19 resultados para Hanseníase Teses

em Universidade Federal do Pará


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A hanseníase uma doena infecciosa crnica, causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta preferencialmente nervos perifricos e pele. O acometimento nervoso responsvel por deformidades e sintomatologia dolorosa, com consequente diminuio da qualidade de vida dos pacientes. A amitriptilina vem sendo utilizada como droga de escolha no alvio da dor neuroptica nesses indivduos. Entretanto, considerando a estreita faixa teraputica e a importante variabilidade interindividual desse frmaco, faz-se necessrio a monitorizao de suas concentraes plasmticas a fim de otimizar os esquemas teraputicos. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi validar metodologia analtica por Cromatografia Lquida de Alta Eficincia, determinar as concentraes plasmticas de amitripitilina, bem como comparar as concentraes plasmticas de amitriptilina com a presena de poliquimioterapia e o tipo de episdio reacional nos pacientes atendidos no Ambulatrio do Ncleo de Medicina Tropical, que utilizaram doses de 25 e 50 mg/dia. A tcnica validada demonstrou resultados adequados e perfeitamente aplicveis metodologia desejada. Dentre os pacientes participantes do estudo, 12 (57%) foram do sexo masculino e 9 (43%) feminino. Em relao ao perodo de ocorrncia do episdio reacional 8 pacientes (38%) estavam fazendo uso da poliquimioterapia e 13 pacientes (62%) aps o trmino do tratamento. Dez pacientes (47%) participantes do estudo apresentaram episdio reacional tipo I e 11 (53%) do tipo II. A concentrao plasmtica mdia de amitriptilina na dose 25mg/dia foi de 318 144 ng/mL e na dose de 50 mg/dia foi de 361,08 182. O coeficiente de variao foi de 53, 16 e 50,5 respectivamente.

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A hanseníase, doena endmica no Brasil, de carter crnico, que afeta principalmente o tegumento cutneo e os nervos perifricos. Tambm pode afetar a bucofaringe. Este trabalho objetivou realizar estudo sobre a Preveno de Incapacidades (PI) em Hanseníase, na Primeira Regio de Sade de Rondnia, no Programa para Eliminao e Controle da Hanseníase com sede no municpio de Ji-Paran, que envolve o atendimento sistemtico aos portadores de Hanseníase de 16 municpios circunvizinhos. Utilizou-se como instrumento de coleta um levantamento de dados nos mapas de controle e relatrios da 1 Regio de Sade de todos os indivduos atendidos no programa no perodo de 2000 e 2001, considerando-se faixa etria, sexo, forma clnica e grau de incapacidade. Foram estudados 331 indivduos, na faixa etria de 10 a 84 anos de ambos os sexos. Numa etapa posterior, foi analisado o cruzamento dos dados acima mencionados com outros estudos feitos a respeito do assunto. Baseado nos resultados encontrados e discutidos, ficou evidenciada a importncia do diagnstico precoce, do tratamento imediato pelo uso da poliquimioterapia e da preveno de incapacidades como meio de estacionar ou regredir leses advindas do acometimento dos nervos perifricos e pele, encontrados em algumas formas da hanseníase, principalmente, na Tuberculide e Dimorfa, que so as de maior freqncia na rea estudada.

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Em um pas onde a hanseníase endmica e onde a infeco pelo HIV continua expandindo-se e interiorizando-se, espera-se encontrar um aumento da prevalncia de indivduos convivendo simultaneamente com hanseníase e HIV/aids. Com o objetivo de identificar fatores de risco para a hanseníase em portadores de HIV/aids e descrever aspectos clnicos e epidemiolgicos, realizou-se um estudo de caso controle envolvendo 33 pacientes co-infectados (HIV/hanseníase) e 90 controles (HIV/aids sem hanseníase). Na amostra estudada o sexo masculino foi mais freqente tanto nos coinfectados quanto nos controles, prevaleceram jovens e adultos jovens em ambos os grupos, Belm foi a rea de procedncia mais freqente entre co-infectados e controles, no houve diferena entre renda familiar de co-infectados e controles, os pacientes co-infectados apresentavam-se, em sua maioria, no estgio de aids com grande oscilao de clulas CD4 perifricas. As formas clnicas mais freqentem ente encontradas, entre os co-infectados, foram as paucibacilares, sendo a mdia de clulas CD4+ no sangue perifrico significativamente maior no grupo de co-infectados. Os provveis fatores de risco para hanseníase relacionados infeco pelo HIV (situao clnica, situao de imunodeficincia laboratorial e co-morbidades com outras micobacterioses) no foram estatisticamente significantes. Os fatores de risco para hanseníase j descritos na literatura, tais quais contatos intradomiciliares e antecedentes familiares de hanseníase, demonstraram ser significativamente os fatores de risco para a hanseníase em indivduos com HIV/aids, aumentando em 45 vezes e 21 vezes, respectivamente, a chance de adoecer do mal de Hansen. A recidiva no se configurou como fator de risco para a Hanseníase em pacientes HIV/aids. A maioria dos coinfectados apresentaram sinais e sintomas de hanseníase 6 meses aps o inicio da TARV, confirmando estudos anteriores que sugerem ser a hanseníase uma doena associada reconstituio imunolgica no paciente portador de HIV/aids. Estudos subseqentes fazem-se necessrios para complementar este e os anteriores sobre esta to intrigante e desafiante co-infeco.

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O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clnico-epidemiolgico de sade bucal em pacientes portadores de hanseníase em PQT atravs da avaliao clnica da mucosa bucal, dos indicadores epidemiolgicos IPV (ndice de Placa Visvel), ISG (ndice de Sangramento Gengival), ICPOD (ndice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados) e mensurao do fluxo salivar pelo ISS (ndice de Secreo Salivar), alm da capacidade tampo pelo pH salivar. A amostra foi de 80 pacientes na faixa etria de 8 a 73 anos submetidos ao exame clnico bucal e coleta estimulada de saliva, divididos em Grupo de Estudo (GE), constitudo de 40 pacientes portadores de hanseníase em PQT, atendidos no CRTDS Dr. Marcello Candia Marituba-Pa; e Grupo Controle (GC), de pacientes no portadores de hanseníase. Os resultados apontaram, 62,5% de alteraes inespecficas da mucosa bucal, dentre as mais frequentes pigmentao racial na gengiva, linha alba mordiscada na mucosa jugal, inflamao gengival, varicosidade no ventre lingual e trauma por uso de prtese no GE, no havendo diferena estatstica significante (p=0,14) com o GC. A mdia do IPV no GE foi de 50,4% das superfcies dentrias com acmulo de placa bacteriana, no havendo tambm diferena estatisticamente significante (p=0,40) com o GC. O IPV foi maior nos indivduos sem acesso ao servio odontolgico e medida que aumentou o grau de incapacidade dos pacientes menor foi o acesso ao servio. A mdia do ISG foi de 29,7% das superfcies dentrias com sangramento gengival, no havendo diferena estatstica significante (p=0,35) com o GC. O ICPOD mdio foi de 11,6 variando de 4,0 a 24, o que aumentou com o avano da idade. O maior acmulo de placa, o sangramento gengival e o consumo de alimentos carignicos fora do horrio da refeio tambm contribuiram para o aumento do ICPOD. Outro fator relacionado ao aumento de ICPOD foi o no acesso ao servio odontolgico por 70% dos pacientes hansenianos, havendo diferena estatisticamente significante (p=0,0005) com o GC e a falta de orientao de higiene bucal em 60%, havendo diferena estatisticamente significante (p=0,01) com o GC. O ISS mdio foi de 0,9ml/min e no apresentou associao com as doses do PQT e nem com o uso de prednisona. Dos pacientes do GE, 25% apresentaram hipossalivao, mas no houve aumento de ICPOD e nenhum dos grupos revelou alterao de pH salivar, variando de 5,85 a 7,34, com capacidade tampo dentro do padro de normalidade. Concui-se que perfil clnico-epidemiolgico dos pacientes portadores de hanseníase assemelha-se a do grupo controle, no tendo sido diagnosticado nenhuma alterao da mucosa bucal especfica para hanseníase, o que no anula, entretanto a pssibilidade da cavidade bucal ser fonte de infeco para hanseníase necessitando de confirmao histopatolgica e/ou PCR para deteco de M. leprae vivel. Alm disso, os dados mostraram que a maioria dos pacientes hansenianos avaliados no tem acesso ao servio odontolgico, nem orientao de higiene bucal, resultante da falta de polticas pblicas de sade bucal para hansenianos.

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A hanseníase doena infecto-contagiosa crnica causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurolgico, variando em espectro entre dois polos estveis (tuberculoide e virchoviano), com formas intermedirias instveis. Uma classificao operacional, para fins de tratamento, rene os doentes em dois grupos: paucibacilares (PB) que correspondem a formas clnicas que possuem 1-5 leses e baciloscopia negativa; multibacilares (MB) que correspondem a formas clnicas com mais de 5 leses e com ou sem baciloscopia positiva. Apesar de curvel, a hanseníase ainda representa relevante problema de sade pblica. Sua maior morbidade associa-se aos estados reacionais e ao acometimento neural que podem causar incapacidades fsicas e deformidades permanentes, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Consequncias clnicas, no que diz respeito as alteraes oftalmolgicas, endcrinas e cardiovasculares podem advir da etiopatogenia do processo infeccioso e imunopatolgico, assim como dos efeitos adversos medicamentosos, desse modo tais eventos necessitam de esclarecimento afim de que o planejamento em sade possa minimizar tais agravos. Um pronto diagnstico, possibilita um tratamento precoce e eficaz, evitando com isso alteraes clnicas importantes e sequelas. Foi realizado um estudo descritivo do tipo srie de casos com 68 pacientes com alta teraputica da hanseníase maior ou igual a 2 anos e com tratamento dos estados reacionais, tendo como objetivo descrever os aspectos clnicos, epidemiolgicos e laboratoriais em pacientes multibacilares aps alta com enfoque no diagnstico de hipertenso, diabetes, osteoporose e discutir possveis relaes com tratamento dos episdios reacionais hansnicos. Observamos que a maioria dos pacientes eram do sexo masculino, com faixa etria acima de 45 anos, procedente de Belm, baixa escolaridade e de baixa renda familiar, o tipo de hanseníase predominante foi a forma virchowiana, a reao reversa foi o estado reacional mais prevalente, o corticoide foi o medicamento mais utilizado para o tratamento nos estados reacionais, os pacientes que no usaram corticoide apresentaram maior percentagem de densitometria normal, as comorbidades diabetes, hipertenso e osteoporose foram mais frequente em pacientes que usaram corticoide e com idade acima de 45 anos. O grau 2 foi o grau de incapacidade mais prevalente.

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A hanseníase uma doena infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae que configura srio problema de sade pblica no Brasil, principalmente na regio Norte. O coeficiente de deteco anual de hanseníase em menores de 15 anos utilizado pelo ministrio da sade para avaliar a magnitude da transmisso em uma determinada populao. O estudo teve como objetivo investigar e analisar a incidncia da hanseníase em menores de 15 anos no municpio de Jacund - PA, em uma srie histrica (1999-2008) e a sua relao com a implantao dos servios de vigilncia em sade. Respeitando os critrios de excluso, ao final, o estudo compreendeu 210 casos que foram notificados no perodo. A pesquisa foi realizada na base de dados do SINAN da SMS do municpio visando dados de dois instrumentos: Ficha de notificao e boletim de acompanhamento. Observou-se que nos anos seguidos de implantao de servios de sade, houve aumento na taxa de deteco e o municpio manteve-se hiperendmico nos ltimos nove anos da srie (> 1,0 caso/10 mil habitantes), entretanto nos ltimos trs anos, a incidncia apresentou declnio, com evidncias de que a implantao de novos servios contribuiu com o novo cenrio. A maioria dos pacientes incluiu-se na faixa etria entre 10 e 14 anos (64,76%), sexo masculino (50,5%), procedentes da zona urbana do municpio (84,3%) com predomnio da forma dimorfa (42,4%) por ocasio do diagnstico. Observou-se que segundo a classificao operacional, a forma paucibacilar foi predominante (52,9%), o que pode ser atribudo melhoria do diagnstico em fases precoces. Concluiu-se, baseado no indicador do estudo, que h tendncia ao declnio da endemia no municpio.

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Hanseníase um problema de sade pblica no estado do Par e um desafio para os Programas de Controle que almejam o estabelecimento de estratgias para minimizao do agravo da doena. O entendimento do mecanismo gentico e imunolgico para explicar a manuteno da endemia pode ser uma das alternativas para melhoria da abordagem do problema na nossa regio. O gene humano de resistncia natural associada protena macrofgica NRAMP1 expresso em macrgfagos e parece estar envolvido com a influncia no padro de resposta imune infeco com Mycobcaterium leprae. Ns avaliamos associao do polimorfismo deste gene, j descrito por BUU et al, 1995 com a hanseníase per se e com os tipos da doena, segundo os nveis de anticorpos anti-PGL-1 na populao estudada. Um total de 122 pacientes com hanseníase e 110 no doentes procedentes de municpios endmicos do estado do Par, foram genotipados para o polimorfismo deste gene e analisados segundo os nveis de anticorpos anti-PGL-1 desta micobactria. Observou-se associao com a hanseníase per se (p=0.0087), e o polimorfismo da regio 3 no traduzida do gene NRAMP1 com insero/deleo de 4 pares de bases foi fortemente associado com a forma multibacilar (p= 0.025) comparado aos contatos no cosanguneos. Heterozigotos e portadores do alelo com a deleo (159pb) foram mais freqentes entre os casos multibacilares do que nos paucibacilares. Os hapltipos do gene NRAMP1 parecem exercer influncia importante na apresentao clnica da hanseníase, revelada tambm pela positividade ao antgeno PGL-1 do mycobacterium leprae.

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A incapacidade fsica o principal problema da hanseníase. Apesar do sucesso da poliquimioterapia (PQT) no tratamento da doena, sabe-se que cerca de 25% a 50% dos pacientes podem ter algum dano do nervo e desenvolver incapacidades fsicas, classificada pela Organizao Mundial de Sade (OMS) como grau de incapacidade fsica (GIF) 0 para sensibilidade normal, sem deformidades visveis, 1 para a sensibilidade diminuda, sem alteraes visveis, ou 2 para deficincias visveis / deformidade. De 2004 a 2010 o Brasil registrou 21,7% dos casos como sendo GIF 1 e 7% como GIF 2, enquanto que no Estado do Par, 15,3% dos pacientes foram diagnosticados com GIF 1, e 5,1% com GIF 2 no momento do diagnstico de hanseníase. A fim de investigar as incapacidades fsicas em pacientes curados, examinamos as funes sensitivo-motoras de 517 pessoas afetadas pela hanseníase, notificados 2004 a 2010 em oito municpios hiperendmicos da Amaznia brasileira, correlacionando os achados com aspectos epidemiolgicos e scio-econmico, e comparando com os dados encontrados no Sistema Nacional de Informao de Agravos de Notificao (SINAN). Adicionalmente, 2164 contatos intradomiciliares dos pacientes visitados foram avaliados clinicamente em busca de sinais e sintomas da doena. As visitas domiciliares dos pacientes constaram de avaliao clnica, avaliao neurolgica simplificada e determinao do GIF, realizao de entrevista sobre suas caractersticas demogrficas e scio-econmicas. O GIF 1 foi encontrado em 16,2% e DG 2 em 12,4% dos pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlao estatisticamente significativa entre as formas multibacilares (MB) e o GIF 1 ou 2 (p <0,001), incapacidade fsica e o sexo masculino (p <0,001); incapacidade ocorreu em casos acima de 40 anos de idade (p <0,001). Mais da metade (50,5%) dos casos no tinha cicatriz de BCG, correlacionada com idades mais elevadas (p <0,001), casos MB (p <0,001), e com incapacidade (p <0,005). Por fim, embora SINAN informe apenas 5,6% de casos com GIF 2, encontramos 12,4% durante nossas visitas. Entre os contatos, foram diagnosticados 181 casos novos, 127 (70,2%) foram diagnosticados como multibacilares e 17,1% apresentaram incapacidade fsica, sendo 5,5% GIF 2. A ocorrncia de deficincia fsica foi predominante em pacientes MB, homens,> 40 anos de idade e sem cicatriz de BCG, todos os fatores de risco importantes para o desenvolvimento de deficincia. As diferenas de GIF encontradas no SINAN e no nosso estudo sugerem piora das funes sensrio-motor aps a alta da PQT, indicando a importncia do acompanhamento destes pacientes por anos depois de terminar o tratamento MDT. A alta taxa de deteco de casos novos diagnosticados neste estudo reflete o baixo ndice de avaliao de contatos no estado do Par (58,8%), perpetuando o diagnstico tardio. Os achados clnicos sugerem a existncia de prevalncia oculta e alto ndice de infeco subclnica na amostra estudada, indicando necessidade de avaliao clnica peridica.

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O presente estudo teve por objetivo avaliar a correlao entre a atividade de macrfagos e a apoptose nas formas polares da hanseníase. Para tal foram analisadas amostras constitudas de 29 biopsias de pele de pacientes com as formas polares da hanseníase. Para a medida da atividade macrofgica e da apoptose, utilizou-se o mtodo imunohistoqumico, visando os marcadores lisozima, CD68, iNOS (para atividade de macrfago) e caspase 3 (para apoptose). No tratamento estatstico, foi utilizado o teste no paramtrico de Mann-Whitney e a Correlao linear de Spearman. Os resultados obtidos sugerem que a taxa de apoptose sofre influncia direta da atividade macrofgica nas leses de pacientes TT, contudo nas leses LL, notou-se que outros fatores devem estar induzindo a morte celular programada, possivelmente o TGF-.

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A hanseníase uma infeco crnica e granulomatosa da pele e nervos perifricos, que infecta principalmente macrfagos e clulas de Schwann. A Organizao Mundial de Sade classifica a hanseníase em duas formas polares: multibacilar e paucibacilar, de acordo com o ndice baciloscpico e a resposta imune do hospedeiro. As clulas natural killer (NK) tm um importante papel na infeco, sendo a primeira forma de defesa contra organismos intracelulares. As clulas NK utilizam muitos tipos de receptores de superfcie celular, como os receptores imunoglobulina-smiles de clula NK (KIR), que podem inibir ou ativar a resposta citoltica de NK, atravs do reconhecimento de molculas do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) de classe I na clula alvo. Nesse estudo caso controle, a presena ou ausncia de 15 genes KIR e seus ligantes HLA-C foram investigadas, na inteno de se descrever sua variabilidade genotpica, associao com a hanseníase e sua evoluo clnica. A genotipagem do complexo de genes KIR e dos grupos NK1 e NK2 de HLA-C foi feita por PCR-SSP em 105 pacientes e 104 controles. KIR2DL2 e KIR2DL3, na presena do seu ligante HLA-Cw parece predispor hanseníase (p=0,046; X<sup>2</sup>= 3,97; OR=1,99; IC 95%= 1,00-3,97). Alm disso, a prevalncia da hanseníase ao redor do mundo e as freqncias de KIR2DL2 se correlacionaram positivamente. Esse achado, juntamente com a associao entre KIR2DL3 e a tuberculose, descrita por outros autores, sugere que esses genes de receptores inibitrios predispem doena. Adicionalmente, o gene KIR2DS2 foi associado com o desenvolvimento da hanseníase paucibacilar (p=0,009; X<sup>2</sup>= 7,23; OR=3,97; IC 95%= 1,37-9,96), possivelmente modulando o desenvolvimento para a forma mais branda da doena.

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A hanseníase uma doena infecto-contagiosa, cujo comprometimento vocal manifesta-se desde rouquido dificuldade respiratria. OBJETIVO: Comparar as principais queixas vocais entre pacientes idosos ps-tratamento para hanseníase e um grupo controle. FORMA DE ESTUDO: Descritivo prospectivo. MATERIAL E MTODO: Foram includos 50 pacientes com idade superior a 60 anos; 32 haviam sido tratados para hanseníase e os demais constituram o grupo-controle. Houve aplicao de questionrio prprio, sendo analisados os sintomas vocais apresentados pelos dois grupos,assim como sexo, faixa etria, hbitos de vida e comorbidades. RESULTADOS: Dentro do grupo ps-tratamento, os sintomas mais frequentes foram pigarro (34,4%) e rouquido (28,1%), enquanto que no grupo controle os sintomas mais prevalentes foram pigarro (77,8%) e sensao de corpo estranho (55,6%). CONCLUSO: Os sintomas vocais mais prevalentes em pacientes ps-tratamento para hanseníase so o pigarro e a rouquido e sua evoluo influenciada pelos hbitos de vida e por doenas associadas.

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O processo inflamatrio decorrente da infeco por Mycobacterium leprae e a administrao de frmacos com propriedades oxidativas, como a dapsona, so fatores de riscos ao estresse oxidativo ocasionado em pacientes com hanseníase. Este trabalho visa determinar as concentraes plasmticas de dapsona em pacientes com hanseníase em uso de poliquimioterapia (PQT), correlacionando ao desenvolvimento do estresse oxidativo. Para o estudo, foram selecionados indivduos saudveis e pacientes com hanseníase, acompanhados antes (D0) e aps a terceira dose supervisionada de PQT (D3). As concentraes plasmticas de dapsona dos pacientes sob tratamento foram mesuradas por cromatografia liquida de alta eficincia. A avaliao do estresse oxidativo foi realizada atravs da determinao de metemoglobina (MetHb) e das concentraes de glutationa reduzida (GSH), xido ntrico (NO), malondialdedo (MDA), capacidade antioxidante total (TEAC) e avaliao das atividades das enzimas catalase (CAT), superxido dismutase (SOD) e da presena de corpsculo de Heinz em esfregaos sanguneos. No perodo de estudo foram obtidas 23 amostras de pacientes com hanseníase D0, 13 pacientes em D3 e 20 de indivduos saudveis e sem a doena. As alteraes no pacientes antes do tratamento estavam associadas ao aumento de NO (D0=18.91 2.39; controle= 6.861.79mM) e a reduo significativa na enzima SOD (D0=69.8812.26;controle= 138.4214.99nmol/mL). Com relao aos pacientes sob tratamento, a concentrao de dapsona no plasma foi 0.552 0.037 g/mL e as principais alteraes observadas foram o aumento significativo no percentual de MetHb (D3= 3.290.74;controle=0.660.051%) e presena de corpsculo de Heinz. Nos pacientes em tratamento tambm se observou aumento nos nveis de GSH (7.011.09g/mL) quando comparados ao controle (3.331.09g/mL) e diminuio da atividade de CAT (D3= 10.29 2.02; controle= 19.522.48 U/g de protenas). Os nveis de MDA antes e durante o PQT no mostraram alterao, enquanto os nveis de TEAC aumentaram significativamente neste pacientes (D0=2.90 0.42; D3=3.040.52; controle= 1.420.18mol/mL). Estes dados sugerem que a PQT a principal responsvel pelo desenvolvimento de estresse oxidativo, atravs da gerao de danos oxidativos identificados pela presena de corpsculo de Heinz e aumento no percentual de MetHb.

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O presente estudo analisa teses e dissertaes brasileiras relacionadas com o tema Educao e Relaes Raciais defendidas entre os anos de 2004-2013, cujo objetivo identificar o que dizem as produes acadmicas em relao educao e relaes raciais neste perodo. Com este intuito, foi realizada uma pesquisa do tipo qualitativa por meio da modalidade estudo bibliogrfico utilizando-se o procedimento de coleta on-line de dados efetivada a partir do acesso ao stio da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertaes. Para o tratamento das informaes recorreu-se anlise de contedo de Bardin (2011) como aporte metodolgico e ao conceito de campo em Bourdieu (1974, 1976, 1983,1994, 1995,1998, 2003), enquanto aporte terico. O resultado da investigao aponta para a acrescente abordagem sobre o tema relaes como: movimentos sociais; identidades; racismo; formao de professores; propostas e prticas pedaggicas; memrias; aes afirmativas e polticas educacionais; currculos e programas; instrumentos pedaggicos; estado da arte, concepes tericas, dentre outros, o que possibilita a visibilidade dos debates e favorece a criao de um campo em que disputas de fora e sentidos podem mobilizar um poder simblico capaz de impulsionar a superao da condio de excluso social presente em diferentes esferas da sociedade.

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A hanseníase, doena milenar, ainda constitui um grande desafio para a sade pblica, inclusive no que se refere a diagnstico precoce e vigilncia em sade. Com objetivo de estimar a soroprevalncia de anticorpos antiPGL-1 atravs do teste rpido ML-Flow em casos de hanseníase e seus contatos intradomiciliares de municpios endmicos do Par, realizou-se um estudo transversal incluindo 73 casos novos de hanseníase e 135 contatos intradomiciliares, selecionados no perodo de abril de 2011 a janeiro de 2012, nas unidades de referncia para tratamento de hanseníase nos municpios de Belm, Marituba, Igarap-A e Santarm. Os resultados demonstraram uma prevalncia de 14,8/10.000hab de casos de hanseníase entre os contatos examinados. A soropositividade do ML Flow nos casos ndices foi de 53,42% em pacientes multibacilares e 13,33% nos contatos intradomiciliares. Houve associao direta de positividade do ML Flow nos contatos intradomiciliares com o ndice baciloscpico do caso ndice. No houve associao direta do tempo de convivncia e a consanguineidade do caso ndice em relao ao teste ML Flow. Houve associao entre a positividade do teste ML Flow e a realizao da vacina BCG entre os contatos. Estes resultados indicam que a introduo do teste ML Flow poderia servir como instrumento auxiliar no monitoramento dos casos e seus contatos, tornando-se de grande relevncia na vigilncia epidemiolgica da hanseníase.

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No Brasil, a hanseníase ainda persiste com elevados coeficientes de deteco, inclusive em menores de quinze anos, em especial nas Regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os resultados de estudos soroepidemiolgicos para hanseníase, utilizando teste sorolgico anti- PGL-1, pelo mtodo Elisa, realizados no Estado do Par onde os municpios em sua maioria alcanam patamares de elevadas endemicidade, podem ser comprometidos pela ausncia de definio local de parmetro que limite os nveis sricos de anticorpos especficos, IgM, anti- PGL-1 entre positivos e negativos; assim como, as avaliaes e o seguimento de casos de pacientes reacionais e suspeitos de recidiva, ou de doentes e infectados sem sinais clnicos.Autores defendem a posio de que o ponto de corte (PC), entre positivos e negativos, deve ser encontrado a partir de uma populao de doadores no contato de hanseníase da prpria rea de estudo para possibilitar comparabilidade. O objetivo do estudo foi descrever o comportamento sorolgico dos nveis de anticorpos anti-PGL-1, mtodo ELISA, em indivduos sadios de reas endmicas em hanseníase no Estado do Par, sua correlao com nveis de endmicidade e fatores demogrficos, e identificar PC para o teste. Estudo analtico transversal, populao composta por doadores de sangue dos hemocentros do Estado do Par. Amostra de 1.001 doadores de sangue no contato intradomiciliar de portadores de hanseníase, residentes em reas de elevada endemicidade do Estado do Par. Seleo dos participantes atravs de entrevista e ficha epidemiolgica com variveis independentes, como sexo, idade e cicatriz de BCG que foram correlacionadas com os nveis sorolgicos de anti- PGL-1 encontrados na populao do estudo. Resultados mostraram que no houve significncia estatstica entre sexo, idade, presena de cicatriz de BCG e os nveis de anti- PGL-1, usando PC 0,2. A mdia dos nveis de anti-PGL-1 foi notadamente baixa para reas de hiperndemicidade e muito alta endemicidade. As taxas de soropositividade e soroprevalncia tambm foram consideradas baixas. Foram encontrados diferentes pontos de corte com a mdia geral dos nveis de anti-PGL-1, com a mdia por hemocentro e por municpios. A soropositividade obtida com PC 0,13 dobrou em valores absolutos de 15 para 36 em todas as trs variveis analisadas, apesar de no ter produzido resultados com significncia estatstica. Sugere-se a realizao de mais estudos soroepidemiolgicos utilizando ponto de corte mais baixo, como o encontrado neste estudo (0.13), para avaliar a influencia do mesmo na sensibilidade do teste, na soropositividade em contatos e no contatos de portadores de hanseníase, na descoberta de infeco subclnica e seguimentos dos casos.