/Turma Munduruk (AM/PA), alm do objetivo de formao em nvel superior, pretende tambm ser instrumento da revitalizao da lngua munduruk em aulas com disciplinas especficas da lngua. nesse contexto, da licenciatura especfica para formao de professores indgenas, que nossa pesquisa est inserida; objetivando verificar as atitudes lingusticas em relao lngua original da comunidade indgena munduruk do Amazonas dentro do processo de revitalizao. Dessa forma, a metodologia adotada de cunho quantitativo e o corpus da pesquisa foi coletado a partir da realizao de entrevistas sistematizada por questionrio. Tal instrumento de pesquisa visa comparar os comportamentos dos alunos diante das línguas, portuguesa e munduruk, com relao a: i) atitude cognitiva (conhecimento da lngua); ii) atitude afetiva (preferncia por uma ou outra lngua); iii) atitude comportamental (uso lingustico habitual e transmisso da lngua). Atitude , segundo Fernndez (1998, p. 181), a manifestao de preferncias e convenes sociais acerca do status e prestgio de seus usurios. Esta manifestao de preferncia por uma lngua ou variante lingustica de comunidades minoritrias condicionada pelos grupos sociais de maior prestgio (geralmente comunidades majoritrias). Aqueles que detm maior poder socioeconmico ditam a pauta das atitudes lingusticas das comunidades de fala minoritrias (AGUILERA, 2008). O interesse desta pesquisa centra-se na atitude que o povo munduruk do amazonas assume no uso da lngua que aprenderam e na lngua a que viro aprender como forma de resgate de sua identidade. Neste sentido, procurou-se entender como a atitude, positiva ou negativa; aceitao ou rejeio, e nos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais pode determinar o futuro de um processo de revitalizao. Contudo, observa-se a contradio destes elementos na anlise das entrevistas, onde os informantes manifestam interesses diferentes de suas aes em relao lngua que querem resgatar.
Resumo:
Objetivamos verificar se a frequncia, participao e aprendizagem em um projeto de pesquisa estariam relacionados com transformaes nas metas de realizao e autoconceitos de estudantes de cincias. Realizamos a pesquisa em uma escola pblica, numa turma de trinta estudantes do 9 ano do Ensino Fundamental. Os estudantes investigaram os saberes de moradores do municpio de Benfica-PA, a respeito de plantas medicinais e suas relaes com a degradao ambiental. Inicialmente, cerca de 75% da turma apresentou meta aprender e 45% apresentou autoconceito positivo. Ocorreram poucas mudanas nas metas e autoconceitos. A maioria dos estudantes teve frequncia alta ou regular. Cerca de metade da turma apresentou participao baixa e aprendizagem insuficiente. O autoconceito positivo esteve associado meta aprender e a melhores nveis de participao e aprendizagem. Tais resultados so corroborados pela literatura. Entretanto, a compreenso de outros resultados que obtivemos demanda um enfoque interpretativo diferente.