2 resultados para DSR-Roadmap

em Universidade Federal do Pará


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O presente trabalho, intitulada: A dinâmica de uso da Praça Olavo Bilac no contexto da cidade de Belém, teve como objetivo identificar e analisar os diferentes usos e a forma de apropriação na Praça Olavo Bilac, e para isso partimos da hipótese de que os diversos usos nesta praça são reveladores das condições de vida impostas pelo modo de produção capitalista. A metodologia se estruturou a partir de um levantamento de fontes bibliográficas referente ao tema, em seguida realizamos uma pesquisa documental sobre a origem e a história da praça em questão, precisamente em jornais, sites e documentos oficiais, pertencentes à Paróquia de São Domingos de Gusmão, realizamos ainda uma observação sistemática na área de estudo, nos horários da manhã, tarde e noite; todos os dias da semana, porém de forma não consecutiva. Também foi realizada a aplicação de um roteiro de entrevistas com os vendedores e freqüentadores da Praça Olavo Bilac, a fim de servir como registros de referência histórica e registros de usos dos entrevistados. Após a aplicação destes roteiros partimos para a etapa referente às entrevistas, momento em que realizamos uma conversa com vendedores que atuam no interior da Praça, com pessoas que utilizam a praça como passagem, e com outros moradores do bairro que fazem uso desta praça, e que com esta tem relação, totalizando 16 pessoas. Os resultados desta pesquisa apontaram que, esta praça é uma referência de lazer, é local de passagem, do encontro, mas também da diversidade e da desigualdade que o modo de produção capitalista impõe às cidades e aos que nela vivem, pois a Praça Olavo Bilac, assim como as demais praças, é a expressão da cidade, e vai expressar o modo de vida desta cidade.

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No contexto brasileiro, a investigação acerca das necessidades educacionais especiais concentra-se no estudo das dificuldades e possibilidades de inclusão desses alunos em classes regulares de ensino, enfatizando os processos de ensino e aprendizagem. Poucos estudos, no Brasil, admitem a família como objeto de análise, embora não se questione a sua importância para o desenvolvimento infantil. Dessa forma, com base no modelo bioecológico e na teoria estrutural sistêmica, admitindo-se a família como um campo de desenvolvimento comum a todos os membros faz-se necessário conhecer o modo como ela se estrutura para atender as demandas decorrentes da necessidade especial de seu filho e os efeitos dessa dinâmica nos demais membros. A partir disso objetivou-se descrever, a estrutura e a dinâmica de famílias de crianças com necessidades educacionais especiais, além de: analisar as interações e relações estabelecidas dentro de cada subsistema (conjugal, fraternal, parental) e entre eles, assim como identificar a organização familiar, a partir dos mecanismos de coesão e hierarquia de acordo com o modelo estrutural sistêmico. Como estratégia de pesquisa utilizou-se o estudo de casos múltiplos, com duas famílias de crianças com necessidades educacionais especiais, sendo uma menina surda, de dez anos, e um menino, de doze anos, com dificuldades de aprendizagem. Os instrumentos e técnicas aplicados foram: Roteiro de Entrevista Semi-Estruturado, Inventário de Rotina (IR), Observação Sistemática, Diário de Campo, Family System Test (FAST) e Genograma. Os escores de proximidade obtidos no FAST foram coerentes com os resultados do IR, demonstrando maior coesão na díade mãe-filho que na díade pai-filho, nas duas famílias; quanto à flexibilidade das fronteiras, em geral, a percepção das famílias foi de fronteiras rígidas, nos sistemas, familiar, parental e fraternal, sendo que, a distribuição de hierarquia foi percebida pela díade parental, nas duas famílias, como sinal de prediletância, para o subsistema fraternal, e dominação, para o parental, o que interferiu nas estruturas relacionais desses subsistemas percebidas pelos membros. Na avaliação do subsistema fraternal, a ausência de poder, representada pelos pais e a representação dessa variável pelas crianças resultou em diferenças de percepção, no grupo. Portanto, esse estudo permitiu, por meio da identificação das relações e percepções dos membros das famílias, a compreensão de sua dinâmica e a influência desta, na trajetória desenvolvimental das crianças e do grupo, a partir, das demandas decorrentes do diagnóstico e das estratégias peculiares a cada família para enfrentar as necessidades especiais de suas crianças. Percebe-se que a família, sendo a principal parceira da escola na educação, precisa ser olhada como um sistema cujas estratégias relacionais são fundamentais para que a criança tenha suas habilidades estimuladas podendo, assim, superar suas dificuldades.