13 resultados para Discriminative Itemsets

em Universidade Federal do Pará


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A formação de classes de equivalência entre figuras, palavras ditadas e palavras impressas promove a leitura com compreensão, mas não estabelece o controle discriminativo por todos as unidades da palavra (letras e sílabas). A aplicação de procedimentos especiais combinados (cópia, ditado e oralização fluente e escandida) durante o ensino das relações condicionais entre palavras ditadas e palavras impressas (AC) favorece o estabelecimento de controle discriminativo por unidades menores que a palavra, e a leitura textual e com compreensão das palavras formadas por recombinações daquelas unidades. O treino explícito de discriminações silábicas tem sido adotado como um dos procedimentos nos estudos sobre consciência fonológica, com resultados satisfatórios em testes de leitura. O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito dos dois procedimentos sobre a aquisição da leitura recombinativa em pré-escolares. Três crianças foram expostas ao procedimento de equivalência e procedimento especiais combinados durante o ensino das relações AC (com as palavras MALA, PATO e BOCA), e quatro ao treino explícito de discriminações silábicas em tarefas de rima, aliteração, adição e subtração de sílabas e correspondência grafosilábica. Após um Pré-teste, os participantes do primeiro grupo foram submetidos ao teste / ensino das relações AB (palavras ditadas-figuras), e em seguida ao ensino das relações AC com procedimentos combinados e aos testes BC (figuras-palavras impressas) e CB. Posteriormente à emergência das relações de equivalência (BC/CB), as crianças participavam de testes de leitura textual das sílabas, das palavras de ensino e de generalização (formadas pela recombinação das sílabas das palavras de ensino). Quando os participantes atingiam o mínimo de 90% de acertos no teste de leitura generalizada eram conduzidos ao Pós-teste. Caso contrário, participavam antes da mesma seqüência anterior, porém, com três palavras de generalização (BOLA, LAMA e CAPA). Já as quatro crianças do segundo grupo inicialmente foram submetidas a tarefas de reconhecimento silábico e posteriormente a tarefas de correspondência grafosilábica, rima, aliteração, subtração e adição silábica com as sílabas MA, LA, PA, TO, BO e CA. O participante só era exposto ao treino de uma outra sílaba se obtivesse 100% de acertos na tarefa de correspondência grafosilábica e acertasse todos os itens experimentais das demais atividades. Ao final do programa os participantes eram expostos ao Pós-teste: os três participantes do grupo de equivalência de estímulos e um do grupo de consciência fonológica apresentaram a leitura recombinativa de algumas palavras, mas nenhum deles apresentou leitura recombinativa generalizada. Sugere-se que outras variáveis podem interferir no desempenho dos participantes, como: a história pré e extraexperimental, a aquisição do conceito de impressos (e.g. leitura da esquerda para a direita) e a quantidade de tentativas de ensino. Supõe-se ainda que no caso do ensino de leitura do português o uso conjunto de procedimentos de equivalência de estímulos e de discriminação/correspondência silábica seja um método eficiente no ensino da leitura recombinativa. Propõe-se que novos estudos avaliem os efeitos da combinação destes procedimentos no ensino de tal repertório.

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Dificuldades apresentadas por crianças surdas na aprendizagem da matemática têm conduzido educadores ao desenvolvimento de procedimentos especiais de ensino. O paradigma de equivalência tem sido útil na explicação de comportamentos complexos, como comportamentos conceituais numéricos. Uma expansão desse paradigma envolve a formação de classes de estímulos equivalentes em seqüência. A emergência de novas relações através do responder ordinal já foi documentada em estudos com contingências de reforçamento de três termos. Há necessidade de verificar se esses resultados se mantém estáveis sob contingências de quatro e cinco termos. Três experimentos foram programados com o objetivo de investigar a emergência de relações ordinais com controle discriminativo simples, sob controle condicional (sem e com randomização das tentativas) e sob controle contextual em crianças surdas. No Experimento 1 participaram cinco crianças surdas, matriculadas numa Escola Pública Especializada. Um microcomputador com um software (REL 4.0, utilizado nos Experimentos 1, 2a e 2b e atualizado para a versão 5.0 no Estudo 3) foi utilizado. Nesse estudo foi ensinado aos participantes seqüências de pares de estímulos sobrepostos. Em seguida, foram realizados testes de transitividade e conectividade. Todos os participantes alcançaram o critério de acerto e responderam aos testes. Os resultados replicaram estudos da literatura confirmando a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos no estabelecimento de relações ordinais. No Experimento 2a, quatro novos participantes e um com história experimental, foram ensinados a selecionar estímulos, aos pares, na ordem crescente na presença da cor verde e na ordem decrescente na presença da cor vermelha. Foram aplicados testes de transitividade e conectividade sob controle condicional. Em seguida foi conduzido um teste de generalização com estímulos do ambiente escolar. Todos os participantes alcançaram o critério de acerto e responderam aos testes de transitividade e conectividade. Nos testes de generalização, três participantes responderam consistentemente aos novos estímulos, um respondeu parcialmente e um não respondeu ao teste. Os resultados corroboraram a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob controle condicional em crianças surdas. O Experimento 2b envolveu os mesmos participantes do Experimento 1 com história experimental e a randomização das tentativas com os estímulos condicionais. Todos os participantes alcançaram o critério de acerto. Nos testes demonstraram um responder consistente com a linha de base. No Experimento 3 participaram três crianças dos Experimento 1 e duas do Experimento 2a, que foram expostas ao procedimento de ensino por pares sobrepostos sob controle contextual de duas formas círculo e triângulo e sob controle condicional das cores verde e vermelha (ex. A1A2, na presença do círculo e da cor verde; ou A2A1, na presença do círculo e da cor vermelha). Todos os participantes alcançaram o critério de acerto e responderam aos testes de transitividade e conectividade. Os resultados indicaram a eficiência do procedimento de ensino por sobreposição de estímulos sob controle contextual, sugerindo que o ensino por contingências de reforçamento simples e sob controle condicional foram pré-requisitos para a emergência de classes ordinais sob controle contextual. Uma extensão deste estudo deve ampliar o número de membros na seqüência e investigar a emergência de novas relações ordinais com seqüências mais longas, e verificar se a ordem de treino em que a seqüência é ensinada interfere sobre o responder ordinal.

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Este trabalho investigou em três bebês, que tinham entre 10 e 14 meses no início do estudo, a aprendizagem de discriminações simples com mudanças sucessivas na função dos estímulos (DSMS), considerando que esse repertório pode facilitar a aprendizagem de discriminações condicionais por identidade (DCI), um possível pré-requisito no desenvolvimento de repertórios simbólicos mais complexos. A tarefa consistia na apresentação de figuras animadas (GIFs) em uma tela sensível ao toque, com um arranjo que simulava a configuração de um treino de DCI: em uma tentativa de discriminação simples, primeiro um estímulo (estímulo isolado EI) era apresentado e responder a ele produzia seu desaparecimento, reforço e a apresentação simultâneas de dois ou três estímulos, um deles o EI, o estímulo correto (S+). Foram programadas oito tentativas por sessão. O treino foi planejado para iniciar com uma discriminação simples com dois estímulos, com mudança na função dos estímulos, até que três estímulos diferentes tivessem funcionado uma vez como S+ e outra como S-. Após essa etapa passaria a ser apresentado três estímulos na mesma tentativa, até que cada um deles tivesse funcionado como S+ e S- (um ciclo de treino de DSMS). Depois disso o mesmo procedimento seria repetido com a redução de 50% do reforçamento nas apresentações do EI a cada ciclo de treino, até sua retirada total. Os resultados mostraram que as crianças somente alcançaram a etapa inicial do treino de DSMS planejado: duas mostraram evidência de aprendizagem de DSMS com dois estímulos e uma de discriminação simples também com dois estímulos. Das diversas manipulações que foram feitas procurando favorecer a permanência das crianças na tarefa e a aprendizagem da mesma, a que pareceu gerar melhores resultados foi a substituição dos conjuntos de estímulos ao longo do treino. Discute-se como essa manipulação, caracterizada como um treino de múltiplos exemplares de determinado repertório discriminativo, pode ser usada para ensinar DCI para crianças com menos de dois anos.

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É possível que organismos apresentem uma capacidade relacional básica. Sendo assim, relações de equivalência seriam geradas por contingências de reforçamento. Resultados inconsistentes obtidos em testes de formação de classes de equivalência seriam devido ao desenvolvimento de procedimentos experimentais insuficientes no sentido de gerar o desempenho planejado. Tomando como base a hipótese de que não apenas os estímulos antecedentes, mas também as respostas e estímulos reforçadores, se específicos para cada classe, tornam-se membros das mesmas, o presente trabalho avaliou o desempenho de um macaco-prego (Cebus apella), com história pré-experimental de discriminações condicionais de identidade e arbitrárias e uso de comparações vazias (máscaras), em testes de simetria BA após treino de discriminações condicionais com reforçamento específico, pelotas de alimento de sabor diferente para cada discriminação. Durante o treino foi usado o procedimento de máscara para garantir relações de controle coerentes com as planejadas. Após o treino, foi realizado o teste de simetria com reforçamento específico, cujos resultados foram inconsistentes com a formação de classes. É possível que o sujeito necessitasse de mais sessões de treino com reforçadores específicos e/ou que as similaridades entre os estímulos reforçadores de cada classe tenha gerado uma generalização entre eles, o que os tornaria não reforçadores específicos, mas sim, reforçadores comuns.

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Foi investigado como o treino de Reversões Repetidas de Discriminações Simples (RRDS) poderia facilitar a aquisição do desempenho de pareamento ao modelo por identidade (IDMTS). Utilizou-se um macaco-prego macho, com pouco mais de um ano de idade, com treino prévio de pareamento ao modelo por identidade. Foram utilizados dois conjuntos: A com quatro e B com cinco estímulos. A tarefa de IDMTS com atraso zero e com quatro escolhas com o Conjunto A foi usada como linha de base, utilizando razão três nas respostas de toque. Foi feito treino de RRDS com cada um dos pares possíveis do conjunto B. Depois das RRDS, testou-se o par em tentativas de pareamento ao modelo misturadas à linha de base. O desempenho na discriminação simples entre os pares de estímulos do conjunto B variou quanto ao número de sessões para atingir o critério de seis corretas em um máximo de 12 tentativas. No IDMTS com cada par do conjunto B, o critério foi atingido em 9 sessões na primeira etapa e 12 sessões na segunda etapa. Porém, houve erros nas tentativas de IDMTS na primeira fase da terceira etapa, quando os estímulos do conjunto B compuseram tentativas com quatro escolhas. O aumento de acertos no IDMTS nas tentativas do conjunto B ocorreu com a substituição de um dos estímulos, mostrando problemas de discriminabilidade entre o estímulo eliminado e os demais. Discute-se um possível conflito entre as topografias de controle selecionadas pelas RRDS.

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In this study, 15 microsatellite DNA loci used in comparative tests by the International Society for Animal Genetics were applied to the evaluation of genetic diversity and management, and the efficiency of paternity testing in Marajoara horses and Puruca ponies from the Marajó Archipelago. Based on the genotyping of 93 animals, mean allelic diversity was estimated as 9.14 and 7.00 for the Marajoara and Puruca breeds, respectively. While these values are similar to those recorded in most European breeds, mean levels of heterozygosity were much lower (Marajoara 49%, Puruca 40%), probably as a result of high levels of inbreeding in the Marajó populations. The mean informative polymorphic content of this 15-marker system was over 50% in both breeds, and was slightly higher in the Marajoara horses. The discriminative power and exclusion probabilities derived from this system were over 99% for both populations, emphasizing the efficacy of these markers for paternity testing and genetic management in the two breeds.

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Sistemas de reconhecimento e síntese de voz são constituídos por módulos que dependem da língua e, enquanto existem muitos recursos públicos para alguns idiomas (p.e. Inglês e Japonês), os recursos para Português Brasileiro (PB) ainda são escassos. Outro aspecto é que, para um grande número de tarefas, a taxa de erro dos sistemas de reconhecimento de voz atuais ainda é elevada, quando comparada à obtida por seres humanos. Assim, apesar do sucesso das cadeias escondidas de Markov (HMM), é necessária a pesquisa por novos métodos. Este trabalho tem como motivação esses dois fatos e se divide em duas partes. A primeira descreve o desenvolvimento de recursos e ferramentas livres para reconhecimento e síntese de voz em PB, consistindo de bases de dados de áudio e texto, um dicionário fonético, um conversor grafema-fone, um separador silábico e modelos acústico e de linguagem. Todos os recursos construídos encontram-se publicamente disponíveis e, junto com uma interface de programação proposta, têm sido usados para o desenvolvimento de várias novas aplicações em tempo-real, incluindo um módulo de reconhecimento de voz para a suíte de aplicativos para escritório OpenOffice.org. São apresentados testes de desempenho dos sistemas desenvolvidos. Os recursos aqui produzidos e disponibilizados facilitam a adoção da tecnologia de voz para PB por outros grupos de pesquisa, desenvolvedores e pela indústria. A segunda parte do trabalho apresenta um novo método para reavaliar (rescoring) o resultado do reconhecimento baseado em HMMs, o qual é organizado em uma estrutura de dados do tipo lattice. Mais especificamente, o sistema utiliza classificadores discriminativos que buscam diminuir a confusão entre pares de fones. Para cada um desses problemas binários, são usadas técnicas de seleção automática de parâmetros para escolher a representaçãao paramétrica mais adequada para o problema em questão.

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Esta tese apresenta duas contribuições distintas na área de sistemas de comunicações sem fi o. Primeiro, é apresentada uma formulação analítica para a análise de desempenho de sistemas utilizando multiplexação multibanda por divisão ortogonal na frequência (MB-OFDM, do inglês Multi-Band Orthogonal Frequency-Division Multiplexing ) com um ltro notch para mitigar a interferência em banda estreita causada por outros sistemas que operam dentro da faixa de frequências alocada para sistemas UWB. Em seguida, um novo front end para classificação automática de modulações com o uso de aprendizado discriminativo é proposto. Esse front end pode ser utilizado por qualquer classi cador discriminativo e consiste em ordenar magnitude e fase do símbolos recebidos. Os resultados obtidos pelo classi cador proposto mostraram-se competitivos com outros algoritmos já existentes na literatura.

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Este trabalho objetivou verificar o desempenho de homens e mulheres em uma tarefa de discriminação perceptiva de sons e o efeito de aprendizagem anterior sobre esta discriminação. O experimento foi realizado com 17 homens e 17 mulheres, submetidos individualmente a uma sessão de coleta de dados composta de questionário padronizado e de teste de discriminação com vinte tentativas gravadas em um CD-ROM. A análise estatística dos dados indicou diferenças de desempenho entre pessoas com e sem experiência musical prévia [F(1,33)=14,69, p<0,001]. Embora não significativo, as mulheres apresentaram melhor desempenho no grupo sem experiência prévia, e no grupo com experiência, os homens apresentaram melhor desempenho. Os dados indicam que, embora haja diferenças sexuais na percepção sonora, a experiência parece ser o fator mais importante neste tipo de discriminação.

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Considerando que os movimentos e fixações do olhar podem ficar sob controle de contingências e que instruções colocam comportamentos sob controle de contingências, buscou-se investigar os efeitos de instruções, que descrevem respostas de escolha, sobre os movimentos e fixações do olhar em uma situação de discriminação simples simultânea. Participaram do estudo 15 universitários distribuídos em três condições experimentais. As três condições diferiram em um único aspecto: quanto ao tipo de instrução apresentada ao participante no início da Fase 1. Na Condição I era apresentada uma instrução mínima, na Condição II era apresentada uma instrução correspondente às contingências de reforçamento em vigor e na Condição III uma instrução discrepante das contingências de reforçamento em vigor. Na Fase 2 ocorriam mudanças não sinalizadas nas contingências de reforço programadas. A tarefa dos participantes era clicar com o mouse em um de dois estímulos apresentados simultaneamente. Os resultados mostraram, de modo geral, que na Condição I a maioria dos participantes apresentaram desempenho discriminado nas Fases 1 e 2, tendo olhado mais frequentemente para o S- e para a propriedade do estímulo irrelevante para a discriminação, no início das fases e para o S+ e para a propriedade relevante, no final das fases. Na Condição II, todos os participantes apresentaram desempenho discriminado, de acordo com o especificado na instrução correspondente, desde o início da Fase 1 e olharam mais frequentemente o S+, tendo a maioria olhado com maior frequência à parte do estímulo que continha a propriedade relevante para a discriminação. Na Fase 2, a maioria não apresentou desempenho sob controle das contingências, tendo olhado com frequência equiparada para S+ e S-, apresentando diferentes padrões de respostas quando analisada as partes dos estímulos. Na Condição III, a maioria dos participantes deixou de seguir a regra discrepante, apresentada no início da Fase 1, e emitiu desempenhos discriminados de acordo com as contingências programadas nas Fases 1 e 2. A maioria olhou mais frequentemente para o S+e para a propriedade relevante para discriminação no fim das fases. Os dados das três condições indicam que instruções podem interferir nos padrões de movimentos dos olhos, assim como contingências, entretanto, gerando padrões diferentes de respostas de escolha e de movimento dos olhos.

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Em um treino discriminativo, há diversas variáveis que podem afetar a precisão da aquisição do repertório. Uma variável pouco analisada é o número de escolhas apresentado nas tentativas discretas de treino, buscando verificar em que situações o controle discriminativo pode ser mais facilmente estabelecido. Este trabalho tem como objetivo geral descrever os efeitos da manipulação do número de escolhas sobre o desempenho em tarefas de discriminação simples em macacos-prego (Cebus cf. apella). No Experimento I, os sujeitos foram submetidos a um treino discriminativo com três tipos diferentes de tentativas (2, 4 e 9 escolhas). Um teste de controle de estímulos avaliou se o repertório aprendido podia ser mantido quando os estímulos utilizados nos três tipos de tentativa eram apresentados na forma de duas escolhas. No Experimento II, buscou-se adicionalmente avaliar se as respostas corretas nos treinos prévios de discriminação ocorriam em função de escolha por seleção do S+, por rejeição do S-, ou por controle misto (seleção e rejeição). Esta avaliação foi realizada através do procedimento de máscara. Os resultados do Experimento I sugerem que a exposição a um número maior de escolhas é uma estratégia eficiente para estabelecer o responder discriminado, pois o desempenho permanece mesmo quando o número de escolhas é posteriormente reduzido para dois. Os resultados obtidos no Experimento II mostram dados diferentes para os dois sujeitos. M30 apresentou controle por rejeição e preferência pela máscara e M31 apresentou controle misto no responder. O presente estudo mostra um caminho para aprofundar a análise do controle de estímulos nos estudos específicos sobre a manipulação do número de escolhas e indica que essa variável pode ser um meio eficaz de reduzir a dificuldade de aquisição de discriminações em contexto aplicado.

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A aprendizagem de relações condicionais bidirecionais (simetria) tem sido raramente demonstrada em não-humanos. Recentemente três estudos apresentaram dados positivos de repertórios comportamentais de simetria em pombos. Estes estudos apontaram como possíveis variáveis determinantes da emergência de simetria: 1) O treino misto de relações arbitrárias e de identidade simultaneamente e com um mesmo conjunto de estímulos; 2) O sujeito não ter sido exposto a treino prévio de qualquer tipo de relação com os mesmos estímulos; e 3) A utilização do procedimento de discriminação condicional sucessiva (Go/No-go). O presente estudo buscou averiguar a necessidade do uso de Go/No-go, aplicando as demais variáveis (treino misto e não exposição prévia), para a obtenção da emergência de simetria. Este estudo avaliou em dois macacos-prego (Cebus apella) a aprendizagem de relações arbitrárias e de identidade de estímulos apresentados na mesma sessão experimental e a emergência de simetria, utilizando dois procedimentos. Um sujeito (M18) foi treinado em tarefa de Go/Nogo com tentativas mistas de relações arbitrárias e relações de identidade, com o mesmo conjunto de estímulos. O sujeito passou por dois treinos Go/No-go que não foram bem sucedidos em estabelecer controle condicional. Um outro sujeito (M27) foi treinado em uma tarefa de emparelhamento ao modelo com atraso zero com tentativas mistas de relações de identidade e arbitrárias, com mesmo conjunto de estímulos. Esse segundo procedimento buscou averiguar a necessidade do uso do procedimento Go/No-go para a obtenção da emergência de simetria. As sessões de treino eram compostas por oito tentativas de identidade (quatro relações) e oito tentativas de relações arbitrárias (duas relações), apresentadas em seqüência randômica. Todas as tentativas tinham três escolhas entre as comparações. Posteriormente, M27 foi submetido a três testes (todos com reforço programado para todas as tentativas). O treino de linha de base mista (identidade e arbitrária) ocorreu em 14 sessões. O primeiro teste foi de simetria, em uma sessão de oito tentativas para cada uma das quatro relações de identidade, duas arbitrárias e duas de teste, totalizando 64 tentativas, cujo critério de desempenho era acertar sete das oito tentativas de cada relação. M27 teve 2 erros em uma das relações de identidade e acertou todas as demais, inclusive as de simetria. Para averiguar se havia uma coerência do controle de estímulos, foi feito o segundo teste no qual as respostas de escolha entre as comparações não podiam mais ser condicionais ao modelo, uma vez que se utilizou um mesmo estímulo novo no lugar dos modelos para todas as tentativas, tanto de linha de base quanto de teste. M27 cometeu três erros ao todo. Esse resultado pode indicar que havia uma relação de controle, não prevista: como dois pares de estímulos se alternavam na função S- em todas as tentativas, M27 pode ter aprendido a rejeitar esses dois pares de estímulos independente do modelo apresentado. De modo a averiguar se de fato não havia controle por seleção de acordo com o modelo, foi feito um teste apenas com duas comparações com as mesmas outras configurações do primeiro teste. M27 errou seis das 32 tentativas de linha de base de identidade, seis das 16 arbitrárias e seis das 16 de simetria. Os acertos foram, portanto, acima da linha do acaso, o que confirma parcialmente a hipótese acima e pode indicar a presença de um controle misto condicional e discriminativo entre os estímulos de comparação.

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O presente estudo procurou investigar a formação de classes funcionais de estímulos em bebês (crianças com menos de 3 anos de idade) por meio do treino de sucessivas reversões de discriminação simples (SRDS). Foram utilizadas quatro caixas como estímulos discriminativos, divididas em dois subconjuntos: A1/B1 e A2/B2. O treino ocorreu em duas fases. Na Fase 1 o treino de SRDS envolveu a apresentação de duas caixas por sessão até que as quatro caixas funcionaram uma vez como estímulo positivo (S+) e outra como estímulo negativo (S-). Na Fase 2 as quatro caixas foram apresentadas simultaneamente na sessão, sendo que duas caixas funcionavam inicialmente como S+ e duas como S-. Respostas nas caixas designadas como S+ na sessão eram consequenciadas por encontrar brinquedos dentro delas. As reversões nas funções dos estímulos eram realizadas até que o participante respondesse corretamente a partir das primeiras tentativas de uma sessão. Os três participantes aprenderam a tarefa de SRDS com dois estímulos. O treino com as quatro caixas (Fase 2) ocorreu sem que nenhum dos três participantes atingisse o critério de aprendizagem para a realização do teste de formação de classes funcionais de estímulos. Discutem-se as variáveis que favorecem a manutenção de bebês no ambiente experimental e aquelas variáveis que podem facilitar e/ou dificultar a aprendizagem de uma tarefa.