3 resultados para Fígado Metabolismo - Teses
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O vÃrus Morumbi é membro do sorogrupo Phlebotomus fever (famÃlia BunyavÃrÃdae: gênero PhlebovÃrus) nativo da Região Amazônica. Seu vetor é desconhecido, mas supõem-se ser transmitido por flebotomÃneos. Foi isolado em 1988 de ser humano apresentando quadro febril agudo. Este arbovÃrus, quando inoculado em camundongo por via cerebral, demonstrou viscerotropismo, induzindo inclusive lesões no fÃgado do animal inoculado. Com os objetivos de: i) estabelecer as caracterÃsticas anátomo-patológicas e imuno-histoquÃmicas em fÃgado de camundongos albinos SwÃss recém-nascidos experimentalmente infectados pelo vÃrus Morumbi; ii) verificar se o vÃrus apresenta hepatotropismo diferenciado na dependência de inoculação pelas vias cerebral, peritoneal ou subcutânea; iii) caracterizar detalhadamente os padrões anátomo-patológicos sequenciais no fÃgado; iv) demonstrar a localização do antÃgeno viral no tecido hepático ao longo da infecção experimental; v) estudar possÃveis inter-relações entre os achados anátomo-patológicos e os imuno-histoquÃmicos. Foram estudados experimentalmente 71 camundongos SwÃss recém-nascidos (dois e três dias), distribuÃdos ao final do experimento como segue: 21 animais inoculados por via intracerebral (IC), 21 por via intraperitoneal (IP) e 29 animais inoculados por via subcutânea (SC). Utilizou-se a dose infectante 5,0DL 50 /0,02ml de suspensão de vÃrus. Outros trinta, animais que não receberam inóculos, foram utilizados como grupo controle. Subgrupos de oito animais (seis inoculados e dois do grupo controle) foram sacrificados diariamente a intervalos de 24 em 24 horas, até 96 horas para os grupos IC e IP e até 120 horas para o grupo SC. Fragmentos de fÃgado de todos os animais foram fixados em solução de formalina neutra a 10%, incluÃdos em parafina, de onde foram obtidos cortes de 5 mm que foram corados pela técnica de hematoxilina-eosina para análise morfológica e, cortes adicionais, foram submetidos à técnica de imuno-histoquÃmica (Sistema Envision, DAKO, USA), utilizando a fosfatase alcalina e soro hiperimune do vÃrus Morumbi preparado em camundongos jovens, para detecção de antÃgeno viral. Foram estudados seis parâmetros de lesão em áreas portais e nove outros nos lóbulos, que foram semiquantificados numa escala que variou de zero (0) a três cruzes (+++), onde zero significou ausência de lesão e três cruzes lesão intensa. À microscopia óptica, ficou evidente que o vÃrus Morumbi inoculado em camundongos por três diferentes vias induz lesões em áreas portais e lobulares, caracterizando uma hepatite aguda com presença de corpúsculos acidófilos, semelhantes aos corpúsculos de Councilman -Rocha Lima, de distribuição irregular nos lóbulos, cujo aparecimento foi observado 24 horas pós-inoculação (p.i.) e atingiu o máximo de intensidade à s 72 horas p.i. em animais inoculados por via IP. O exame imuno-histoquÃmico mostrou presença leve de antÃgeno viral a partir de 24 horas p.i. no grupo IC e a partir de 48 horas p.i. nos grupos IP e SC, havendo certo paralelismo em relação a intensidade de lesão morfológica, tendo- se observado o máximo de detecção de antÃgeno viral em animais inoculados por via IP e sacrificados à s 72 horas p.i. A distribuição geral de antÃgeno foi observada especificamente nos lóbulos hepáticos, no citoplasma de hepatócitos Ãntegros e necrosados e no interior de células de Kupffer, não havendo preferência por nenhuma das três zonas do lóbulo. Concluiu-se que: i) o modelo de infecção experimental em camundongos foi excelente para o estudo das lesões causadas pelo vÃrus Morumbi, podendo ser selecionada a via IP como referencial; ii) em todas as vias utilizadas (IP, IC e SC) se confirmou a infecção pelo vÃrus Morumbi com marcante detecção de seu antÃgeno, no tecido hepático de camundongos Swiss; iii) a presença de antÃgeno do vÃrus Morumbi no fÃgado desses camundongos associou-se ao aparecimento de hepatite aguda, com necrose focal; iv)hepatite intensa pôde ser observada em fÃgado de camundongos sacrificados 72 h p.i. com o vÃrus Morumbi por via IP, o que não foi verificado com as outras duas vias; v) a hepatite aguda mostrou-se limitada, neste experimento, tendendo a desaparecer na maioria dos camundongos inoculados, com avançar das horas; vi) colestase não alteração freqüente na hepatite experimental pelo vÃrus Morumbi, quando inoculada por via IC, IP e SC; vii) o antÃgeno do vÃrus Morumbi teve predominância pela localização intracitoplasmática, padrão granular, nos hepatócitos e células de Kupffer; viii) antÃgeno viral foi detectado em fragmento hepático de animais experimentalmente inoculados com o vÃrus Morumbi, a partir das 24 horas via IC e a partir de 48 horas nas vias IP e SC.
Resumo:
A SÃndrome de Down, ou trissomia do 21 é o distúrbio cromossômico mais freqüente em recém-nascidos. Esta trissomia é na maioria das vezes (95% dos casos) decorrente da não disjunção meiótica materna durante a meiose I. Com exceção da idade materna avançada, outros fatores de risco para não disjunção meiótica não estão bem estabelecidos. Estudos preliminares recentes sugerem que o metabolismo anormal do folato e polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C) podem ser fatores de riscos materno para SÃndrome de Down. Com objetivo de verificar a freqüência dos polimorfismos no gene MTHFR (C677T e A1298C) e uma possÃvel associação destes, como fatores de risco materno para SÃndrome de Down, realizamos um estudo do tipo caso-controle, em 41 mulheres de filhos com a SÃndrome de Down (freqüentadoras da APAE) e 39 controles da cidade de Belém-PA. Nossos resultados demonstraram que a distribuição dos genótipos para os dois polimorfismos entre as mães investigadas e controles se encontravam em equilÃbrio de Hardy Weinberg. Não encontramos diferenças entre as freqüências nas mães investigadas e mães controles. Esses resultados sugerem que estas mutações isoladas e/ou em forma de haplótipos, não podem ser consideradas como risco materno para SÃndrome de Down, para população analisada e sim polimorfismos comuns dentro desta população.
Resumo:
O presente estudo analisa teses e dissertações brasileiras relacionadas com o tema Educação e Relações Raciais defendidas entre os anos de 2004-2013, cujo objetivo é identificar o que dizem as produções acadêmicas em relação à educação e relações raciais neste perÃodo. Com este intuito, foi realizada uma pesquisa do tipo qualitativa por meio da modalidade estudo bibliográfico utilizando-se o procedimento de coleta on-line de dados efetivada a partir do acesso ao sÃtio da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Para o tratamento das informações recorreu-se à análise de conteúdo de Bardin (2011) como aporte metodológico e ao conceito de campo em Bourdieu (1974, 1976, 1983,1994, 1995,1998, 2003), enquanto aporte teórico. O resultado da investigação aponta para a acrescente abordagem sobre o tema relações como: movimentos sociais; identidades; racismo; formação de professores; propostas e práticas pedagógicas; memórias; ações afirmativas e polÃticas educacionais; currÃculos e programas; instrumentos pedagógicos; estado da arte, concepções teóricas, dentre outros, o que possibilita a visibilidade dos debates e favorece a criação de um campo em que disputas de força e sentidos podem mobilizar um poder simbólico capaz de impulsionar a superação da condição de exclusão social presente em diferentes esferas da sociedade.