14 resultados para Centuries XIX and XX
em Universidade Federal do Pará
Resumo:
O texto discute os muitos significados dados morte de duas mulheres dos grupos menos abastados em Belm do Par. Tais mulheres foram assassinadas em momentos distintos e tiveram a histria de suas vidas e de suas mortes evocada por literatos, estudiosos da regio e na imprensa paraense, como um exemplo a ser seguido por outras mulheres, revelando ideais de fidelidade, casamento, de famlia, entre outros. Se ainda hoje a fora dessas histrias vem tona com significados diversos, no passado no foi diferente sugerindo os muitos sentidos dados a suas vidas e a suas mortes.
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O conto - O Rebelde, da obra Contos Amaznicos (1893), do escritor Ingls de Sousa, apresenta em seu enredo um fato da histria paraense, a Cabanagem. Na narrativa os personagens vivenciam as primeiras manifestaes dos revoltosos em 1832. Foi a partir da constatao desse fato histrico, no conto, que se desenvolveu a pesquisa em questo, atentando para o jogo estabelecido entre o real e o ficcional, ou seja, como um fato histrico foi recriado no universo ficcional inglesiano. Nesse sentido, foram observados os discursos da histria, nos sculos XIX e XX, nas obras Motins Polticos (1865-1890) de Domingos Antnio Raiol, Cabanagem: o povo no poder (1984) de Julio Jos Chiavenato, e Cabanagem: a revoluo popular da Amaznia (1985) de Pasquale Di Paolo, e o discurso da literatura, em - O Rebelde do sculo XIX, na construo das verses sobre a Cabanagem, com o objetivo de verificar como cada historiador e literato se posicionou sobre a Cabanagem elegendo vtimas, viles e heris; alm de verificar como as vozes dos personagens e do narrador do conto se posicionam condenando ou justificando a ao cabana. A discusso apresenta os pressupostos tericos baseados em Paul Ricoeur (1999), Jacques Le Goff (2005), Beatriz Sarlo (2007) e Umberto Eco (2004).
Resumo:
O presente trabalho visou estudar aspectos fundamentais da recepo crtica da obra dramtica de Gonalves Dias. Para isso buscou-se, em primeiro lugar, compreender o lugar da obra dramtica do autor em sua produo literria considerando-se algumas crticas ao poeta publicadas em peridicos, revistas e em obras pertencentes historiografia literria do sculo XIX e XX. Em segundo lugar, buscou-se compreender o lugar da produo dramtica do autor por meio da anlise de sua correspondncia ativa.
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A Tese trata da cidade de So Luis do Maranho no final do sculo XIX e XX. Analisa aspectos do imaginrio sobre a cidade localizada em uma ilha que se percebe integrada ao Continente ao pas e Europa. Discorre sobre a perspectiva de civilizao da Amrica a partir do pensamento de Rod, Fecundo, Manoel Bonfim, Leopoldo Zea e maneira como os moradores da So Lus buscaram reconhecimento da cidade como detentora de civilidade. Observa como os ludovicenses lidaram com as marcas da escravido que evidenciavam a barbrie, e segundo o pensamento do sculo XIX, deveria ser erradicada. Trata do processo que transformou em smbolo de cultura da cidade a manifestao popular, bumba meu boi, antes coisa de brbaro, condenada ao subrbio da ilha. Mostra que a preservao presente nas representaes dos lbuns de fotografia da cidade de fachadas, mas que permitiu preservar casares do sculo XIX, e possibilitou uma nova classificao de So Lus como a quinta cidade brasileira a receber o ttulo de Patrimnio da Humanidade, um retorno, uma nova insero, um destaque entre as cidades brasileiras. A anlise foi realizada a partir de fontes iconogrficas, mapas, literatura, e jornais.
Resumo:
Paisagens Urbanas: fotografia e modernidade na cidade de Belm (1846-1908) prope uma discusso sobre os documentos fotogrficos que serviam de instrumentos de propaganda dos governantes na ltima dcada do sculo XIX e no incio do sculo XX. A linguagem visual desta dissertao permite mostrar a forma como os indivduos se fizeram representar nos cenrios urbanos, dando visibilidade aos tipos sociais que foram flagrados sutilmente pelas cmeras fotogrficas a servio da propaganda do governo que tinha por objetivo divulgar uma cidade moderna, revelando a intensidade e a rapidez com que desejava alcanar a modernidade, ao mesmo tempo em que traz a luz uma cidade de acordo com os modelos provenientes da Europa, percebe-se o registro de uma outra cidade que nos remete a espaos de convivncia de diferentes realidades. A imagem fotogrfica, assim como outras fontes e objetos visuais, constitui-se em importantes instrumentos de investigao histrica para identificar novos objetos e novos problemas. A contribuio deste estudo se ancora no uso da fotografia como principal documento de anlise para produo historiogrfica, entendendo que a fotografia representa um testemunho que fala do passado na intensidade que o historiador a questiona. Este estudo busca analisar a relao entre fotografia e cidade a partir da narrativa visual dos lbuns e relatrios de Belm que foram produzidos no perodo de 1898 a 1908. A interpretao dos lbuns, enquanto narrativa que visualiza uma cidade moderna, constitu-se em uma das estratgias metodolgicas para abordagem do uso da fotografia como documento para o historiador, considerando que nesse tipo de documentao pode mostrar dados dispersos ou mesmo silenciados por outras fontes de pesquisas.
Resumo:
Modernidade e integrao na regio chamada Amaznia, vez ou outra, sempre ouvimos na mdia, nos meios intelectuais, entre polticos das mais variadas tendncias, do Norte e de outras regies do pas, e surgem questionamentos sobre qual o melhor caminho para a Amaznia. Projetos e ideologias foram criados, normalmente girando em torno das possibilidades de modernidade e integrao para a regio, h muito considerada reserva de lendas e minrios, o reino da floresta e da "plancie", espao isolado, distante, verdadeiro "vazio" de "den tropical" ou "inferno verde". Desde os embates na Colnia e no Imprio sobre integrar ou separar do poder central at aos grandes projetos nos anos de 1970, a intelligentsia local e os meios de comunicao manifestaram ponto de vistas e assumiram, em muitos casos, posicionamentos polticos, principalmente a partir dos sculos XIX e XX. Tentei entrar um pouco nesse debate, reportando-me s primeiras dcadas do sculo XX, e encontrando nesse passado, personagens que espelham os novos atores do presente: os intelectuais e o meio de comunicao mais moderno do entre guerras, ao lado do cinema, o rdio.
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Na epidemia de clera no Par, em 1991, o nmero de vtimas foi elevado, e embora os enfermos se recuperassem rapidamente, relutavam em deixar o hospital. As condies de vida no sculo XIX eram, guardadas as propores, semelhantes s enfrentadas pelos colricos agora atendidos no Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto (HUJBB). No sculo XX, a doena parecia presa a antigas estruturas e produzia preocupaes descabidas, uma vez que o tratamento hoje rpido e eficaz. Logo emergiram as histrias de outrora, apresentando terrveis imagens da epidemia de clera ocorrida em 1855. Analisaram-se memrias dos colricos, de seus parentes e demais protagonistas, e compulsaram-se documentos. Encontraram-se indicaes que possibilitam a comparao entre epidemias ontem e hoje, permitindo prever a repetio de tragdias devidas permanncia de condies de vida a que estavam submetidos os pobres nos sculos XIX e XX.
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Discorre sobre a imigrao de negros do Caribe Ingls para Belm, ocorrida nas primeiras dcadas do sculo XX, mais precisamente dos chamados, de modo geral, de barbadianos. Discute os contornos desta identificao em Belm, analisando os relatos de histrias de vida dos descendentes de segunda e terceira geraes. Procura discutir os contextos e situaes nas quais os sinais de suas identificaes foram manipulados para marcar distines, por eles e pelos outros, em funo dos smbolos (de prestgio e de estigma) das identidades inglesa, brasileira e barbadiana, quando postas em relao, perpassadas pelo processo de demarcao da alteridade, mas tambm pelo racismo.
Resumo:
O trabalho tem por objetivo examinar o pensamento do escritor paraense Jos Verssimo no que diz respeito aos estudos das cincias naturais e as suas ideias sobre educao cientfica feminina na transio do sculo XIX para o sculo XX, momento da transio do regime imperial para o republicano. Esse perodo foi selecionado, por ser o momento em que Jos Verssimo escreveu seus livros e textos, como o livro A Educao Nacional, publicado em 1890, acerca da educao no pas. Entusiasmado pelas idias positivistas, evolucionistas e pelo republicanismo, o autor examina como se encontrava o estudo das cincias naturais na poca de transio, j que para as doutrinas elencadas por Verssimo era importante que escola tivesse um papel iluminador da sociedade e isso seria obtido atravs das cincias. Em seguida examino como a reforma na educao nacional ansiada por Verssimo influenciou no modelo de ensino cientfico no qual a mulher brasileira deveria se submetida por ser a primeira educadora dos filhos. O autor indica um currculo a ser ensinado s mulheres para que melhor aprendessem as cincias. A pesquisa ento assume relevncia para a histria da educao cientfica brasileira, j que contribui para conhecer as ideias de educao de Jos Verssimo, um dos escritores brasileiros que mais se empenhou em fazer no pas um elo entre o progresso e a educao.
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Esta dissertao pretende analisar a obra de cinco tomos intitulada Motins Polticos ou histria dos principais acontecimentos polticos na Provncia do Par desde o ano de 1821 at 1835. Elaborado em finais do sculo XIX pelo historiador e poltico Domingos Antnio Raiol (Baro de Guajar), esse estudo caracteriza-se pela descrio de uma srie de conflitos polticos e sociais ocorridos no Gro-Par, entre as dcadas de 1820 e 1830, transformando-se ao longo do sculo XX, em fonte central para a histria da Cabanagem. Ademais, o livro de Raiol foi muito alm de elencar fontes sobre a superficialidade dos eventos polticos e suas lideranas amaznicas. Motins Polticos apresenta atravs de olhares sensveis ou racionais, inmeras referncias direcionadas natureza e sociedade amaznica. Analisando estas concepes romnticas e cientificistas, essa dissertao investiga o percurso metodolgico de seu autor, seu processo de produo, bem como as inmeras crticas impetradas a ele e a sua obra ao longo do tempo.
Resumo:
O final do sculo XIX mostrou duas caractersticas importantes na rea da sade. A primeira indicava a continuidade da ocorrncia de doenas ocasionadas por agentes infecciosos que incluam a febre amarela, malria, clera e varola. Por outro lado, a situao econmica do Estado do Par com o incio da perda da exclusividade na produo extrativista do maior gerador de riquezas para o Estado, a borracha, levou a uma situao em que se tornava cada vez mais difcil e cara a formao de novos mdicos paraenses no exterior ou em outros Estados brasileiros. O incio do sculo XX trouxe a abertura de faculdades na cidade de Belm, incluindo duas na rea da sade (Farmcia e Odontologia), alm de uma regulamentao nacional para a criao e abertura de cursos de medicina. O Estado do Par, sob a influncia do esforo de Oswaldo Cruz com o seu trabalho de eliminao da febre amarela na cidade de Belm, em uma aplicao prtica dos novos conhecimentos gerados pela descrio de agentes infecciosos nas formas de transmisso por meio de vetores e a aplicao de novas maneiras de preveno e controle de doenas (saneamento e vacinas), aps se organizar, a princpio por meio de uma sociedade cientfica de forma inovadora, cria a oitava escola de medicina do pas, em 9 de janeiro de 1919 com o nome de Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par.
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O presente artigo trata da caracterizao da composio mineralgica de azulejos antigos pertencentes aos sculos XVI, XVII e XIX, coletados em Salvador e Belm, visando identificao da sua provvel matria-prima e a possvel temperatura de queima. Quartzo foi identificado em todas as amostras. As demais fases cristalinas encontradas foram: mullita, cristobalita, calcita, anortita, hematita, gehlenita, diopsdio e wollastonita. Foi possvel dividir as amostras em trs grupos, em funo da possvel matria-prima e temperatura de queima: grupo 1 - caulinita e quartzo, T entre 1200 e 1728 C; grupo 2 - quartzo, caulinita, calcita e/ou dolomita e xido ou hidrxido de ferro, T entre 900 e 1200C; grupo 3 - quartzo, argilominerais (provavelmente caulinita), calcita e/ou dolomita e hidrxido ou xido de ferro, T entre 1200 e 1565 C.
Resumo:
Este estudo prope uma anlise das iconografias urbanas de Belm, produzidas no decorrer do sculo XIX e incio do XX. A tese tem por objetivo, ento, analisar a representao da natureza em Belm, especificamente nos anos de 1808 a 1908. O compromisso inicial desse estudo se concentrou em pesquisar os diversos tipos de iconografias sobre Belm no decorrer dos Oitocentos. As questes que se procurou evidenciar tratam sobre a forma como os viajantes apreenderam a cidade, em sua passagem por Belm, tanto sob o ponto de vista narrativo quanto o visual, at os anos de 1890. A partir de ento, tambm identificar como os governantes promoveram a cidade para alm da regio Amaznica. Observa-se que a natureza brasileira passou a ser representada, a partir do sculo XIX, por meio de linguagem escrita e iconogrfica, isto graas influncia do cientificismo e da sensibilidade artstica romntica, que perpassaram pelo conhecimento do pas. A sensibilidade romntica realizou a aproximao entre cincia e esttica ao apreender e representar a natureza, numa viso totalizante, inaugurando uma nova concepo de paisagem e a tentativa de inventar e visualizar uma natureza urbana, a qual tema principal desse estudo; representa o fenmeno da urbanizao que foi registrado, especialmente, por meio da fotografia. Nesse tipo de fotografias, a natureza aparece domesticada, adaptada ao desenho urbano, sua forma artificiosa e geomtrica valorizada. A fotografia urbana do final do sculo XIX reintroduz o belo ideal nas imagens da natureza ordenada segundo o modelo dos jardins franceses, ingleses e italianos. Parto do pressuposto de que a contemplao da natureza adaptada para a realidade da regio Amaznica, embora estivessem presentes modelos provenientes da Europa, mas encontram as suas especificidades a partir de uma natureza exuberante da Amaznia A percepo de natureza na Amaznia da segunda metade do sculo XIX e a influncia de novas formas de conceber a natureza foram projetadas para as cidades na reformulao dos espaos para constituir a rea verde, especialmente de Belm. Pensar historicamente a representao da natureza refletir sobre a sua apropriao pela ao humana ao mesmo tempo em que diferentes indivduos e grupos sociais circularam e deixaram suas marcas especficas nos lugares construdos a partir de uma natureza domesticada na paisagem urbana.
Resumo:
Espcies de Eigenmannia esto amplamente distribudas na regio Neotropical, com oito espcies vlidas atualmente reconhecidas. Populaes de Eigenmannia de trs localidades do leste da Amaznia foram investigadas usando tcnicas citogenticas e morfolgicas, revelando dois txons designados aqui comoEigenmannia sp. "A" e Eigenmannia sp. "B". As espcies diferem em trs caracteres morfomtricos, dois mersticos e um osteolgico. Eigenmannia sp. "A" apresenta 2n = 34 (22 m/sm+12st/a) e Eigenmannia sp. "B" apresenta 2n = 38 (14 m/sm+24st/a) e cromossomos sexuais de diferenciao simples, do tipo XX/XY. Em ambas espcies a Heterocromatina Constitutiva (HC) rica em bases A-T est distribuda na regio centromrica de todos os cromossomos. Eigenmannia sp. "B" tambm apresenta blocos de HC na regio intersticial dos pares cromossmicos 8, 9 e X que coraram positivamente para CMA<sub>3</sub>, indicando regies ricas em G-C. A NOR est localizada no brao curto do par 17 em Eigenmannia sp. "A" e no brao curto do par 14 em Eigenmannia sp. "B". FISH com sondas de rDNA hibridizaram em regies de tamanhos diferentes entre os homlogos, sugerindo heteromorfismo. A diferenciao do cromossomo X em Eigenmannia sp. "B" pode ser o resultado de amplificao de sequncias repetitivas de DNA.