13 resultados para Gorduras na dieta metabolismo
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Este estudo verificou os efeitos do treino de auto-observao sobre a adeso dieta em um adulto com diabetes Tipo 2. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas no domiclio do participante. Aps levantamento da linha de base, iniciou-se o treino no uso de protocolos para registro de automonitoramento (Passo 1), seguido de treino do relato verbal do paciente sobre a sua alimentao no dia anterior (Passo 2) e de treino no planejamento da adeso dieta (Passo 3). O clculo do ndice de Adeso Dieta (IAD) do paciente e seus relatos verbais nortearam a anlise dos resultados, que indicaram aumento na frequncia de respostas de auto-observao do comportamento alimentar e no IAD no Passo 1. Esse ganho foi mantido no Passo 2 e maximizado com o treino no planejamento da adeso dieta no Passo 3.
Resumo:
O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho e as caractersticas da carcaa e da carne de novilhos no-castrados alimentados com ou sem adio de monensina (M) e/ou probitico (P) (Sacharomyces cerevisiae) dieta. Os animais foram distribudos em baias individuais, permanecendo 145 dias em confinamento. A dieta foi composta de silagem de milho e 1,2% do peso vivo de concentrado com base da matria natural. No houve efeito da adio dos aditivos fornecidos de forma isolada ou mesmo da associao destes sobre o consumo de alimento, o ganho de peso e a converso alimentar. As mdias de consumo, ganho de peso e converso alimentar apresentaram comportamento quadrtico com o avano do perodo de confinamento. Embora a adio de M ou P dieta tenha resultado no aumento numrico (P>0,05) do consumo (4,2%), a mdia de ganho de peso reduziu (5,8 e 5,3%, respectivamente), resultando em pior converso alimentar (P>0,05). J a associao de M+P aumentou (P>0,05) o consumo em 9,5%, com concomitante aumento (P>0,05) do ganho de peso (6,4%) em relao dieta controle. Os animais alimentados com M+P apresentaram melhor acabamento de carcaa (5,5mm), seguidos por aqueles do grupo controle (4,7mm), sendo os valores inferiores verificados nas carcaas dos animais M (3,7mm) e P (3,5mm). A adio de monensina e/ou probitico (Sacharomyces cerevisiae) na dieta de novilhos na fase de terminao em confinamento no proporciona melhora no desempenho e nas caractersticas da carcaa e da carne de novilhos.
Resumo:
Este estudo explora aspectos da dieta, rea de uso e transporte dos girinos de Ameerega trivittata em uma regio de floresta de terra firme na Amaznia Oriental. Ns coletamos 56 espcimes no total (48 machos e oito fmeas), e destes 44 indivduos de A. trivittata tiveram aferidos o seu contedo estomacal onde, formigas da Subfamlia Myrmicinae, foi o txon mais consumido pelos machos, e Isoptera pelas fmeas. Isso provavelmente se deve necessidade da aquisio de alcaloides pelos machos, presentes em formigas, que lhes d um alto grau de toxicidade, e consequentemente, proteo, j que so os machos que realizam o cuidado parental nessa espcie, transportando os girinos para as poas. Estimamos a rea de uso de quatro machos, sendo estas, em mdia, duas vezes maiores do que a encontrada para a mesma espcie na Amaznia Peruana. No houve relao entre o tamanho dos machos e abundncia e/ou tamanho mdio dos girinos carregados e no houve relao entre a rea das poas e a abundncia de girinos, porm houve uma diminuio na abundncia de girinos em relao abundncia de ninfas de Odonata, o que corrobora com outros trabalhos feitos para dendrobatdeos, j que estas so conhecidas por regular as populaes de girinos.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da incorporao de leo de palma sobre os nveis lipdicos sricos e a qualidade espermtica de touros bubalinos. O trabalho foi desenvolvido na Embrapa Amaznia Oriental, com 12 touros bubalinos previamente selecionados, com idade mdia de 3,47 0,92 anos e peso inicial de 456,8 50,4 kg. Os touros foram confinados e divididos em dois grupos, de acordo com a raa, idade e a alimentao recebida. A alimentao (milho triturado, farelo de trigo e silagem de milho; proporo volumoso/concentrado de 50%) em cocho coletivo. O Grupo CONT recebeu dieta sem adio de leo de palma e o Grupo LEO recebeu dieta com adio de 2% de leo de palma sobre a MS. Foram realizadas as anlises bromatolgica e de perfil de cidos graxos dos alimentos. Foram investigados o perfil lipdico srico, os aspectos fsicos e morfolgicos do smen in natura e as relaes entre eles. A anlise estatstica contemplou a anlise de varincia (Anova), a comparao de mdias pelo teste de Tukey, alm das correlaes de Pearson (P<0,05). O Grupo LEO teve consumo 71,23% superior de cidos graxos saturados e 55,40% superior de cidos graxos insaturados em relao ao Grupo CONT. Efeitos significativos em relao aos grupos, para os parmetros sricos, foram observados para triglicerdeos, colesterol, HDL e lipdeos totais, com valores maiores para o Grupo LEO e, efeitos significativos em relao a perodo para colesterol, LDL, VLDL e lipdeos totais (P<0,05). Com relao aos parmetros seminais, houve significativa reduo em turbilhonamento e integridade de membrana plasmtica, e reduo da concentrao seminal em funo do perodo para o Grupo LEO. Houve correlao significativa entre as variveis: triglicerdeos e defeitos menores (r=-0.412; P=0,006), LDL e defeitos totais (r=-0,333; P=0,030), VLDL e viabilidade espermtica (r=0,381; P=0,012), lipdeos totais e defeitos menores (r=-0.366; P= 0,017), e lipdeos totais e defeitos totais (r=-0,309; P= 0,046). Apesar de haver relao entre maiores nveis de lipdeos sricos e melhor morfologia espermtica e do uso do leo de palma no reduzir a qualidade do smen in natura a nveis abaixo dos fisiolgicos, seu uso a 2% na dieta no favoreceu efetivamente os parmetros relacionados com elevao da qualidade seminal e potencial fertilidade dos touros.
Resumo:
A bubalinocultura leiteira no Estado do Par, o qual detentor de 51% do rebanho bubalino nacional, vem buscando alternativas para o aumento da produtividade dos sistemas, os quais so baseados no uso do pasto como fonte alimentar. Neste contexto, objetivou-se avaliar o desempenho de novilhas bubalinas recriadas em pasto de capim-Marandu e suplementadas com diferentes estratgias. Utilizaram-se 48 novilhas com idade e peso mdio iniciais de 12 meses e 207,0 kg, respectivamente, distribudas em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e duas repeties. As dietas testadas foram um suplemento a base de farelo de coco (COC); o segundo a base de torta de dend (DEN); terceiro com milho e soja (M+FS) como controle positivo e um quarto tratamento utilizando mistura mineral (MM) como controle negativo. Os animais que consumiram os suplementos COC, DEN e M+FS apresentaram ganho dirio adicional de 0, 399, 0, 405, 0, 319 kg/animal, respectivamente, em relao aos do grupo controle (P<0,05). O tratamento a base de coco obteve a melhor relao custo/benefcio quando comparado aos demais tratamentos. A suplementao da dieta de novilhas bubalinas recriadas em pasto no perodo seco por meio do uso de subprodutos agroindustriais proporciona ganhos semelhantes ao binmio milho e farelo de soja e adicionais quando comparados ao sal mineral a um menor custo, traduzindo-se em aumento da produtividade, sustentabilidade e receita da atividade.
Resumo:
A Sndrome de Down, ou trissomia do 21 o distrbio cromossmico mais freqente em recm-nascidos. Esta trissomia na maioria das vezes (95% dos casos) decorrente da no disjuno meitica materna durante a meiose I. Com exceo da idade materna avanada, outros fatores de risco para no disjuno meitica no esto bem estabelecidos. Estudos preliminares recentes sugerem que o metabolismo anormal do folato e polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C) podem ser fatores de riscos materno para Sndrome de Down. Com objetivo de verificar a freqncia dos polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C) e uma possvel associao destes, como fatores de risco materno para Sndrome de Down, realizamos um estudo do tipo caso-controle, em 41 mulheres de filhos com a Sndrome de Down (freqentadoras da APAE) e 39 controles da cidade de Belm-PA. Nossos resultados demonstraram que a distribuio dos gentipos para os dois polimorfismos entre as mes investigadas e controles se encontravam em equilbrio de Hardy Weinberg. No encontramos diferenas entre as freqncias nas mes investigadas e mes controles. Esses resultados sugerem que estas mutaes isoladas e/ou em forma de hapltipos, no podem ser consideradas como risco materno para Sndrome de Down, para populao analisada e sim polimorfismos comuns dentro desta populao.
Resumo:
Com o objetivo de testar a influncia dos itens alimentares na colorao de acara-aus foi realizado o presente estudo que teve duas etapas. A primeira visou identificar os principais grupos alimentares da dieta de Astronotus ocellatus atravs da anlise dos contedos estomacais e intestinais. A segunda visou comparar o efeito ocasionado pela administrao de diferentes grupos da dieta, num ambiente artificial, sobre a colorao vermelha e a aquisio de massa corprea dos indivduos. Na primeira etapa as atividades foram desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentvel Mamirau (RDSM. Foram utilizados 216 indivduos. Aps fixao do trato digestivo de cada exemplar estes foram analisados qualitativamente, sobestereomicroscopia. Os itens alimentares encontrados nos referidos contedos foram classificados usando como critrio de agrupamento grandes categorias tais como: moluscos, crustceos, insetos, peixes e vegetais, alm de material no identificado. O comprimento da primeira maturao sexual foi calculado. O regime do nvel de gua na RDSM durante o perodo do estudo foi obtido atravs de dados climticos fornecidos pelo Instituto Mamirau. O ndice alimentar para cada item, foi calculado atravs do produto da freqncia de ocorrncia relativa e do peso relativo de cada item e da somatria dos produtos para todos os itens identificados, os principais itens identificados foram peixes, insetos e moluscos. Foram capturados 20 indivduos de Astronotus ocellatus, desta vez na Ilha do Maraj-PA, no ms de fevereiro/2006. Para o recebimento dos animais capturados foram preparados quinze (15) aqurios na estao de piscicultura do Utinga (Belm, PA), com renovao de gua constante. Com base nos resultados obtidos na primeira etapa e com base na literatura, elaborou-se o delineamento experimental com cinco tratamentos alimentares: T<sub>1</sub> - Rao comercial (controle); T<sub>2</sub> Msculo de peixe; T<sub>3</sub> Moluscos, T<sub>4</sub> - Insetos; T<sub>5</sub> Crustceos. A anlise do ndice de Intensidade de Colorao Vermelha foi baseada na metodologia de comparao computacional dos nveis de intensidade de cor proporcionada por software especfico. Para efeito de comparao utilizou-se o Incremento da Colorao Vermelha do ocelo e da colorao lateral difusa. O tratamento realizado com a dieta de molusco apresentou o maior ndice de intensidade de colorao vermelha no ocelo ao final de 20 dias. O tratamento realizado com a dieta de crustceo gerou o maior ndice de intensidade da colorao vermelha lateral difusa ao final de 20 dias. Os animais submetidos a quase todos os tratamentos apresentaram um aumento na massa corprea ao longo de 40 dias de experimento, mas principalmente aqueles alimentados com moluscos demonstraram maior aquisio de biomassa.
Resumo:
Foi realizado um estudo no municpio de Igarap-a com o objetivo de avaliar a massa de forragem e a composio botnica da dieta de bovinos em pastagens de capim braquiaro e quicuio consorciadas com as leguminosas Arachis pintoi, Cratylia argentea e Leucaena leucocephala, submetidas a dois mtodos de preparo de rea: com mulch e com queima da vegetao secundria.A rea foi dividida em parcelas, com trs repeties. Foram realizados dois experimentos um com queima e outro onde a vegetao foi triturada - mulch. Foram testados trs pastagens para cada experimento: 1. QB - B. humidicola + B. brizantha cv. Marandu. 2. QBAL - B. humidicola + B. brizantha consorciada com A. pintoi cv. Amarilo + L. leucocephala cv. Cunninghan . 3. QBAC - B. humidicola + B. brizantha consorciada com A. pintoi cv. Amarilo + C. argentea. A composio da dieta consumida pelos animais foi estimada atravs da anlise microhistolgica das fezes. As avaliaes foram feitas no perodo experimental de 15/04/02 a 18/03/03. Para a determinao da composio botnica foi utilizada a tcnica da anlise microhistologica de fezes As coletas de fezes e de forragem foram realizadas a cada dezoito dias. As amostragens de forragem foram feitas ao acaso, nas parcelas somente com gramneas foram amostrados seis locais, enquanto que nas parcelas consorciadas foram amostrados doze locais.Os dados da massa de forragem e composio botnica da dieta foram analisados estatisticamente pelo software SAS verso 8.2. Apresentaram diferenas entre pocas a massa total, a massa de folha de braquiaro, de araquis, de espcies da capoeira, e de material morto. Quanto ao mtodo de preparo de rea todas as variveis de resposta apresentaram diferenas. As massas total, de folha e de colmo de braquiaro e de material morto foram superiores na pastagem composta por gramneas (QB). A massa de folha e colmo de quicuio e de araquis foram superiores na pastagem QBAL e a massa de espcies da capoeira foi maior na pastagem QBAC. Todas as variveis apresentaram diferenas significativas entre ciclo, sendo que, as massas totais mais elevadas foram alcanadas nos ciclos 3 e 4. O consumo de quicuio e de espcies da capoeira foram superiores na poca seca, enquanto, a percentagem de braquiaro foi superior na poca chuvosa. As percentagens de quicuio foram superiores no mtodo com queima, enquanto as de braquiaro foram superiores no mtodo mulch. No houve diferenas significativas entre as pastagens para as percentagens de capim quicuio e de espcies da capoeira. As percentagens de braquiaro foram superiores nas pastagens de QB e QBAL e as de leguminosas foram superiores nas pastagens consorciadas com leguminosas QBAC e QBAL.Foram encontradas 14 famlias e 23 espcies. O mtodo de preparo de rea influenciou na massa de forragem e na composio botnica da dieta.A composio botnica da dieta foi influenciada pela massa de forragem. As espcies da capoeira tiveram pequena participao na composio botnica da dieta dos animais, devido a suficiente oferta de forragem na maior parte do ano.
Resumo:
A dieta de Micoureus demerarae (Thomas, 1905) foi estudada em bosques de mangue e terra firme atravs de amostras estomacais e fecais. O nmero de indivduos capturados foi inversamente proporcional disponibilidade de frutos e insetos, sendo Coleoptera e Hemiptera as ordens de artrpodes mais consumidos e Passifloraceae e Arecaceae os frutos mais ingeridos. Desse modo, tanto a maior variabilidade de frutos como a alta produo destes durante a estao seca, parecem explicar o aumento da captura desses animais nos bosques de terra firme, dos quais so originalmente provenientes. Os itens alimentares sugerem que esta espcie possui uma dieta do tipo onvora, independentemente da sazonalidade ou distribuio dos recursos disponveis.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo principal descrever como o conhecimento tradicional da mulher marisqueira e pescadora de rio e mar, da localidade de Caratateua, RESEX Marinha Me Grande de Curu - PA, contribui na insero e comercializao no mercado de novas espcies de pescado. Para tanto, o trabalho utiliza uma metodologia quali-quantitativa, dispondo de dados que apontam para um quadro de escassez das espcies h muito apreciadas no mercado local, assim como apresenta o conhecimento tradicional feminino sobre as espcies chaves que compe a dieta dos pescadores como uma das formas de insero de novas espcies no mercado local. O trabalho descreve, ainda, as espcies que foram inseridas no sistema a partir do conhecimento feminino. A coleta dos dados ocorreu no perodo de maro a agosto de 2012. As tcnicas metodolgicas foram entrevistas semiestruturadas e observao participante. Para caracterizar a comunidade socioeconomicamente foram aplicados 76 questionrios junto aos moradores. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com as pescadoras/marisqueiras da comunidade, sendo aplicados 10 questionrios e no mercado do municpio de Curu foram aplicados 9 questionrios junto aos vendedores de pescado. As entrevistas apresentaram as mudanas ocorridas ao longo dos anos, evidenciando a escassez das espcies tradicionais, tanto da mesa do pescador quanto do mercado consumidor. Salienta, especialmente, como a mulher apresenta um papel fundamental na insero de novas espcies em ambos os setores, por haver uma maior percepo acerca dos recursos naturais disponveis ao consumo.
Adio de leo de palma na dieta sobre a lipidemia e a qualidade do smen de bubalinos (Bubalus bubalis)
Resumo:
O estudo visou investigar o efeito da suplementao diettica com leo de palma sobre o perfil srico lipdico e as caractersticas seminais de touros bubalinos (Bubalus bubalis), bem como suas correlaes. Doze touros foram alocados no Grupo CONT (n=5) ou Grupo LEO (n=7) e receberam alimentao isoproteica composta por silagem de milho e concentrado (milho triturado, farelo de trigo e ureia), com proporo volumoso/concentrado de 50%, durante 130 dias (Perodos 1 e 2). Diferencialmente, leo de palma foi adicionado ao concentrado (2% MS) do Grupo LEO. Smen e sangue foram colhidos quinzenalmente. Houve aumento nas concentraes sricas de colesterol, HDL e lipdios totais nos animais do Grupo LEO, enquanto o perodo influenciou nas taxas de colesterol, LDL, lipdios totais e VLDL (P<0,05). Houve decrscimo no turbilhonamento e discreta reduo na integridade de membranas nos animais do Grupo LEO (P<0,05). Correlaes significativas foram encontradas entre triglicerdeos e defeitos menores (r=-0,412; P=0,006), LDL e defeitos totais (r=-0,333; P=0,030), lipdios totais e defeitos menores (r=-0.366; P= 0,017), lipdios totais e defeitos totais (r=-0.309; P= 0,046), e VLDL e viabilidade espermtica (r=0,381; P=0,012), apontando efeitos positivos da maior lipidemia na morfologia e na viabilidade espermtica. O uso de leo de palma alterou o perfil lipdico srico, mas no favoreceu per se os parmetros seminais relacionados com o potencial de fertilidade dos touros.
Comportamento e dieta de Chiropotes albinasus (I. Geoffroy & Deville, 1848) - cuxi-de-nariz-vermelho
Resumo:
Os cuxis-de-nariz-vermelho so primatas neotropicais pouco conhecidos e encontramse na Lista de Espcies Ameaadas da IUCN na categoria Ameaada de Extino. Este estudo foi desenvolvido com um grupo desta espcie de primatas na RPPN Cristalino, MT. Foi estudado o oramento de atividades, uso de espao e a ecologia alimentar do grupo, atravs do mtodo de Varredura Instantnea. O grupo foi acompanhado durante 6 meses, incluindo 2 meses na estao chuvosa e 4 meses na estao seca. As categorias comportamentais Deslocamento, Alimentao e Parado foram responsveis por 81,17% dos registros gerais de atividades. Os animais utilizaram com maior intensidade o estrato intermedirio da floresta (entre 16 e 20 metros). A dieta do grupo foi preferencialmente frugvora (82,52%), mas tambm se alimentaram de invertebrados. Cerca de 18 famlias botnicas foram consumidas. Sendo os taxons Arrabidaea sp. e Brosimum latescens os mais comuns. Nos meses de seca houve um maior acrscimo de outros itens alimentares, como flores e invertebrados na dieta dos cuxis. O tamanho do grupo variou entre 1 e 19 indivduos ao longo do estudo, assim como a estrutura sexual que tambm variou bastante. Foi observado o cuidado parental por parte dos machos, alm de interaes agonsticas interespecficas entre Ateles marginatus e Sapajus apella.
Resumo:
Um dos principais atributos do nicho ecolgico das espcies a ecologia trfica, que afeta a sobrevivncia e tamanho das populaes. Neste estudo registramos a contribuio das presas na dieta de Physalaemus ephippifer, testamos se havia variao na alimentao desta espcie de acordo com os sexos e os perodos do ano (seco e chuvoso) em trs populaes de P. ephippifer na Amaznia Oriental. Para isso, analisamos a dieta da espcie quanto a frequncia de ocorrncia das presas, amplitude e sobreposio trfica, alm do ndice de importncia alimentar. Analisamos 102 espcimes (69 machos e 33 fmeas), registrando que os itens mais importantes da dieta de P. ephippifer, no geral, eram cupins e formigas. Entretanto, analisando separadamente os sexos e perodos do ano os itens mais importantes na dieta das fmeas do chuvoso foram larvas de Coleoptera, fmeas do seco foram cupins e machos nos dois perodos foram formigas. Por se tratar de uma espcie especialista, o presente estudo evidenciou que a dieta no variou de acordo com o sexo ou perodos do ano. Por outro lado, fmeas, principalmente do perodo chuvoso apresentaram larvas e cupins como presas mais importantes, sendo tambm mais nutritivas que a dieta dos machos, coincidindo com o perodo reprodutivo da espcie, onde as fmeas necessitariam de maior quantidade de energia para produo de gametas.