4 resultados para Disease outbreaks. epidemiologic methods. Spatial Analysis. Epidemics.

em Universidade Federal do Pará


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A pneumonia e a bronquiolite na infância são as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, sendo o Vírus Respiratório Sincicial Humano (VSRH) o principal agente viral. O VSRH está associado a surtos anuais de doenças respiratórias, onde a co-infecção bacteriana tem sido relatada. Este foi o primeiro estudo do VRSH em crianças hospitalizadas com Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) em Belém, Pará (Norte do Brasil), que teve como objetivo determinar a prevalência da infecção pelo VSRH e avaliar as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes. Métodos. Foi realizado um estudo prospectivo em oito hospitais no período de novembro de 2006 a outubro de 2007. Foram testadas 1.050 amostras de aspirado nasofaríngeo para o VRSH, obtidas de crianças hospitalizadas com até três anos de idade com diagnóstico de PAC, pelo método da imunofluorescência direta e da reação em cadeia por polimerase após transcrição reversa (RT-PCR) para identificação do subtipo viral. Foram obtidos resultados da dosagem de proteína C-reativa (PCR) e da cultura bacteriana. Resultados. A infecção pelo VSRH foi diagnosticada em 243 (23,1%) crianças. A idade média do grupo VRSH-positivo foi menor do que a do grupo VRSH-negativo (12,1 meses versus (vs) 15,5 meses, ambos com variância de 1-36 meses, p<0,001), enquanto que a distribuição por genero foi similar. O grupo VRSH-positivo apresentou menor dosagem (PCR) quando comparados ao grupo VRSH-negativo (15,3 vs 24.0 mg/dL, p<0,05). Os achados radiológicos confirmaram que 54,2% do grupo VRSH-positivo e 50,3% do grupo VRSH-negativo apresentavam infiltrado intersticial. A infecção bacteriana foi identificada predominantemente no grupo VRSH-positivo (10% vs 4,5%, p<0,05). Rinorréia e obstrução nasal foram predominantemente observadas no grupo VRSH-positivo. A co-circulação dos subtipos A e B foi observada, com predominância do subtipo B (209/227). A análise multivariada revelou que a idade de 1 ano (p<0,015), os níveis de PCR inferior a 48 mg/dL (p<0,001) e a co-infecção bacteriana (p<0,032) foram independentemente associados com a presença do VRSH em oposição ao grupo VRSH-negativo, e na análise dos sintomas, a obstrução nasal foi independentemente associada com o grupo VRSH-positivo (p<0,001). Conclusão. O presente estudo destaca a relevância da infecção por VSRH em casos hospitalizados de PAC em nossa região; nossos resultados justificam a realização de investigações adicionais que possam ajudar a elaborar estratégias para o controle da doença.

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BACKGROUND: Pemphigusis a bullous, rare and chronic autoimmune disease. There are two major forms of pemphigus: vulgaris and foliaceus. Epidemiological data and clinical outcome in patients diagnosed in the Brazilian Amazon states are still rare. OBJECTIVES: To study the occurrence of the disease during the study period and analyze the epidemiological profile of patients, the most common subtype of pemphigus, and the clinical evolution of patients. METHODS: Retrospective analysis of medical records of hospitalized patients with pemphigus foliaceus and pemphigus vulgaris in the period from 2003 to 2010 in Dermatology Service of Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Belém, Northern Brazil. RESULTS: We found a total of 20 cases of pemphigus during the study period, 8 of which were of foliaceus pemphigus and 12 of vulgaris pemphigus. Pemphigus foliaceus had the predominance of male patients (75%), showed satisfactory clinical evolution, and was characterized by absence of pediatric cases. Pemphigus vulgaris affected more women (66.7%), showed mean hospital stay of 1 to 3 months (50%), and there were three cases of death (25%). The prescribed immunosuppressive drugs included prednisone with or without combination of azathioprine and/or dapsone. Sepsis was associated with 100% of the deaths. CONCLUSIONS: The occurrence of the disease is rare, there are no familiar/endemic outbreaks in the sample. Evolution is usually favorable, but secondary infection is associated with worse prognosis. The choice of best drugs to treat pemphigus remains controversial.

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Mais de 80.000 casos de hanseníase foram diagnosticados nos últimos 20 anos no Pará e, ainda hoje, com um coeficiente de detecção anual de 50/100.000 habitantes (três vezes superior à média nacional) a doença permanece como um grave problema de saúde pública neste Estado. O objetivo geral deste estudo foi desenvolver um método integrando a epidemiologia espacial e sorológica como ferramenta de combate à hanseníase no Pará. Inicialmente, foram realizadas visitas domiciliares a famílias de pessoas afetadas pela hanseníase, diagnosticadas nos últimos cinco a seis anos, em oito municípios de diferentes regiões do Estado. A equipe de pesquisadores com experiência no manejo da hanseníase, composta por médicos dermatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, realizou exame clínico dermatoneurológico em 1.945 contatos intradomiciliares de 531 casos notificados e coletou amostra de sangue para pesquisa sorológica de anticorpos IgM anti-PGL-I. Além disso, 1.592 estudantes de 37 escolas públicas do ensino fundamental e médio, com idade entre 6 e 20 anos, também foram selecionados aleatoriamente para serem submetidos à mesma avaliação. As residências dos casos notificados, bem como a dos estudantes incluídos no estudo foram georreferenciadas para a análise da distribuição espacial da hanseníase. Dois anos mais tarde, com base na informação sorológica prévia, a equipe de pesquisadores retornou a dois municípios para reavaliar os indivíduos incluídos no estudo. Adicionalmente, duas novas escolas públicas localizadas em áreas de alto risco de hanseníase, determinadas pela análise da distribuição espacial da doença em um dos municípios, foram selecionadas para avaliar-se a importância da informação geográfica na detecção de casos novos. Na avaliação inicial, 156 (8%) contatos e 63 (4%) estudantes foram diagnosticados como casos novos de hanseníase; 806 (41,4%) contatos e 777 (48,8%) estudantes foram soropositivos para anti-PGL-I. A análise da distribuição espacial dos casos registrados da doença em um dos municípios selecionados indicou que a hanseníase apresenta um padrão heterogêneo, com clusters de alta e baixa taxa de detecção anual em áreas específicas da cidade (p < 0,01), e que 94,7% dos estudantes examinados residiam a menos de 200 metros de um caso registrado durante os seis anos anteriores ao estudo. No seguimento, a incidência de hanseníase foi significativamente maior entre os indivíduos soropositivos (22,3%) quando comparados aos soronegativos (9.4%) (OR = 2,7; IC95% = 1,29 – 5,87; p = 0,01); também foi significativamente mais alta entre moradores de residências com pelo menos um sujeito soropositivo (17,4%), comparada aos de residências sem nenhum morador soropositivo (7,4%) (OR = 2,6; IC95% = 1,18 – 5,91; p = 0,02). A seleção de escolas localizadas em áreas de maior risco dentro do município aumentou significativamente a eficiência na detecção de casos novos entre escolares (8,2%), quando comparada aos resultados obtidos em escolas selecionadas aleatoriamente (4%) (p = 0,04). Os dados mostram alta taxa de prevalência oculta de hanseníase e de infecção subclínica pelo M. leprae no Pará. A epidemiologia espacial e sorológica são ferramentas eficazes para aumentar a detecção precoce de casos novos e deveriam ser utilizadas pelos municípios do Pará para que o Estado possa finalmente alcançar as metas de controle da hanseníase.

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Neste trabalho, foi realizado um estudo de mapeamento de áreas de incidência e previsões para os casos de dengue na área urbana de Belém. Para as previsões foi utilizada à incidência de dengue com a precipitação pluviométrica a partir de modelos estatísticos, baseados na metodologia de Box e Jenkins de series temporais. O período do estudo foi de 05 anos (2007-2011). Na pesquisa temos métodos multivariados de series temporais, com uso de função de transferência e modelos espaciais, em que se analisou a existência de autocorrelações espaciais na variável em estudo. Os resultados das análises dos dados de incidência de casos de dengue e precipitação mostraram que, o aumento no número de casos de dengue acompanha o aumento na precipitação, demonstrando a relação direta entre o número de casos de dengue e a precipitação nos anos em estudo. O modelo de previsão construído para a incidência de casos de dengue apresentou um bom ajuste com resultados satisfatórios podendo, neste caso, ser utilizado na previsão da dengue. Em relação à análise espacial, foi possível uma visualização da incidência de casos na área urbana de Belém, com as respectivas áreas de incidência, mostrando os níveis de significância em porcentagem. Para o período estudado observou-se o comportamento e as variações dos casos de dengue, com destaque para quatro bairros: Marco, Guamá, Pedreira e Tapanã, com possíveis influências destes bairros nas áreas (bairros) vizinhas. Portanto, o presente estudo evidencia a contribuição para o planejamento das ações de controle da dengue, ao servir de instrumento no apoio às decisões na área de saúde pública.