1 resultado para Fonvizin, D. I. (Denis Ivanovich), 1745-1792
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O presente trabalho trata do fenômeno da Haplologia na fala espontânea de cidadãos paraenses. O estudo refere-se mais especificamente ao que chamamos de Haplologia entre frases. Avaliam-se os contextos de frases compostas apenas por /d/ - /d/, /t/ - /d/,/t/ - /t/ e /d/ - /t/, exemplificados respectivamente por: la(du) dÊ’i fora, per(tu) du, a gen(t∫i) t∫inha medu e tu(du) t∫inha. Os fatores avaliados dividem-se em dois grupos: linguÃsticos e extralinguÃsticos com o objetivo de mostrar os contextos favoráveis e desfavoráveis à aplicação do fenômeno em estudo. Os grupos de fatores linguÃsticos são: Relação entre palatalização e haplologia; Qualidade das vogais; Classe de palavra da sÃlaba elidida; Tonicidade das sÃlabas confinantes; e Estrutura silábica. No que se refere aos fatores extralinguÃsticos, analisamos: Sexo, Faixa etária e Escolaridade, seguindo a estratificação proposta no projeto Atlas LinguÃstico do Pará (ALIPA). Os dados analisados integram o corpus de duas cidades paraenses: Belém, a capital do Estado do Pará, e Itaituba, cidade paraense que fica a 891 km da capital mencionada. A coleta dos dados seguiu a orientação da SociolinguÃstica Variacionista. Os dados foram submetidos ao Programa de regra variável VARBRUL. Os resultados apontaram a haplologia como regra variável, entretanto, o fenômeno é pouco produtivo entre os informantes das duas cidades. Nos pressupostos da SociolinguÃstica Variacionista (Labov, 2008) a palatalização, o alteamento da vogal e a desconstrução do grupo consoantal podem ser considerados um processo de encaixamento, enquanto que, do ponto de vista fonético-fonológico, seriam considerados regras alimentadoras da haplologia (BISOL, 1996).