5 resultados para Edge habitats

em Universidade Federal do Pará


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As associações macrobentonicas estuarinas de regiões costeiras amazônicas foram caracterizadas usando diferentes aberturas de malha e profundidades de amostragem. As amostragens aconteceram na ilha de Algodoal e península de Ajuruteua (PA), nos períodos chuvoso e seco (junho e dezembro de 2007, respectivamente), nos habitats borda do mangue, mangue, areno-lamoso e arenoso. Em cada habitat foram coletadas oito amostras biológicas, utilizando tubo cilíndrico de 0,0079 m², assim como amostras para caracterização do substrato (textura, umidade e concentrações de matéria orgânica), e concentrações de clorofila a e feopigmentos. Cada amostra biológica foi dividida em três estratos (0-5, 5-10 e 10-20 cm), sendo cada estrato peneirado em malhas de 1,0, 0,5, 0,3 e 0,25 mm de abertura. Foram utilizadas técnicas univariadas (ANOVA) e multivariadas (MDS, ANOSIM, SIMPER e BIOENV) para a analise dos dados. A macrofauna foi composta por 68 táxons com dominância de Annelida (Tubificidae e Capitellidae). As malhas de 0,3 e 0,25 mm foram as mais eficientes na retenção de organismos e espécies, enquanto a malha de 1,0 mm perdeu quantidades significativas de organismos, sobretudo de Tubificidae. As amostras coletadas a 10 e 20 cm de profundidade não diferiram significativamente quanto numero de táxons e organismos. Foram observadas variações espaciais significativas na estrutura da macrofauna entre habitats em ambos os locais e ocasiões de amostragem, com densidade e riqueza superiores nos habitats lamosos. As variáveis ambientais mais correlacionas com a fauna foram a quantidade de argila, a concentração orgânica e o teor de umidade nos sedimentos. Foi possível concluir que: 1. A fauna bentônica na ilha de Algodoal e península de Ajuruteua foi composta por poucos táxons, sendo eles tipicamente estuarinas e de pequenas dimensões, dominada por Annelida; 2. para a caracterização da macrofauna bentônica e necessário a tomada de amostras somente ate a profundidade de 10 cm de sedimento e o peneiramento em malha de 0,3 mm de abertura; 3. os habitats lamosos tiveram geralmente maiores densidades e riqueza; 4. apenas na ilha de Algodoal se observou variação temporal na estrutura da macrofauna; 5. a quantidade de argila, feopigmentos e teor de umidade nos sedimentos foram os principais fatores responsáveis pela estruturação da fauna.

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Este estudo apresenta os resultados de um ano de observações de campo para amostragens da fauna de serpentes em um mosaico de habitats, abrangendo matas de terra firme e inundável, plantações de eucalipto e áreas abertas, na Fazenda Santo Amaro, Município de Urbano Santos, Maranhão. A região é dominada por vegetação de Cerrado e possui clima tropical rnegatérmico, com total pluviométrico anual em torno de 1800-mm. O ano de estudo (2001) apresentou-se mais seco que a média anual, com 1197,5mm. As amostragens foram realizadas durante 24 excursões quinzenais, com duração de quatro dias cada, entre janeiro e dezembro de 2001. Estas amostragens totalizaram 768h/observador de procuras visuais diurnas e noturnas, onde os diferentes habitats foram amostrados por sorteios randomizados, nos diversos horários do dia, obtendo o mesmo número de horas de amostragem nas diferentes épocas do ano. Foram capturadas 114 serpentes, representadas por seis famílias, vinte e sete gêneros e trinta e duas espécies. Para cada espécie são apresentadas informações sobre o tamanho, período de atividade, classe etária, habitat e microhabitat. Das 32 espécies amostradas na área seis foram registradas pela primeira vez para o Maranhão como, Apostolepis cearensis, Helicops leopardinus, Oxyrhopus trigeminus, Psornophis joberti, Waglerophis merremii e Micrurus ibiboboca, Em geral, a maioria das espécies registradas tem distribuição Amazônica. Entre as espécies da área, 40,1% foram arborícolas, 25% fossóreas/criptozóicas, 21,9% terrícolas e 12,5% aquáticas, embora algumas espécies ocuparam mais de um microhabitat. A maioria das espécies ocorreu nos ambientes de mata de terra firme, mata inundável e área aberta. A similaridade entre os habitats da área, de modo geral, foi muito baixa, sendo que apenas a mata de terra firme e área aberta tiveram mais de 60% de espécies em comum. A menor complementariedade de fauna ocorreu entre os habitats "mata de terra firme" e "área aberta" e "mata inundável" e "área aberta". Em relação a outras áreas a maior similaridade entre as áreas ocorreu com as serras e maciços do Estado do Ceará. A riqueza estimada para a área, segundo os índices e estimadores utilizados nas análises, indicam que o número de espécies observadas está abaixo do estimado, que variou entre 38 (bootstrap) e 58 (Chao 2) espécies. Esses resultados representam uma primeira contribuição sobre a diversidade de serpentes na região e oferece subsídios para possíveis programas de monitoramento da fauna de serpentes e da situação dos habitats na área.

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Perturbações ambientais freqüentemente provocam alterações na estrutura da paisagem e na diversidade faunistica. Dados referentes ao histórico de degradação, estrutura ambiental e coleta de espécies foram obtidas em 30 fragmentos florestais de vários tamanhos nos municípios de Alta Floresta e Apiacás, sul da Amazónia, com o intuito de examinar como a comunidade de Drosophilidae responde à alteração florestal. Os resultados mostraram grande heterogeneidade entre os fragmentos florestais, porém a diversidade de espécies foi semelhante entre os maiores e mais conservado e os menores com alto grau de degradação. Um total de 10.692 indivíduos de Drosophilidae, divididos em 62 táxons, foram coletados. Não foi observada relação entre tamanho dos fragmentos florestais e diversidade de espécies. Entretanto, a abertura do sub-bosque foi uma das variáveis ambientais que mais contribuiu para a diminuição da diversidade. A estimativa de riqueza de espécies para a região ficou em tomo de 100 espécies. A estrutura de abundância das comunidades foi mais similar entre os fragmentos florestais do que a composição de espécies. Cerca de 34% da riqueza total esteve restrita à borda florestal e 19% ao centro dos remanescentes, 47% das espécies foram comuns a ambos os habitats. Algumas espécies de drosofilideos responderam a um gradiente de distância matriz-centro florestal. O. maierkolliana, S. latifasciaefonnis e Z. indianus decresceram suas freqüências com a proximidade do centro, por outro lado, as espécies do grupo willistoni aumentaram em abundância. O principal efeito da fragmentação florestal sobre a comunidade de drosofilídeos foi a alteração drástica na composição de espécies, com a matriz do habitat sendo determinante na composição faunistica do fragmento.

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A perda e fragmentação de habitats representam sérios riscos à manutenção das espécies de anfibios na Amazônia. Neste estudo, determinamos a composição, a riqueza e abundância das espécies de anuros em fragmentos florestais nas Zonas de Proteção da Vida Silvestre (ZPVS) estabelecidas no Lago de Tucuruí, leste do Pará. Os anuros foram amostrados através de transectos em doze fragmentos de diferentes tamanhos distribuídos igualmente entre as duas ZPVS, uma na margem direita (ZPVS-D) e outra na margem esquerda (ZPVS-E) do Lago. Os animais foram registrados através dos métodos de procura ativa e armadilhas de interceptação e queda. De janeiro a julho de 2005 registramos 2370 indivíduos de 35 espécies de anuros. Destas espécies, 30 foram encontradas na ZPVS-E (13 exclusivas) e 22 na ZPVS-D (cinco espécies exclusivas). Sete estimadores de riqueza de espécies foram obtidos com o auxílio do Programa EstimateS®. Para a maioria dos estimadores, as curvas de acumulação de espécies tenderam a uma certa estabilidade. Entretanto, as estimativas de riqueza de espécies variaram entre os estimadores, sendo a estimativa Bootstrap a mais baixa (38 espécies) e Jackknife a mais alta (45 espécies). A combinação das espécies de anuros observadas neste estudo com nove espécies registradas na Coleção Herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi, resultaram num total de 44 espécies, indicando que os estimadores de riqueza de espécies tiveram um bom desempenho. A similaridade de espécies de anuros, foi maior entre os fragmentos de uma mesma ZPVS do que entre fragmentos do mesmo tamanho. A riqueza de espécies foi positivamente e significativamente relacionada com o tamanho, mas não com o grau de isolamento dos fragmentos. Não houve relação significativa do número de indivíduos observados por fragmento e o tamanho dos fragmentos. A diferença na composição e riqueza de espécies encontrada entre as duas ZPVS indica certa complementariedade entre as duas unidades para a conservação da anurofauna local, assim como a necessidade de maior esforço de amostragem de anuros, principalmente através da ampliação da área de estudo, para uma melhor compreensão destas diferenças e suas implicações.

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O efeito de borda e do fogo sobre a comunidade de pequenos mamíferos não-voadores foi investigada em uma área de transição entre Cerrado e Floresta em uma área de matriz de soja na Amazônia Oriental. Os indivíduos foram coletados em 24 transectos, dos quais 16 foram distribuídos em área sem efeito do fogo e oito distribuídos com efeito do fogo. Um total de 11 espécies foi registrado, incluindo seis roedores e cinco marsupiais. A espécie Hylaeamys megacephalus foi a mais abundante em áreas sem efeito do fogo. A abundância e riqueza de pequenos mamíferos não-voadores apresentaram uma diminuição em áreas queimadas, entretanto o efeito do fogo parece mascarar o efeito de borda nestas mesmas áreas. Em relação ao efeito de borda, sem nenhum efeito de fogo, a relação entre a abundância de pequenos mamíferos não-voadores com a distância da borda foi positiva. A relação entre a diversidade de pequenos mamíferos e efeito de borda pode ser ligada à vegetação matriz e características ecológicas de cada espécie.