3 resultados para Historic conscience. Country of Mossoró . Memory. Spatiality.

em Universidade Federal do Pará


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Somos frequentemente tachados de uma populao sem memria, no por no termos passado, isso seria absurdo sendo que nossa ptria responsvel por vrias construes culturais e conquistas cientfico-tecnolgicas. O problema reside no carter de negligncia que a maioria da populao est habituada quando da conservao dos bons valores e saberes. Sendo assim, muitas atividades e procedimentos so tratados com descaso por esta parte da populao. No estamos tratando aqui apenas da populao com pouco ou nenhum acesso educao, mas das classes intelectualizadas que confiam na cincia como algo acabado e sem fundamentao histrica, uma vez que primam pelos resultados obtidos e no pelos meios de construo destes conhecimentos. neste contexto que julgamos se justificar nossa assero epistemolgica. Possumos o entendimento de que nada relacionado ao processo de ensino deve ser tratado sem uma formao conceitual paltada na sua histria. Isto por acreditarmos que somente aps um ato de reflexo sobre as aes praticadas no cotidiano acadmico, podemos perceber as devidas relaes incorporadas ao campo da conscincia pessoal, social e cultural. Tendo incorporado tal ideal, sentimos a necessidade de respaldo no certame da Educao Matemtica, mais especificamente em se tratando da defesa da Histria da Matemtica como metodologia de ensino. Para tanto investigamos por meio de um questionrio as posies quanto educao, histria e matemtica de diversos professores da rede pblica e particular de ensino. Os pensamentos destes professores foram de grande importncia para moldar as formas com que abordaramos nossa defesa da histria como metodologia de ensino da matemtica. Julgamos importante, ainda, explicitar nossa maneira de conceber a reflexo por meio da construo do conhecimento, sendo este tratado tanto em cunho filosfico como psicolgico. A construo da dissertao no estaria completa se no discutssemos as formas de percepo da histria no decorrer dos tempos e a nossa concepo da histria como metodologia de ensino. Por isso fizemo-lo, com a esperana de estarmos contribuindo para a melhoria da postura dos professores de matemtica em sala de aula e da conscincia de que devemos ter memria da construo de nossos saberes.

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Analisa os poemas da Trilogia Amaznica (Cantares Amaznicos) com o objetivo de apontar como o poeta aborda as formas do mito e como revive e recria um pouco da histria da Amaznia. Os conceitos terico-metodolgicos que a permeiam so do prprio poeta, tais como converso semitica e epifania negativa, dentre outros. Utilizam-se, tambm, algumas obras que retratam a situao da Amaznia a partir dos anos 50, perodo da implantao do projeto de desenvolvimento para modernizao da regio. A leitura dos poemas se realiza luz desse contexto histrico e cultural em que a chegada de novos capitais regio desestrutura as relaes a existentes. Como se deu esse processo? Quais as suas conseqncias para as populaes autctones e para a natureza, que virou espao paradoxal de civilizao e barbrie, produto de explorao e cobia, perturbando o homem amaznico? Como se processa a passagem de uma mentalidade mtica a uma racionalidade, isto , a deslenda mtica e a viso da cidade como um espao de runa: memria e esquecimento desse trajeto, entre poesia e realidade, que o poeta colhe o material para sua escritura, convertendo a realidade como material esttico, no para estetizar a misria, mas como maneira de dar forma potica ao tempo histrico que cruza e cruzado com o mito, ou as formas poticas do mito.

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A presente dissertao trata da atuao de intelectuais (poetas, jornalistas, militantes, estudantes, folcloristas, antroplogos) e artistas populares na formao da chamada MPB, Msica Popular Brasileira, no Par. Entre meados da dcada de 1960 e de 1970, setores intelectualizados da classe mdia paraense iniciaram uma grande mobilizao no sentido de atualizarem a msica popular produzida em Belm aos debates polticos e estticos que a MPB realizava no restante do pas. Festivais foram realizados, grupos de poesia e msica surgiram, atuaes polticas se misturavam com posturas boemias e grande atividade artstica. A nova intelectualidade buscava ao mesmo tempo fazer uma msica moderna, mas pautada em elementos da cultura popular paraense ou amaznida. Em meio a novos artistas advindos destes setores da sociedade uma reviso da memria da msica popular se fazia e antigos nomes eram incorporados a uma tradio. Concomitantemente a isso, o carimb, que at ento estava restrito s cidades e comunidades interioranas, surge em Belm como uma exploso musical e torna-se msica consumida pelas rdios, TVs e indstria do disco. A urbanizao deste gnero do folclore regional leva a um amplo debate sobre autenticidade, mercado e identidade cultural da regio amaznica e do Par em particular. Neste processo, artistas de extratos populares entram em cena dando sua contribuio msica popular do Norte. O amplo debate nos jornais sobre o carimb (sua autenticidade ou sua degenerao frente ao mercado) se soma as atuaes da jovem intelectualidade. Neste complexo contexto de mltiplas atuaes surge uma MPB de feies regionais.