48 resultados para Língua inglesa - No estrangeiro

em Universidade Federal do Pará


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Esta pesquisa, apoiada em uma abordagem de gêneros textuais, teve como objetivo analisar a questão das atividades de compreensão escrita nos livros didáticos de Língua Inglesa do Ensino Médio. Para tanto, buscou verificar se as atividades de leitura procuram trabalhar o gênero de uma maneira comunicativa. Para isso, examinamos os gêneros, os tipos de atividades e os tipos de perguntas de compreensão escrita presentes em dois livros didáticos. Além disso, o presente estudo objetivou investigar em que medida as estratégias de leitura foram trabalhadas, explícita ou implicitamente, como um instrumento que facilita a construção de sentidos dos textos. A metodologia de pesquisa adotada foi a descrição focalizada (Larsen-Freeman e Long, 1991) que buscou selecionar dois livros didáticos constituídos em volume único, publicados em 2004 e trabalhados em escolas particulares na cidade de Belém. Este estudo fundamentou-se nos construtos teóricos sobre gênero textual (Bakhtin [1952-53] 2003; Swales, 1990,1992 e 1998; Marcuschi, 2002, 2003, 2004 e 2005; Ramos, 2004 e outros), sobre o ensino de leitura em língua inglesa (Dias, 2002, 2005; Grabe e Stoller, 2001, 2002; Koda, 2005 e outros) e sobre o livro didático de língua inglesa (Day e Park, 2005; Garinger, 2001; Souza, 1999 e outros). Além disso, retomamos as orientações relacionadas ao ensino de leitura em língua inglesa provenientes dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio para a Língua Estrangeira (PCNEM-LE, 2000, 2002 e 2004). Os resultados mostraram que os livros didáticos não favorecem as atividades para a construção de sentidos na compreensão escrita de uma forma comunicativa, além de não tomar os gêneros como objetos de ensino. A construção dos sentidos é de fato escamoteada pela tradução (ou cópia) de informações do texto. Os resultados da análise evidenciam, ainda, o uso implícito das estratégias de leitura, sem uma conscientização que favoreça a busca de informação de forma mais crítica e significativa para a aprendizagem do aluno. Esses resultados têm implicações pedagógicas, principalmente porque urge a criação de espaço no cenário educacional brasileiro para que se repense e se reflita sobre o uso do livro didático no contexto de ensino e aprendizagem de Língua Inglesa como língua estrangeira.

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No ambiente universitário, quando instados a produzir gêneros acadêmicos, os alunos freqüentemente apresentam dificuldades em relação ao conteúdo e à própria organização textual desses gêneros. Dessa forma, as práticas de leitura e escrita a que são expostos são geralmente desmotivadoras e inibidoras da autonomia, pois têm origem em um ambiente inseguro de dúvida, tensão e dificuldade. Partindo desses pressupostos, desenvolvi uma pesquisa-ação com uma turma do sexto semestre do curso de Letras-Inglês da UFPA visando verificar em que medida a aplicação de uma proposta pedagógica composta das fases de apropriação, produção e publicação dos gêneros acadêmicos pode levar à motivação e à autonomia desses graduandos. Esta pesquisa está fundamentada na teoria da motivação (DÖRNYEI, 2001a,b; USHIODA, 1996), da autonomia (BENSON, 2001; SCHARLE & SZABÓ, 2000) e dos gêneros textuais na perspectiva sócio-retórica (SWALES, 1990; BAZERMAN, 2006). Os resultados apresentados procuram oferecer possibilidades de um ensino mais sistemático que prepare o graduando de Letras para uma produção textual mais motivadora e fomentadora da autonomia. Além disso, tendo vivenciado uma experiência produtiva de aplicação de gêneros, espera-se que esses professores em formação lidem com gêneros textuais de forma mais efetiva em suas futuras salas de aula.

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O presente estudo investiga as práticas avaliativas em inglês como Língua Estrangeira para Crianças (LEC) no primeiro ano do ensino fundamental das escolas públicas no município de Castanhal, PA. A pesquisa teve como objetivo analisar quais as orientações contidas nos documentos oficiais municipais no que diz respeito ao ensino e à avaliação em LEC, descrever as práticas avaliativas desenvolvidas pelos docentes nesse contexto, analisar a integração dessas práticas com os objetivos de ensino e aprendizagem de LEC e indicar pistas que possam, teórica e metodologicamente, tornar essas práticas mais eficazes. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter documental, na qual foram analisados os documentos oficiais que norteiam o ensino e a avaliação em LEC no município, 220 relatórios de desenvolvimento, que são o instrumento de avaliação preconizado para esse nível da escolaridade, além de entrevistas e questionários com 14 docentes que atuam nesse contexto. O referencial teórico sustenta-se nas contribuições de Cameron (2001), Strecht-Ribeiro (2005) e Scott e Ytreberg (1990) sobre o ensino-aprendizagem de LEC, bem como na discussão de alguns aspectos da avaliação da aprendizagem (HADJI, 1994; 2007; BONNIOL e VIAL, 2001; FERNANDES, 2009; PERRENOUD, 1999) e da avaliação da aprendizagem em LEC (MCKAY, 2006; IOANNOU-GEORGIOU, 2011; SHAABAN, 2001). Para a análise dos dados obtidos, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo (ROSA, 2013). Os resultados da análise indicam uma ausência de coerência entre as práticas avaliativas e os objetivos e princípios do ensino de LEC. Os dados revelam ainda a falta de formação para ensinar, avaliar e elaborar programas de LEC, aliada a uma já conhecida tendência em se priorizar aspectos estruturais no ensino de línguas estrangeiras, em detrimento de atividades comunicativas. Por fim, este trabalho mostra a necessidade de promover outras pesquisas que investiguem as práticas avaliativas em LEC e, da urgência em se definir diretrizes oficiais nacionais para o ensino e avaliação que levem em consideração as características e necessidades das crianças nesse contexto.

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Tanto a motivação quanto seu oposto – a desmotivação – têm sido estudadas no âmbito da aprendizagem de línguas estrangeiras. No entanto, poucos trabalhos investigam esses construtos do ponto de vista de sua dinamicidade. Esta pesquisa tem por objetivo compreender a motivação e a desmotivação em alunos de uma turma extensiva e uma turma intensiva de graduação em Letras Língua Inglesa e as implicações destas na aprendizagem da língua alvo. Utilizando os pressupostos teóricos estabelecidos por Dörnyei e Ushioda (2011), Dörnyei (2011, 2001), Ushioda (2008), Gardner (2007), Deci e Ryan (2000) entre outros, analisa-se os dados coletados por meio de um questionário e dos históricos escolares dos alunos de ambas as turmas. A pesquisa em questão é um estudo de caso que faz uso do método comparativo. Participam dela 21 alunos de duas turmas de licenciatura em Letras Língua Inglesa da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança: 11 alunos da turma extensiva e 10 da turma intensiva. Percebeu-se que, embora existam padrões motivacionais que agrupam os alunos, a motivação é individual e mutante, já que o processo motivacional não acontece da mesma forma e exerce influências diversas em sujeitos diferentes e muda no decorrer do tempo em um mesmo indivíduo. Os dados também mostram a complexidade do construto, pois o fato de haver motivação não significa que influências negativas não possam ocorrer, bem como influências negativas podem ser impulsos para um posterior aumento do nível motivacional. Além disso, constatou-se que a motivação percebida pelos alunos não garante bons resultados nas disciplinas cursadas. Esta pesquisa poderá ajudar na compreensão do processo motivacional como um sistema dinâmico e a entender que tanto os alunos de turmas extensivas quanto os de turmas intensivas podem ser motivados, já que a motivação é uma condição individual.

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Este trabalho visa analisar o uso da língua materna nas aulas de língua estrangeira. Para isso, primeiramente, aponta-se o espaço ocupado pela língua materna nas diversas metodologias de ensino-aprendizagem de línguas, levantam-se as causas de exclusão da LM e as razões para sua inclusão nas aulas de língua estrangeira e finalmente propõe-se uma categorização das funções que a LM pode exercer no contexto de ensino-aprendizagem de LE. Uma pesquisa de campo envolvendo três instituições de ensino de língua inglesa no Pará foi realizada para se observar concretamente se a LM, de fato se manifesta nesse contexto e, caso positivo, com que freqüência ela ocorre; que funções a LM exerce; quais as funções predominantes, para então avaliar se o seu uso favorece ou não o ensino-aprendizagem de LE.

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Nos últimos anos a questão cultural tem ganhado cada vez mais espaço nas pesquisas da área de ensino-aprendizagem de línguas. Uma vez que os materiais didáticos estão entre os principais suportes no processo de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, as representações de cultura que estes materiais apresentam podem influenciar nas crenças e atitudes dos aprendentes em relação à língua alvo e, consequentemente, em sua motivação para aprendê-la. Compreende-se que cultura envolve uma gama de aspectos diferentes, entretanto, ao analisar o livro didático de inglês como língua estrangeira Touchstone, observamos que as amostras de cultura apresentadas nesse material referem-se basicamente a aspectos histórico-geográficos e informações turísticas. Observamos também que, em relação ao contato com a cultura da língua alvo, os aprendentes da disciplina Culturas Anglófonas podem ter atitudes variadas. Assim, esta pesquisa apresenta reflexões acerca da considerável limitação da representação cultural no livro analisado, tendo como foco principal a maneira como esta afeta a motivação do aprendente. Além disso, esta dissertação apresenta reflexões sobre como a cultura do outro pode ser abordada de maneira a enriquecer a percepção de sua própria cultura.

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No contexto educacional de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, seja ele na educação básica ou no nível superior, as atividades de escrita são geralmente negligenciadas em detrimento da grande atenção dada à habilidade de oral. Professores se queixam com frequência dos desafios e dificuldades que enfrentam para despertar em seus alunos o interesse em relação às atividades de escrita. Por outro lado, percebe-se que os alunos também reclamam do tratamento que é dado à escrita em sala de aula, mostrando-se desinteressados e desmotivados quando da produção dessas atividades. Diante disso, este trabalho tem o objetivo de discutir, refletir e analisar como essa habilidade vem sendo tratada ao longo dos anos e propõe a abordagem baseada em gêneros textuais com o intuito de motivar e fomentar a autonomia dos alunos de uma turma de graduação em Letras, habilitação em Língua Inglesa da Universidade Federal do Pará, no campus de Bragança, a partir do uso de gêneros virtuais dispostos no site de relacionamentos Orkut.

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Esta pesquisa situa-se entre os estudos da Consciência Linguageira e a formação de comportamentos autônomos com influência do fator motivacional em aprendentes do Inglês como língua estrangeira. Considerando a relevância da explicitude dos insumos complexos e da Consciência Linguageira na instrução, observei que, ao utilizar esses princípios, o docente pode favorecer em seus aprendentes a formação de comportamentos que os levem a um maior controle de sua própria aprendizagem. Desta forma, o presente estudo tem como objetivos verificar a correlação entre Consciência Linguageira, autonomização e motivação como aspecto subliminar. O embasamento teórico deste estudo respalda-se essencialmente nas contribuições de Little (1997), Flavell (1976), Donmall (1991), Hawkings (2001), James; Garret (1991), Benson (2001), Rutherford (1987) e Van Lier (1991). Concomitantemente à investigação bibliográfica foi desenvolvida uma pesquisa - ação a fim de compreender o processo de apropriação do insumo pelo aprendente adulto, formulando hipóteses e valorizando o contexto dinâmico da sala de aula para intervir na melhoria da aprendizagem. A observação e a coleta de dados ocorreram em uma turma do 6º nível de língua inglesa, dos Cursos Livres de Línguas Estrangeiras, da Universidade Federal do Pará. Os dados procedentes das entrevistas, questionários, observações e atividades de foco na forma demonstraram que diante de situações em que o insumo linguístico apresentava maior complexidade, as produções orais e escritas ficavam comprometidas e havia menor participação dos aprendentes nas atividades de conversação. Observei ainda, que as atividades de Foco na Forma, a explicitude e as reflexões conduzidas por meio de metalinguagem aproximaram os alunos da solução de dificuldades ante os insumos complexos, e os motivaram a buscar, autonomamente, diferentes alternativas de aprendizagem. Os dados foram cruzados para as análises a respeito das implicações da Consciência Linguageira no desenvolvimento de comportamentos autônomos e da motivação sobre o desempenho dos aprendentes, permitindo uma reflexão relativa ao tema e aos insights significativos para a solução de problemas oriundos da imprevisibilidade do contexto em sala de aula.

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O processamento de voz tornou-se uma tecnologia cada vez mais baseada na modelagem automática de vasta quantidade de dados. Desta forma, o sucesso das pesquisas nesta área está diretamente ligado a existência de corpora de domínio público e outros recursos específicos, tal como um dicionário fonético. No Brasil, ao contrário do que acontece para a língua inglesa, por exemplo, não existe atualmente em domínio público um sistema de Reconhecimento Automático de Voz (RAV) para o Português Brasileiro com suporte a grandes vocabulários. Frente a este cenário, o trabalho tem como principal objetivo discutir esforços dentro da iniciativa FalaBrasil [1], criada pelo Laboratório de Processamento de Sinais (LaPS) da UFPA, apresentando pesquisas e softwares na área de RAV para o Português do Brasil. Mais especificamente, o presente trabalho discute a implementação de um sistema de reconhecimento de voz com suporte a grandes vocabulários para o Português do Brasil, utilizando a ferramenta HTK baseada em modelo oculto de Markov (HMM) e a criação de um módulo de conversão grafema-fone, utilizando técnicas de aprendizado de máquina.

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Objetiva investigar como as crenças sobre o ensino e aprendizagem de inglês de quatro alunas do curso de Letras da UFPA influenciam, positiva ou negativamente, sua prontidão para a aprendizagem autônoma. Os princípios desta pesquisa são qualitativos com a utilização de narrativas, questionário e entrevista para coleta e posterior triangulação de dados. Ao analisar as crenças e sua relação com a aprendizagem autônoma, constatamos que professores e alunos podem construir um novo entendimento do processo de ensino e aprendizagem, assim como podem compreender melhor o papel que desempenham nele. Essa conscientização é um dos importantes fundamentos da autonomia.

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Este estudo tem como objetivo investigar os estilos de aprendizagem de aprendentes de uma turma do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Belém e as estratégias de aprendizagem utilizadas por eles nas aulas de inglês e também fora delas. Além disso, buscamos identificar os objetivos dos aprendentes com relação à aprendizagem de inglês. Foram adotados os princípios da pesquisa qualitativa estudo de caso para coleta e análise de dados. Os instrumentos utilizados foram questionários, auto-relatos verbais e notas de campo. As propostas de Brown (1994), Felder e Soloman (1993) e Oxford (2003) forneceram suporte teórico para uma tentativa de classificação dos estilos de aprendizagem. Escolhemos as teorias de Oxford (1990) para descrever e classificar as estratégias. Para tornar a aprendizagem de uma LE mais eficaz na escola pública, exploramos a possibilidade de propor uma instrução baseada em estratégias integrada ao conteúdo do curso regular. Com esse objetivo, apresentamos dois modelos: Instrução Baseada em Estratégias (IBES) de Cohen (1998) e o Modelo de Treinamento de Estratégias Oxford (1990). Nossos resultados descrevem os estilos e estratégias de aprendizagem dos alunos de uma turma da 8 série do Ensino Fundamental. Aventamos a possibilidade de que, identificadas essas características, professor e alunos podem criar situações de aprendizagem muito mais eficazes.

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Esta pesquisa teve por objetivo refletir sobre o ensino instrumental da leitura em inglês, através da utilização de componentes visuais para auxiliar leitores na construção do significado. Com pressupostos teóricos baseados principalmente em Swales (1990); Soares (1993); Bronckart (1999); Joly (2002); Santaella (1983, 2000); Magno e Silva (2002, 2004); e Field (2004), efetuamos um estudo descritivo das características semiótico-discursivas presentes em manuais de instalação de softwares com enfoque nos recursos visuais. Além disso, coletamos dados e descrevemos os procedimentos pedagógicos observados em uma turma de Inglês Instrumental do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores, da Faculdade de Tecnologia da Amazônia (FAZ), em Belém. Nossa pesquisa-ação objetivou também investigar em que medida os componentes visuais podem influenciar o leitor nas suas escolhas de leitura; de que forma os componentes visuais podem ser utilizados em atividades de pré-leitura, leitura e pós-leitura para conduzir o leitor à compreensão do sentido do texto; e qual a importância dos componentes visuais na leitura de manuais de instalação de softwares. Os resultados da análise foram sucessivamente alterando a coleta seqüencial dos dados e mostraram que os componentes visuais são excelentes ferramentas que, quando bem utilizadas e associadas às palavras, podem incentivar e simplificar o processamento da leitura, especialmente num contexto em que os participantes não possuem pleno domínio lingüístico na língua-alvo.

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Esta dissertação tem por objetivo investigar o ensino de produção oral de língua inglesa nos cursos de graduação em Letras de Belém-PA sob a perspectiva dos gêneros do discurso (Bakhtin, 1992; Bazerman, 2005). Para esse fim, foram realizadas observações de aula em turmas de duas instituições de ensino superior de Belém-Pará e foram coletados os livros didáticos utilizados nestas. Eles foram analisados focalizando-se as atividades de produção oral, verificando se elas incorporam, explícita ou implicitamente, a noção de gênero do discurso em sua formulação e o tratamento dado a linguagem oral presente nos mesmos a fim de comparar as propostas metodológicas desses manuais e o que efetivamente é realizado em sala de aula. Também foram aplicados questionários a professores e alunos das turmas observadas. A análise dos dados revela que a presença de uma concepção de língua como gênero ainda é incipiente na elaboração de atividades de oral e que há carência de uma variedade de gêneros orais como objeto de estudo durante a graduação, já que praticamente o único estudado é o diálogo didático.

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Apresenta resultados de uma pesquisa investigativa realizada no campo do ensino e aprendizagem de línguas buscando desenvolver a autonomia do aluno referente à aquisição do conhecimento de língua inglesa em uma escola rural. Este trabalho derivou da necessidade de tornar significativa a aprendizagem de inglês levando em consideração também a motivação como um elemento importante na construção desse conhecimento. Do ponto de vista teórico foram relevantes as contribuições de e Harmer (2001), Brown e Jacob (apud WILLIAN et al, 2004) sobre motivação; Holec (apud PAIVA, 2005), Little (1991), Dickinson (1994) Benson (2001) e Paiva (2007) no que se refere à autonomia no ensino e aprendizagem de línguas. Do ponto de vista metodológico, as contribuições de Hadley (2004) e Viana (2007) foram importantes para o direcionamento dos procedimentos de constituição dos dados à luz dos estudos da pesquisa-ação. Este trabalho foi realizado por mim enquanto professora e pesquisadora, coletando os dados em minha sala de aula com uma turma de Ensino Médio composta por vinte e oito alunos do primeiro ano do turno da noite em uma escola pública na cidade de São Francisco do Pará. A análise dos dados permitiu afirmar que uma aprendizagem significativa deve partir de situações que envolvam os alunos em condições de uso da língua. Ele também mostrou que situação de uso da língua em contexto real faz a aprendizagem ter mais sentido para os alunos ao mesmo tempo em que adotam autonomia. A atividade que conduziu este estudo foi chamada de foi Posters' show cujo objetivo desenvolver nos alunos comportamentos diferenciados em relação à aprendizagem. Pois, em se tratando de autonomia, a vivência dos alunos, a experiência, e a responsabilidade na situação de aprendizagem são mais importantes do que o domínio das regras gramaticais ou mesmo do conteúdo programático anual destinado à cada etapa de ensino. A análise dos dados permitiu afirmar que o trabalho obteve resultados positivos, pois ocorreram mudanças nos alunos acerca da própria aprendizagem, evidenciando que é possível construir atitudes autônomas se forem dadas condições apropriadas aos alunos.

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Em 2025 o número de idosos no mundo irá dobrar e por volta de 2050 alcançará dois bilhões de indivíduos, estando a maioria em países desenvolvidos. A doença de Alzheimer (DA) é a quarta doença que mais compromete a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende sugerir novas metodologias de avaliação de pacientes com declínio cognitivo e doença de Alzheimer, apresentando uma versão brasileira a partir da versão original em língua inglesa intitulada “Test Your Memory” TYM (“teste sua memória- TSM), bem como mostrar os resultados do desempenho dos idosos na bateria de testes neuropsicológicos de Cambridge (CANTAB). Trata-se de estudo analítico, transversal retrospectivo do tipo caso-controle, realizado em pacientes do ambulatório de Geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto, e em voluntários da comunidade no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. Participaram 95 indivíduos com 65 ou mais anos de idade, divididos em 3 grupos: Alzheimer (DA, n=21), declínio cognitivo (DCL, n=31) e controle (n=43). Foram excluídos pacientes com história de acidente vascular encefálico (AVE), depressão primária, trauma cranioencefálico, outras demências, outras patologias neuropsiquiátricas e déficits visuo-auditivos limitantes. Os participantes foram submetidos à avaliação inicial, triagem com GDS-5 e DSM-IV, ao Questionário Internacional de Atividades Físicas (IPAQ), testes neuropsicológicos da bateria CERAD, teste do relógio, TSM (versão adaptada para o Português) e a bateria de Alzheimer do CANTAB. A análise estatística foi realizada empregando-se ANOVA, um critério, definindo-se o valor p<0,05 como significante. Houve predomínio em todos os grupos de indivíduos do gênero feminino, de cor parda, na faixa etária de 70 a 79 anos. A média de pontuação do MEEM entre os três grupos foi diferente (controle: 26,6±2,2; DCL: 25,1±2,6; DA: 17,3±4,9; p<0,05), entretanto o TSM mostrou ser uma ferramenta de triagem mais confiável para distinguir os pacientes DCL dos DA (controle: 42,4±5; DCL: 35,5±7,7; DA: 25,7±8; p<0,01). Na lista de palavras do CERAD, teste do relógio, TNBR e na fluência verbal fonológica os três grupos apresentaram diferenças significantes na média de pontos obtidos. A média da pontuação total no TSM foi significativamente menor nos grupos DCL e DA do que no grupo controle, e no grupo DA em relação ao DCL. Os testes e medidas do CANTAB que separam os três grupos pelo desempenho obtido são: RVP A‟, número de tentativas para o sucesso e total de erros na fase de 6 figuras do PAL. Foram encontradas boas correlações entre o TSM e outros testes, principalmente com o MEEM (Coeficiente de Pearson, r = 0,79; p<0,0001) e teste do relógio (r = 0,76; p<0,0001), bem como boa correlação entre as medidas do PAL e a pontuação do TSM e o MEEM. O nível de atividade física no grupo controle foi maior do que em todos os outros grupos. Ao ser correlacionado o nível de atividade física e o desempenho nos testes cognitivos, não foram observadas diferenças significativas nos diferentes grupos, exceto pela evocação de palavras no grupo DCL. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a aplicação de testes neuropsicológicos automatizados associados aos testes da rotina clínica e ao TSM aumentam a resolução e a confiabilidade das análises particularmente no estágio inicial das síndromes demenciais onde a precocidade e a precisão diagnóstica são fundamentais para orientar as ações terapêuticas, sejam elas medicamentosas e/ou comportamentais.