12 resultados para Doenças Periodontais Prevenção e Controle
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
INTRODUO: A infeco pelo Papiloma Vrus Humano (HPV) uma das ISTs mais comuns no mundo e possui alto potencial carcinognico para a crvice uterina. OBJETIVOS: Identificar possveis dfices de competncia para o autocuidado relativo ao comportamento de sade sexual de mulheres atendidas nas Unidades Sade da Famlia Paraso do Murinin com resultados alterados para HPV e desenvolver estratgias de educao para a sade que contribuam para comportamentos sexuais saudveis na prevenção e controle do HPV e suas consequncias. METODOLOGIA: Pesquisa desenvolvida no municpio de Benevides, Estado do Par. Estudo configurado como pesquisa convergente-assistencial (PCA), que teve como referencial terico o Autocuidado de Orem. A estratgia educacional foi aplicada em 11 mulheres na faixa etria entre 25 e 64 anos, que realizaram o exame de PCCU entre os anos 2011 e 2012 e que tiveram resultado com alteraes relacionadas contaminao pelo HPV. No desenvolvimento da estratgia educacional foi utilizada a tcnica do grupo focal, o qual perdurou por dois meses (19/03/13-14/05/2013), com sete encontros grupais. A anlise das informaes colhidas durante as atividades grupais foi baseada na PCA e no referencial de autocuidado de Orem, com foco nos objetivos definidos, buscando avaliar como a mudana na percepo dos comportamentos de sade na prevenção e controle do HPV se processava ante a estratgia educacional desenvolvida, norteada pelos preceitos do sistema de enfermagem de apoio-educao de OREM. RESULTADOS: Durante a pesquisa foi identificado dfice de competncia para o autocuidado na prevenção, tratamento/controle do HPV e nos cuidados apropriados; dfice de conhecimentos acerca do HPV, suas consequncias e seu enfrentamento; dfice de competncia para o autocuidado em prticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas; dfice de competncia quanto ao cuidado relacionado reduo de riscos socioeconmicos; dfice de autocuidado em desvio de sade relacionado ao tratamento e controle do HPV. Posteriormente foram desenvolvidas aes educativas contribuintes para comportamentos sexuais seguros em face do HPV e a outras ISTs. Ao longo do processo educativo as mulheres passaram a demonstrar competncia cognitiva quanto infeco por HPV e competncia para o autocuidado em prticas de vida sexual satisfatoriamente partilhadas. CONCLUSO E IMPLICAES: conclumos que as estratgias educacionais utilizadas contribuem na aprendizagem das mulheres infectadas pelo HPV, na medida em que demonstraram sinais deaquisio de competncias e habilidades para autocuidado e higiene com vista a prticas sexuais mais saudveis, de modo compartilhado com seus parceiros. As implicaes para a prtica assistencial esto relacionadas necessidade da enfermagem no desenvolvimento de mecanismos para melhor acolher o par sexual como usurios, de acordo com a poltica de prevenção de ISTs e de promoo de sade da mulher. Para o ensino, salienta-se a importncia de capacitao em servio para atender a unidade mulher/homem como par conjugal/sexual, como tambm na formao de profissionais com uma viso abrangente de unidade implicada: o casal, a famlia. Para a pesquisa, imprescindvel a investigao de comportamentos humanos que mantm elevada a incidncia de papilomavirus humano, no intuito de encontrar estratgias que debelem a incidncia e intensifique o controle, o tratamento e a prevenção de agravos pelo HPV.
Resumo:
O presente estudo tem como tema de discusso, o trabalho do Agente Comunitrio de Sade (ACS) como essencial para aes de prevenção e controle do cncer, em conjunto com a equipe da Estratgia Sade da Famlia. Direcionou-se o olhar, atravs dos olhos do ACS, para os riscos e atitudes facilitadoras para o desenvolvimento do cncer, bem como para sinais de alarme. A questo que norteou a pesquisa foi: os Agentes Comunitrios de Sade, aps receberem devida capacitao, alcanam habilidades suficientes para atuarem no controle do cncer, atravs de aes da identificao de riscos e educao em sade? O objetivo principal consistiu em elaborar um modelo de interveno que contribua para o controle do cncer na Ateno Bsica, tendo o ACS como principal mediador. Trata-se de uma pesquisa de interveno, transversal, de abordagem qualitativa, tendo como objeto de estudo, o trabalho do ACS como um instrumento da ESF para o controle do cncer. Foram selecionados cinco ACSs como participantes principais e oito famlias como participantes secundrios. Para a produo dos dados usou-se da pesquisa de campo, que transcorreu entre os meses de janeiro a abril de 2014, e contou com o mtodo observacional. Esta produo foi dividida em dois momentos: estudo de eficcia e estudo de eficincia. A anlise dos dados foi organizada em duas matrizes interpretativas: consideraes acerca das atividades desenvolvidas e o corolrio das aes desenvolvidas, cada uma com suas respectivas categorias e temas. Esta anlise contou com o suporte terico-metodolgico da anlise de contedo temtica proposta por Bardin (2011). Quanto aos resultados, os ACSs, aps receberem o trabalho de capacitao, tiveram um bom desempenho nas atividades de investigao e educao em sade. Em um primeiro momento, a interveno despertou mudanas positivas no cotidiano das famlias participantes da pesquisa, isto , aps a educao em sade realizada pelos ACSs conseguiram abandonar hbitos de risco que haviam sido identificados. Assim, aps implementao do plano prvio de interveno, evidenciou o modelo aplicvel, ou seja, foi possvel perceber como deve se organizar e quais os passos devem ser realizados. A presente pesquisa ainda no pode responder se a interveno elaborada, em definitivo, capaz de ocasionar mudanas positivas no cotidiano dos participantes a longo prazo e, principalmente, se estas mudanas ajudaro na reduo dos ndices de cncer. Cabe destacar, para que intervenes como esta tenham sucesso parcerias precisam ser fortalecidas. Pois para que possamos ter uma sade pblica eficiente e, ao mesmo tempo, uma Ateno Bsica de qualidade, necessita-se de fato, que todos trabalhem juntos.
Resumo:
A hansenase, doena endmica no Brasil, de carter crnico, que afeta principalmente o tegumento cutneo e os nervos perifricos. Tambm pode afetar a bucofaringe. Este trabalho objetivou realizar estudo sobre a Prevenção de Incapacidades (PI) em Hansenase, na Primeira Regio de Sade de Rondnia, no Programa para Eliminao e Controle da Hansenase com sede no municpio de Ji-Paran, que envolve o atendimento sistemtico aos portadores de Hansenase de 16 municpios circunvizinhos. Utilizou-se como instrumento de coleta um levantamento de dados nos mapas de controle e relatrios da 1 Regio de Sade de todos os indivduos atendidos no programa no perodo de 2000 e 2001, considerando-se faixa etria, sexo, forma clnica e grau de incapacidade. Foram estudados 331 indivduos, na faixa etria de 10 a 84 anos de ambos os sexos. Numa etapa posterior, foi analisado o cruzamento dos dados acima mencionados com outros estudos feitos a respeito do assunto. Baseado nos resultados encontrados e discutidos, ficou evidenciada a importncia do diagnstico precoce, do tratamento imediato pelo uso da poliquimioterapia e da prevenção de incapacidades como meio de estacionar ou regredir leses advindas do acometimento dos nervos perifricos e pele, encontrados em algumas formas da hansenase, principalmente, na Tuberculide e Dimorfa, que so as de maior freqncia na rea estudada.
Resumo:
O final do sculo XIX mostrou duas caractersticas importantes na rea da sade. A primeira indicava a continuidade da ocorrncia de doenças ocasionadas por agentes infecciosos que incluam a febre amarela, malria, clera e varola. Por outro lado, a situao econmica do Estado do Par com o incio da perda da exclusividade na produo extrativista do maior gerador de riquezas para o Estado, a borracha, levou a uma situao em que se tornava cada vez mais difcil e cara a formao de novos mdicos paraenses no exterior ou em outros Estados brasileiros. O incio do sculo XX trouxe a abertura de faculdades na cidade de Belm, incluindo duas na rea da sade (Farmcia e Odontologia), alm de uma regulamentao nacional para a criao e abertura de cursos de medicina. O Estado do Par, sob a influncia do esforo de Oswaldo Cruz com o seu trabalho de eliminao da febre amarela na cidade de Belm, em uma aplicao prtica dos novos conhecimentos gerados pela descrio de agentes infecciosos nas formas de transmisso por meio de vetores e a aplicao de novas maneiras de prevenção e controle de doenças (saneamento e vacinas), aps se organizar, a princpio por meio de uma sociedade cientfica de forma inovadora, cria a oitava escola de medicina do pas, em 9 de janeiro de 1919 com o nome de Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par.
Resumo:
As pesquisas relativas s infeces pelos vrus HTLV I e II tm crescido nos ltimos anos, com o advento da Sndrome da Imunodeficincia Adquirida, por tambm ser causada por um retrovrus. E, ainda, em caso de co-infeco, a AIDS tem maior precocidade em seu desenvolvimento com modificaes, inclusive, dos parmetros de acompanhamento e incio de teraputica antiretroviral. Devido a isto, foi feito um estudo com o objetivo de determinar a soroprevalncia de Anti-HTLV I e II na comunidade que procura um Centro de Testagem de Anti-HIV. Foram obtidas amostras sangneas de 588 usurios da Unidade de Referncia Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitrias (URE-DIPE), alm de 292 usurios do Instituto Evandro Chagas (IEC) e 295 doadores de sangue do Centro Hemoterpico do Par (HEMOPA). Foram utilizados os mtodos de ELISA em duplicata e Western Blot. Na URE-DIPE, o heterossexual foi a categoria de exposio predominante na procura de testagem Anti-HIV, em ambos os sexos, com 499 pessoas (84,9 %), entretanto, aps anlise dos resultados de Anti-HTLV, no houve diferena significante nas amostras soropositivas de indivduos heterossexuais comparando com os homossexuais, demonstrando que a vulnerabilidade est presente independente da opo sexual. A soropositividade foi constatada em 7 usurios (1,2 %), com deteco exclusiva do Anti-HTLV I. A co-infeco HTLV/HIV ocorreu em 3 casos, correspondendo a 0,5 % do total estudado. No IEC, a soropositividade foi encontrada em 2 casos (0,7 %) de Anti-HTLV I e II. Comparando estes dois grupos (URE-DIPE e IEC), os resultados no foram discordantes, com p = 0.2345 e 0.4691, respectivamente. A faixa etria de maior atividade sexual foi a mais acometida. No houve registro de soropositividade nos doadores de sangue do HEMOPA. Conclui-se que os resultados obtidos na URE-DIPE e Instituto Evandro Chagas no permitem definir que, na primeira, ocorrem mais casos de infeco pelo HTL V, alm de no haver predomnio entre as categorias de exposio; portanto, a exposio sexual o fator dominante. A faixa etria acometida favorece a transmisso vertical. A ausncia de soropositividade nos doadores de sangue compatvel com a baixa prevalncia deste grupo, de acordo com a literatura. H necessidade de maior divulgao sobre o HTLV aos profissionais de sade e populao em geral para que medidas de prevenção e controle possam ser efetivadas.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando prevenção e controle da hipertenso.
Resumo:
As hepatites virais representam um importante problema de sade pblica no Brasil e no mundo. A hepatite B e a hepatite C so as de principal interesse para os profissionais da rea de sade em funo do modo de transmisso e da possibilidade de aquisio ocupacional. O presente trabalho teve por principal objetivo verificar a soroprevalncia da infeco pelo Vrus da Hepatite B (VHB) e pelo Vrus da Hepatite C (VHC) em cirurgies-dentistas e relacion-la com os fatores de risco. Participaram do estudo 97 cirurgies-dentistas, sendo 39 do gnero masculino e 58 do gnero feminino, no perodo de junho a dezembro de 2005, que atuam no municpio de Belm, Par, Brasil. Os dados epidemiolgicos foram obtidos por meio de inquritos e os sorolgicos por um ensaio imunoenzimtico para a pesquisa de antgeno e anticorpo tanto para o VHB quanto para o VHC. O teste de Tendncia foi utilizado para a anlise estatstica dos resultados. A prevalncia do VHB foi de 6,2%, enquanto do VHC foi de 3,1% entre a populao estudada. Das amostras sororreativas para os marcadores da hepatite B, a prevalncia foi de 1,03% (1/97) para o anti-HBc total, 5,16% (5/97) para a presena simultnea do anti-HBc total e anti-HBs e 54,61% (53/97) para o anti-HBs. Quando comparado ao encontrado na populao de doadores de sangue no Estado do Par a prevalncia do VHC na populao estudada foi significativamente maior, enquanto a do VHB foi semelhante. Alm disso, 37,7% (36/97) relataram terem tido algum tipo de exposio ocupacional, estando o acidente com objetos prfuro-cortante como o mais relatado (86,1%). A medida adotada aps a exposio foi sempre a lavagem com gua e sabo e apenas 2,8% (1/36) dos acidentados relataram realizao de testes sorolgicos. O conhecimento das normas de biossegurana e a utilizao de pelo menos uma barreira de proteo individual foram relatados por todos, sendo o uso de luvas e mscara a resposta mais mencionada (96,9%). Encontravam-se imunizados contra o VHB por meio de vacina 54,61% (53/97) dos cirurgies-dentistas, enquanto que imunes por infeco natural 5,16% (5/97). O elevado percentual de ocorrncia de acidentes ocupacionais, aliado a baixa soroconverso ps-exposio dentre os cirurgies-dentistas participantes demonstra a necessidade de se conhecer a prevalncia de infeces de risco ocupacional em profissionais da rea de sade para que se adotem medidas de prevenção e controle mais eficazes contra os agentes causadores.
Resumo:
Avaliou-se a exposio humana ao metilmercrio e ao mercrio total em comunidades ribeirinhas do rio Tapajs e da regio metropolitana de Belm, no Estado do Par, Brasil, atravs da determinao de mercrio total e metilmercrio em amostras de cabelo nos anos de 1994 e 1995. Observou-se que as concentraes mdias de mercrio total variaram de 2 1g/g-1 a 20,5 12,1g/g-1, enquanto que as concentraes mdias de metilmercrio variaram de 1,4 0,7g/g-1 a 18,5 11g/g-1. Estes resultados confirmam a contaminao mercurial na regio do rio Tapajs, admitem a possibilidade do aparecimento de sinais e sintomas de intoxicao mercurial e recomendam a manuteno da monitorizao do mercrio total e do metilmercrio nas amostras de cabelo, bem como a necessidade de estudos clnico-epidemiolgicos para implantao de medidas de prevenção e controle da intoxicao mercurial.
Resumo:
Analisar o processo de recuperao de reas alteradas no mbito do Programa PROAMBIENTE, a partir das experincias de recuperao de reas alteradas desenvolvidas por organizaes de agricultores familiares da Transamaznica e Xingu, constitui o objetivo central da tese. A unidade espacial de referncia do estudo foi o polo Transamaznica, onde esto localizados os municpios de Senador Jos Porfrio, Pacaj e Anapu, selecionados pelos movimentos sociais da regio do Xingu para a realizao de uma das principais experincias de desenvolvimento rural realizadas na Amaznia brasileira, o Programa PROAMBIENTE. Como procedimento metodolgico, a pesquisa adotou a ferramenta Eco-Cert.Proambiente, programa criado pela EMBRAPA Meio Ambiente para avaliar o nvel de adoo de uma srie de atividades cujo objetivo seria a melhoria dos servios utilizados nas propriedades rurais. Para a avaliao da participao dos atores externos (ONG e OG) nas experincias do PROAMBIENTE e de outros projetos/iniciativas de recuperao de reas na regio de estudo, lanou-se mo de entrevistas informais. Como resultado, o estudo mostrou que as iniciativas de recuperao de reas alteradas realizadas pelos agricultores familiares, com auxilio ou no dos atores externos, foram de fundamental importncia para o desenvolvimento sustentvel nas localidades onde foram realizadas. Esse desenvolvimento local sustentvel foi potencializado, principalmente, atravs de programas federais, como o Bolsa Famlia e Luz para Todos. Sobre as atividades de recuperao ambiental incentivadas pelo PROAMBIENTE, observou-se que vrias delas foram adotadas e fizeram parte do cotidiano das famlias rurais, mesmo aps quatro anos de ausncia do programa na regio. Atividades como a diminuio do desmatamento de floresta nativa, prevenção e controle do uso do fogo, diminuio do uso de agrotxico, foram algumas das adotadas e continuamente realizadas nas propriedades pelas famlias locais. A adoo dessas prticas foi resultado da intensa motivao, realizada pela equipe tcnica do PROAMBIENTE, atravs de intercmbios, cursos, capacitaes e treinamentos das famlias rurais. Outras prticas no foram realizadas, uma vez que as famlias, nesse caso, necessitavam de auxilio externo, ou seja, de investimentos para a continuao do planejamento para a construo do lote ideal. Esse planejamento seria levado adiante, caso houvesse continuidade do programa, o que no aconteceu. Alm do mais, o estudo mostrou o papel de tcnicos extensionistas, formados em uma nova dinmica de se fazer ATER, a qual valoriza os conhecimentos endgenos dos agricultores e que direciona suas atividades voltadas transio agroecolgica.
Resumo:
OBJETIVO: Comparar o perfil lipdico e risco coronariano de uma populao ribeirinha (Vigia) ao de uma populao urbana (Belm). MTODOS: Foram avaliados 50 indivduos de cada regio, controlados por idade e sexo, examinando-se os principais fatores de risco para a doena coronariana. RESULTADOS: Segundo o Programa Nacional de Educao sobre o Colesterol (NCEP III) e determinando-se o escore de Framingham, ambas as populaes expressaram o mesmo risco absoluto de eventos (Vigia 5,4 1 vs. Belm 5,7 1), a despeito da populao de Vigia apresentar menor consumo de gordura saturada (p<0,0001), maior de mono e poliinsaturada (p<0,03), alm de menores valores do ndice de massa corprea (25,40,6 vs. 27,60,7kg/m, p<0,02), da prega biceptal (18,61,1 vs. 27,51,3mm, p<0,0001) e triceptal (28,71,2 vs. 37,31,7mm, p<0,002), de colesterol total (2055 vs. 2236mg/dL, p< 0,03) e triglicrides (119 9 vs. 17718mg/dL, p<0,005), no diferindo no HDL-c (461 vs. 461mg/dL), LDL-c (135 4 vs. 144 5mg/dL) e presso arterial (PAS 124 3 vs. 128 3mmHg; PAD 80 2 vs. 82 2mmHg). CONCLUSO: A populao ribeirinha e urbana da Amaznia apresentaram risco cardiovascular semelhante. Entretanto, a marcante diferena entre as variveis estudadas sugere que devam ser aplicadas diferentes estratgias de prevenção.
Resumo:
A pneumonia associada a ventilao mecnica a infeco hospitalar mais comum em pacientes de unidade de terapia intensiva. Estratgias de prevenção podem ser mais bem elaboradas com o conhecimento dos fatores de risco para esta infeco. Com o objetivo principal de identificar fatores associados com maior risco de desenvolvimento de pneumonia em pacientes que recebem ventilao mecnica, foi realizado estudo retrospectivo, caso controle, no pareado, em uma unidade de terapia intensiva, clnico-cirrgica, de um hospital universitrio na cidade de Belm do Par, Brasil. O perodo de estudo foi de 19 meses (janeiro de 2003 a julho de 2004). Os critrios de definio foram adaptados a partir dos critrios dos Centers for Diseases Control and Prevention. Foram avaliadas caractersticas demogrficas, procedimentos invasivos, morbidades associadas e variveis dependentes de tempo (ventilao mecnica, nutrio, exposio a drogas), entre outros fatores, em 27 casos e 27 controles. A pneumonia associada ventilao mecnica teve uma taxa bruta e incidncia por 1000 ventiladores/dia de 10,6% e 12,3 episdios, respectivamente. O tempo mdio de permanncia na unidade de terapia intensiva dos pacientes foi de 34,2 27,7 dias, enquanto dos controles foi de 15,4 13,6 dias (p=0,003). O tempo mdio para incio da pneumonia foi de 14,29 9,16 dias. A taxa global de mortalidade foi similar nos dois grupos (OR=1,60; p=0,576). A anlise univariada demonstrou que medicamentos administrados em aerossis (OR=4,75; p=0,01) e uso de curares (OR=8,61; p=0,003) estiveram associados a um maior risco de desenvolvimento da infeco. Conclui-se que a pneumonia associada a ventilao mecnica esteve associada ao uso de curares e aerossis, sendo que medidas preventivas poderiam ser direcionadas a estes fatores por serem eles, potencialmente modificveis.
Resumo:
O cncer do colo do tero um dos graves problemas de sade pblica no mundo e no Brasil. O exame colpocitolgico e a educao em sade so estratgias fundamentais para o xito do programa de prevenção do cncer do colo do tero nos servios de sade pblica. Foi realizado um estudo transversal e analtico, com o objetivo de identificar e discutir os fatores interferentes nas estratgias de controle do cncer do colo do tero, com nfase na infeco pelo vrus HPV, sob a perspectiva das clientes do programa. A populao do estudo foi de 858 mulheres atendidas nas unidades de sade pblica, em duas estratgias de Sade da Famlia e trs unidades bsicas de sade, sendo uma um Centro de Sade Escola, no Municpio de Belm/PA. Os dados foram coletados atravs de entrevista. Entre os fatores que interferem negativamente na efetividade das estratgias do respectivo programa esto includos: o perfil de clientela quanto a idade, grau de instruo e renda familiar; as caractersticas de atendimento e tipo de demanda do programa; o conhecimento de mulheres sobre cncer do colo do tero, neoplasia intraepitelial cervical, vrus HPV e vacina anti-hpv e; o uso das prticas educativas pelas unidades de sade deste estudo. Conclui-se que intervenes na organizao dos servios de sade pblica podem contribuir na efetividade dessas estratgias, como a efetivao da busca ativa para melhorar o acesso das mulheres nas faixas etrias de maior prevalncia de infeco pelo HPV e das mulheres em atraso com o exame colpocitolgico anual. Assim como, o estabelecimento das prticas educativas como um recurso organizacional permanente para elevar o nvel de conhecimento de mulheres sobre cncer do colo do tero e vrus HPV; alm de tornar o monitoramento efetivo de mulheres sob controle anual. Enfim buscar ferramentas organizacionais na perspectiva da prevenção primria e secundria importantes para o controle do cncer do colo do tero e do vrus HPV.