3 resultados para Freedom to offend

em Universidade Federal do Pará


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Este texto destaca o sistema de uso comum de recursos naturais nas comunidades quilombolas de Taperinha, Sauá-Mirim e Nova Ipixuna localizadas no sudeste do Município de São Domingos do Capim, no Pará, Brasil. As comunidades encontran-se no local mais desmatado da margem do rio Capim. De acordo com a memória dos idosos, na abundância de recursos naturais, a comunidade os manejou sem regras e normas de uso. Entretanto, no período da escassez, foi necessária a elaboração de arranjos, a fim de ordenar a gestão dos recursos, para mantê-los. Essas regras e normas existem enquanto mecanismos de manejo dentro do território da comunidade, os quais passam a ser apropriados pelas famílias, segundo o despertar do sentimento de pertença, regido por estratégias de uso e sobrevivência. Assim, o uso deriva de uma ancestralidade que permite definir espaços de coleta, de caça e de cultivo. As normas e as regras emergem segundo a noção de território estabelecida pelo grupo, dando liberdade aos que podem acessar os recursos e, ao mesmo tempo, impondo regras ao seu consumo.

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Analisa o modo de viver dos moradores da ilha do Combu – Belém- Pará, visando compreender os elementos de resistência contidos no saber popular. Esta ilha dita 1,5 km da cidade de Belém e tem como território 15 km², sendo que, aproximadamente, 95% dessa superfície é coberta por floresta secundária (mata de várzea). Anteriormente, pertenceu à jurisdição do município de Acará, mas a partir de 1996 passou a cidade de Belém. Apresenta característica peculiar de um espaço rural, com conservação local de muitos recursos naturais e da singularidade do modo de viver ribeirinho, como população que vive próximo aos cursos d’água e da vegetação florestal, o que lhes possibilita um cotidiano tranquilo, aparentemente cheio de paz, sem barulho nem poluição; diferente da vida na cidade maior. Sendo essa tranquilidade medida por uma relação baseada no respeito e na proteção da vizinhança, observados nos seus hábitos e costumes; além da liberdade de conversar, passear, comer peixe fresco, camarão, “tomar açaí” feito na hora e sentir-se despreocupado com a violência, muito presente na cidade grande. Os resultados deste trabalho traduzem todo um aprendizado, obtido por meio desses moradores que resistem à imposição do modelo formal da educação estatal. Assim, 70% dos pesquisados apresentou preferência ao aprendizado com seus parentes, que vai além dos remédios caseiros, dos saberes representados pelo fazer “peconha”, pelo “tupé”, pelo fazer comida, plantar, pescar, nadar no rio, apanhar açaí e jogar tarrafa, até o respeito às pessoas, na busca de conhecimento para viver uma vida honesta e para dar continuidade à educação da geração de cultura ribeirinha.

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Pesquisa qualitativa de abordagem Fenomenológica, que utilizou como referencial teórico-metodológico a filosofia de Martin Heidegger expressa em sua obra Ser e Tempo. Estudo realizado na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará no segundo semestre de 2013 e teve como objetivo revelar os sentidos e sentimentos que os docentes enfermeiros do segundo e do terceiro semestres do curso de graduação em enfermagem da UFPA expressam sobre a saúde mental no cotidiano de ser docente. Participaram dessa pesquisa nove enfermeiros docentes das atividades curriculares Introdução a Enfermagem (3) Atenção Integral a Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (2), Atenção Integral a Saúde do Idoso (2), Processo Educativo I (1) e Exercício Profissional (1). O expresso pelos docentes foi captado por meio da entrevista fenomenológica agendada com cada docente e analisado pela instância ôntica que diz respeito à compreensão vaga e mediana. Cinco Unidades de Significados emergiram: US1 – saúde mental é fenômeno natural que se manifesta na liberdade para o modo de ser e estar com o outro numa relação equilibrada. US2 – a significação da saúde mental como essência das experiências vividas manifestada na possibilidade de acesso às coisas do mundo. US3 – saúde mental revela-se no cotidiano da prática em enfermagem nas diferentes fases da vida numa ocupação simplesmente dada. US4 – saúde mental manifestada no processo de formação como acontecimento secundário. US5 – o modo de ser docente em sua experiência de vida influencia as relações com o outro no processo de formação. O revelado no estudo, por meio do que foi falado, percebido e vivido, expressa que a preocupação com a saúde mental é um acontecimento, no entanto esta não se constitui como possibilidades, ou seja, não há uma ocupação antecipada da saúde mental como conteúdo formal desta ou daquela Atividade Curricular. É possível que o docente em seu modo de ser possa abrir-se ao novo, lançar-se no mundo e promover mudanças no cotidiano da formação de enfermeiros, ocupando-se da saúde mental, pois mesmo sem o conteúdo presente nos planos de ensino há o reconhecimento de sua existência e de sua importância na temporalidade da vida das pessoas.