2 resultados para Granulocyte-macrophage
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Este estudo examinou a susceptibilidade do macrófago peritoneal (PM) dos primatas neotropicais: Callithrix jacchus, Callithrix penicillata, Saimiri sciureus, Aotus azarae infulatus e Callimico goeldii para a infecção ex vivo por Leishmania (L.) infantum chagasi, o agente etiológico da leishmaniose visceral americana (LVA), como método de triagem para avaliar o potencial desses primatas como modelo de estudo da LVA. A susceptibilidade do PM para a infecção foi investigada através do índice de infecção do PM (PMI) a intervalos de 24, 72 horas e, ainda, pela média dessas taxas (FPMI), assim como, pelas respostas do TNF-α, IL-2 (ELISA de captura) e óxido nítrico (NO) (método de Griess). Às 24hs da infecção experimental, o PMI do primata A. azarae infulatus (128) foi maior que aqueles de C. penicillata (83), C. goeldii (78), S. sciureus (77) e C. jacchus (55). Às 72hs, houve uma redução significativa do PMI de quatro primatas: A. azarae infulatus (128/37), C. penicillata (83/38), S. sciureus (77/38) e C. jacchus (55/12), com exceção de C. goeldii (78/54). O FPMI dos primatas A. azarae infulatus (82.5) e C. goeldii (66) foi maior que do primata C. jacchus (33.5), porém, não foi maior que dos primatas C. penicillata (60.5) e S. sciureus (57.5). A resposta do TNF-α foi mais regular nos quatro primatas que reduziram o PMI no intervalo de 24-72hs: C. jacchus (145/122 pg/µL), C. penicillata (154/130 pg/µL), S. sciureus (164/104 pg/µL) e A. azarae infulatus (154/104 pg/µL), com exceção de C. goeldii (38/83 pg/µL). A resposta de IL-12 foi, principalmente, marcante nos primatas A. azarae infulatus e C. goeldii, os quais apresentaram as maiores taxas do FPMI, e a resposta do NO foi maior no primata C. goeldii, em especial no intervalo de 72hs. Estes achados sugerem, fortemente, que estes primatas neotropicais parecem ter desenvolvido mecanismos resistentes de resposta imune inata capaz de controlar o crescimento intracelular da infecção por L. (L.) i. chagasi no macrófago, o que não encoraja o uso destes primatas como modelo de estudo da LVA.
Resumo:
Este estudo avaliou a resposta inflamatória aguda induzida por injeções de 0,5 mL de solução salina (controle), 500 µg de carragenina e 0,5 mL de tioglicolato a 3% na bexiga natatória de juvenis do híbrido tambacu. Os peixes foram distribuídos em três tratamentos, três repetições e aclimatados durante 10 dias antes do ensaio. A caracterização das células do exsudato inflamatório foi feita após coloração com Giemsa e PAS. Peixes injetados com carragenina apresentaram maior número de células no exsudato inflamatório do que com salina e tioglicolato. A porcentagem de trombócitos no exsudato foi maior nos injetados com carragenina quando comparada com a dos injetados com tioglicolato. Por outro lado, o percentual de granulócitos foi maior em animais injetados com tioglicolato do que em animais injetados com carragenina. A carragenina provocou maior migração de macrófagos para o foco inflamatório. O método de PAS confirmou a presença de três tipos de granulócitos: célula granular eosinofílica (CGE) tipo 1 com as características da célula granulocítica especial encontrada no sangue, CGE tipo 2, menor do que esta última, e de neutrófilos. Este estudo contribui para o melhor entendimento da resposta inflamatória e dos processos infecciosos em peixes nativos.