6 resultados para Drug Users
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
A sfilis congnita (SC) vem ocupando um lugar de destaque no mundo todo, desde que se observou um aumento no nmero de casos a partir dos meados de 1980. Apesar do fato de ser uma doena perfeitamente prevenvel, a SC permanece como um importante problema de sade pblica. O objetivo deste trabalho foi verificar a incidncia de SC em neonatos. A pesquisa foi realizada na Maternidade da Fundao Santa Casa de Misericrdia do Par (FSCMPA), no perodo de maio a setembro de 1996. Foram entrevistadas 361 mes e realizado o exame fsico de seus recm-nascidos (RN). Os soros das purperas e neonatos foram testados atravs de 3 mtodos: um no treponmico, Veneral Disease Research Laboratory (VDRL) e dois treponmicos, Fluorescent Treponemal Antibody Absorption (FTA-Abs) e Enzime-Linked Immunosorbent Assay (ELISA) Imunoglobina M (IgM). Foi dado o diagnstico de SC em 9,1% dos conceptos; no que diz respeito a outros fatores relacionados com a doena, encontrou-se que 39,4% dos recm natos com sfilis apresentaram algum sinal sugestivo da infeco; 36,4% das purperas com sfilis no realizaram o pr-natal; 12,1% dessas purperas confessaram consumir drogas e a maioria tinha histria pregressa de natimortalidade e aborto; a bissexualidade paterna foi significativamente maior no que diz respeito aos recm natos com sfilis em comparao aos sem a molstia. Investigaes mais amplas devem ser realizadas para melhor compreenso das caractersticas epidemiolgicas da infeco na regio amaznica, e para adoo de medidas adequadas para controle e erradicao.
Resumo:
Noventa pacientes soropositivos para o HIV-1 foram estudados, visando-se a descrio de manifestaes clnicas e de marcadores de outras doenas sexualmente transmissveis, assim como de fatores demogrficos e comportamentais que possam estar relacionados com a infeco pelo HIV-1 e em pacientes com SIDA/AIDS. A maioria dos entrevistados (83,3%) foi do sexo masculino, apresentou a mdia de idade 31,4 anos (variando entre 18 e 60 anos) e a distribuio da renda familiar mensal mostrou que 79,5% tinham um ganho inferior a cinco salrios mnimos. Pelos menos um tipo de droga, foi consumido por 51,1%, sendo que 20.7% usaram droga no medicamentosa de uso injetvel. Destes, 94,4% referiram antecedentes de doenas sexualmente transmissveis. A observao dos hbitos sexuais revelou que 41,6% eram bissexuais, 38,2% heterossexuais e 20,2% eram homossexuais. Cerca de 51,1% dos bissexuais usaram drogas injetveis e todos referiram a prtica de sexo anal e foram positivos para a presena de anticorpos para Chlamydia. A mdia de idade da primeira relao sexual com penetrao foi de 14.7 anos, enquanto que a mdia de idade em que ocorreu a primeira doena sexualmente transmissvel foi de 20.6 anos. A quase totalidade (95,5%) dos entrevistados tiveram mltiplos parceiros sexuais, antes do conhecimento da soropositividade para o HIV-1. Dentre os 90 soropositivos, 73,3% referiram antecedentes de doenas sexualmente transmissveis. Destes, 82,2% referiram a presena de secreo uretraI, de sfilis e de herpes simples. No momento da avaliao, 36,6% (33/90) apresentaram secreo uretral, anal e/ou vaginal, leso genital, anal, perianal e/ou adenopatia inguinal, assim discriminado: Secreo (51,1%), vesculas (18,1%), leso verrucosa (18,1%), Adenopatias iguinais ( 18,1% ), lceras ( 12,1 %) e ppulas (6% ). A reao do VDRL foi positiva em 13,7% (11/80), sendo que neste grupo, 90,9% referiram a prtica do sexo anal e 81,8% revelaram antecedentes de DST. Cerca de 96,4% (81/84) apresentaram anticorpos para Chlamydia, sendo que 81,8% revelaram a prtica do sexo anal e 72,8% relataram antecedentes de DST .
Resumo:
INTRODUO: Estudos epidemiolgicos sobre a distribuio genotpica do HCV na Amaznia Brasileira so escassos. Baseado nisto, determinamos o padro de distribuio genotpica do HCV em diferentes categorias de exposio no Estado do Par, Amaznia Brasileira. MTODOS: Estudo transversal foi realizado com 312 indivduos infectados pelo HCV, pertencentes a diferentes categorias de exposio atendidas pelo HEMOPA, CENPREN e uma clnica privada de hemodilise em Belm. Eles foram testados quanto presena de anticorpos anti-HCV por teste imunoenzimtico, RNA-HCV utilizando PCR em tempo real e genotipados atravs de anlise filogentica da 5' UTR. Os grupos de populaes foram caracterizados epidemiologicamente de acordo com dados coletados em breve entrevista ou consulta de pronturios mdicos. RESULTADOS: Em todas as diferentes categorias de exposio ao HCV, foram encontrados predomnio do gentipo 1. A distribuio genotpica do HCV em doadores de sangue (BD) foi constituda pelos gentipos 1 (94%) e 3 (6%). Todos os pacientes com doenas hematolgicas crnicas (PCHD) possuam gentipo 1. A distribuio genotpica em usurios de drogas ilcitas (DU) foi constituda pelos gentipos 1 (59,6%) e 3 (40,4%). Em pacientes em hemodilise (PUH) foram detectados os gentipos 1 (90,1%), 2 (3,3%) e 3 (6,6%). Finalmente, a frequncia entre os gentipos 1 e 3 foi significativamente diferente entre os grupos: BD e DU, PUH e DU, PUH e PCHD, e PCHD e DU. CONCLUSES: A frequncia genotpica e distribuio de HCV em diferentes categorias de exposio no Estado do Par mostraram predominncia do gentipo 1, independentemente do possvel risco de infeco.
Resumo:
A distribuio geogrfica da infeco pelo Vrus Linfotrpico de Clulas T HTLV 1/2 humanas 1 e 2 ampla, porm existem reas de maior endemicidade e tambm particularidades de acordo com o tipo de HTLV. O HTLV-1 apresenta maior soroprevalncia no sudoeste do Japo, no Caribe, na Amrica Central, nas diferentes regies da Amrica do Sul e nas pores centrais e ocidentais da frica e Melansia. Enquanto o HTLV-2 parece acometer grupos populacionais distintos, como as populaes nativas de indgenas das Amricas do Norte, Central e Sul, pigmeus da frica Central, mongis na sia e tambm usurios de drogas injetveis. O trabalho realizado teve como objetivo descrever a epidemiologia molecular do HTLV em trs populaes distintas do estado do Amap, que foram: pacientes HIV/AIDS infectado, populao afro-descendente e finalmente indivduos atendidos no Laboratrio Central de Sade Pblica do Amap (LACEN-AP), encaminhados para diagnstico de HTLV. As amostras foram avaliadas para a presena do vrus por mtodos sorolgicos (ELISA e Western blot) e moleculares (amplificao gnica e caracterizao de segmentos das regies pX e env pela anlise de polimorfismo de fragmentos de restrio por ao de endonuclease. Os resultados obtidos nas diferentes populaes foram na populao de indivduos infectados pelo HIV/AIDS, todas as amostras foram negativas, na populao afro-descendente, apenas uma amostra apresentou positividade na sorologia pelo mtodo de ELISA, porm foi negativa no Western blot e quando submetida ao mtodo molecular, no houve amplificao. No entanto, entre os indivduos encaminhados para diagnstico de HTLV, 06 (seis) amostras foram positivas, e dessas, 05 (cinco) foram confirmadas por Western blot e pelo mtodo molecular. O resultado molecular demonstrou a presena de HTLV-1.
Resumo:
Aps trs dcadas do surgimento da aids no mundo, ainda nos encontramos emudecidos diante de uma doena temida em ser pronunciada pelo peso da morte que seu nome traz. A doena, que surgiu como uma maldio a minorias sexuais, profissionais do sexo e usurios de drogas, imprimiu em seus corpos e em suas almas o smbolo da morte imediata, vergonhosa e dolorida. Em todo esse percurso, teve seu corpo viral radiografado pela cincia mdica, sem que pudesse ser retirada da matematizao de que aids e igual morte, o que a reduziria condio de uma doena. Esta dissertao prope-se a apresentar um panorama da aids, apontando seu surgimento, a identificao do vrus e as metforas utilizadas para o posicionamento da enfermidade no locus biolgico e moral do mundo moderno. Utilizaram-se metforas de doenas estigmatizantes, que recaem sobre lugares de cuidados de sade, para apresentar o Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto como um espao marcado pelo estigma da tuberculose e da aids, o que lhe confere a imagem de horror perante a populao paraense. Neste espao, foram atendidas pessoas cujas relaes de desamparo e dependncia a um objeto/ato externo ao ego pode t-las levados exposio ao vrus HIV. Destes, foi destacado um caso clnico para estudo deste fenmeno. Como tentativa de entendimento da relao com o objeto de dependncia, foram buscados, principalmente, os conceitos winnicottianos de ambiente maternante suficientemente bom, objeto transicional; alm de adico, trabalhado por Joyce McDougall. Com o trabalho realizado, pde-se observar que o vazio relatado em psicoterapia, muito presentes nos pacientes, circunscrito por relaes adictivas, como um modo de defesa que permite tomar o objeto como substituto materno externo vital. Para a escuta destas dependncias, foi utilizada a perspectiva da clnica winnicottiana, com a possibilidade de reposicionar o paciente, para modificar sua realidade interna e externa a partir de um agir criativo.
Resumo:
Esta investigao objetivou estudar a prevalncia de marcadores sorolgicos de infeco pelo vrus da hepatite B e analisar possveis fatores de risco em 404 usurios submetidos sorologia anti-HIV no Centro de Testagem e Aconselhamento de Ribeiro Preto, SP, Brasil. A prevalncia global dos marcadores para o vrus da hepatite B foi de 14,6%, idntica encontrada para o anti-HBc, com valores de 1% para o HBsAg e anti-HBc IgM. Aps ajuste por regresso logstica, os marcadores de infeco do vrus B mostraram associao com as variveis: idade, local de residncia, uso de drogas endovenosas e positividade para o HIV. A prevalncia de infeco pelo vrus da imunodeficincia humana foi de 6,9%. Marcadores do vrus B foram detectados em 55,6% dos usurios de drogas endovenosas e em 42,9% dos positivos ao vrus da imunodeficincia humana, confirmando altos ndices de infeco nestes grupos especficos.