20 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
Dentre as doenças cardiovasculares, a trombose venosa (TV) destaca-se pela associao entre fatores de riscos adquiridos e fatores genticos. A resistncia hereditria protena C ativada tem sido identificada como a principal causa dos casos de trombose venosa, sendo frequentemente associada mutao fator V Leiden (G1694A). Em indivduos homozigotos, o risco de trombose venosa 50 a 100 vezes maior que em pacientes homozigotos normais, enquanto em pacientes heterozigotos o risco de 5 a 10 vezes. Baseado na necessidade de avaliao e acompanhamento de pacientes com casos de trombose venosa e preveno de seus respectivos familiares, foi desenvolvido um mtodo simples de discriminao allica do fator V da coagulao utilizando PCR em tempo real. Foram selecionados 67 pacientes com histrico de TV e 51 indivduos sem histrico de TV. Primeiramente, a discriminao allica do fator V foi realizada atravs de PCR convencional seguida de digesto enzimtica (Mnl). Posteriormente, o diagnstico foi realizado por PCR em tempo real. Ambos os mtodos foram baseados no polimorfismo G1691A, sendo no segundo utilizado fluorforos VIC e FAM para marcar os nucleotdeos G e A, respectivamente. A tcnica de PCR-RFLP foi utilizada para diagnosticar 95 indivduos homozigotos normais, 21 heterozigotos e 2 homozigotos FVL. Utilizando PCR em tempo real foram obtidos os mesmos resultados. A mxima similaridade entre os resultados obtidos por PCR em tempo real e PCR-RFLP indicou preciso significativa do novo mtodo de discriminao e visualizao allica do fator V.
Resumo:
FUNDAMENTO: Atualmente, a dislipidemia infanto-juvenil associada a outros agravos no transmissveis como diabete, hipertenso e obesidade representam um grave problema de sade pblica no Brasil. OBJETIVO: Investigar a prevalncia de dislipidemia em crianas e adolescentes da rede particular de ensino na cidade de Belm. MTODOS: Estudo transversal e prospectivo, no qual foram avaliados 437 escolares pareados por sexo. A faixa etria foi delimitada entre 6 a 19 anos, estratificada em quatro subgrupos (6 a 9 anos; 10 a 12 anos; 13 a 15 anos e 16 a 19 anos). Para obteno das variveis antropomtricas foram mensurados peso e estatura, para o clculo do ndice de massa corporal; e pregas cutneas para o clculo do percentual de gordura. O perfil lipoprotico srico foi obtido atravs da dosagem do colesterol total, triglicerdeo, LDL-colesterol e o HDL-colesterol aps 12 horas de jejum, determinado por mtodos enzimticos. RESULTADOS: Do total de escolares analisados 126 (28,8%) apresentaram excesso de peso e 158 (36,2%) ndice de adiposidade elevado. As crianas (33,6%) apresentaram maior prevalncia de obesidade quando comparadas com os adolescentes (10,1%) (p<0,001). Em relao s caractersticas bioqumicas constatou-se que 214 (49%) apresentaram alguma alterao no perfil lipdico e que as crianas e os adolescentes da faixa de 10 a 15 anos foram os grupos etrios que apresentaram maiores taxas de dislipidemia (34,6 e 25,5 %), respectivamente. CONCLUSO: Esses achados demonstram a importncia de se diagnosticar precocemente o possvel perfil lipdico, principalmente se este j apresentar associao com outro fator de risco como a obesidade.
Resumo:
Este estudo transversal visou a identificar fatores de risco para doena cardiovascular em uma amostra, estratificada por conglomerados, de 557 escolares (6-19 anos) de Belm, Par, Brasil. Os fatores de risco investigados foram obesidade, hipertenso arterial, dislipidemia, diabetes, tabagismo, sedentarismo e dieta aterognica. Variveis sociodemogrficas e relacionadas ao estilo de vida foram testadas no modelo de regresso binria logstica. Os fatores de risco prevalentes foram excesso de peso (20,4%), dislipidemia (48,1%) e sedentarismo (66,2%). Constatou-se que os escolares abaixo de dez anos e os provenientes das famlias de maior renda e com maior escolaridade materna apresentaram mais chances de desenvolverem excesso de peso; por sua vez, os escolares com excesso de peso foram os mais propensos a desenvolver hipercolesterolemia e hipertrigliceredemia. Diante desse quadro, faz-se necessria, ainda na primeira infncia, a implantao de estratgias para controle de excesso de peso, por meio da alimentao balanceada e da prtica fsica regular, para que se possa reduzir de forma efetiva a prevalncia de fatores de risco em escolares nesta cidade.
Resumo:
Introduo: a sndrome metablica (SM) desempenha papel fundamental na origem das doenças cardiovasculares. Estudos sobre a SM no Brasil ainda so recentes, e em regies mais isoladas como na Amaznia, o seu comportamento epidemiolgico ainda desconhecido. O estudo objetivou estimar a prevalncia da SM e fatores associados em adultos da Amaznia Brasileira. Mtodos: realizou-se no perodo de 2012 a 2013 um estudo transversal de base populacional, com a participao de 787 adultos selecionados aleatoriamente da rea urbana de quatro cidades do estado do Par, Amaznia Oriental Brasileira. Os participantes foram submetidos a avaliao antropomtrica, laboratorial e interrogados sobre o estilo de vida. A sndrome metablica foi definida pelo critrio clnico harmonizado - Joint Interim Statement, sendo utilizada a regresso logstica mltipla para verificar o potencial de associao dos fatores de risco com a presena da SM. Resultados: A prevalncia geral da SM foi de 34,1% (IC 95%= 30,8-37,4), aumentando linearmente com aumento do ndice de massa corporal e idade. A partir da faixa etria de 40-49 anos a SM atingiu aproximadamente metade das mulheres (46,0%), enquanto que os homens s experimentaram prevalncia similar na quinta dcada de vida (43,3%). O HDL-c baixo (64,4%) e a obesidade abdominal (58,9%) so mais elevadas nas mulheres (p < 0,0001), j para os homens, a presso arterial elevada significativamente superior (p < 0,0009). Foram mais propensos a ter SM quem estava na faixa etaria de 4059 anos (odds ratio [OR]= 3,35 [IC 95%= 2,30-4,90]); ou 60 anos (OR= 5,80 [3,63-9,27]); ou com sobrepeso (OR= 4,17 [2,77-6,29]); ou obeso (OR= 8,82 [5,56-13,98]). Concluso: A populao estudada experimenta elevado risco cardiometablico, nescessitando de esforos governamentais para o controle da SM e dos fatores de risco relacionados, especialmente da obesidade.
Resumo:
Em 2025 o nmero de idosos no mundo ir dobrar e por volta de 2050 alcanar dois bilhes de indivduos, estando a maioria em pases desenvolvidos. A doena de Alzheimer (DA) a quarta doena que mais compromete a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende sugerir novas metodologias de avaliao de pacientes com declnio cognitivo e doena de Alzheimer, apresentando uma verso brasileira a partir da verso original em lngua inglesa intitulada Test Your Memory TYM (teste sua memria- TSM), bem como mostrar os resultados do desempenho dos idosos na bateria de testes neuropsicolgicos de Cambridge (CANTAB). Trata-se de estudo analtico, transversal retrospectivo do tipo caso-controle, realizado em pacientes do ambulatrio de Geriatria do Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto, e em voluntrios da comunidade no perodo de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. Participaram 95 indivduos com 65 ou mais anos de idade, divididos em 3 grupos: Alzheimer (DA, n=21), declnio cognitivo (DCL, n=31) e controle (n=43). Foram excludos pacientes com histria de acidente vascular enceflico (AVE), depresso primria, trauma cranioenceflico, outras demncias, outras patologias neuropsiquitricas e dficits visuo-auditivos limitantes. Os participantes foram submetidos avaliao inicial, triagem com GDS-5 e DSM-IV, ao Questionrio Internacional de Atividades Fsicas (IPAQ), testes neuropsicolgicos da bateria CERAD, teste do relgio, TSM (verso adaptada para o Portugus) e a bateria de Alzheimer do CANTAB. A anlise estatstica foi realizada empregando-se ANOVA, um critrio, definindo-se o valor p<0,05 como significante. Houve predomnio em todos os grupos de indivduos do gnero feminino, de cor parda, na faixa etria de 70 a 79 anos. A mdia de pontuao do MEEM entre os trs grupos foi diferente (controle: 26,62,2; DCL: 25,12,6; DA: 17,34,9; p<0,05), entretanto o TSM mostrou ser uma ferramenta de triagem mais confivel para distinguir os pacientes DCL dos DA (controle: 42,45; DCL: 35,57,7; DA: 25,78; p<0,01). Na lista de palavras do CERAD, teste do relgio, TNBR e na fluncia verbal fonolgica os trs grupos apresentaram diferenas significantes na mdia de pontos obtidos. A mdia da pontuao total no TSM foi significativamente menor nos grupos DCL e DA do que no grupo controle, e no grupo DA em relao ao DCL. Os testes e medidas do CANTAB que separam os trs grupos pelo desempenho obtido so: RVP A, nmero de tentativas para o sucesso e total de erros na fase de 6 figuras do PAL. Foram encontradas boas correlaes entre o TSM e outros testes, principalmente com o MEEM (Coeficiente de Pearson, r = 0,79; p<0,0001) e teste do relgio (r = 0,76; p<0,0001), bem como boa correlao entre as medidas do PAL e a pontuao do TSM e o MEEM. O nvel de atividade fsica no grupo controle foi maior do que em todos os outros grupos. Ao ser correlacionado o nvel de atividade fsica e o desempenho nos testes cognitivos, no foram observadas diferenas significativas nos diferentes grupos, exceto pela evocao de palavras no grupo DCL. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a aplicao de testes neuropsicolgicos automatizados associados aos testes da rotina clnica e ao TSM aumentam a resoluo e a confiabilidade das anlises particularmente no estgio inicial das sndromes demenciais onde a precocidade e a preciso diagnstica so fundamentais para orientar as aes teraputicas, sejam elas medicamentosas e/ou comportamentais.
Resumo:
O estudo cientfico do comportamento animal frente s distintas modificaes do ambiente (inanimado ou no) onde os mesmos esto sendo criados constitui o principal objetivo da etologia. Por outro lado, muitas doenças que acometem os ruminantes tambm cursam produzindo diversas alteraes no comportamento desses animais; portanto, os profissionais que trabalham com ruminantes precisam reconhecer o que vem a ser um comportamento anormal, decorrente do empobrecimento ambiental associado ou no a erros alimentares e que resulta em prejuzos ao bem-estar dos animais (p.ex. confinamentos com superlotao, falta de sombra nas pastagens, volumosos finamente modos) daqueles oriundos de doenças ou estados carenciais, como por exemplo, a depravao do apetite causada pelas deficincias de sdio, cobalto e de fibra fisicamente efetiva. O propsito dessa reviso discutir sobre os principais desvios comportamentais verificados nos ruminantes domsticos criados em sistemas intensivos ou no no Brasil.
Resumo:
Noventa pacientes soropositivos para o HIV-1 foram estudados, visando-se a descrio de manifestaes clnicas e de marcadores de outras doenças sexualmente transmissveis, assim como de fatores demogrficos e comportamentais que possam estar relacionados com a infeco pelo HIV-1 e em pacientes com SIDA/AIDS. A maioria dos entrevistados (83,3%) foi do sexo masculino, apresentou a mdia de idade 31,4 anos (variando entre 18 e 60 anos) e a distribuio da renda familiar mensal mostrou que 79,5% tinham um ganho inferior a cinco salrios mnimos. Pelos menos um tipo de droga, foi consumido por 51,1%, sendo que 20.7% usaram droga no medicamentosa de uso injetvel. Destes, 94,4% referiram antecedentes de doenças sexualmente transmissveis. A observao dos hbitos sexuais revelou que 41,6% eram bissexuais, 38,2% heterossexuais e 20,2% eram homossexuais. Cerca de 51,1% dos bissexuais usaram drogas injetveis e todos referiram a prtica de sexo anal e foram positivos para a presena de anticorpos para Chlamydia. A mdia de idade da primeira relao sexual com penetrao foi de 14.7 anos, enquanto que a mdia de idade em que ocorreu a primeira doena sexualmente transmissvel foi de 20.6 anos. A quase totalidade (95,5%) dos entrevistados tiveram mltiplos parceiros sexuais, antes do conhecimento da soropositividade para o HIV-1. Dentre os 90 soropositivos, 73,3% referiram antecedentes de doenças sexualmente transmissveis. Destes, 82,2% referiram a presena de secreo uretraI, de sfilis e de herpes simples. No momento da avaliao, 36,6% (33/90) apresentaram secreo uretral, anal e/ou vaginal, leso genital, anal, perianal e/ou adenopatia inguinal, assim discriminado: Secreo (51,1%), vesculas (18,1%), leso verrucosa (18,1%), Adenopatias iguinais ( 18,1% ), lceras ( 12,1 %) e ppulas (6% ). A reao do VDRL foi positiva em 13,7% (11/80), sendo que neste grupo, 90,9% referiram a prtica do sexo anal e 81,8% revelaram antecedentes de DST. Cerca de 96,4% (81/84) apresentaram anticorpos para Chlamydia, sendo que 81,8% revelaram a prtica do sexo anal e 72,8% relataram antecedentes de DST .
Resumo:
A estratgia de Ateno Integrada s doenças Prevalentes na Infncia (AIDPI) consiste em reduzir a mortalidade e morbidade infantil mediante a adaptao de um enfoque que inclui, melhorar os sistemas de sade, a capacidade dos trabalhadores de sade, e as prticas familiares e comunitrias, por meio de educao dos pais ou responsveis sobre o conhecimento dos sinais de alarme na doena diarrica. Com o objetivo de avaliar o conhecimento das mes ou responsveis sobre os sinais de alarme na diarria aguda, foram coletadas informaes de 174 mes ou responsveis por crianas menores de cinco anos com diarria aguda no Hospital Infantil Cosme e Damio de Porto Velho - Rondnia, no perodo de maro a maio de 2001, utilizando-se o formulrio padro do AIDPI. Os resultados mostraram que 64,36% das mes desconhecem os sinais de alarme na diarria aguda, 59,20% das mes fornecem pouco alimento durante um processo diarrico, 92% das mes conhecem que se deve administrar maior quantidade de lquidos na diarria aguda. Considerando os achados do presente trabalho consideramos vlida a aplicao da estratgia do AIDPI no Hospital Infantil Cosme e Damio de Porto Velho.
Resumo:
A falta de deciso na declarao da causa bsica de morte uma fonte de erro particularmente importante nas anlises de moralidade segundo causas. O objetivo do estudo foi avaliar a concordncia entre a causa de morte atestada por mdicos e a classificada mediante o uso das regras internacionais de classificao de causa bsica de morte e sua influncia no perfil da mortalidade por doenças tropicais, infeccionas e parasitrias, no Estado do Par, no perodo de 1996 a 2001. O estudo foi do tipo descritivo, exploratrio, tendo como base de dados os atestados de bitos do sistema de informaes de mortalidade estadual. Utilizou-se, para seleo dos dados, recursos do programa Excel 7.0 e do EPI-INFO 6.04 e, para anlise o Coeficiente de Mortalidade (CM) por causa, a concordncia observada (CO) e o Kappa. Os resultados encontrados evidenciam um perfil de mortalidade semelhante para as causas atestadas e classificadas (septicemias, diarrias e gastroenterite de origem infecciosa presumvel, SIDA/AIDS, tuberculose e malria), com diferenas significativas nos valores dos CM por causa nos anos estudados (1996,p=0,0426; 1997,p=0,0223; 1998, p=0,001; 1999, p=0,0023; 2000, p=0,009 e 2001, p=0,0023). Os valores, encontrados, da CO e de Kappa, refletem as limitaes impostas pelo preenchimento incorreto dos atestados do bito e para a necessidade da implantao, nos municpios, das tabulaes de causa mltipla de morte
Resumo:
As doenças sexualmente transmissveis (DST) esto entre os problemas de sade pblica mais comuns em todo o mundo, principalmente entre os adolescentes, pois eles so mais vulnerveis em relao sexualidade, tanto em pases industrializados como nos em desenvolvimento. Este estudo tem por objetivo investigar a prevalncia de doenças sexualmente transmissveis em escolares da rede pblica municipal de ensino da rea urbana do municpio de Porto Velho, Estado de Rondnia. Foram investigados 122 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Joaquim Vicente Rondon, na faixa etria de 11 a 19 anos, atravs de questionrio de autopreenchimento e coleta de amostras de sangue, secreo uretral e vaginal. O mtodo sorolgico ELISA (Ensaio imunoenzimtico) e a bacterioscopia pelo mtodo de Gram foram os testes utilizados para deteco e identificao de DST. 84,4% dos estudantes responderam saber o que uma DST, 82,8% informaram que usavam preservativo durante as relaes sexuais para prevenir DST, 11,5% no utilizavam o preservativo e 5,7% afirmaram que selecionavam seus parceiros sexuais. Foram examinadas 83 amostras de soro pelo teste ELISA e 41 esfregaos corados pelo mtodo de Gram. A prevalncia encontrada para Chlamydia foi de 65,3% no sexo feminino e 34,6% no sexo masculino. Os agentes biopatognicos encontrados com mais freqncia foram Gardnerella vaginalis, Candida albicans e Trichomonas vaginalis.
Resumo:
Verificou-se nos garimpos do So Chico e do Creporizinho a prevalncia de sintomas clnicos e de achados neurolgicos, alm da ocorrncia de Doena Infecciosas e Parasitrias (DIP'S), associada concentrao do mercrio total na urina dos garimpeiros na Amaznia. No garimpo de So Chico foram investigados 104 garimpeiros, enquanto no garimpo do Creporizinho 169, atravs do estudo de coorte transversal foi utilizada a condio scio-econmica, epidemiolgica e laboratorial como metodologia diagnstica e utilizado os testes estatsticos adequados para verificao da significncia. Os resultados demonstraram que a mdia do metal na urina dos garimpeiros do So Chico superior a do Creporizinho 9.29 g Hg/g creatinina e 5.64 g Hg/g creatinina, respectivamente, cuja distribuio do Hg na urina da populao do So Chico e do Creporizinho, abaixo do ndice Biolgico Mximo Permitido (IBMP) 93% - 96% e acima 7%-4%, respectivamente. H o predomnio do sexo masculino em ambos os garimpos e a ocorrncia de DIP'S nos dois garimpos, cuja seqncia foi idntica, onde as parasitoses intestinais e a malria so mais prevalentes, porm ficando abaixo do IBMP. A avaliao clnica do So Chico apresenta prevalncia de sintomas osteomuscular, dermatolgico e digestivo 32%, 30% e 23% respectivamente, enquanto no Creporizinho ocorreu mudana na seqncia osteomuscular, digestivo e dermatolgico 51 %, 44% e 39%, respectivamente. Dentre os sintomas neurolgicos mais prevalentes os tremores, parestesias e cefalia apresentaram no grupo do So Chico e Creporizinho a seguinte seqncia, respectivamente, 38% - 58%, 32% - 53% e 28% - 48%. As condies de sade so mais precrias no garimpo do So Chico, porm os garimpeiros encontram-se bastantes expostos ocupacionalmente nas duas populaes estudadas, contudo no h parmetros seguros para afirmar a presena do Mercurialismo Crnico na populao estudada.
Resumo:
Foram entrevistados via ligao telefnica 1.410 indivduos, amostra aleatria e representativa da populao acima de 18 anos residente em domiclios conectados rede de telefonia fixa. A prevalncia de tabagismo foi de 21,8%, maior em homens (25%) e em indivduos na faixa entre 18 e 29 anos. Tabagismo e sedentarismo juntos ocorrem em 13,9% dos homens e 14,2% das mulheres; tabagismo e baixo consumo de frutas em 12,9% dos homens e 12,3% das mulheres; e tabagismo e baixo consumo de legumes em 5,8% dos homens e 5,1% das mulheres. A associao de tabagismo e consumo excessivo de lcool foi observada apenas nos homens (em 3,5% deles) e, da mesma forma que verificada para tabagismo isoladamente, sua ocorrncia concomitante a outros fatores comportamentais de risco de doenças e agravos crnicos no transmissveis (DANT) associou-se inversamente escolaridade. Os dados apontam indcios de efeito de aglomerao entre tabagismo e sedentarismo, tabagismo e lcool em excesso, tabagismo e dieta inadequada, justificando intervenes focadas na preveno e reduo concomitante dos principais fatores comportamentais de risco de DANT.
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OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.
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Este estudo descreve alguns resultados do sistema de monitoramento de fatores de risco para doenças crnicas por entrevistas telefnicas no Municpio de Goinia, Gois, Brasil, 2005. Foi estudada amostra probabilstica (n = 2.002) da populao adulta servida por linhas telefnicas residenciais fixas. Foram analisadas variveis comportamentais (consumo alimentar, atividade fsica, tabagismo e consumo de bebida alcolica), peso e altura referidos e referncia a diagnstico mdico de doenças crnicas. Foram calculadas estimativas de prevalncia e valores de qui-quadrado. Observou-se baixo consumo de frutas e hortalias (47,1%), alta freqncia de inatividade fsica ocupacional (86,6%), no deslocamento para o trabalho (92,6%) e lazer (61,9%), consumo excessivo de bebidas alcolicas (23,2%), excesso de peso (36,5%), obesidade (10,6%), hipertenso arterial (22,4%), dislipidemias (18,4%) e diabetes (4,4%). A maioria dos fatores de risco apresentou associao inversa com escolaridade e direta com idade, com diferenas significativas entre sexos (p < 0,05). Observou-se alta prevalncia dos fatores de risco de doenças crnicas no transmissveis e de auto-referidas. Aspectos positivos do sistema: baixo custo operacional, possibilidade de monitorar a carga e a tendncia das doenças crnicas no transmissveis no nvel local.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever mtodos e resultados iniciais do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas no Transmissveis por Inqurito Telefnico VIGITEL implantado no Brasil em 2006. MTODOS: O VIGITEL estudou amostras probabilsticas da populao com 18 ou mais anos de idade residente em domiclios conectados rede de telefonia fixa de cada uma das capitais dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal (54.369 indivduos no total, sendo pelo menos 2.000 por cidade). A amostragem foi realizada a partir de cadastros eletrnicos completos das linhas residenciais fixas de cada cidade, envolvendo sorteio de linhas (domiclios) e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. O questionrio aplicado investigou caractersticas demogrficas e socioeconmicas, padro de alimentao e de atividade fsica, consumo de cigarros e de bebidas alcolicas, e peso e altura recordados, entre outros quesitos. Estimativas sobre a freqncia de fatores de risco selecionados, estratificadas por sexo e acompanhadas de Intervalo de Confiana de 95%, foram calculadas para a populao adulta de cada cidade empregando-se fatores de ponderao que igualam a composio sociodemogrfica da amostra em cada cidade quela observada no Censo Demogrfico de 2000. Estimativas para o conjunto das cidades empregam fator de ponderao adicional que leva em conta a populao de adultos de cada cidade. RESULTADOS: Os cinco fatores de risco selecionados (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcolicas, excesso de peso, consumo de carnes com excesso de gordura e sedentarismo) tenderam a ser mais freqentes em homens do que em mulheres. Dentre os fatores de proteo, o consumo regular de frutas e hortalias foi mais freqente em mulheres do que em homens, observando-se situao inversa no caso da atividade fsica de lazer. Diferenas substanciais na freqncia dos fatores de risco e proteo foram observadas entre as cidades, com padres de distribuio regional diferenciados por fator. DISCUSSO: O desempenho do sistema, avaliado a partir da qualidade dos cadastros telefnicos e de taxas de resposta e de recusas, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior ao encontrado em sistemas equivalentes existentes em pases desenvolvidos. O custo do sistema de R$ 31,15 por entrevista realizada, foi a metade do custo observado no sistema americano de vigilncia de fatores de risco para doenças crnicas por inqurito telefnico e um quinto do custo estimado em inqurito domiciliar tradicional realizado recentemente no Brasil.